Conhecer-se verdadeiramente apenas ao compreender a verdade

19 de Agosto de 2019

Por Wenwen, Província de Jilin

Na minha opinião, sempre pensei que desde que as práticas externas parecessem ser apropriadas, nas quais as pessoas não vissem nenhuma corrupção, então isso era considerado uma mudança. Portanto, eu prestava especial atenção às práticas externas em tudo que fazia. Só me preocupava se as minhas práticas eram corretas ou não, e desde que os comportamentos e práticas externas minhas fossem razoáveis, tudo bem para mim. Quando confrontado com uma poda, eu só me importava se houvesse alguma coisa errada na minha prática. Só me convencia se eu fosse refutado em minhas práticas. Eu não aceitava comunicações adicionais sobre o reconhecimento da minha natureza corrompida. Depois, as irmãs e irmãos me contaram que alguém só poderia mudar o seu caráter ao conhecer a sua natureza e que eu não tinha conhecido a minha. Após ouvir as palavras das irmãs e irmãos, comecei a aprender a reconhecer a minha natureza. Quando alguém disse: “Essa expressão de exibicionismo é dominada pela natureza da sua arrogância”, então respondi: “Ó, sou arrogante, a minha natureza é arrogante!” Outra pessoa disse: “Esse comportamento incomum e incontrolável é dominado por sua natureza humana maligna”. Então continuei: “Ó, a minha natureza maligna”. Eu não pensava que era difícil conhecer a minha natureza desde que eu repetisse quais tipos de natureza dominavam tais comportamentos respectivamente. Se alguém me perguntava: “Por qual natureza esse comportamento é dominado?”, eu respondia: “É arrogância, maldade, malícia, astúcia…” Esse tipo de perguntas e respostas era como preencher as lacunas, o que parecia ser muito fácil. Acontece que as irmãs e irmãos me contaram que eu conhecia a minha natureza em um nível superficial. Assim, em uma conversa posterior sobre reconhecer-me, eu disse: “Sou arrogante e sem limites. Sou muito mau e malicioso”. Pensei que adicionar “muito” ao meu reconhecimento anterior aprofundaria a minha compreensão. Eu não tinha clareza quanto ao sentido das exigências de Deus em relação às pessoas reconhecerem suas naturezas, portanto, quando eu revelava corrupção ou quando eu via as palavras reveladas de Deus sobre a natureza humana, eu só as compreendia a partir da perspectiva de seguir as regras. Eu era como um papagaio, repetindo as palavras sobre me reconhecer, em vez de compreender de fato e saber a partir do meu coração. Eu não me odiava, nem sentia o quão perigoso isso era. Mesmo após ouvir as duras palavras de Deus, não me senti chocado. Pelo contrário, não me incomodaram, o que redundou em pouca alteração em meu caráter. Embora eu seja estúpido, insensível e com poucas qualidades, Deus não me abandonou, mas, em vez disso, Ele sempre me guiou e iluminou-me, levando-me a conhecer a minha natureza e substância e a encontrar um caminho para mudar o meu caráter.

Alguns dias atrás, mudei-me com um irmão para uma nova família anfitriã. Ao nos comunicarmos depois de nos mudarmos para lá, a irmã mais velha na família anfitriã mencionou como as irmãs e irmãos que ela costumava hospedar revelavam corrupção. Ela também dizia os pontos de vista dela sobre eles. Depois de ouvi-la, não respondi nem a levei a sério, e não comuniquei a verdade à irmã mais velha. Então o tempo passou. Depois de vários dias, outros dois irmãos que realizavam funções vieram até nós procurando acomodação para vários dias. Depois que partiram, a irmã mais velha falou para nós as opiniões dela sobre esses dois irmãos e, naquele momento, a minha mente reagiu: a maior parte do que você diz não se adequa aos fatos. Tudo isso é suspeita sua. Deus requer que irmãs e irmãos se amem e ajudem-se. Devo praticar a verdade e comunicá-la ao ser honesto com você. Dois dias depois da nossa comunicação, a irmã mais velha veio até mim e disse-me quais frases e atos meus a haviam incomodado. Ela expressou todos os pensamentos dela e chorou. Ao ver isso, pensei: você suspeita demais de todos. Agora, você suspeita de mim. Isto não está certo. Preciso falar claramente com você para que você não tenha preconceitos contra mim. Portanto, tive uma conversa franca com ela e apontei a natureza que ela exibia, bem como seus comportamentos de suspeita e julgamento. A irmã mais velha pareceu aceitar isso, mas ela não estava convencida internamente. Nos dias que se seguiram, ela afirmou ter esse e aquele tipo de doença. Ao ver isso, pensei: você não está convencida por dentro, mas, em vez disso, finge aceitar. Isso não é fingimento e enganação? Há lições a serem aprendidas quando alguém está doente. Você deveria fazer um pouco de introspecção, pois você tem estado doente de modo contínuo. Ao pensar sobre isso, recebi outro “fardo”, que me levou a falar de novo com a irmã mais velha. Pedi-lhe que fizesse um pouco de introspecção e que se conhecesse. Contudo, nessa conversa, a irmã mais velha não parecia estar bem. Ela nem fingiu aceitar minhas palavras. Fiquei perplexo e pensei: tenho me importado tanto em ajudar você e tenho conversado com você repetidas vezes, mas você não aceita isso e até suspeita de mim. Você é uma pessoa muito desonesta! Se você não aceita a verdade, quem mais poderá ajudá-la? Esqueça, não posso fazer nada, depende de você. Joguei toda a culpa e responsabilidade para a irmã mais velha, pensando que ela era astuta demais. Acreditei que eu fosse um bom irmão que praticava a verdade, que estava disposto a ajudar as minhas irmãs e irmãos e que me preocupava com a vontade de Deus. Assim, eu estava cheio de opiniões sobre a irmã mais velha e ela não me ouviria mais.

Diante desse dilema, tive de fazer uma introspecção: estou errado? Eu não estava errado em ajudar com compaixão a irmã mais velha ao ver as suas limitações. Isso era porque eu não confiava em Deus? Na verdade, não. Eu orava todas as vezes antes de falar com a irmã mais velha. Eu não tinha feito nada de errado em minhas práticas e não tinha estado em situações sérias como essa ao ajudar os outros no passado. O problema deve estar na irmã mais velha e é porque ela não é inocente. Entretanto, enquanto pensava assim, senti-me perturbado. Senti-me particularmente culpado ao ver a irmã mais velha sofrendo de sua doença. Eu queria ajudá-la do fundo do meu coração, contudo, não sabia como cooperar com ela. Sem escolhas, fui diante de Deus e busquei a ajuda Dele. Li Suas palavras: “Seus lábios são mais gentis que as pombas, mas seu coração é mais sinistro que aquela serpente de outrora. Seus lábios são tão lindos até mesmo como as mulheres libanesas, apesar de seu coração não ser mais gentil que o delas, e ele certamente não pode se comparar à beleza dos cananeus. Seu coração é tão traiçoeiro!(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Vocês todos são tão baixos em personalidade!”). As palavras de Deus tocaram de imediato o meu coração. Eu não pude deixar de realizar uma introspecção sobre o que eu havia feito naqueles dias e os pensamentos que estavam por detrás disso. Ao ouvir a irmã mais velha falar sobre seus julgamentos em relação a outras irmãs e irmãos, não respondi porque pensei que não fosse problema meu e não me prejudicaria. Ao ouvir a irmã mais velha falar de seus preconceitos em relação aos dois irmãos que eu conhecia, eu mal podia esperar para me comunicar com ela caso ela os tivesse entendido errado. Quando ouvi as opiniões da irmã mais velha sobre o que eu tinha dito e feito, prestei mais atenção para me comunicar com ela caso ela tivesse outras opiniões sobre mim. Aleguei que eu estava ajudando as minhas irmãs e irmãos porque sentia compaixão por eles. O fato era que eu queria convencer e derrotar os outros com a verdade, calar a boca deles e evitar que eles me julgassem e infringissem os meus interesses. Ao pensar no meu comportamento, pecebei que não era zeloso. Como poderia haver qualquer essência de amor? Relembrando, não demonstrei compaixão alguma para a irmã mais velha desde o começo nem exibi qualquer consideração. Quão verdadeiramente maliciosa era a minha natureza! A irmã mais velha começou a ser anfitriã quando veio para a família de Deus. Ela não proferiu uma única palavra de queixa. Como ela geralmente faltava às reuniões e comunhões, não tinha aprofundado a sua experiência na vida. Entretanto, estava disposta a buscar e ler as palavras de Deus sempre que tinha um tempo livre. Como ela não tinha muita clareza em relação à verdade, considerava que julgar as irmãs e irmãos pelas costas e falar das limitações deles eram fardos para eles. Ela apenas confundiu suas suspeitas pelas irmãs e irmãos como se fossem uma conversa franca. Ela não tinha ideia de quais delas eram suspeitas e quais eram exageros, e não demonstrei qualquer consideração por ela. Independentemente da estatura dela, reagi de modo indiscriminado quando envolviam os meus interesses e a forcei a se conhecer. Como eu era desprovido de racionalidade! Por qual razão eu não deixaria que os outros me julgassem? Mesmo se os outros não se expressassem, o modo como eu vivia não era igual ao de Satanás? Tudo que eu fazia era para mim mesmo e para me defender. Desde que os meus interesses não fossem infringidos, eu não me importava com os outros. Não demonstrei a minha consideração pela fraqueza dos outros, nem considerei se os outros poderiam suportar as minhas comunicações nem se elas trariam efeitos negativos. O modo como eu vivia era influenciado pelo caráter corrompido de Satanás. O que eu trazia para as pessoas era dano e ataque. Como os outros poderiam suportar isso? O que eu disse e fiz indignou Deus e fez com que o Espírito Santo não operasse sobre mim. Como a minha comunicação poderia ser eficaz?

Deus disse: “Qualquer um pode usar suas próprias palavras e ações para representar seu semblante verdadeiro. Esse semblante verdadeiro é, claro, sua natureza. Se você é alguém que fala de maneira muito tortuosa, então tem uma natureza tortuosa. Se sua natureza é astuciosa, então você age de maneira maliciosa, e você faz com que seja muito fácil que os outros sejam enganados por você. Se a sua natureza é sinistra, as suas palavras podem ser agradáveis de ouvir, mas as suas ações não conseguem esconder seus truques sinistros. Se a sua natureza é preguiçosa, então tudo que você diz só tem o objetivo de se safar da responsabilidade pela sua superficialidade e preguiça, e suas ações serão lentas e superficiais, e bastante hábeis em esconder a verdade. Se a sua natureza é empática, então suas palavras serão razoáveis, e suas ações também se conformarão bem à verdade. Se a sua natureza é leal, então suas palavras certamente são sinceras e a maneira como você age é fundamentada, livre de qualquer coisa que possa deixar seu senhor desconfortável. Se a sua natureza é lasciva ou gananciosa por dinheiro, então seu coração com frequência estará cheio dessas coisas, e você, inadvertidamente, cometerá atos desviados e imorais que as pessoas não esquecerão facilmente e que as enojará(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Um problema muito sério: traição (1)”). Nas palavras de Deus, percebi que o modo como as pessoas se revelam e vivem as suas vidas é dominado por suas naturezas. O tipo de natureza interior determinará de modo inevitável qual caráter é revelado por fora. Se houver algo mau dentro, então o comportamento será dominado pela natureza má e nunca demonstrará benevolência. Quando a minha motivação para conversar com a irmã mais velha era errada, o que me dominou por dentro não era Deus, a verdade nem coisas positivas, mas, em vez disso, era Satanás. O modo como eu vivia era a imagem de Satanás. Assim, a minha comunicação não poderia beneficiar os outros. Se eu encontrasse esse tipo de coisa no passado, eu teria me concentrado nas práticas exteriores. Eu teria pensado que eu não tinha liderado a igreja, que eu não era bom ao me comunicar com os outros e teria de buscar uma miríade de razões para me eximir. Só hoje compreendi que as práticas externas não têm um papel decisivo, mas, em vez disso, tem a ver se o coração está certo ou não. É importante ver a essência interior. Por exemplo, se alguém realmente ama outra pessoa, ele observará e prestará atenção, de coração, ao que ela gosta e, por fim, expressará o seu amor por ela e fará com que ela sinta isso. Se eu amasse minhas irmãs e irmãos por dentro, eu teria prestado mais atenção e demonstrado mais empatia por suas dificuldades e consideração por seus sentimentos, e depois teria tomado a ação apropriada e usado a linguagem e tons adequados para me comunicar com eles. Mesmo se eu não solucionasse os problemas dos outros, eu não os teria prejudicado. Como não há amor dentro de mim, o que revelo é maldade, mesmo se as minhas práticas exteriores forem boas e corretas. Como Deus ama a humanidade, não importa o que Ele fizer, é uma revelação e manifestação de amor. Deus disse: “O objetivo de Deus ao dizer essas coisas é mudar as pessoas e salvá-las; somente se Deus falar assim, o melhor efeito pode ser alcançado. Você deveria enxergar que o cuidado e o pensamento meticulosos de Deus são completamente projetados para salvar as pessoas e que todos eles incorporam o amor de Deus. Não importa se você enxerga a sabedoria na obra de Deus, os passos e os métodos na obra de Deus, ou a duração da obra ou Seus arranjos e planos precisos, tudo contém Seu amor. Por exemplo, todas as pessoas têm amor por seus filhos e filhas e, para que os filhos possam percorrer a senda correta, todas fazem um grande esforço. Quando descobrem as fraquezas dos filhos, os pais temem que, se falarem de modo brando, eles não escutarão e não serão capazes de mudar, e temem que, se falarem de modo muito firme, ferirão a autoestima dos filhos e eles não serão capazes de suportar. Isso é tudo feito a partir do amor, e elas empregam um grande esforço nisso. Filhos e filhas podem ter experimentado o amor de seus pais. O amor não envolve só gentileza e consideração; ainda mais que isso, envolve castigo rígido. É muito mais por amor e sob a precondição do amor que Deus faz o máximo que pode para levar salvação à humanidade corrupta. Ele não lida com as pessoas superficialmente; Ele faz planos precisos e prossegue com eles passo a passo. Em termos de quando, onde, com que tom de voz, com que modo de falar e quanto esforço Ele emprega, e assim por diante, pode-se dizer que tudo disso revela Seu amor e isso tudo explica plenamente que Seu amor pela humanidade é ilimitado e imensurável. Quando são testadas, muitas pessoas falam palavras de rebeldia contra Deus ou reclamam, mas Deus não usa isso contra elas — nem, ademais, pune qualquer uma delas como resultado. Ele ama o homem e, assim, é tolerante com todos. Se não tivesse amor algum e apenas ódio, Ele teria condenado todos os homens há muito tempo. Mas visto que Deus tem amor, Ele não usa essas coisas contra as pessoas, é tolerante e aprecia as dificuldades das pessoas, e tudo que Ele faz é dirigido pelo amor(‘Você conhece o amor de Deus pela humanidade?’ em “Registros das falas de Cristo”). A essência de Deus é amor, portanto, a manifestação Dele também é amor. O amor de Deus pelos humanos não é refletido oralmente, mas incorporado de maneira prática na obra Dele, em cada etapa e nos modos de Sua obra. Como e quando Deus opera sobre cada pessoa, quais pessoas, coisas ou circunstâncias Ele arranja para ela e por quanto tempo Ele a refinará, tudo isso reflete o planejamento preciso e o esforço minucioso de Deus. Toda a obra prática de Deus é permeada, sem exceção, por Seu amor puro pelos humanos. Deus ama os humanos a tal ponto que Ele despende todos os Seus árduos esforços para nos salvar, tolera nossa incompreensão e resistência a Ele, e tolera e perdoa a nossa tolice e ignorância. Tudo isso me faz ver a grandeza e a nobreza de Deus. Em comparação, o que eu tenho vivido é o caráter satânico que é feio e desprezível. Ao reconhecer tudo isso, compartilhei de modo franco todas as coisas maliciosas em meu coração com a irmã mais velha. O afastamento entre nós foi removido de modo inconsciente. Agradeço a Deus do fundo do meu coração. Glória a Deus.

Antes, meu autoconhecimento nada tinha sido além de palavras. Era um conhecimento que eu tinha aprendido mecanicamente, e eu não conhecia minha própria natureza de acordo com a exposição das palavras de Deus. Hoje, compreendo isso por causa da minha experiência. Uma vez que uma pessoa tenha sido corrompida por Satanás, a sua natureza se torna a natureza de Satanás. Independentemente da fala, ação ou pensamentos, todos são dominados pela natureza humana. Alguém pode lidar com seu caráter corrompido e mudá-lo de modo gradual apenas se reconhecer a sua natureza. Se não tiver conhecimento da sua natureza, só pode sofrer de modo inconsciente o domínio da natureza de Satanás, rebelar-se e resistir a Deus — sem mencionar que não pode mudar o seu caráter. De agora em diante, mudarei os métodos incorretos que usei no passado de prestar muita atenção às práticas exteriores. Tentarei não me preocupar quanto às práticas exteriores e não basearei o conhecimento da minha natureza em seguir as regras. Aceitarei de modo honesto e sincero o julgamento e o castigo de Deus, conhecerei e reconhecerei de fato a minha natureza através das revelações das palavras de Deus para poder mudar o meu caráter o mais breve possível e ser salvo por Ele.

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