Como escapei das restrições das emoções

13 de Março de 2024

Por Li Yi, China

Em novembro do ano passado, recebi uma carta de um líder detalhando como a minha mãe, crente por muitos anos, não andava participando devidamente das reuniões. Ela estava sempre ocupada ganhando dinheiro, e quando assistia a reuniões aqui e ali, ela costumava cair no sono. Ela raramente lia as palavras de Deus, não ouvia os sermões, tinha opiniões iguais às dos incrédulos, e suas ações eram claramente as de um descrente. A igreja estava revendo a situação dela para decidir se ela deveria ser afastada, por isso pediu que eu fizesse uma avaliação. Fiquei bastante chocada e pensei: “Será que o líder da igreja cometeu algum erro? Pelo menos por fora, parece que a minha mãe demonstrou alguma paixão e entusiasmo na fé nesses anos. Às vezes, ela até ajuda outros irmãos e irmãs quando eles se deparam com problemas na vida. Certamente ela ainda não chegou ao ponto em que merece ser afastada”. Mas depois me ocorreu que a igreja remove sempre as pessoas de acordo com os princípios e toma a decisão com base no comportamento geral, na natureza essência de uma pessoa — ela nunca trataria alguém de forma injusta. Meus deveres tinham me levado para fora da cidade durante muitos anos, e por isso eu não tinha certeza de como a minha mãe tinha agido na igreja. Eu devia primeiro aceitar isso e me submeter.

Depois disso, comecei a refletir sobre a forma com que a minha mãe tinha agido quando estávamos juntas. Sempre que eu voltava para casa e lhe perguntava sobre o seu estado, ela evitava intencionalmente as minhas perguntas. Ela também raramente lia as palavras de Deus ou ouvia os sermões. Dizia que concordava quando eu comungava com ela sobre a importância de ler as palavras de Deus, mas depois voltava aos seus mesmos hábitos. Ela nem sequer participava das reuniões regulares, para ganhar mais dinheiro. Apesar da minha repetida comunhão com ela sobre o assunto, ela não conseguiu mudar seu comportamento, dizendo que só podia confiar em si mesma para melhorar o seu destino. Além disso, ela entrava frequentemente em discussões com o meu pai sobre assuntos triviais. Sempre que o meu pai assumia um tom mais duro com ela e feria o orgulho dela, ela ficava ressentida, muitas vezes xingava o meu pai como uma incrédula para dar vazão à raiva. Ela não me dava ouvidos quando eu tinha comunhão com ela sobre como viver uma humanidade verdadeira, dizendo que não conseguia evitar. Mais tarde, deparei-me com esta passagem das palavras de Deus: “Há algumas pessoas cuja crença nunca foi reconhecida no coração de Deus. Em outras palavras, Deus não reconhece que essas pessoas são Seus seguidores, pois não louva sua crença. Para essas pessoas, não importa por quantos anos elas seguiram a Deus, suas ideias e pontos de vista nunca mudaram. Elas são como os incrédulos, aderindo a seus princípios e métodos para interagir com as pessoas e aderindo às leis de sobrevivência e fé dos incrédulos. Elas nunca aceitaram a palavra de Deus como sua vida, nunca acreditaram que a palavra de Deus é verdade, nunca pretenderam aceitar a salvação de Deus e nunca reconheceram Deus como seu Deus. Elas consideram acreditar em Deus como algum tipo de divertimento amador, tratando Deus meramente como sustento espiritual; logo, elas não acham que vale a pena tentar entender o caráter ou a essência de Deus. Você poderia dizer que tudo que corresponde ao verdadeiro Deus não tem nada a ver com essas pessoas. Elas não estão interessadas e não se dão ao trabalho de prestar atenção. Isso se dá porque, no fundo do coração, há uma voz intensa que está sempre lhes dizendo: ‘Deus é invisível e intocável, e não existe’. Elas acreditam que tentar entender esse tipo de Deus não valeria seus esforços, e que, ao fazer isso, estariam enganando a si mesmas. Elas creem, por meramente reconhecerem Deus em palavras, sem tomar nenhuma posição real ou se investir em quaisquer ações reais, que são muito espertas. Como Deus olha para essas pessoas? Ele as vê como incrédulas(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “Como conhecer o caráter de Deus e os resultados que Sua obra alcançará”). Ao ler as palavras de Deus, percebi que os descrentes só reconhecem verbalmente uma crença em Deus sem nunca praticar a verdade. São de natureza essência que não gostam da verdade, e Deus nunca reconheceu a fé deles. Minha mãe nunca aceitou remotamente a verdade nos seus anos como crente e acreditou, pensou, falou e agiu como alguém sem fé — isso não fazia dela uma descrente? Eu devia fornecer uma descrição honesta do comportamento dela. Por outro lado, minha mãe sempre apoiou a minha fé e, mesmo quando outros membros da família se opunham ou me atacavam, ela sempre me protegeu para que eu pudesse cumprir os meus deveres em paz. Ela tinha, também, me apoiado financeiramente ao longo dos anos em que cumpri os meus deveres fora da cidade. Quando adoeci, ela me levou para o hospital e subiu e desceu as escadas para me registrar e buscar o meu medicamento. Sempre que chegava em casa, ela me comprava comida e roupa… Não consegui escrever a avaliação depois de me lembrar de todas essas coisas. Fiquei muito angustiada e dividida: “Ela é minha mãe, e por isso a minha avaliação tem muito peso. Se eu fornecer uma descrição honesta do comportamento dela, será ainda mais provável que ela seja removida. Não seria esse o fim da sua senda de fé? Se ela ficasse sabendo que eu tinha escrito sobre os seus comportamentos descrentes, ela ficaria desolada, e certamente pensaria que eu era uma pessoa sem coração e ingrata”. Quando pensei nisso, foi como se uma faca fosse espetada no meu coração, e as lágrimas encheram meus olhos. No meio do meu sofrimento, orei a Deus pedindo que Ele me guiasse para tomar a posição certa e a permanecer firme nela.

Eu me senti muito mais calma depois da oração. Nesse momento, deparei-me com uma passagem das palavras de Deus: “Você deve saber que tudo que acontece com você é uma grande provação e é o momento em que Deus precisa que você dê testemunho. Embora possam parecer irrelevantes por fora, quando essas coisas acontecem, elas mostram se você ama a Deus ou não. Se você O ama, será capaz de permanecer firme em seu testemunho a Ele, e se você não coloca o amor a Ele em prática, isso mostra que você é alguém que não coloca a verdade em prática, que está sem a verdade e sem vida, e que é palha! Tudo o que acontece com as pessoas acontece quando Deus precisa que elas permaneçam firmes em seu testemunho Dele. Mesmo que nada muito grande esteja acontecendo com você atualmente e você não dê um grande testemunho, cada detalhe de sua vida diária é uma questão de testemunho a Deus. Se você pode ganhar a admiração de seus irmãos e irmãs, de seus familiares e de todos ao seu redor; se, um dia, os incrédulos vierem e admirarem tudo o que você fizer e virem que tudo o que Deus faz é maravilhoso, então você terá dado testemunho. […] Embora você seja incapaz de fazer um grande trabalho, você é capaz de satisfazer a Deus. Outros não conseguem deixar de lado suas noções, mas você consegue; outros não conseguem dar testemunho de Deus durante suas experiências reais, mas você consegue usar sua estatura real e suas ações para retribuir o amor de Deus e dar um testemunho retumbante Dele. Apenas isso conta como amar realmente a Deus(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Apenas amando a Deus é que verdadeiramente se crê em Deus”). Ao ponderar as palavras de Deus, percebi que me fazer escrever essa avaliação da minha mãe envolvia as verdades princípios. Eu devia ter aceitado o escrutínio de Deus e obedecido a Ele nessa questão. Em vez de agir de acordo com as emoções, eu devi ter retratado objetivamente a situação real da minha mãe. Mas devido à minha ligação emocional com ela, eu relutava em escrever a avaliação, apesar de estar claramente ciente de que ela tinha muitos comportamentos de descrente, temendo que ela poderia ser afastada da igreja e perder sua oportunidade de salvação. Não estaria eu falhando em tomar a atitude correta e em dar testemunho? Eu não estava disposta a ficar do lado da verdade na minha fé e a proteger o trabalho da igreja, e até protegi a minha mãe devido à nossa ligação emocional — onde estava meu coração que teme a Deus? No passado, eu tinha lidado ativa e entusiasticamente com aqueles que eram considerados anticristos, malfeitores e descrentes, tinha comungado com os meus irmãos e irmãs sobre o significado do trabalho de limpeza da igreja, e falei com a força da justiça ao expor as coisas negativas para proteger o trabalho da igreja. No entanto, em face da questão da minha mãe, fui influenciada pela minha ligação emocional com ela e fui incapaz de agir de acordo com os princípios. Eu não tinha nem um pouco da verdade realidade e os meus afetos eram fortes demais! Tendo percebido tudo isso, não me senti tão atormentada e comecei logo a trabalhar na avaliação, enviando-a para o líder assim que estava feita.

No dia seguinte, li num sermão que, mesmo que alguém tenha sido crente por vários anos sem buscar a verdade, se não tiver causado nenhuma perturbação ou prejuízo, ele pode ser temporariamente poupado de ser removido. Um raio de esperança entrou no meu coração. Minha mãe simplesmente não buscou a verdade, mas não tinha causado distúrbios ou prejuízos claros no trabalho da igreja. Na sua situação particular, ela provavelmente ainda tinha chance de se arrepender. Pensei que era possível que o líder da igreja não compreendesse a situação dela. Talvez eu pudesse escrever uma carta enfatizando como a minha mãe tinha ajudado seus irmãos e irmãs com entusiasmo, ou poderia pedir que comungasse um pouco mais com ela. Certamente, seria melhor se ela continuasse prestando serviço na igreja do que expurgá-la. Eu mal podia esperar para escrever uma carta para o líder da igreja local, mas justamente quando estava prestes a começar a escrever, comecei a ficar nervosa: “Eu não tenho um bom entendimento do comportamento atual da minha mãe. Se ela realmente não lê regularmente as palavras de Deus e adormece durante as reuniões, isso não influenciaria os outros irmãos e irmãs nas reuniões? Não estou escrevendo esta carta apenas porque tenho uma ligação emocional com a minha mãe e quero protegê-la? Mas se ela realmente for afastada, ela nunca terá a oportunidade de obter a salvação”. Na minha miséria, orei apressadamente a Deus, pedindo que Ele me guiasse para entender o meu estado incorreto e aprender a abster-me de agir a partir das minhas emoções. Depois da oração, encontrei duas passagens das palavras de Deus: “Que questões estão relacionadas às emoções? A número um é como você avalia a própria família, como reage às coisas que ela faz. ‘As coisas que ela faz’ incluem quando ela interrompe e perturba o trabalho da igreja, quando julga as pessoas pelas costas, quando faz as coisas dos incrédulos e assim por diante. Você conseguiria ser imparcial em relação a essas coisas que a sua família faz? Se tivesse que avaliar sua família por escrito, você o faria objetiva e imparcialmente, deixando suas emoções de lado? Isso diz respeito a como você deve encarar membros da família. E você é sentimental com relação àqueles com quem você se dá bem ou que o ajudaram anteriormente? Você seria objetivo, imparcial e preciso sobre suas ações e seu comportamento? Você os denunciaria ou exporia imediatamente se os pegasse interrompendo e perturbando o trabalho da igreja? E mais, você é sentimental em relação àqueles que são próximos de você ou que compartilham interesses semelhantes? Sua avaliação, definição e reação às ações e ao comportamento deles seriam imparciais e objetivas? E como você reagiria se os princípios ditassem que a igreja tomasse medidas contra alguém com quem você tem uma conexão emocional, e essas medidas fossem contrárias às suas noções? Você obedeceria? Você continuaria secretamente a interagir com ele, você ainda seria aliciado por ele, você seria até mesmo encorajado por ele a inventar uma desculpa para ele, a racionalizar e defendê-lo? Você assumiria a responsabilidade e viria ao socorro daqueles que foram bondosos com você, indiferente em relação às verdades princípios e negligente em relação aos interesses da casa de Deus? Tudo isso envolve várias questões relacionadas a emoções, não envolve?(A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (2)”). “Digamos, por exemplo, que seus parentes ou pais são crentes em Deus e que, por causa de malfeitos, por criarem perturbações ou por não aceitarem a verdade, eles são removidos. No entanto, você não os discerne, não sabe por que foram removidos, se sente extremamente transtornado e sempre fica reclamando de que a casa de Deus não tem amor e não é justa com as pessoas. Você deveria orar a Deus e buscar a verdade, então avaliar exatamente que tipo de pessoa esses parentes são com base nas palavras de Deus. Se realmente entender a verdade, você será capaz de os definir corretamente e verá que tudo que Deus faz é correto e que Ele é um Deus justo. Então você não terá queixas, conseguirá se submeter aos arranjos de Deus e não tentará defender seus parentes ou pais. O propósito aqui não é romper os laços de seu parentesco; é somente definir que tipo de pessoa eles são e fazer com que você possa discerni-los e saber por que eles foram excluídos. Se essas coisas forem realmente claras em seu coração e suas opiniões forem correta e estiverem alinhadas com a verdade, você será capaz de ficar do mesmo lado que Deus, e suas opiniões sobre a questão serão perfeitamente compatíveis com as palavras de Deus. Se você não for capaz de aceitar a verdade nem ver as pessoas de acordo com as palavras de Deus e ainda ficar do lado dos relacionamentos e das perspectivas da carne ao ver as pessoas, você nunca será capaz de se livrar desse relacionamento carnal e ainda tratará essas pessoas como seus parentes até mais próximos do que os irmãos e irmãs na igreja, caso em que haverá uma contradição entre as palavras de Deus e suas opiniões sobre sua família nessa questão — um conflito até, e em tais circunstâncias, seria impossível para você ficar do lado de Deus, e você teria noções e equívocos sobre Deus. Assim, para que as pessoas possam alcançar compatibilidade com Deus, as suas opiniões sobre as questões devem, em primeiro lugar, estar alinhadas às palavras de Deus; elas devem ser capazes de ver as pessoas e as coisas com base nas palavras de Deus, aceitar que as palavras de Deus são a verdade e ser capazes de renunciar às noções tradicionais do homem. Não importando que pessoa ou questão você enfrente, você deve ser capaz de manter as mesmas perspectivas e opiniões que Deus, e suas perspectivas e opiniões precisam estar em harmonia com a verdade. Dessa forma, as suas opiniões e a forma como você aborda as pessoas não serão hostis a Deus, e você será capaz de obediência a Deus e compatibilidade com Deus. Será impossível que tais pessoas voltem a resistir a Deus; são precisamente as pessoas que Deus deseja ganhar(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como identificar a natureza e essência de Paulo”). As palavras de Deus revelam como aqueles atados pelos seus afetos carnais não podem praticar a verdade nem avaliar imparcial e justamente os próprios parentes, muito menos agir de acordo com as verdades princípios. Pelo contrário, eles protegem, salvaguardam e defendem constantemente os parentes, sem o mínimo de consideração pelos interesses da igreja. Por meio das palavras de Deus, vim a ter certo entendimento do meu estado. Eu estava ciente de que a natureza essência da minha mãe era a de uma descrente, e que ela já tinha se tornado uma perturbação na vida de igreja. Eu devia praticar a verdade e expor os comportamentos da minha mãe para proteger o trabalho da igreja. No entanto, eu não conseguia renunciar aos meus apegos emocionais e temia que, se fosse afastada, ela perderia completamente a oportunidade de ganhar a salvação. Assim sendo, eu queria argumentar em defesa dela e, especialmente quando me lembrava de como ela tinha sido sempre boa comigo, procurava protegê-la, guardá-la e não revelar os seus comportamentos. Depois de ler aquele sermão, eu não consegui simplesmente aceitar os princípios por trás da expulsão e remoção de pessoas da casa de Deus, mas aproveitei uma brecha. Eu queria que a igreja tomasse uma atitude indulgente para com ela e permitisse que ela ficasse, para que talvez ela ainda tivesse uma chance de alcançar a salvação. A casa de Deus faz o trabalho de limpeza em nome da pureza da igreja e para proporcionar aos nossos irmãos e irmãs um ambiente positivo para uma vida de igreja livre das perturbações de Satanás. No entanto, eu permiti que o meu apego emocional me dominasse, protegendo a minha mãe sem a menor consideração pelo trabalho da igreja nem como isso poderia prejudicar a vida dos meus irmãos e irmãs. Eu estava sendo tão egoísta e desprezível! Tinha sido completamente corrompida por Satanás e tinha vivido segundo filosofias satânicas como “o sangue é mais espesso que a água” e “o homem não é inanimado; como pode não ter emoções?”. Achava que, uma vez que a minha mãe tinha cuidado de mim durante o meu crescimento e me apoiado no cumprimento dos meus deveres, qualquer quantidade de mau comportamento da parte dela deveria ser tolerada. Como sua filha, eu achava que não seria nada filial da minha parte ficar de braços cruzados enquanto assistia à remoção dela. Enquanto houvesse um pouco de esperança, eu devia lutar para encontrar uma chance de mantê-la na igreja. Eu não estava me opondo diretamente a Deus? Nos seus anos como crente, a minha mãe nunca tinha prezado as palavras de Deus, nunca tinha assistido consistentemente a reuniões nem praticado as palavras de Deus. Em vez disso, ela se entregava à busca de coisas mundanas e de dinheiro e até dizia: “Não posso me incomodar com a busca da verdade. Ganhar dinheiro é a minha opção mais segura”. Uma vez, depois de um casal de idosos que tinham sido crentes durante mais de uma década ter sido afastado por causa de seus atos perversos e por terem perturbado o trabalho da igreja, ela disse aos irmãos e irmãs: “Pouquíssimos de nós serão bem-sucedidos na nossa fé — todos os outros serão afastados. Mais cedo ou mais tarde, eu também serei”. Na hora, eu comunguei com ela sobre como a igreja remove as pessoas de acordo com os princípios e com base no seu comportamento geral e sua natureza essência. Também lhe disse que ela estava semeando negativismo com tais comentários. No entanto, ela não refletiu sobre si mesma e pareceu completamente indiferente. Eu percebi que a minha mãe nunca tinha aceitado a verdade em todos os seus anos na igreja e nem sequer tinha fé genuína em Deus — ela era apenas uma descrente. Eu não tinha reconhecido a sua essência verdadeira de acordo com as palavras de Deus e tinha até me agarrado teimosamente às minhas opiniões falaciosas. Eu acreditava que, embora ela não tivesse buscado a verdade, desde que não perturbasse nem prejudicasse abertamente as coisas, ela podia continuar a prestar serviço na igreja e talvez ainda pudesse ter uma chance de ser salva. Não percebi que, embora os descrentes pudessem não parecer estar praticando atos perversos por fora, a sua natureza essência não prezam, mas desgostam da verdade. Não importa quantos anos permaneçam na igreja, eles nunca conseguirão alcançar uma transformação em seu caráter de vida nem alcançar a salvação. A obra de Deus nos últimos dias é expressar a verdade para purificar e salvar a humanidade. Se as pessoas não amarem a verdade, elas nunca se livrarão dos seus caracteres corruptos e, mais cedo ou mais tarde, serão expulsas. Eu percebi que eu não tinha entendido a verdade e que as minhas opiniões e crenças eram verdadeiramente absurdas. Também me ocorreu que os descrentes semeiam as suas ideias seculares dentro da igreja, que são completamente contrárias às palavras e exigências de Deus. Irmãos e irmãs de estatura baixa que não entenderam a verdade carecem de discernimento; eles podem facilmente ser perturbados e enganados por tais ideias. Isso pode levá-los a chafurdar-se em fraqueza e negatividade, e, em casos extremos, sua fé pode vacilar, e eles podem afastar-se de Deus. Os descrentes não são membros da casa de Deus, não são nossos irmãos e irmãs; em essência, pertencem ao diabo Satanás e são inimigos de Deus. Se não forem prontamente expurgados da igreja, eles só provocarão desastres. Minha mãe era crente havia muitos anos, mas ainda não lia regularmente as palavras de Deus, muito menos as praticava. A despeito da minha comunhão com ela, ela continuava buscando coisas mundanas e ganhando dinheiro e não gostava da verdade por natureza. Espalhava frequentemente as suas ideias e noções descrentes e perturbava a vida de igreja. Mesmo que lhe fosse dada outra oportunidade, ela não se arrependeria verdadeiramente. O fato de eu ter tentado proteger esse membro da laia do diabo e de querer defendê-la para que ela pudesse permanecer na igreja mostrava que eu era verdadeiramente estúpida e não sabia distinguir o certo do errado.

Mais tarde, deparei-me com outra passagem das palavras de Deus: “Deus criou este mundo e trouxe o homem, um ser vivo ao qual Ele concedeu a vida, para dentro dele. Em seguida, o homem veio a ter pais e parentes, não estava mais só. Desde que colocou os olhos pela primeira vez neste mundo material, o homem estava destinado a existir dentro da ordenação de Deus. O sopro de vida de Deus sustenta cada ser vivo durante o crescimento até a vida adulta. Nesse processo, ninguém acha que o homem está crescendo sob os cuidados de Deus; ao contrário, eles acreditam que o homem cresce sob o cuidado amoroso dos pais e que é o próprio instinto vital que dirige o seu crescimento. Isso acontece porque o homem não sabe quem concedeu sua vida, ou de onde ela veio, menos ainda como o instinto da vida cria milagres. O homem sabe apenas que o alimento é a base da continuidade da vida, que a perseverança é a fonte da existência da vida e que as crenças em sua mente são o capital do qual sua sobrevivência depende. Da graça e da providência de Deus, o homem é totalmente indiferente, e assim ele desperdiça a vida que lhe foi concedida por Deus… Nem um homem sequer desses humanos de que Deus cuida dia e noite se encarrega de adorá-Lo. Deus apenas continua a operar no homem, de quem não espera mais nada, conforme havia planejado. Ele faz isso na esperança de que um dia o homem acorde de seu sonho e, de repente, perceba o valor e o sentido da vida, o preço que Deus pagou por tudo que tem dado ao homem e a preocupação ansiosa com a qual Deus espera que o homem volte para Ele(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Deus é a fonte da vida do homem”). As palavras de Deus me tocaram profundamente. Deus é a fonte da vida do homem, e tudo o que tenho deriva Dele. Foi Deus que cuidou de mim e me alimentou até a idade adulta. Depois disso, Deus me agraciou, permitindo que eu viesse para diante Dele e aceitasse a rega e o sustento das Suas palavras para que eu pudesse entender a verdade, conhecer o sentido da vida e saber me comportar e escolher a senda certa. Tudo isso eram o amor e a salvação de Deus. Deus tinha ordenado à minha mãe que fosse minha guardiã e me criasse no mundo material — eu devia aceitar o cuidado dela como algo que deriva de Deus, respeitá-la e cumprir o meu papel como sua filha. Contudo, quando se tratava de questões de verdade princípio, eu não podia ser influenciada pelo apego emocional, devia praticar a verdade e expor todos os comportamentos descrentes da minha mãe. Só isso seria agir de forma consciente e racional e de acordo com a verdade princípio. Se eu permitisse que os meus afetos carnais influenciassem a forma com que eu me conduzia, proporcionando amor, compaixão, salvaguarda e proteção a uma descrente como a minha mãe, sem dar a menor consideração ao trabalho da igreja ou a como a vida de igreja dos meus irmãos e irmãs pode ser perturbada, sacrificando as verdades princípios para proteger a minha relação com a minha mãe, isso seria rebelar-me e resistir a Deus. Só então eu seria verdadeiramente desprovida de consciência e ingrata. Depois de chegar a essa percepção, eu me senti muito mais livre e liberta de restrições.

Pouco depois, voltei para casa para tratar de alguns assuntos e dei uma olhada na minha mãe enquanto estava na cidade. Nessa noite, conversamos sobre a situação recente dela, e ela sabia que estava prestes a ser removida pela igreja. Quando tentei comungar com ela, ela mudou de assunto, sem comentar. Depois de ver que ela não tinha o menor arrependimento pelos seus atos, fiquei ainda mais convencida de que a decisão da igreja de afastá-la estava alinhada com os princípios. Dois meses depois, recebi outra carta do líder da igreja local, pedindo que aprofundasse a minha avaliação prévia da minha mãe. Na hora, pensei: “Será que o mau comportamento da minha mãe não é suficientemente sério para expurgá-la? Se for o caso, isso significa que, pelo menos por ora, ela não será removida? Por outro lado, a minha mãe não parecia ter o mínimo arrependimento quando eu comunguei com ela dois meses atrás. Devo contar isso ao líder da igreja?”. Enquanto remoía o assunto, lembrei-me de uma passagem das palavras de Deus: “Se você for alguém que realmente acredita em Deus, mesmo que ainda tenha que ganhar a verdade e a vida, no mínimo, você falará e agirá ao lado de Deus; no mínimo, você não ficará parado ao ver que os interesses da casa de Deus estão sendo comprometidos. Quando tiver o desejo de fazer vista grossa, você se sentirá culpado e incomodado e dirá para si mesmo: ‘Eu não posso ficar sentado aqui e não fazer nada, devo me levantar e dizer algo, devo assumir a responsabilidade, devo revelar esse comportamento maligno, devo impedir isso, para que os interesses da casa de Deus não sejam prejudicados e a vida de igreja não seja perturbada’. Se a verdade se tornou sua vida, você não somente terá essa coragem e determinação e será capaz de entender completamente a questão, mas também cumprirá a responsabilidade que tem para com a obra de Deus e com os interesses de Sua casa, e assim seu dever será cumprido. Se você pudesse considerar o seu dever como sua responsabilidade e obrigação e como comissão de Deus, e acha que isso é necessário no intuito de encarar Deus e a sua consciência, você não estaria vivendo a integridade e a dignidade da humanidade normal? Seus atos e seu comportamento seriam o ‘temer a Deus e evitar o mal’ do qual Ele fala. Você estaria cumprindo a essência dessas palavras e vivendo sua realidade(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Por meio das palavras de Deus, percebi que devo estar atenta à vontade de Deus no cumprimento dos meus deveres, preservar a ordem normal da vida de igreja e expor aqueles na igreja que se revelaram como anticristos, malfeitores e descrentes. Só assim eu estaria cumprindo os meus deveres e responsabilidades. Pensei em como a esposa de Jó pediu que ele abandonasse Deus, e ele foi capaz de ficar do lado de Deus. Ele repreendeu a esposa como “mulher tola”. Jó era honesto, franco e tinha uma ideia clara do que devia amar e odiar. Ele não permitiu que laços emocionais influenciassem a forma com que ele vivia a vida. Eu também devia renunciar à minha carne, expor a verdade tal como a via e remover os descrentes da igreja sem demora. Quando percebi isso, anotei todos os comportamentos que tinha observado na minha mãe quando a visitei em casa. Pouco tempo depois, recebi uma carta afirmando que a minha mãe tinha sido removida da igreja. Ela mencionava vários dos comportamentos dela que eu tinha detalhado. Fiquei grata por não ter cedido às minhas emoções e perdido o meu testemunho. Senti-me em paz e firme.

Por meio dessa experiência, adquiri um entendimento mais claro de como Deus decide quem salvar e quem expulsar com base na sua natureza essência e no comportamento geral. Isso é uma manifestação clara do caráter justo de Deus. Não devemos permitir que os apegos emocionais dominem a forma com que agimos em relação aos outros, antes devemos basear as nossas ações nas palavras de Deus, nas verdades princípios. Só isso está de acordo com a vontade de Deus. Sou muito grata a Deus por ter alcançado esse novo entendimento e ter feito esses ganhos.

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