As consequências do apego emocional excessivo

13 de Março de 2024

Por Su Xing, China

Um ano, durante o meu mandato como diácono, a casa de Deus ordenou uma limpeza da igreja para remover todos os descrentes, malfeitores e anticristos das fileiras dos nossos membros. Só por meio de tal limpeza era possível garantir a vida de igreja normal dos escolhidos de Deus. Pouco tempo depois, a nossa igreja iniciou uma investigação sobre esses três tipos de pessoas.

Um dia, o irmão Wang Zhicheng, líder de igreja, me procurou e me disse: “Sua esposa distorce frequentemente a verdade e julga os líderes e obreiros durante as reuniões. No entanto, quando dois diáconos apontaram esse problema, ela não só não aceitou, como guardou rancor contra eles e começou a depreciá-los pelas costas. Isso levou alguns dos nossos irmãos e irmãs a desenvolver certos preconceitos em relação aos líderes e obreiros e influenciou severamente a vida de igreja. Comungamos com ela e a ajudamos, lidamos com ela e a podamos, mas ainda assim ela não reconheceu o erro dos seus modos e não conseguiu arrepender-se e alcançar transformação”. Zhicheng queria também saber mais sobre o comportamento dela em geral, por isso pediu que eu escrevesse uma avaliação para ajudar a fornecer informações para uma decisão sobre a eventual remoção dela. Na hora, eu me senti um pouco desanimado. Zhicheng estava falando a verdade — minha esposa realmente julgava frequentemente os líderes e obreiros, dizendo que eles eram irresponsáveis e que não faziam trabalho prático. Na realidade, os líderes tinham alcançado alguns resultados no trabalho e tinham sido capazes de resolver algumas questões práticas, mas a minha esposa criticava os menores problemas e encontrava falhas em tudo que os líderes faziam. Eu já tinha comungado com ela antes em relação a essa questão, mas ela simplesmente não mudava os seus modos e continuava expressando seu julgamento dos líderes no seu grupo de reunião. Quando seu líder de grupo, o irmão Yang Yanyi, lhe disse que ela não deveria julgar líderes e obreiros durante as reuniões, já que isso perturbava a vida de igreja, ela começou a depreciá-lo, dizendo que ele só falava palavras e doutrinas e que lhe faltava a verdade realidade. Ela chegou até a dizer que ele estava desperdiçando o tempo dos irmãos e irmãs durante a reunião, quando, na realidade, a maior parte da comunhão do Yanyi era bastante prática. As ações da minha esposa estavam perturbando a vida de igreja, e se, no decurso da investigação da igreja, fosse determinado que ela era uma malfeitora, ela seria expulsa da igreja. Na hora, eu pensei: “Se ela for expulsa, isso não significa que ela não será capaz de alcançar a salvação?”. Quando percebi isso, eu disse ao líder: “A razão pela qual a minha esposa causou esses distúrbios e prejuízos é que ela só aceitou a obra de Deus nos últimos dias há pouco mais de dois anos e ainda não entendeu a verdade. Garanto que comungarei com ela quando voltar para casa e verei se consigo fazer com que ela se arrependa. Quanto à avaliação, podemos adiar isso, por ora?”. Zhicheng comungou comigo, dizendo que a casa de Deus sempre enfatizou que os malfeitores e descrentes que perturbam o trabalho da igreja devem ser afastados, a fim de evitar que impactem a vida de igreja normal. Ele pediu que eu completasse a minha avaliação o mais rápido possível e me garantiu que a igreja faria um julgamento justo de acordo com os princípios com base no comportamento geral dela. Eu sabia que Zhicheng tinha razão, mas quando se tratou de escrever uma avaliação da minha esposa, eu me senti péssimo. Minha esposa e eu tínhamos sofrido muito desde que tínhamos começado a crer. Já bastava que todos os nossos vizinhos nos ridicularizavam e zombavam de nós, mas até os nossos amigos e familiares próximos tinham nos abandonado — tínhamos atravessado juntos alguns momentos muito difíceis. Se eu relatasse todos os comportamentos perversos dela e ela acabasse sendo expulsa, então todo o seu sofrimento não teria sido em vão? E mais, se ela descobrisse que foi a minha avaliação que expôs todos os seus comportamentos perversos, ela não diria que eu tinha negligenciado o nosso laço conjugal e que tinha sido insensível com ela? Eu pensei: “Esqueça. Eu não devo escrever isso”. Mas depois reconsiderei, pensando: “Estou ciente de que a minha esposa tem perturbado a vida de igreja. Se eu não denunciar os comportamentos da minha esposa à igreja em tempo, eu não estarei escondendo e encobrindo a verdade por ela? Isso seria ofensivo para Deus!”. Tendo percebido tudo isso, eu me senti angustiado e chateado. Eu não conseguia renunciar ao meu vínculo emocional com a minha esposa e não sabia como proceder da melhor forma. Durante os dias seguintes, sempre que voltava para casa, eu comungava com a minha esposa e a incentivava a se arrepender. Ela concordava superficialmente, mas quando eu a pressionava mais, ela se ofendia e se recusava a aceitar a minha comunhão. Vendo como ela não tinha feito a mínima melhora, eu fiquei tão atormentado que mal conseguia comer ou ter uma boa noite de sono.

Mais tarde, durante uma reunião de obreiros, um líder observou como eu estava sendo governado pelos meus apegos emocionais e ainda não tinha escrito a avaliação, e então ele comungou comigo, dizendo: “A verdade reina na casa de Deus. Nenhum malfeitor será poupado, e nenhuma pessoa boa será acusada injustamente. Como diácono desta igreja, você deveria guiar os demais na prática da verdade para preservar o trabalho da igreja”. Eu fiquei um pouco envergonhado depois de ouvir a comunhão do líder. De fato, como diácono da igreja, se a igreja quisesse entender mais sobre a situação da minha esposa, eu deveria cooperar ativamente. Em vez disso, eu continuava adiando a redação da avaliação e, ao fazer isso, não estava preservando o trabalho da igreja. Na realidade, isso era um alerta de despertar para a minha esposa e uma oportunidade para ela perceber que estava tendo alguns problemas. Se ela aceitasse a verdade e se arrependesse e alcançasse transformação em tempo oportuno, o resultado poderia ser positivo. Depois de voltar para casa, quando eu estava me preparando para escrever a minha avaliação, vi a minha esposa cuidando diligentemente das tarefas domésticas e comecei a hesitar. Apressei-me para orar a Deus, pedindo que Ele me guiasse para deixar de lado as minhas emoções carnais e praticar a verdade para preservar o trabalho da igreja. Depois de concluir a minha oração, estas palavras de Deus me vieram à mente: “Em essência, o que são os sentimentos? São um tipo de caráter corrupto. As manifestações dos sentimentos podem ser descritas com várias palavras: favoritismo, proteção sem princípios para os outros, manutenção de relacionamentos físicos e parcialidade; é isso que são sentimentos(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é a realidade da verdade?”). “Que questões estão relacionadas às emoções? A número um é como você avalia a própria família, como reage às coisas que ela faz. ‘As coisas que ela faz’ incluem quando ela interrompe e perturba o trabalho da igreja, quando julga as pessoas pelas costas, quando faz as coisas dos incrédulos e assim por diante. Você conseguiria ser imparcial em relação a essas coisas que a sua família faz? Se tivesse que avaliar sua família por escrito, você o faria objetiva e imparcialmente, deixando suas emoções de lado? Isso diz respeito a como você deve encarar membros da família. E você é sentimental com relação àqueles com quem você se dá bem ou que o ajudaram anteriormente? Você seria objetivo, imparcial e preciso sobre suas ações e seu comportamento? Você os denunciaria ou exporia imediatamente se os pegasse interrompendo e perturbando o trabalho da igreja? E mais, você é sentimental em relação àqueles que são próximos de você ou que compartilham interesses semelhantes? Sua avaliação, definição e reação às ações e ao comportamento deles seriam imparciais e objetivas? E como você reagiria se os princípios ditassem que a igreja tomasse medidas contra alguém com quem você tem uma conexão emocional, e essas medidas fossem contrárias às suas noções? Você obedeceria? Você continuaria secretamente a interagir com ele, você ainda seria aliciado por ele, você seria até mesmo encorajado por ele a inventar uma desculpa para ele, a racionalizar e defendê-lo? Você assumiria a responsabilidade e viria ao socorro daqueles que foram bondosos com você, indiferente em relação às verdades princípios e negligente em relação aos interesses da casa de Deus? Tudo isso envolve várias questões relacionadas a emoções, não envolve?(A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (2)”). As palavras de Deus revelaram como aqueles com fortes apegos emocionais não se comportam de acordo com os princípios, muito menos são capazes de agir com justiça. Em vez disso, eles favorecem e mantêm suas relações carnais sem a menor consideração pelos interesses da igreja. Ao comparar-me com as palavras de Deus, descobri que eu tinha um apego emocional excessivo. Eu sabia perfeitamente que, visto que a minha esposa distorcia os fatos com frequência, julgava os líderes e obreiros e perturbava a vida de igreja, eu deveria praticar a verdade e expor os seus comportamentos perversos. Só assim eu estaria atento à vontade de Deus e preservando o trabalho da igreja. No entanto, visto que eu não conseguia abandonar meu vínculo familiar, eu temia que a minha esposa perderia a oportunidade de alcançar a salvação e ficaria ressentida, e permanecia do lado dela, a encobria, adiando a avaliação dela e permitindo que ela continuasse a perturbar a igreja. Ao protegê-la, eu não tinha considerado nem minimamente o trabalho da igreja, nem tinha pensado em como poderia estar prejudicando a vida dos meus irmãos e irmãs. Eu fui verdadeiramente desprezível! Quando percebi tudo isso, eu pensei: “Não posso ir contra a minha consciência e ofender Deus por mais tempo. Devo praticar a verdade, renunciar às minhas emoções carnais e expor os comportamentos perversos dela”. Então peguei a caneta e anotei cada um dos comportamentos perversos que eu tinha observado na minha mulher. Alguns dias depois, os líderes e obreiros decidiram, com base nos princípios, que a minha esposa tinha uma humanidade pobre, que ela tinha perturbado a vida de igreja muitas vezes, e que devia ser expulsa, mas, como ela só tinha aceitado a obra de Deus nos últimos dias havia pouco tempo, eles lhe dariam mais uma oportunidade de se arrepender. Ela seria podada, tratada e alertada, mas se ainda assim não se arrependesse, ela seria expulsa. Fiquei aliviado ao ouvir essa notícia, sabendo que ela ainda tinha uma oportunidade de reverter as coisas. Resolvi botar mãos à obra e ajudar a minha esposa a reconhecer os seus comportamentos perversos e a arrepender-se diante de Deus. Se ela conseguisse se arrepender e alcançar uma transformação, ela não seria removida. Nesse caso, ainda havia esperança de ela alcançar a salvação. Quando cheguei em casa, apontei todos os problemas da minha esposa para ela e a exortei a aproveitar essa oportunidade para se arrepender. Na hora, ela concordou com o meu pedido. Depois disso, ela não discutia mais com os irmãos e irmãs e não julgava os líderes e obreiros durante as reuniões. Aceitou de bom grado acolher os irmãos e irmãs quando isso lhe foi atribuído pela igreja e, pelo menos por fora, ela parecia estar se restringindo um pouco mais. Fiquei tão feliz por ela, mas com o passar do tempo, a sua verdadeira natureza voltou a se mostrar.

Uma vez, durante uma reunião, uma líder de grupo, a irmã Liu Yi, perguntou como se devia praticar e entrar na verdade de temer a Deus e evitar o mal. Ao ouvir isso, a minha mulher desprezou Liu Yi, dizendo: “Você me expôs antes, dizendo que eu julgava os líderes e obreiros e cometia o mal, mas você nem sequer entende a verdade de temer a Deus e de evitar o mal! Por que você é a líder deste grupo? O que a qualifica para me criticar?”. Ela ficou lançando essa diatribe contra Liu Yi, recusando-se a parar quando os outros a instruíram a parar. Em certo ponto, seu discurso inflamado ficou tão alto que um vizinho veio perguntar o que estava acontecendo e a reunião teve que ser interrompida por motivo de segurança. Quando descobri o que tinha acontecido, lidei com ela e lhe disse que a sua diatribe tinha prejudicado e perturbado a vida de igreja, mas ela não quis saber nada disso e até tentou se defender. Depois disso, ela continuou furiosa comigo e me ignorou. Era verdadeiramente desmoralizante vê-la tomar esse tipo de atitude comigo. Depois disso, já que eu era bastante conhecido entre os crentes da minha cidade natal e também porque uma pessoa perversa tinha me denunciado por espalhar o evangelho, minha esposa e eu fomos forçados a fugir e cumprir os nossos deveres fora de casa numa nova igreja. Uma vez, durante uma reunião, o entendimento da minha esposa de uma passagem das palavras de Deus foi um pouco estranho e os outros irmãos e irmãs apontaram o erro, dizendo-lhe que essa não era uma interpretação autêntica das palavras de Deus. Minha esposa, porém, não estava disposta a ceder e continuou a insistir no seu ponto de vista, a ponto de interromper todo o fluxo da reunião. Em outra ocasião, ela defendeu um malfeitor que a igreja se preparava para expulsar e perturbou gravemente o trabalho da igreja. Quando soube disso, eu lidei com ela e a expus, mas ela não aceitou meu ponto de vista e até pensou que estava certa. Noutra ocasião, minha mulher ouviu de algum lugar que o líder da igreja estava em perigo e, por isso, bloqueou o líder para impedir que ele participasse da reunião, dizendo que ele poria em perigo os outros participantes. Ela chegou até a dizer que estava ajudando a proteger o trabalho da igreja e semeou medo entre os irmãos e irmãs, aconselhando-os a não se associar ao líder. Ela não fazia ideia do que estava falando e fez todo tipo de declaração e ação ridícula, o que perturbou diretamente a vida de igreja. Fiquei irritado e chateado quando ouvi o que tinha acontecido e comunguei com ela, dizendo: “Você impediu que o líder assistisse à reunião, semeou medo entre os irmãos e irmãs, impediu que as pessoas entrassem em contato com o líder e minou a capacidade do líder de cumprir o dever. Você não estava cometendo o mal e interrompendo a vida de igreja? No passado, a igreja não a expurgou quando você cometeu todo aquele mal porque era crente havia pouco tempo. Deram-lhe uma oportunidade de se arrepender, mas você não se arrependeu de modo algum e até continuou cometendo o mal. Se continuar assim, inevitavelmente será expulsa. E então como alcançará salvação?”. Ela só baixou a cabeça e não ofereceu resposta alguma. Ela não tinha a menor autoconsciência e não conseguiu corrigir seu comportamento mais tarde. Ela não levou a sério o que eu lhe tinha dito ao lidar com ela e ao expô-la e não teve a mínima intenção de se arrepender. No que dizia respeito às ações da minha esposa, deparei-me com uma passagem das palavras de Deus que dizia: “Aqueles entre os irmãos e irmãs que estão sempre dando vazão à sua negatividade são lacaios de Satanás e perturbam a igreja. Tais pessoas devem um dia ser expulsas e eliminadas. Se, em sua fé em Deus, as pessoas não tiverem um coração que teme a Deus, se não tiverem um coração que obedece a Deus, então não só serão incapazes de fazer qualquer obra para Ele, mas, ao contrário, se tornarão aquelas que perturbam Sua obra e que O desafiam. Crer em Deus, mas não Lhe obedecer nem O temer, e, em vez disso, resistir a Ele, é a maior desgraça para um crente. Se os crentes são tão casuais e irrestritos em sua fala e conduta como são os incrédulos, então eles são ainda mais malignos que os incrédulos; são demônios arquetípicos. Aqueles que dão vazão à sua conversa venenosa e maliciosa dentro da igreja, aqueles que espalham rumores, fomentam a desarmonia e formam grupos entre os irmãos e irmãs — eles deveriam ter sido expulsos da igreja. Mas porque agora é uma era diferente da obra de Deus, essas pessoas estão restringidas, pois decididamente hão de ser eliminadas. Todos que foram corrompidos por Satanás têm caráter corrupto. Alguns não têm nada além de caráter corrupto, enquanto outros são diferentes: eles não só têm caráter satânico corrupto, mas sua natureza é também extremamente maliciosa. Não só suas palavras e ações revelam seu caráter satânico corrupto; essas pessoas são, além disso, o genuíno diabo Satanás. Seu comportamento interrompe e perturba a obra de Deus, perturba a entrada na vida de irmãos e irmãs e danifica a vida normal da igreja. Mais cedo ou mais tarde, esses lobos em pele de cordeiro precisam ser removidos; uma atitude impiedosa, uma atitude de rejeição, deveria ser adotada para com esses lacaios de Satanás. Só isso é ficar do lado de Deus, e aqueles que deixam de fazê-lo estão chafurdando na lama com Satanás(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Um alerta para aqueles que não praticam a verdade”). As ações da minha esposa eram exatamente como as que Deus descrevia. No passado, ela distorcia a verdade com frequência e julgava os líderes e obreiros e até instigava conflito entre irmãos e irmãs e líderes e obreiros. Agora ela estava fazendo as mesmas coisas malignas, agindo de forma imprudente, impedindo o líder de cumprir seu dever e afetando gravemente o trabalho da igreja. Nosso líder na igreja anterior tinha dissecado os comportamentos malignos dela, mas ainda assim ela carecia de autoconsciência e não se arrependia. Chegou até a se ressentir daqueles que tentavam ajudá-la e os atacava assim que uma oportunidade se apresentava. Era evidente que ela não aceitava a verdade e até detestava e desprezava a verdade. Esses comportamentos não eram apenas manifestações normais de corrupção nem transgressões isoladas; eles representavam um padrão de prejuízo e perturbação, e nenhum dos conselhos e nenhuma persuasão que lhe foram oferecidos tinham mudado os hábitos dela. Essa era uma manifestação de uma natureza maliciosa! A essência dos malfeitores é detestar e desprezar a verdade e não se arrepender verdadeiramente, mesmo após anos de fé. Ao refletir sobre a revelação das palavras de Deus, percebi que a minha esposa era uma malfeitora e, mais cedo ou mais tarde, seria expulsa da igreja. Contudo, ainda não suportava vê-la ser expulsa após todos esses anos de fé — só de pensar nisso eu ficava atormentado. Apesar de saber que a expulsão inevitável dela era o resultado da sua própria maldade e que ela tinha cavado a própria sepultura, ainda assim eu não suportava ver isso acontecer e queria protegê-la. Bem nessa época, o líder da igreja pediu que eu escrevesse uma avaliação da minha esposa. Na hora, eu pensei: “Talvez eu possa apenas escrever sobre os malfeitos dos quais os irmãos e irmãs desta igreja já têm conhecimento e deixar de fora os incidentes na igreja anterior, de que as pessoas aqui não sabem. Talvez ela tenha chance de permanecer na igreja”. Então, terminei de escrever um resumo superficial de algumas das transgressões atuais dela e entreguei a avaliação. Uns dias mais tarde, o líder me disse: “Foi uma avaliação bem básica, a que você escreveu. Você relatou todos os malfeitos da sua esposa? Na nossa conduta, devemos aceitar o escrutínio de Deus. Não devemos esconder os fatos e a realidade devido aos nossos apegos emocionais pessoais”. As palavras do líder me deixaram em conflito. Fato era que eu não tinha relatado todos os malfeitos da minha esposa, porque, se o fizesse, com base no seu padrão geral de comportamento, ela seria identificada como uma malfeitora e expulsa imediatamente. Dada a resistência dela, se ela fosse realmente expulsa e descobrisse que eu tinha contribuído com provas, eu ouviria isso até o fim da minha vida. E mais, se os meus filhos descobrissem o que tinha acontecido, eles não diriam que eu tinha tratado a minha própria esposa como uma estranha? Por outro lado, se eu não fornecesse um relato verdadeiro na minha avaliação, eu estaria escondendo os fatos e a realidade e encobrindo uma malfeitora, permitindo que ela continuasse cometendo o mal e perturbando o trabalho da igreja. Eu estava muito angustiado e fiquei remoendo aquilo na minha cabeça, incapaz de tomar uma decisão.

Depois de voltar para casa, deparei-me com as seguintes passagens das palavras de Deus: “Você deve deixar de lado as suas emoções assim que puder; Eu não ajo por emoção, mas, antes, exercito a justiça. Se seus pais fizerem qualquer coisa que não seja de benefício para a igreja, eles não escaparão! Minhas intenções foram reveladas a você, e você não pode ignorá-las. Em vez disso, você deve concentrar toda a sua atenção nelas e deixar tudo o mais de lado para seguir de todo o coração. Eu sempre o manterei em Minhas mãos. Não seja sempre tímido, sob o controle de seu cônjuge; você deve permitir que Minha vontade seja cumprida(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 9”). “Quem é Satanás, quem são os demônios, quem são os inimigos de Deus se não os que resistem e que não acreditam em Deus? Não são eles as pessoas que desobedecem a Deus? Não são eles os que alegam ter fé, mas carecem da verdade? Não são eles aqueles que meramente buscam obter bênçãos, mas são incapazes de dar testemunho de Deus? Você ainda se mistura com esses demônios hoje e tem consciência e amor por eles, mas, nesse caso, você não está estendendo boas intenções a Satanás? Você não está em conluio com demônios? Se as pessoas nos dias de hoje ainda são incapazes de distinguir entre o bem e o mal e continuam cegamente a ser amorosas e misericordiosas sem qualquer intenção de buscar a vontade de Deus ou de ser capazes, de alguma forma, de abrigar as intenções de Deus como se fossem suas, então seus desfechos serão ainda mais miseráveis. Qualquer um que não acredita no Deus na carne é um inimigo de Deus. Se você pode ter consciência e amor por um inimigo, não lhe falta um senso de justiça? Se você é compatível com aqueles que Eu detesto e dos quais discordo e ainda tem amor ou sentimentos pessoais para com eles, você não é desobediente? Você não está resistindo intencionalmente a Deus? Tal pessoa possui verdade? Se as pessoas têm consciência para com os inimigos, amor pelos demônios e misericórdia para com Satanás, elas não estão interrompendo intencionalmente a obra de Deus? Essas pessoas que só acreditam em Jesus e não acreditam em Deus encarnado durante os últimos dias, como também aquelas que afirmam verbalmente acreditar em Deus encarnado, mas praticam o mal, são todos anticristos, sem mencionar aquelas que nem mesmo acreditam em Deus. Todas essas pessoas serão objetos da destruição(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Deus e o homem entrarão em descanso juntos”). O julgamento e a revelação das palavras de Deus partiram meu coração. Eu sabia muito bem que a minha mulher tinha a essência de um malfeitor e devia ser expulsa, mas devido ao meu apego emocional a ela, eu não suportava vê-la expulsa e perder sua chance de alcançar a salvação. Também temia que a minha esposa e os meus filhos me considerassem insensível e infiel à família quando descobrissem que eu tinha feito uma avaliação. Encobri os fatos e fiz apenas um esboço sucinto e superficial dos comportamentos da minha esposa na tentativa de enganar a Deus e os meus irmãos e irmãs. Eu estava ciente de que a minha esposa só continuaria perturbando a vida de igreja se permanecesse na igreja, mas mesmo assim eu persisti e encobri os erros dela sem a mínima ideia do dano que isso poderia causar ao trabalho da igreja. Eu não estava encobrindo uma malfeitora, resistindo a Deus e prejudicando a igreja e os meus irmãos e irmãs? Eu não consegui distinguir entre o bem e o mal e cedi ao meu vínculo sentimental e amoroso com essa malfeitora. Como eu fui idiota! Refleti sobre a razão pela qual eu sempre tinha favorecido os meus apegos emocionais em detrimento da prática da verdade: era porque toxinas satânicas profundamente enraizadas como “o homem não é inanimado; como pode não ter emoções?” e “uma vez que um homem e uma mulher se casam, seus laços amorosos são profundos” tinham me levado a dar importância em demasia aos meus laços emocionais e a pensar que, na vida, é preciso ser afetuoso e fiel. Eu tinha chegado a pensar nessas filosofias satânicas como coisas positivas e, como resultado, era incapaz de distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado, não tinha princípios na forma como me conduzia, mantinha laços emocionais e encobria uma malfeitora e permitia que ela perturbasse a vida de igreja e obstruísse o trabalho da igreja. Eu não era um cúmplice nos erros da malfeitora? Fiquei horrorizado com essa percepção e senti arrependimento e vergonha profundos. Se eu tivesse praticado a verdade e exposto os erros da minha esposa para que os meus irmãos e irmãs pudessem ter discernimento dela e expulsá-la prontamente da igreja, as perturbações na vida de igreja poderiam ter sido evitadas. Refleti sobre todas as más condutas da minha esposa — ela podia até ter tido algum entusiasmo, mas não aceitava a verdade e apenas servia para perturbar a igreja. A igreja tinha dado a ela inúmeras oportunidades de se arrepender, e os meus irmãos e irmãs e eu tínhamos comungado com ela várias vezes e até lidado e podado, dando-lhe vários avisos, mas ela não aceitou a verdade, não se arrependeu. Pelo contrário, ela julgou e atacou os nossos irmãos e irmãs. Eu percebi que ela desprezava e detestava a verdade e era como as ervas daninhas expostas por Deus na Sua obra dos últimos dias. Pensei numa passagem de Apocalipse, que diz: “Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda(Apocalipse 22:11). Uma vez um malfeitor, sempre um malfeitor. Ela nunca mudaria, qualquer que fosse a situação.

Mais tarde, deparei-me com outra passagem das palavras de Deus: “O fim de todos é determinado de acordo com a essência que vem de sua conduta e sempre é determinado de forma apropriada. Ninguém pode carregar os pecados do outro; muito menos pode receber punição no lugar do outro. Isso é absoluto. […] No fim, praticantes da justiça são praticantes da justiça, e malfeitores são malfeitores. Eventualmente, os justos terão a permissão de sobreviver, enquanto os malfeitores serão destruídos. Os santos são santos, não são imundos. Os imundos são imundos, e nenhuma parte deles é santa. As pessoas que serão destruídas são todas más, e aquelas que sobreviverão são todas justas — mesmo que os filhos das pessoas más realizem ações justas e mesmo que os pais dos justos cometam atos maus. Não há relação entre um marido crente e uma esposa incrédula, assim como não há relação entre filhos crentes e pais incrédulos; esses dois tipos de pessoas são completamente incompatíveis. Antes de entrar no descanso, a pessoa tem parentes físicos, mas, uma vez que tenha entrado no descanso, ela não terá mais nenhum parente físico. Aqueles que cumprem seu dever são inimigos daqueles não o cumprem; aqueles que amam a Deus e os que O odeiam estão em oposição uns aos outros. Aqueles que entram no descanso e os que terão sido destruídos são dois tipos incompatíveis de criaturas. As criaturas que cumprirem seus deveres serão capazes de sobreviver, enquanto aquelas que não cumprirem seus deveres serão objetos da destruição; mais ainda, isso durará por toda a eternidade. […] Existem relações físicas que existem entre as pessoas de hoje como também associações de sangue, mas, no futuro, todas elas serão destruídas. Crentes e incrédulos não são compatíveis; eles se opõem uns aos outros. Aqueles que estão no descanso acreditarão que existe um Deus e se submeterão a Ele, enquanto aqueles que são desobedientes terão todos sido destruídos. As famílias não existirão mais na terra; como poderia haver pais e filhos ou relacionamentos conjugais? A própria incompatibilidade entre crença e descrença terá rompido totalmente esses relacionamentos físicos!(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Deus e o homem entrarão em descanso juntos”). Por meio das palavras de Deus, aprendi que Deus determina os resultados das pessoas com base na essência delas. Deus não salva os malfeitores, Ele salva aqueles que conseguem aceitar a verdade e se arrepender verdadeiramente, enquanto expulsa aqueles que não conseguem aceitar e até detestam e desprezam a verdade. Na sua essência, a minha esposa é uma malfeitora e não pode ser salva por Deus. Mesmo que permanecesse na igreja, ela acabaria sendo expulsa e só suportaria punições cada vez mais severas para seus malfeitos continuados. Eu não tinha entendido o caráter justo de Deus, pensando apenas em como salvaguardar os meus laços emocionais carnais, não praticando a verdade e acreditando que, enquanto eu escondesse os erros da minha esposa, ela poderia permanecer na igreja e dar um jeito de entrar no reino de Deus. Que noções ridículas eu entretinha! Nos últimos dias, Deus realiza a obra de “classificar cada um de acordo com a sua espécie”. Ele determina o destino e o resultado de cada pessoa com base nas suas ações e natureza essência. O bem deve ser agrupado com o bem; e o mal, com o mal. Minha esposa teria de aceitar as consequências dos seus erros, pois é isso que dita o caráter justo de Deus. Deparei-me com outra passagem das palavras de Deus que dizia: “Todos vocês dizem que têm consideração pelo fardo de Deus e que defenderão o testemunho da igreja, mas quem dentre vocês realmente foi atencioso com o fardo de Deus? Perguntem a si mesmos: Você é alguém que demonstrou consideração pelo fardo de Deus? Você pode praticar a justiça para Deus? Você pode se levantar e falar por Mim? Você pode colocar a verdade em prática firmemente? Você tem coragem suficiente para lutar contra todos os atos de Satanás? Você seria capaz de colocar suas emoções de lado e expor Satanás em prol da Minha verdade? Você pode permitir que Minhas intenções sejam cumpridas em você? Você ofereceu seu coração nos momentos mais cruciais? Você é alguém que faz a Minha vontade?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 13”). As palavras de Deus me deixaram ainda mais arrependido e envergonhado. Eu tinha permitido que os meus apegos emocionais ditassem as minhas ações, aplicando truques e enganando a Deus, prejudicando os meus irmãos e irmãs e obstruindo o progresso normal do trabalho de purificação. Eu já não devia mais agir de acordo com as emoções, devia considerar a vontade de Deus, conduzir-me de acordo com os princípios, expor todos os erros da minha esposa e deixar de permitir que ela perturbasse o trabalho da igreja. Anotei todos os feitos malignos e o padrão geral do comportamento que eu tinha observado na minha esposa ao longo do nosso tempo na igreja e transmiti a minha avaliação ao líder. Pouco depois, os líderes e obreiros da igreja determinaram que a minha esposa era uma malfeitora com base na sua conduta geral e decidiram expulsá-la após uma votação em toda a igreja. Após a expulsão dela, a vida de igreja voltou ao normal. Eu tinha testemunhado a justiça de Deus e me senti bem por ter desempenhado o meu papel na exposição e expulsão de uma malfeitora da igreja. Fiquei muito mais em paz e, em consequência disso, mais firme. Foi por meio da leitura das palavras de Deus que fui capaz de resistir às restrições do apego emocional, de expor os erros da minha esposa e de fazer a minha parte na proteção do trabalho da igreja! Graças a Deus!

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