Você deve tornar-se honesto para ser salvo

13 de Junho de 2022

Por Aiguang, França

Em agosto de 2021, juntei-me à igreja francesa de recém-chegados para regar recém-convertidos. Depois de um tempo, descobri que uma recém-chegada tinha um caráter um tanto arrogante, insistia em ideias próprias e não trabalhava bem com os irmãos. Quando os outros apontaram os problemas dela, ela se recusou a aceitar, discutiu sobre certo e errado e julgou e condenou as pessoas pelas costas, fazendo com que os outros se sentissem constrangidos por ela e perturbando o trabalho da casa de Deus. De acordo com os princípios, ela não era apta para o dever, e eu devia comungar com ela e dispensá-la de seu dever. Na época, porém, eu estava tendo alguns problemas. Era a primeira vez em que eu era líder, eu nunca tinha comungado com alguém sobre esse tema e não sabia como fazê-lo. Mas também não quis perguntar à supervisora, pois temia que ela achasse que eu era incapaz por não saber disso, que veria minhas deficiências e deixaria de me valorizar e cultivar. Eu também achava que não falava muito bem o francês, e se eu não entendesse as palavras daquela recém-chegada ou não conseguisse explicar o que eu queria dizer, ela teria noções e se retiraria e eu teria que assumir a responsabilidade. Debati comigo mesma e finalmente pedi que o irmão Claude, o líder daquela igreja, lidasse com isso. Até inventei uma justificativa, de que aquilo era um treinamento para ele que lhe ensinaria a resolver problemas por conta própria. Mas, mais tarde, visto que o irmão Claude não falou com clareza durante a comunhão, essa recém-chegada se retirou e parou de crer. Por causa disso, o irmão Claude ficou muito deprimido. Disse que era estúpido demais para comungar. Na época, eu não me abri para ele para analisar o meu problema. Comunguei com ele como se nada tivesse acontecido e analisei seus desvios. Eu não revelei minha situação e deixei ele pensar que eu conseguia resolver problemas.

Alguns dias depois, numa reunião, nossa líder disse que alguns regadores cumpriam seus deveres de modo irresponsável. Em vez de resolver os problemas, pediam que o líder dos recém-chegados o fizesse. O líder não resolvia, e os recém-chegados abandonavam o grupo. Quando ouvi a líder apontar meus problemas de modo tão direto, senti vergonha na hora. Fiquei muito envergonhada. Pensei: “Todos os supervisores e regadores de cada igreja estão aqui. O que todos pensarão de mim agora? Devem pensar que sou completamente inconfiável”. Quando a líder terminou, ela pediu que todos se manifestassem. Pensei: “A líder falou de modo tão direto aqui, e eu era a infratora. Se eu não comungar ativamente agora, não parecerá que não tenho uma atitude de aceitar poda e tratamento? Com certeza isso causaria uma impressão ruim na minha líder”. A fim de restaurar minha imagem, comunguei primeiro e disse, com leve lamúria: “Estou muito arrependida por ter deixado isso acontecer. Vejo agora que sou uma pessoa muito irresponsável”. Depois de demonstrar “conhecimento” de mim mesma, comecei a me justificar, dizendo: “Desde cedo, paguei um preço alto para identificar as dificuldades da recém-chegada e comunguei com amor com ela sobre a palavra de Deus, mas por não ter experiência no trabalho e por causa da barreira linguística, pedi que o líder dos recém-chegados lidasse com isso. Não levei em conta as consequências disso, o que fez com que a recém-chegada se retirasse”. Depois da conversa, uma irmã me enviou uma mensagem muito direta: “O tom da sua fala foi manso demais. Parecia deliberado. Foi desconfortável. Era como se já soubesse que estava errada e você quisesse que parássemos de repreendê-la”. Quando li a mensagem, a humilhação fez com que meu rosto ficasse vermelho. Era como se tivesse sido pega no ato de aplicar um truque. Foi muito vergonhoso. Depois disso, as palavras da irmã permaneceram no meu coração. Ela apontou meus problemas de forma direta, e devia haver a vontade de Deus por trás disso. Eu deveria refletir e entender corretamente. Ao refletir, percebi que, sempre que cometia um erro e era tratada, eu sempre admitia meus problemas proativamente e depois expressava minhas dificuldades reais num tom triste e aflito para conquistar a simpatia e o entendimento de todos, para que me perdoassem e não me responsabilizassem mais. Também os levava a crer que eu conseguia aceitar poda e tratamento, deixando uma boa impressão de mim. Após refletir sobre isso, percebi que havia muitos truques nas minhas palavras. Depois disso, procurei partes da palavra de Deus sobre o problema para bebê-las e comê-las.

Um dia, lembrei-me do diálogo entre Deus e Satanás na Bíblia. “Jeová perguntou a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu a Jeová, dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela” (Jó 1:7). Então li a análise de Deus sobre como Satanás fala, que diz: “As palavras de Satanás têm uma certa característica: o que Satanás diz deixa você coçando a cabeça, incapaz de perceber a fonte das palavras dele. Às vezes, Satanás tem motivos e fala deliberadamente e, às vezes, governadas pela própria natureza dele, tais palavras emergem espontaneamente, vindo diretamente da boca de Satanás. Satanás não gasta muito tempo pesando tais palavras; ao contrário, elas são expressadas sem pensar. Quando Deus perguntou de onde ele vinha, Satanás respondeu com umas poucas palavras ambíguas. Você se sente muito intrigado, sem nunca saber exatamente de onde Satanás vem. Há alguém dentre vocês que fale assim? Que jeito de falar é esse? (É ambíguo e não dá uma resposta certa.) Que tipo de palavras devemos usar para descrever esse modo de falar? É diversivo e enganoso, não é? Imagine que alguém não queira que os outros saibam o que ele fez ontem. Você lhe pergunta: ‘Ontem eu vi você. Aonde estava indo?’. Ele não lhe diz diretamente para onde foi. Ao contrário, ele diz: ‘Que dia tive ontem! Foi tão cansativo!’. Ele respondeu à sua pergunta? Respondeu, mas ele não lhe deu a resposta que você queria. Esse é o ‘gênio’ no artifício da fala do homem. Você nunca consegue descobrir o que ele quer dizer, nem percebe a fonte ou a intenção de suas palavras. Você não sabe o que ele está tentando evitar porque, no coração dele, ele tem a sua própria história; isso é insídia. Há alguém entre vocês que também costumam falar assim? (Sim.) Então, qual é o seu propósito? Seria, algumas vezes, proteger seus próprios interesses, algumas vezes manter seu próprio orgulho, sua posição e sua imagem, proteger os segredos de sua vida particular? Seja qual for o propósito, ele é inseparável de seus interesses, está ligado aos seus interesses. Não é essa a natureza do homem? Não são intimamente relacionados a Satanás, senão da família dele, todos os que têm tal natureza? Podemos colocar desse jeito, não podemos? Falando em termos gerais, essa manifestação é detestável e abominável(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único IV”). No passado, quando eu lia a análise de Deus de que Satanás fala de modo diversivo e enganoso, eu sempre achava que alguém que usasse esses métodos era certamente uma pessoa astuta e maquinadora. Mas quando a li de novo, percebi que eu também exponho e manifesto essas coisas. Quando a líder me expôs na frente dos meus irmãos, por fora, eu aceitei e admiti que eu era irresponsável, mas não aceitei de verdade e até me senti injustiçada. Eu não cumpria esse dever havia muito tempo, então achava que meus problemas eram perdoáveis. Por que ela me expôs de modo tão direto na reunião e me deixou sem um pingo de dignidade? Depois disso, todos certamente pensavam que eu era inconfiável e irresponsável. Ao mesmo tempo em que me sentia magoada, também achei que, se não me manifestasse naquele ambiente, todos achariam que eu não aceitava poda e tratamento e não entendia meus problemas, de modo que a imagem deles de mim seria ainda pior. A fim de restaurá-la, admiti proativamente o meu erro e falei em tom suave, choramingando deliberadamente, para dizer a todos que eu já sabia que estava errada, que sentia culpa e tristeza e que esperava que não me culpassem mais. Quis expressar que conseguia corrigir meus erros e aceitar a verdade. Por fora, eu parecia conhecer a mim mesma, na verdade, eu usei esse método para calar a boca dos outros. Eu não queria que a líder continuasse falando sobre meus problemas nem me responsabilizasse. Essa era minha intenção real. Ao refletir sobre isso, vi que minha natureza era tão sinistra e astuta quanto Satanás. Todas as minhas palavras estavam cheias de tramas para enganar os outros. Eu cumpria meu dever de forma irresponsável e fui mencionada pela líder quando tive um problema. Eu não só não me arrependi, como, a fim de preservar status e reputação, fingi conhecer a mim mesma na frente dos outros para que achassem que eu era alguém que aceitava a verdade. Eu fui muito astuta e enganosa. Falar abertamente e conhecer a si mesmo deve ser uma manifestação de praticar a verdade, mas minha confissão e admissão continham truques e esquemas. Por fora, eu falava sobre autoconhecimento, mas, na verdade, eu estava me defendendo e fugindo da responsabilidade. Eu fui tão insidiosa!

Um dia, vi outra passagem da palavra de Deus que revela o caráter maligno das pessoas. Deus diz: “Muitas vezes, o engano é externamente evidente. Quando alguém fica fugindo do assunto ou fala de um jeito dissimulado e astuto demais, isso é o engano. E qual é a característica principal do mal? O mal é quando o que as pessoas dizem é especialmente agradável ao ouvido, quando tudo parece certo, irrepreensível e bom sem importar de que maneira se olhe, é quando elas fazem coisas e alcançam seus objetivos sem usar nenhuma técnica óbvia. São extremamente reservados quando fazem as coisas, elas as alcançam sem qualquer dica ou pista visível; é assim que os anticristos enganam as pessoas, e tais coisas e tais pessoas são muito difíceis de identificar. Algumas pessoas costumam dizer as palavras certas, empregar frases agradáveis e usar certas doutrinas, argumentos e técnicas alinhados aos sentimentos das pessoas, para tapar seus olhos; fingem ir em uma direção, mas, na verdade, vão em outra para alcançar seus objetivos secretos. Isso é o mal. Geralmente, as pessoas acreditam que esses comportamentos são enganação. Elas têm menos conhecimento do mal e também o dissecam menos; na verdade, o mal é mais difícil de identificar que o engano, pois é mais oculto, e as técnicas e os métodos envolvidos são mais sofisticados. Quando uma pessoa tem um caráter enganoso dentro de si, é comum levar só dois ou três dias para os outros verem que é enganosa ou que suas ações e palavras revelam um caráter enganoso. Mas quando alguém é chamado de maligno, isso não é algo que pode ser discernido em poucos dias. Pois se nada significativo ou especial acontecer em curto prazo, se você ouvir apenas suas palavras, você teria dificuldades de saber o que realmente elas são. Elas dizem as palavras certas, fazem a coisa certa e conseguem recitar doutrina após doutrina. Após alguns dias com uma pessoa dessas, você a considera uma pessoa boa, alguém que é capaz de renunciar a coisas e de despender-se, que entende coisas espirituais, que tem um coração que ama a Deus, que age com consciência e sentido. Entretanto, uma vez que começar a fazer coisas, você descobrirá que há impurezas demais nas palavras e ações dela ou que tem muitos pensamentos enganosos, e você percebe que ela não é honesta, que é ainda uma pessoa enganosae que é um tanto maligna. Muitas vezes, ela escolhe as palavras certas, palavras que condizem com a verdade, que estão alinhadas aos sentimentos das pessoas e à humanidade, que soam agradáveis para conversar com as pessoas. Em certo sentido, ela faz isso para se estabelecer e, em outro sentido, para enganar os outros, de modo que possam ter status e prestígio entre as pessoas. Tais pessoas são extremamente enganosas, e uma vez que têm poder e status, elas enganarão e prejudicarão muitas pessoas. Pessoas com um caráter maligno são incrivelmente perigosas(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles confundem, atraem, ameaçam e controlam as pessoas”). A palavra de Deus revelou que o traço principal de pessoas com caracteres malignos é que elas são sorrateiras. A fim de esconder suas intenções, elas sempre usam as palavras certas e métodos que, por fora, parecem seguir os princípios a fim de alcançar suas segundas intenções. Refleti sobre as coisas que eu fiz e percebi que era o mesmo truque: eu não consegui lidar com os problemas dos recém-chegados, então, a fim de esconder minha estatura verdadeira da minha supervisora, empurrei o problema pra cima do líder dos recém-chegados. Até inventei uma desculpa nobre: a de que era treinamento para o irmão Claude para lhe ensinar a resolver problemas sozinho. No fim, ele não lidou bem com isso, e eu o ajudei a avaliar os desvios dele. Eu não só falhei em expor meu estado real, tentei estabelecer uma imagem boa na frente dele para levá-lo a pensar que eu era boa em lidar com esses problemas. Quando minha líder me expôs, a fim de restaurar minha imagem no coração de todos, eu admiti proativamente meus erros para calar a boca deles, e até choraminguei para conquistar sua simpatia e entendimento e levá-los a pensar que eu consigo aceitar a verdade, que conheço a mim mesma e tenho uma atitude penitente. Assim, eles parariam de me responsabilizar. Depois de refletir sobre meus atos e palavras usando as palavras de Deus, eu vi que fui mesmo terrível. Usei palavras que pareciam alinhadas aos sentimentos das pessoas e à verdade para encobrir minhas intenções desprezíveis, e assim enganar, ludibriar e confundir totalmente a todos e, assim, me estabelecer. Só quando percebi isso, que eu vi que eu era uma pessoa sinistra, enganosa e inescrutável. Quando a palavra de Deus revelava que as pessoas são malignas, eu nunca as aplicava a mim mesma, achando que eu não era assim. Mas quando meu ambiente me revelou e após refletir com base na palavra de Deus, finalmente ganhei um pouco de conhecimento do meu caráter maligno.

Mais tarde, continuei a refletir. Percebi que eu expunha meu caráter maligno em muitas coisas. Lembrei-me de que, pouco antes, a supervisora pedira que eu entregasse um trabalho à irmã Wang para que ela o assumisse. Quando eu soube desse arranjo, fiquei decepcionada. Eu era responsável por aquele trabalho sozinha havia dois anos e achava que ninguém conseguiria me substituir nesse dever. Não achava que ele poderia ser dado a outra pessoa. Eu quis perguntar à supervisora se poderia continuar à cargo dele, mas temia que ela achasse que eu era ambiciosa e insensata demais, por isso, não disse nada. Por fora, eu obedeci, mas quando entreguei o trabalho, usei a presença da supervisora e da irmã Wang para mencionar alguns elementos-chave daquele trabalho. Queria que vissem a experiência e os princípios que eu tinha aprendido ao cumprir aquele dever que não podiam ser aprendidos em poucas semanas, para que a supervisora me deixasse continuando cumprindo-o. Depois que entreguei, a supervisora perguntou se eu poderia treinar a irmã Wang em sua prática por mais tempo. Fiquei muito feliz ao ouvir isso. Embora não continuasse responsável pelo trabalho, o que eu tinha dito alcançou o objetivo. Depois, quando a irmã Wang tinha problemas e dificuldades nesse dever, ela me procurava para que eu avaliasse e julgasse as coisas, e também pedia que eu revisasse cada tarefa. Dessa forma, recuperei silenciosamente o meu poder. Pensando no meu comportamento na época, eu obviamente não queria que ela tomasse meu lugar, mas, para que a supervisora não pensasse que eu era arrogante e insensata, usei a oportunidade de entregar o trabalho para exibir meu capital. Sem perceber, recebi a aprovação da supervisora. Ganhei e assumi poder legitimamente e escondi minhas intenções com “esperteza”. Eu era muito hábil em meios e esquemas enganosos! Quanto mais eu refletia sobre meu comportamento, mais assustada eu ficava. Eu não podia acreditar que eu era uma pessoa assim.

Mais tarde, li duas passagens das palavras de Deus que revelam os caracteres malignos dos anticristos que me permitiram conhecer a mim mesma. Deus Todo-Poderoso diz: “O mal dos anticristos tem uma característica principalcompartilharei com vocês o segredo de como discerni-la. O segredo é esteem primeiro lugar, seja em sua fala ou em suas ações, eles são insondáveis para você; você não consegue lê-los. Quando estão falando com você, seus olhos não ficam parados, e você não consegue saber que tipo de esquema estão tramando. Às vezes, eles lhe passam a impressão de que são ‘leais’ ou especialmente ‘sinceros’, mas este não é o caso, você nunca consegue perceber quem são de fato. Você tem um sentimento peculiar em seu coração, uma sensação de que existe uma sutileza profunda em seus pensamentos, uma profundeza insondável. Eles parecem estranhos e misteriosos(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles são malignos, insidiosos e enganosos (parte 2)”). “‘Estranho e misterioso’aqui, a palavra ‘estranho’ significa anormal, e a palavra ‘misterioso’ significa insidioso e astuto. Como frase, significam insidioso, astuto e particularmente anormal no comportamento. ‘Anormal’ se refere a algo profundamente oculto, de forma que as pessoas comuns não conseguem perceber ou ver o que aquele que oculta está pensando ou fazendo. Significa que a maneira e o impulso das ações de tais pessoas, ou os motivos por trás delas, são insondáveis para os outros. Às vezes, essas pessoas até agem como ladrões sorrateiros. Há uma expressão que pode resumir a manifestação prática e o estado de estranheza e mistério no comportamento, que é ‘falta de transparência’, estar fora do alcance da crença e do conhecimento dos outros. Existe essa característica nas ações dos anticristosvocê tem muito medo quando percebe ou sente que a intenção deles de fazer algo não é tão simples assim, mas quando você não consegue enxergar o motivo ou a intenção num curto espaço de tempo ou devido a algum outro fator, você sente inconscientemente que o comportamento deles é bastante estranho e misterioso. Por que isso o faz sentir-se assim? Porque ninguém pode chegar ao fundo das ações e das falas delesisso é parte da razão. Além disso, seja o que for que eles estejam fazendo, é muito difícil para você determinar a partir do discurso, ou a partir da forma e dos métodos das ações deles, o que exatamente eles pretendem fazer. No discurso, eles ‘fingem que vão atacar pela direita e atacam pela esquerda’, e raramente falam uma palavra verdadeira, levando você a pensar que as coisas verdadeiras que eles dizem são falsas, e as falsas, verdadeiras. Você não sabe quais partes do discurso são falsas e quais são verdadeiras e, muitas vezes, têm a sensação de que está sendo enganado e que eles estão brincando com você. O que dá origem a esse sentimento? Ele provém de uma constante falta de transparência nas ações desse tipo de pessoa. Você não consegue ver claramente o que ela está fazendo ou com o que está ocupada, por isso você não consegue deixar de duvidar dela, até que você finalmente vê que o caráter dela é enganoso, sinistro e maligno(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles se comportam de maneiras estranhas e misteriosas, são arbitrários e ditatoriais, nunca comungam com os outros e os obrigam a lhes obedecer”). As palavras de Deus revelaram que os caracteres dos anticristos são extremamente malignos. Sempre há uma segunda intenção por trás daquilo que dizem e fazem, o que os torna impenetráveis. A fim de alcançar seu propósito, eles usam ilusões e métodos dissimulados para enganar e confundir as pessoas. Confundem a todos, para que ninguém saiba se suas palavras são verdadeiras ou falsas. Vi que meu comportamento era dissimulado como o de um anticristo. Eu também sempre tinha segundas intenções em meus atos e palavras. Quando tinha dificuldades em meu dever, eu quebrava a cabeça para encontrar um jeito de evitá-las e também tentava evitar que minha supervisora visse a minha estatura real. Quando minha líder expôs os problemas no meu dever, tudo que contemplei foi como fazer com que as pessoas achassem que eu era alguém que aceita a verdade, e, ao mesmo tempo, tentei fugir da minha responsabilidade. Quando quis tomar poder e manter minha posição, tudo que considerei foi como não revelar minhas ambições e como levar minha supervisora a permitir que eu ficasse com o trabalho e tivesse a última palavra. Sempre que algo ameaçava meu status e reputação, eu só pensava em como me esconder e confundir os outros. Especialmente na frente de líderes e supervisores, eu pensava com cuidado antes de falar qualquer coisa, sobre quais palavras alcançariam meu propósito e esconderiam meus pensamentos reais. Deus diz que pessoas que fazem tais coisas dissimuladas estão fazendo o que um anticristo faz! Quando refleti sobre isso, fiquei com um pouco de medo. Deus exige que sejamos honestos e digamos o que realmente pensamos, incluindo a corrupção que revelamos, o que não entendemos e o que não conseguimos fazer. Mas eu só pensava em como me disfarçar, como conquistar a admiração dos outros e como manter minha imagem. Tudo que eu fazia era calculado, insidioso e dissimulado e tudo que eu expunha era o caráter enganoso e maligno de Satanás. Quando percebi isso, cena após cena apareceram na minha mente. Lembrei-me da minha infância. Minha mãe me ensinou que “cavalos rápidos não precisam de chicote, tambores altos não precisam de baquetas pesadas”, então sempre tentei ser um “cavalo rápido” ou um “tambor alto”, e uma criança “obediente” e bem-comportada. Quando aprontava algo, eu o admitia imediatamente sem precisar ser lembrada. Meus pais quase nunca me repreenderam ou disciplinaram, então eu achava que podia evitar muito sofrimento sendo esperta e admitindo meus erros. Por exemplo, quando falhava num exame, a fim de evitar que meus pais me culpassem ou me punissem, antes que pudessem abrir a boca, eu começava a chorar e tentava me retratar como coitada e vítima, porque sabia que meus pais não aguentavam quando eu chorava. Eles temiam que eu não suportasse pressão adicional, então deixavam de me culpar. Em vez disso, me consolavam. Sempre que eu chorava e me fazia de coitada, eu escapava da repreensão deles. Meu autorrespeito permanecia intacto e eu evitava a responsabilidade que devia ter assumido. Depois de crer em Deus, continuei assim. Quando não cumpria bem o meu dever e devia assumir a responsabilidade, eu aplicava truques, me fingia de coitada e defendia meu caso para encobrir meu desleixo e comportamento irresponsável em meu dever para que ninguém me podasse nem lidasse comigo. Vi que viver segundo essas filosofias satânicas me deixava cada vez mais astuta e enganosa. Eu sempre checava a opinião popular, aprendia truques insidiosos e me tornava um Satanás vivo. A coisa mais assustadora era que truques e enganações eram normais para mim. Se os irmãos não tivessem me lembrado e exposto, eu não teria consciência nem vergonha nenhuma. Lembrei-me da palavra de Deus: “O que Deus quer são pessoas que sejam honestas. Se você é capaz de mentir e enganar, você é uma pessoa enganosa, desonesta e sinistra, não uma pessoa honesta e, então, não há chance de Deus salvar você, nem você pode ser salvo de maneira alguma(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). “Se suas palavras forem repletas de desculpas e justificativas sem valor, então digo que você detesta colocar a verdade em prática. Se você tiver muitas confidências que reluta em compartilhar, se estiver muito indisposto a desnudar seus segredossuas dificuldadesdiante dos outros de forma a buscar o caminho da luz, então digo que você é alguém que não alcançará a salvação facilmente e que não emergirá facilmente das trevas(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Três admoestações”). A palavra de Deus nos mostra que Deus odeia e despreza pessoas enganosas. Elas têm aspectos sombrios demais em seu coração. Seus atos e palavras sempre enganam e confundem, e elas nunca praticam a palavra de Deus. Não importa por quantos anos creiam em Deus, seus caracteres corruptos jamais mudarão e elas nunca alcançarão salvação. Quando reconheci isso, vi que eu estava em grande perigo! Orei a Deus para dizer que eu desejava me arrepender e pedi que Deus me guiasse e me ajudasse a mudar de verdade.

Um dia, li na palavra de Deus: “Seja uma pessoa honesta e ore para que Deus o livre do engano em seu coração. Purifique-se por meio da oração em todos os momentos, seja tocado pelo Espírito de Deus por meio da oração, e seu caráter mudará gradualmente(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Acerca da prática da oração”). “Você deve buscar a verdade para resolver qualquer problema que surge, não importa o que seja, e de forma alguma deve se disfarçar ou mostrar um rosto falso aos outros. Seus defeitos, suas deficiências, suas falhas, seus caracteres corruptosseja completamente aberto em relação a todos eles e comungue sobre todos eles. Não os guarde no interior. Aprender a se abrir é o primeiro passo em direção à entrada na vida e é o primeiro obstáculo, que é o mais difícil de superar. Uma vez que você o superou, entrar na verdade é fácil. O que significa dar esse passo? Significa que você está abrindo seu coração e mostrando tudo que tem, bom ou mau, positivo ou negativo, desnudando-se para que os outros e Deus o vejam; não escondendo nada de Deus, não ocultando nada, não disfarçando nada, livre de enganação e truques, e sendo igualmente aberto e honesto com as outras pessoas. Dessa forma, você vive na luz, e não somente Deus o escrutinizará; as outras pessoas também serão capazes de ver que você age com princípios e alguma medida de transparência. Você não deve utilizar quaisquer métodos para proteger a sua reputação, imagem e status, nem deve encobrir nem disfarçar os seus erros. Não deve se envolver nesses esforços inúteis. Se conseguir renunciar a essas coisas, você viverá sem grilhões nem dor e viverá inteiramente na luz. Aprender a se abrir quando você comunga é o primeiro passo para entrar na vida. Em seguida, você deve aprender a analisar seus pensamentos e ações para ver quais são errados e quais não agradam a Deus, e você deve revertê-los imediatamente e retificá-los. Qual é o propósito de retificá-los? É aceitar e levar em consideração a verdade, enquanto rejeita as coisas dentro de si que pertencem a Satanás e as substitui pela verdade. Antes, você fazia tudo de acordo com sua natureza astuta, que é falsa e enganosa; você achava que não conseguiria fazer nada sem mentir. Agora que você entende a verdade e despreza a maneira de Satanás de fazer as coisas, você não age mais dessa maneira, você age com uma mentalidade de honestidade, pureza e obediência. Se você não guardar nada, se não apresentar uma fachada, um fingimento, se você se desnudar aos irmãos e irmãs, não esconder seus pensamentos e suas ideias mais íntimos, e permitir que os outros vejam sua atitude honesta, aos poucos, a verdade se enraizará em você, florescerá e dará fruto, produzirá resultados, pouco a pouco. Se o seu coração é cada vez mais honesto e se orienta cada vez mais por Deus, e se você sabe proteger os interesses da casa de Deus quando cumpre seu dever, e sua consciência pesa quando você deixa de proteger esses interesses, isso é prova de que a verdade teve um efeito sobre você e se tornou sua vida(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só aqueles que praticam a verdade são tementes a Deus”). As palavras de Deus tocaram meu coração. A exigência de Deus é muito simples. É que falemos e ajamos de forma pura e honesta. Não ter engano, nem disfarce, nem fraude no coração, ter um coração honesto em relação a Deus e ser honestos com os outros. Se cometemos um erro ou mentimos, devemos admiti-lo e refletir sobre nós mesmos e aceitar a verdade com uma atitude sincera. Só assim os nossos caracteres satânicos podem ser resolvidos aos poucos. Quando alguns irmãos são podados e tratados, embora sintam vergonha na hora, eles conseguem aceitar e obedecer. Depois, eles conseguem buscar a verdade, refletir sobre si mesmos e encontrar a causa de seu fracasso. Com o passar do tempo, fazem mais progresso, se tornam cada vez melhores em seus deveres e têm a orientação e as bênçãos de Deus. Mas eu, a fim de manter meu status e imagem, sempre usava certos meios para fugir das minhas responsabilidades e evitar poda, tratamento e julgamento e ainda achava que estava sendo esperta. E o que recebi no fim? Após anos crendo em Deus, meu caráter de vida não tinha mudado. Eu ainda era astuta, enganosa, maligna e egoísta. Eu cumpria meu dever sem entender os princípios e não sabia como resolver problemas. Finalmente percebi que, ao usar truques para me esquivar da responsabilidade e evitar poda e tratamento, eu estava rejeitando a salvação de Deus e arruinando minhas chances de ganhar a verdade. E sempre que usava truques para escapar da responsabilidade, eu quebrava a cabeça para pensar no que dizer e em quais desculpas usar. Eu podia me safar uma vez, mas assim que surgia outra ameaça à minha imagem e reputação, eu precisava inventar outro método para enganar as pessoas. Viver nesse estado enganoso e desonesto todos os dias era exaustivo. Deus odeia e detesta isso, e, no fim, eu arruinaria minhas chances de ganhar a verdade e ser salva. Isso não era nem um pouco esperto. Era tolo e ignorante. Quando percebi isso, eu quis muito resolver meus caracteres enganosos e malignos e me tornar uma pessoa honesta.

Mais tarde, lembrei-me de que o irmão Claude ainda não conhecia meus motivos desprezíveis quando pedi que ele comungasse com a recém-chegada. Se eu não me abrisse com ele, ele não teria discernimento de mim, ainda me admiraria e continuaria num estado negativo, achando que não conseguia fazer o trabalho. Então procurei o irmão Claude, me abri com ele sobre meus motivos ao enviá-lo para comungar com a recém-chegada e lhe contei o que eu tinha aprendido com tudo isso. Falei que a maior parte da culpa era minha e que fui egoísta e desprezível. A fim de proteger meus interesses e reputação, eu o enganei e o obriguei a assumir a responsabilidade. Então ele se abriu sobre a autorreflexão, o conhecimento e os ganhos dele nessa questão. Depois de ouvir a comunhão dele, senti uma grande libertação. Experimentei de verdade que só podemos sentir paz e segurança se praticarmos a verdade e formos honestos.

Depois, minha supervisora marcou uma reunião para analisar os desvios em nosso trabalho. Minha eficácia tinha diminuído muito naquele mês. Eu sabia que, nessa reunião de trabalho, Deus estaria examinando cada um dos meus atos e palavras para ver como eu me comportaria, se eu voltaria aos meus truques e enganos antigos para defender meu status e imagem e encobrir e esconder minhas deficiências e problemas, ou se eu assumiria meus problemas, falaria abertamente e seria honesta. Eu decidi praticar a verdade, mesmo que isso prejudicasse minha imagem. Então eu me abri sobre como eu improvisei e apliquei truques em meu trabalho naquele período, e disse que examinaria meus desvios e problemas, mudaria minha atitude em relação ao meu dever e tentaria ser mais eficiente. Depois dessa comunhão, senti uma grande libertação e tive a vontade e motivação para cumprir bem o meu dever. Depois de terminar, meus irmãos não me menosprezaram. Em vez disso, discutiram algumas sendas de prática para cumprirmos bem os nossos deveres. Sua comunhão foi muito benéfica para mim e também aprendi outras maneiras de mudar meus desvios. Depois disso, pratiquei de acordo com essas sendas e, aos poucos, me tornei mais eficiente em meu trabalho. Quando vi isso, agradeci muito a Deus.

Por meio dessa experiência, senti genuinamente que, não importa que erros cometamos ou que corrupção manifestemos em nossos deveres, se encararmos as coisas com calma, abrirmos o coração e buscarmos a verdade, os outros não nos menosprezarão, e também poderemos refletir sobre nós mesmos e cumprir melhor o nosso dever. Senti também que só aqueles que praticam a verdade e são honestos têm caráter e dignidade e que só eles sentem paz e libertação.

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