Proteger o trabalho da igreja é meu dever

13 de Junho de 2022

Por Yixun, Japão

Em dezembro do ano passado, a igreja precisou eleger um novo líder de igreja. Um dia, ouvi os líderes dizerem: “Devemos promover a irmã Liu à posição. Na próxima reunião, leremos as avaliações sobre a irmã Liu e então os irmãos poderão votar”. Quando ouvi isso, fiquei muito surpresa e pensei: “A irmã Liu? Ela tem um desejo forte de fama e status. No passado, ela invejou sua parceira, a irmã Cheng, e a menosprezou e julgou publicamente. Como resultado, os irmãos ficaram insatisfeitos com a irmã Cheng e não apoiaram o trabalho dela, o que interrompeu o trabalho da igreja. Os líderes comungaram com ela muitas vezes, mas ela não mudou, e, no fim, ela foi dispensada. Nem depois de tanta poda e tratamento ela refletiu sobre si mesma. Ela continuou sorrindo como se nada tivesse acontecido e não tinha nenhum entendimento nem ódio de si mesma. Visto que ela não se concentrava em buscar a verdade nem em refletir sobre si mesma, como alguém como ela podia ser apta a ser líder? Selecionar um líder de igreja é um assunto importante. Se um líder de igreja é bom ou ruim afeta diretamente a entrada na vida dos escolhidos de Deus na igreja. Se um líder de igreja não se concentra em buscar a verdade, como ele pode conduzir os irmãos para as realidades da verdade? A irmã Liu é apropriada para ser uma líder?”. Mas então pensei: “Eu não tenho tido contato com ela por quase dois anos. Ela poderia ter se arrependido e mudado agora? Os princípios para selecionar líderes afirmam que líderes dispensados por causa de transgressões no passado ainda podem ser eleitos se mostrarem arrependimento genuíno e conseguirem fazer trabalho prático. Não devo delimitar os outros e devo vê-los à luz de que podem mudar. Se os líderes querem promover a irmã Liu, ela deve ter se arrependido e mudado. Os líderes costumam avaliar e lidar com as coisas de acordo com os princípios”. Depois disso, não pensei mais muito sobre isso.

Alguns dias depois, chegou a hora da reunião. Os líderes comungaram conosco sobre os princípios de eleger líderes e leram as avaliações sobre a irmã Liu. Quando ouvi alguns irmãos comentarem que ela não aceitava bem a verdade e não era muito responsável em seu dever, fiquei um pouco decepcionada. Pensei: “Se a irmã Liu não aceita a verdade, como ela pode ser eleita líder?”. Eu me senti um pouco desconfortável, mas então pensei: “Num instante, os líderes apresentarão o resumo do comportamento normal dela e nos dirão como ela refletiu sobre as transgressões dela no passado e como ela entendeu a si mesma, certo?”. Mas os líderes nunca mencionaram isso. Por fim, perguntaram se alguém tinha alguma opinião sobre a promoção da irmã Liu. Ninguém disse nada. Ninguém respondeu. Eu quis expressar meus pensamentos, mas os líderes tinham lido as avaliações, comungado sobre os princípios e achavam que não havia nada de errado com a irmã Liu. Se eu levantasse dúvidas a essa altura, isso não envergonharia os líderes publicamente? Como os líderes me veriam depois disso? Achariam que eu criava problemas e dificultava as coisas para eles? Achariam que eu agia contra eles? Eu não queria ofender os líderes. E eu tinha sido dispensada recentemente. Se eu objetasse depois disso, todos pensariam que eu estava tentando provocar disputas e aproveitar os erros dos outros para lutar pela posição de líder? Esqueça, pensei, é muita dor de cabeça. Se ninguém disse nada, eu também devia ficar calada. Além disso, promover um líder não é pouca coisa. A liderança deve ser avaliada de acordo com os princípios e a melhor pessoa deve ser escolhida. Assim, engoli minhas palavras. Depois da reunião, me senti um pouco incomodada, mas já estava feito. Eu só pude me consolar dizendo: “Já foi decidido. Se ela for inapta, ela será substituída”. Não pensei mais nisso, e a vida continuou.

Um dia, algumas irmãs falaram disso comigo e também disseram que suspeitavam de que a irmã Liu não tinha conhecimento nem arrependimento de suas transgressões passadas. Em discussões, foi mencionado também que, quando a irmã Liu foi removida e substituída, ela não teve consciência de suas transgressões, não refletiu e não parecia ser alguém que buscava a verdade. Se ela não se concentrava em buscar a verdade, como ela podia liderar os outros no entendimento da verdade e na entrada em suas realidades? A discussão me lembrou de uma passagem da palavra de Deus: “Qual é a causa do surgimento da categoria de pessoas que são líderes e obreiras, e como foi que elas surgiram? Em uma grande escala, elas são necessárias para a obra de Deus; em uma escala menor, elas são exigidas para o trabalho da igreja, elas são exigidas pelo povo escolhido de Deus. […] A diferença entre líderes e obreiros e o resto do povo escolhido de Deus é só uma característica especial nos deveres que cumprem. Essa característica especial se mostra principalmente em suas funções de liderança. Por exemplo, não importa quantas pessoas uma igreja tenha, o líder é o chefe. Então, qual é o papel que esse líder exerce entre os membros? Ele lidera todos os escolhidos na igreja. Que efeito, então, ele tem sobre toda a igreja? Se esse líder tomar a senda errada, o povo escolhido de Deus na igreja seguirá o líder na senda errada, o que terá um impacto enorme sobre todos eles. Tome Paulo como exemplo. Ele liderou muitas igrejas que fundou e o povo escolhido de Deus. Quando Paulo se desviou, as igrejas e o povo escolhido de Deus que ele liderava também se desviaram. Então, quando os líderes se desviam, eles não são os únicos que são impactados, mas as igrejas e o povo escolhido de Deus que eles lideram também são impactados(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Um: Eles tentam conquistar as pessoas”). Quando contemplei a palavra de Deus, senti um peso no meu coração. O líder de igreja é o cabeça de toda a igreja. Se um líder de igreja é bom ou ruim está diretamente relacionado à capacidade de toda a igreja conseguir entender a verdade e ser salva por Deus. Se alguém que busca a verdade é escolhido como líder, ele pode ser responsável pela entrada na vida de seus irmãos, usar a verdade para resolver as dificuldades em sua entrada na vida, comungar sobre seu próprio conhecimento de praticar as palavras de Deus e, aos poucos, guiar e conduzir as pessoas para as realidades da verdade. Se alguém que não busca a verdade é escolhido como líder, se ele não praticar a verdade, ele não pode conduzir seus irmãos para a verdade. Só consegue falar de letras e doutrinas para confundir e prender as pessoas. Dessa forma, os escolhidos de Deus não são prejudicados e arruinados? Embora ainda não pudéssemos caracterizar a irmã Liu como alguém que não buscava a verdade, com base nas avaliações e seu comportamento anterior, no momento, ela não era apta a ser uma líder de igreja. Se fosse promovida a líder nesse momento, isso não seria bom para os escolhidos de Deus nem para o trabalho da igreja.

Naquela noite, algumas irmãs e eu contatamos os líderes para compartilhar com eles as nossas preocupações. Os líderes prometeram investigar a fundo novamente e reavaliar as coisas de acordo com a situação. Não demorou, e uma investigação detalhada do comportamento atual da irmã Liu e das avaliações sobre ela mostrou aos líderes que a irmã Liu não tinha um entendimento verdadeiro de suas transgressões, que ela não refletia sobre si mesma quando as coisas aconteciam e não aceitava a verdade. Os líderes disseram: “Não conhecíamos a situação real da irmã Liu. Só vimos que ela é eficiente em seu dever, então acreditamos que ela tinha se arrependido. Agora, vemos que a irmã Liu realmente não é apta a ser uma líder”. Quando soube desse resultado, eu não consegui descrever minha emoção. Eu me arrependi de não expressar minhas ressalvas a tempo. Se eu tivesse me manifestado antes, e todos tivessem julgado a irmã Liu de acordo com sua situação atual, esses problemas não teriam surgido. Mas eu temia ofender os líderes e obreiros e que os outros achariam que eu estava causando problemas porque eu queria ser uma líder. No fim, para proteger a mim mesma, eu recuei como uma covarde. Eu não pratiquei a verdade nem protegi o trabalho da casa de Deus. Eu só pensava e protegia meus interesses pessoais. Eu era tão egoísta e desprezível!

Mais tarde, consultei algumas das palavras de Deus sobre meu estado. As palavras de Deus dizem: “Que caráter é esse quando as pessoas não assumem responsabilidade pelo seu trabalho? É o caráter de Satanás, um caráter astuto. O item mais marcante nas filosofias de vida do homem é a astúcia. As pessoas pensam que, se não forem astutas, serão suscetíveis a ofender os outros e incapazes de se proteger; elas pensam que devem ser astutas o suficiente para não machucar nem ofender ninguém, mantendo-se assim seguras, protegendo seu sustento e ganhando uma posição firme entre as multidões. É assim que as pessoas agem no mundo dos incrédulos; vocês ainda agem assim na casa de Deus? Quando veem algo prejudicando os interesses da casa de Deus, vocês não dizem nada, o que significa: ‘Se alguém mais quiser falar disso, que deixem — eu não falarei. Eu não desagradarei ninguém nem arriscarei meu pescoço’. Isso é irresponsabilidade e astúcia, e tais pessoas não são confiáveis. […] Só aqueles que amam a verdade e possuem a realidade da verdade podem dar um passo adiante quando exigido pelo trabalho da casa de Deus e os escolhidos, só eles podem se levantar com coragem e comprometidos com o dever de testificar de Deus e comungar a verdade, levando os escolhidos de Deus para a trilha certa, e permitindo que eles alcancem obediência à obra de Deus; e só essa é uma atitude de responsabilidade e a manifestação de se importar com a vontade de Deus. Se vocês não tiverem essa atitude e forem nada além de negligentes ao lidar com as coisas e pensarem: ‘Farei as coisas dentro do escopo de meu próprio dever, mas não me importo com mais nada. Se você me perguntar algo, eu lhe responderei — se eu estiver de bom humor. Caso contrário, não responderei. Essa é a minha atitude’, então esse é um tipo de caráter corrupto, não é? Apenas proteger a própria posição, reputação, autoestima e apenas proteger as coisas que dizem respeito aos seus próprios interesses — é desse modo que se protege uma causa justa? Protegem coisas positivas? Por trás desses motivos mesquinhos e egoístas está o caráter de estar cansado da verdade. A maioria de vocês frequentemente expressa esses tipos de comportamento e, no momento em que encontra algo que diz respeito aos interesses da família de Deus, você prevarica e diz: ‘não vi’, ou ‘não sei’, ou ‘não fiquei sabendo’. Quer você realmente não saiba, quer esteja apenas fingindo, se, quando mais importa, você revela esse tipo de caráter corrupto, é difícil dizer se você é alguém que acredita verdadeiramente em Deus; para Mim, ou você é alguém que está confuso na sua crença ou é um incrédulo. Não é de forma alguma alguém que ama a verdade(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus perfuraram meu coração. Deus revelou que pessoas irresponsáveis em seu dever têm um caráter astuto. Quando vi a palavra “astuto”, pensei nas palavras e ações enganosas de Satanás. Era assim que meu estado se manifestava e era esse o meu caráter. Eu era astuta e enganosa, e não era sincera para com Deus. Na questão da eleição da irmã Liu, não me faltou clareza nem discernimentos sobre a questão. Eu tinha objecções e dúvidas sobre a promoção da irmã Liu a líder e entendia claramente o perigo que isso representava para a igreja e os escolhidos de Deus se o líder errado fosse eleito. Mas por causa da minha natureza astuta e enganosa, eu temia que manifestar-me envergonharia e ofenderia os líderes e obreiros e também temia que os outros achariam que eu queria ser a líder e teriam uma impressão ruim de mim. A fim de proteger meu status e reputação, a fim de me blindar, decidi me fingir de cega e agradar às pessoas para que ninguém se ofendesse. Eu não tinha nenhum temor de Deus. Eu tratei o trabalho da casa de Deus de modo casual e irresponsável! Embora não tivesse certeza se a irmã Liu estava à altura da tarefa de liderar, eu poderia ter perguntado e investigado mais a fundo. Minhas perguntas não teriam sido objeções, tampouco teriam sido uma tentativa de dificultar a vida dos líderes, teria sido investigar os fatos e proteger as eleições de acordo com os princípios. Se eu tivesse investigado a irmã Liu antes e descoberto que ela não refletia sobre suas transgressões no passado, não aceitava a verdade, e não era apta a ser uma líder, eu deveria ter impedido a tempo. Fazer isso teria sido assumir responsabilidade por mim mesma e pelo trabalho da igreja e pelas vida dos escolhidos de Deus. Mas numa questão tão importante quanto as eleições da igreja, eu só considerei meus interesses pessoais. Eu não protegi o trabalho da casa de Deus nem um pouco. Eu não tinha consciência nem razão, e, por natureza, não amava a verdade. Depois de anos de crença em Deus, eu ainda vivia segundo os venenos satânicos como “Quando você sabe que algo está errado, é melhor dizer menos”, e “Cada um por si”. Meu princípio sempre foi “interesse e benefício próprio”. Eu era egoísta, desprezível, astuta, enganosa e tinha pensamentos desonestos. Eu acreditava que, seguindo essa lógica satânica, eu não ofenderia ninguém e poderia garantir meu lugar numa multidão. Mas Deus observa meus atos e ações, e meu comportamento levou Deus a me detestar e condenar. Pensei sobre como Deus comungou minuciosamente conosco ao longo dos últimos anos sobre como discernir falsos líderes e anticristos, sobre a importância de eleger bons líderes de igreja, as responsabilidades de trabalho da liderança da igreja e muitos outros aspectos da verdade. Deus fez isso para que aprendêssemos a discernir pessoas e questões e para que todos nós mantivéssemos uma vida de igreja melhor e protegêssemos o trabalho da igreja. Mas após ouvir tantos sermões, eu não levava as palavras de Deus a sério. Quando coisas aconteciam, eu ainda vivia segundo filosofias satânicas e não praticava a verdade. Refletindo sobre isso, me senti triste e culpada. Lembrei-me das palavras de Deus: “Não importa quanto o trabalho da igreja e os interesses da casa de Deus sofram, você não se importa, não intervém nem se sente culpado — o que faz de você alguém que não tem consciência nem senso, um incrédulo, um servidor. Você come o que é de Deus, bebe o que é de Deus e desfruta tudo o que vem de Deus, mas acha que qualquer dano aos interesses da casa de Deus não está relacionado a você — o que faz de você um traidor que morde a mão que o alimenta. Se você não protege os interesses da casa de Deus, você nem é humano. Isso é um demônio que se insinuou para dentro da igreja. Você finge acreditar em Deus, finge ser um escolhido e quer se aproveitar da casa de Deus. Você não vive a vida de um ser humano e é claramente um dos incrédulos(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só aqueles que realmente se submetem a Deus têm um coração que O teme”). Na palavra de Deus, senti seu ódio e desdém por pessoas egoístas e egocêntricas como eu. Também senti um remorso profundo pelo que fiz. Deus estava certo. Eu era nada além de um parasita na casa de Deus. Eu acreditava em Deus havia anos e desfrutava da rega e do sustento da palavra de Deus, mas não havia lugar para Deus no meu coração e eu nunca era de um só coração com Ele. No momento crítico, eu não protegi os interesses da casa de Deus. Eu sabia que havia um problema com a eleição, mas eu nem tinha a coragem de dizer a verdade. Ainda acreditava irrefletidamente que ela poderia ser dispensada se ela provasse que era a pessoa errada. Essa era a atitude que uma crente em Deus devia ter? Eu não era uma descrente, uma incrédula? Um membro real dos escolhidos de Deus sempre trata os assuntos da casa de Deus como se fossem os seus e consegue ficar do lado de Deus e proteger o trabalho da casa de Deus. Mas eu não me via como membro da casa de Deus. Eu era indiferente ao trabalho da igreja e aos interesses da casa de Deus. Quando percebi um problema, eu não investiguei. Eu não conseguia cumprir nem as responsabilidades básicas de um crente em Deus. Como Deus poderia reconhecer tal fé? Pensando nisso, fiquei desolada e não consegui segurar as lágrimas. Eu me odiei por não ter consciência nem razão. Orei a Deus com lágrimas nos olhos: “Deus! Sou profundamente corrompida por Satanás. Eu só considero meus interesses pessoais e não consigo manter o trabalho da casa de Deus, o que me levou a impedir o trabalho de eleição. Sou tão egoísta e desprezível! Deus, desejo me arrepender”.

Mais tarde, li na palavra de Deus: “Não faça as coisas sempre pelo seu próprio bem, nem considere constantemente os interesses próprios; não pense em seu status, orgulho ou reputação e não considere os interesses do homem. Primeiro, você precisa pensar nos interesses da casa de Deus e fazer deles a sua primeira prioridade. Você deve ser atencioso para com a vontade de Deus e começar por contemplar se você tem sido impuro ou não no cumprimento de seu dever, se você tem sido leal, cumpriu suas responsabilidades, e deu tudo de si, e também se você pensou de todo o coração ou não sobre seu dever e a obra da casa de Deus. Você deve considerar essas coisas. Reflita sobre elas com frequência as entenda, e será mais fácil para você cumprir bem o seu dever. Se seu calibre é baixo, se sua experiência é superficial ou se você não é competente em seu trabalho profissional, então pode haver alguns erros ou deficiências em seu trabalho e os resultados podem não ser muito bons — mas você terá feito o maior esforço. Em tudo que fizer, não pense em seus próprios desejos egoístas nem proteja seus interesses próprios, em vez disso, dê consideração constante ao trabalho e aos interesses da casa de Deus. Embora possa não cumprir bem o seu dever, seu coração foi retificado; se, além disso, você conseguir buscar a verdade para resolver os problemas em seu dever, então, seu dever estará à altura do padrão e você será capaz de entrar na realidade da verdade; isso é dar testemunho(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). “Faça tudo que seja benéfico à obra de Deus e nada que seja prejudicial aos interesses da obra de Deus. Defenda o nome de Deus, o testemunho de Deus e a obra de Deus. Você deve manter e assumir responsabilidade por qualquer coisa que se relacione aos interesses da casa de Deus ou que diga respeito à obra da casa de Deus e ao nome de Deus. Cada um de vocês tem essa responsabilidade, essa obrigação, e isso é o que vocês devem fazer(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Sobre os decretos administrativos de Deus na Era do Reino”). A palavra de Deus me deu uma senda de prática. Quando as coisas aconteciam, eu devia renunciar a meu status e imagem, priorizar o trabalho da igreja e os interesses da casa de Deus e cumprir minha responsabilidade. Quando vejo que os interesses da casa de Deus são prejudicados, devo defender os princípios e os interesses da casa de Deus e não ter medo de ofender as pessoas. Mesmo que não consiga ver as coisas claramente, devo me concentrar em buscar e praticar a verdade e proteger os interesses da igreja. Como no caso da promoção dessa líder, eu não consegui ver as coisas claramente nem ter certeza, mas eu deveria ter me manifestado, buscado e investigado com meus irmãos. Eu não devia ter me importado com o que os líderes pensariam. Devia ter me voltado para Deus e aceito o Seu escrutínio. Com as intenções corretas, as de proteger o trabalho da igreja e os interesses dos meus irmãos, ninguém me julgaria nem condenaria. Quando entendi essas coisas, me senti um pouco aliviada.

Mais tarde, comunguei e busquei com minhas irmãs e descobri que eu tinha outra opinião equivocada. Eu achava que as várias decisões dos meus líderes eram feitas de acordo com os princípios e não deviam ser questionadas. Se eu discordasse, eu estaria dificultando a vida para eles, envergonhando-os e contradizendo-os. Na verdade, minha opinião não estava alinhada com a verdade. Baseava-se inteiramente em minha imaginação. Durante meus devocionais, li uma passagem da palavra de Deus que me ensinou os princípios certos em relação aos líderes e obreiros. Deus Todo-Poderoso diz: “Assim, quando alguém na igreja é promovido e cultivado para ser um líder, ele é meramente promovido e cultivado no sentido mais direto; não significa que já é um líder qualificado ou competente, que já é capaz de realizar o trabalho de um líder e que já pode fazer trabalho verdadeiro — este não é o caso. Quando alguém é promovido e cultivado para ser líder, o mínimo que deve possuir é algo que a maioria das pessoas não vê claramente. Algumas pessoas, confiando em suas imaginações, admiram aqueles que são promovidos e cultivados, mas isso é um erro. Por maior o número de anos que tenham crido, aqueles que são promovidos realmente possuem a realidade da verdade? Não necessariamente. Eles são capazes de fazer com que os arranjos de trabalho da casa de Deus rendam frutos? Não necessariamente. Eles têm um senso de responsabilidade? Eles possuem dedicação? São capazes de se submeter a Deus? Quando depara com um problema, ela é capaz de buscar a verdade? Tudo isso é incógnito. […] As pessoas não devem ter expectativas altas ou fazer exigências irreais àqueles que são promovidos e cultivados; isso seria insensato e injusto com eles. Vocês podem monitorar seu trabalho, e se descobrem problemas ou coisas que violam os princípios no decorrer de seu trabalho, vocês podem levantar o problema e buscar a verdade para resolver essas questões. O que não devem fazer é julgar, condenar, atacar ou excluí-los, pois eles estão no período de cultivação e não deveriam ser vistos como pessoas que foram aperfeiçoadas, muito menos como pessoas aperfeiçoadas ou como pessoas que possuem a realidade da verdade. Eles são como vocês: esse é o tempo em que são treinados. A diferença é que eles assumem mais trabalho e responsabilidades do que as pessoas comuns. Eles têm a responsabilidade e a obrigação de fazer mais trabalho, pagam um preço mais alto, sofrem mais adversidades, se empenham mais, resolvem mais problemas, toleram a censura de mais pessoas e, é claro, fazem um esforço maior, dormem menos, comem menos comida boa e se envolvem menos em conversa fiada do que as pessoas normais. É isso que há de especial neles; fora isso, são iguais a todos os outros. Por que Eu digo isso? Para dizer a todos que devem abordar corretamente a promoção e a cultivação de vários tipos de talentos na casa de Deus e que não devem ser duros nas exigências que fazem a essas pessoas. Naturalmente, as pessoas também não devem ser irreais em suas opiniões sobre elas. É tolo estimar ou reverenciá-las excessivamente, e não é humano ou realista ser excessivamente duro nas exigências que se fazem a elas. Qual, então, é a maneira mais racional de agir em relação a elas? Vê-las como pessoas comuns e, quando surgir um problema que precise ser investigado, comungar e aprender com os pontos fortes de cada um e complementar uns aos outros. Além disso, é da responsabilidade de todos ficar de olho em se os líderes e obreiros estão fazendo trabalho real, se eles usam a verdade para resolver problemas; esses são os padrões e princípios para avaliar se um líder ou obreiro está à altura do padrão(“Identificando falsos líderes”). A palavra de Deus é muito clara. Os líderes de igreja são selecionados e cultivados dentre os escolhidos de Deus. Não são pessoas perfeitas e ainda estão praticando. Ainda estão no processo de buscar a verdade e uma mudança de caráter. Desvios e erros em seu trabalho são inevitáveis. Os escolhidos de Deus devem tratar isso corretamente e ter a responsabilidade de supervisionar e proteger seu trabalho. Se o que os líderes de igreja fazem é inapropriado ou prejudicial ao trabalho, os escolhidos de Deus devem tratar do problema e cooperar com os líderes para completar o trabalho da igreja. Isso também é um dever que os escolhidos de Deus devem cumprir. Sempre que elegemos um líder, por que lemos tantas avaliações e por que os escolhidos de Deus devem votar? Porque os escolhidos de Deus conhecem os fatos. Sem a cooperação dos escolhidos de Deus, a avaliação de líderes e obreiros está fadada a errar. Só quando uma maioria dos escolhidos de Deus assume um fardo e cumpre suas responsabilidades, a seleção de líderes pode ser relativamente correta e alinhada com os princípios. Mas eu não via as coisas de acordo com os fatos. Com base em minhas noções, pensei que as opiniões e decisões dos líderes eram feitas de acordo com os princípios e não apresentariam problemas. Minha visão era completamente absurda! Eu confiava demais nos líderes. Eu os ouvia cegamente e lhes obedecia sem qualquer princípio. Isso era tão tolo e ignorante! Foi só depois de ler a palavra de Deus que percebi como tratar líderes de igreja corretamente. Eu não devia ouvi-los nem obedecer-lhes cegamente. Se o que fazem é correto e alinhado com os princípios da verdade, eu devo aceitar e obedecer. Isso não é obedecer a uma pessoa nem a um líder, é obedecer à verdade. Se o que diz ou faz não está alinhado com os princípios da verdade, não importa que líder de que nível ele é, eu devo rejeitar e me recusar a obedecer, abrir meu coração, comungar e explorar com outros até entendermos o problema. Isso é proteger os interesses da igreja. Se todos conseguem levar a sério os princípios da verdade, cooperar em harmonia com os líderes e cumprir suas próprias responsabilidades, o trabalho e a vida de igreja dos escolhidos de Deus estão garantidos e são preservados. Se todos tivessem a mesma opinião e admirassem cegamente os líderes e obreiros, entregassem todos os problemas aos líderes e obreiros, fossem indiferentes em relação a questões importantes como a eleição de líderes, praticassem exatamente como os líderes dizem, não cumprissem suas responsabilidades, não cooperassem com líderes para ficar de olho nas coisas e não buscassem nem se manifestassem sabendo que há coisas inapropriadas, então eles não só perderiam seus deveres, mas provavelmente também escolheriam os líderes errados. Isso só prejudicaria e arruinaria o trabalho da igreja e os irmãos. Ao mesmo tempo, eu aprendi que, em coisas que não entendo, devo buscar a verdade com um coração que teme a Deus até entender claramente a questão. Contanto que nossa intenção seja correta, para proteger o trabalho da igreja, mesmo que discordemos com nossos líderes, não estamos causando perturbações nem nos opondo aos nossos líderes, estamos buscando a verdade corretamente e explorando o problema e protegendo o trabalho e os interesses da casa de Deus. Se o líder for a pessoa correta, ele será capaz de aceitar a verdade e não oprimirá ninguém por causa dela. Se um líder oprime outros devido a opiniões divergentes, isso prova que o líder não aceita a verdade, o que pode nos ajudar a desenvolver discernimento. Quando percebi essas coisas, meu coração sentiu claridade e libertação. Agora eu sabia como cooperar com líderes e proteger o trabalho da igreja.

Uma vez, os irmãos denunciaram e expuseram Li, dizendo que ela era muito egoísta e gananciosa e que ela costumava tirar vantagem dos seus irmãos e lhes pedia coisas. As pessoas a achavam repugnante e a viam como influência ruim. De acordo com os princípios, ela devia ser expurgada. Quando os líderes investigaram e verificaram a denúncia, determinaram que era verdade, mas os líderes disseram que ela era eficaz no trabalho evangelístico e poderia continuar cumprindo seu dever. Quando ouvi isso, lembrei-me de alguns dos comportamentos anteriores de Li em seu dever. Ela tinha um caráter cruel, fazia coisas arbitrariamente e exigia ter a última palavra. Se alguém apontasse os problemas dela, ela se vingava e o punia, e ela não aceitava a verdade. Por fim, ela foi dispensada. Ainda assim, Li não se arrependeu e continuou gananciosa e ainda pedia coisas dos irmãos com frequência. De acordo com os princípios, ela era um alvo de expurgação. Mas eu ainda tinha algumas preocupações. A humanidade dela era perversa, ela era insidiosa e gananciosa, e se ela permanecesse na igreja, ela cometeria mais maldade e perturbaria o trabalho evangelístico. Se esperássemos para lidar com isso até que tivesse um impacto grande sobre o trabalho, isso não seria tarde demais? Pensei: “Não devo falar com os líderes sobre isso?”. Mas então pensei: “Os líderes podem avaliar e monitorar as coisas de acordo com os princípios. Se eu disser algo agora, como eles me verão? Acreditarão que eu tenho um problema com os arranjos deles? Ninguém mais abriu a boca, então esqueça, eu também não vou”. Quando pensei assim, me senti incomodada. Eu me lembrei da minha experiência recente e percebi que estava protegendo meus interesses de novo. Então, orei em silêncio a Deus para dizer que desejava ter as intenções certas, aceitar o escrutínio de Deus e proteger o trabalho da igreja, independentemente de como os outros me viam. Então expressei minhas preocupações e busquei com todos. Depois de terminar, outros irmãos também fizeram algumas sugestões. Depois, os líderes investigaram e determinaram que Li era inapta a permanecer na igreja, então ela foi expurgada da igreja de acordo com os princípios. Quando vi como isso foi tratado, eu me senti muito segura. Vi que não viver segundo as filosofias satânicas e praticar a verdade é o único jeito de viver como um humano verdadeiro e com dignidade. Graças a Deus!

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