Por Zheng Yi, China

Nasci em uma família pobre; na qual meus pais, trabalhadores e sem malícia, sustentavam a família por meio da lavoura. Quando criança, eu via pessoas ricas na vila desfrutando de comida e roupa boa, e recebendo admiração e apoio dos outros. Eu as invejava e acreditava que ter dinheiro significava ter tudo. Mesmo em meus sonhos, eu desejava ganhar muito dinheiro. Em segredo, resolvi ficar rico e levar uma vida elevada no futuro.

Depois de me casar, para realizar meu sonho rapidamente, eu fui sozinho para a cidade, trabalhar como operário na construção civil. Apesar de fazer hora extra por vários anos, minhas economias eram parcas. Comecei a refletir, no coração, que trabalhar tanto por toda a vida jamais poderia realizar meus sonhos. Depois de muita reflexão, decidi me tornar empreiteiro e abrir meu próprio negócio de construção. Emprestei dinheiro de parentes e amigos, comprei um terreno na cidade e construí um prédio. Para assegurar contratos e ganhar dinheiro rápido, usei contatos e presentes para conseguir um projeto de uma empresa de construção. Para garantir que o trabalho fosse bem-feito, todo dia eu começava supervisionando o canteiro de obras pela manhã, abrindo mão do desjejum, e inspecionava a obra depois que os trabalhadores terminavam, à noite. Qualquer trabalho de qualidade inferior era demolido e reconstruído com horas extras. Com o tempo, ganhei a confiança dos executivos da empresa e consegui mais projetos. Depois de dois anos, ganhei um dinheiro, paguei minhas dívidas e reformei minha casa. Senti uma alegria indescritível no coração. No Ano Novo Lunar, parentes e amigos foram à minha casa comemorar. Alguns sorriram e me disseram: “Chefe, viemos lhe desejar um feliz Ano Novo! Nós lhe desejamos mais e mais sucesso e negócios prósperos!”. Outros apertaram minha mão e disseram: “Todos nós contamos com você para ganhar dinheiro!”. Nesse momento, eu me senti o centro das atenções, cercado de admiração. Pensei comigo: “Ter dinheiro é muito bom mesmo. Com dinheiro, as pessoas o admiram e o respeitam, e você pode levar uma vida elevada”. Pensar nisso me fez sentir bastante satisfeito. Para ganhar mais dinheiro, assumi muitos outros projetos de construção e trabalhei sem parar, do amanhecer ao anoitecer, todos os dias. Com o passar do tempo, eu não conseguia dormir à noite, com receio de que os trabalhadores pudessem cair dos andaimes e causar acidentes, resultando em perdas financeiras significativas. Todos os dias, eu me sentia oprimido e sempre tinha febres, resfriados e tonturas. Com quase 1,80 m de altura, eu pesava só uns 54 kg, minha voz estava fraca e eu pegava no sono mesmo em pé. Eu queria muito dar um tempo. Mas se não assumisse projetos de construção, eu não ganharia dinheiro nem a admiração dos outros. Eu não tinha escolha a não ser juntar energia e continuar trabalhando. Conforme ganhei mais e mais dinheiro, senti que todo o meu sofrimento e exaustão valeram a pena. Justo quando a minha empreiteira estava prosperando, minha esposa estava trabalhando no andaime do terceiro andar, mexendo numa parede, quando, por acidente, derrubou uma tábua e caiu para o primeiro andar, perdendo a consciência na hora. Ela foi levada às pressas ao hospital e ficou uma hora no tratamento de emergência, até que finalmente estabilizou e recobrou a consciência. Levou mais de um mês para que ela se recuperasse o suficiente para deixar o hospital.

Mais tarde, minha irmã mais velha soube que a minha esposa havia tido alta do hospital e veio nos visitar. Ela compartilhou conosco a obra de Deus dos últimos dias. Lembro que fiquei profundamente comovido com algumas das palavras de Deus nessa ocasião. Deus Todo-Poderoso diz: “Desde o momento em que chega a este mundo chorando, você começa a cumprir seu dever. Para o plano de Deus e para Sua ordenação, você desempenha seu papel e começa a sua jornada de vida. Não importa o seu passado, não importa a jornada à sua frente, ninguém pode escapar das orquestrações e dos arranjos do Céu, e ninguém está no controle do próprio destino, pois apenas Aquele que governa todas as coisas é capaz de tal obra. Desde o dia em que o homem veio a existir, Deus sempre operou assim, gerenciando o universo, dirigindo as regras de mudança para todas as coisas e a trajetória de movimento delas. Como todas as coisas, o homem é silenciosa e inconscientemente nutrido pela doçura, pela chuva e pelo orvalho de Deus; como todas as coisas, o homem vive inconscientemente embaixo da orquestração da mão de Deus. O coração e o espírito do homem são guardados na mão de Deus, tudo de sua vida é observado pelos olhos de Deus. Não importa se você acredita nisso ou não, todas as coisas, vivas ou mortas, vão se transformar, mudar, se renovar e desaparecer de acordo com os pensamentos de Deus. Tal é a maneira pela qual Deus preside sobre todas as coisas” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Deus é a fonte da vida do homem”). Ao ler as palavras de Deus, passei a entender que o destino de todos está nas mãos de Deus. Quando minha esposa caiu do terceiro andar e sobreviveu, não foi porque ela teve sorte, mas por causa da proteção de Deus. Pensei nos acidentes que ocorreram nos canteiros de obras de outras empreiteiras. Alguns trabalhadores caíram do andaime do terceiro andar e não puderam ser salvos mesmo depois de ser levados ao hospital. Outros caíram do andaime do segundo ou do primeiro andar e morreram na hora. Tudo isso não era um testemunho do que Deus disse: “Ninguém está no controle do próprio destino, pois apenas Aquele que governa todas as coisas é capaz de tal obra”? Hoje, minha irmã divulgar o evangelho para nós também foi algo arranjado pela soberania de Deus. Por meio de sua comunhão, aprendi que os seres humanos e todas as coisas foram criados por Deus. Deus fez três estágios da obra de salvar a humanidade, guiando-a e provendo-a até hoje. Esta obra nos últimos dias é o estágio final da obra de Deus de salvar a humanidade, e é uma rara oportunidade para as pessoas serem salvas. Só podemos ter um bom destino se acreditarmos em Deus e O adorarmos diante Dele. Minha esposa e eu aceitamos com alegria o evangelho de Deus dos últimos dias e, desde então, temos ido às reuniões. Durante as reuniões, os irmãos e irmãs comunicavam as palavras de Deus, e eu entendi algumas verdades que fizeram meu coração ficar bastante calmo e pacífico, aliviando a repressão que eu sentia.

Mais tarde, o líder viu que eu participava ativamente das reuniões, e quis arranjar para que eu fosse líder de grupo e regasse três novos crentes. Mas fiquei um pouco hesitante, porque eu gerenciava a construção de dia e tinha que registrar o ponto e fazer contabilidade à noite. Onde eu arranjaria tempo para regar os novos crentes? Não quis desempenhar esse dever. Mas me senti um pouco repreendido: quando comecei a crer em Deus e estava ocupado com a empreiteira, os irmãos e irmãs vinham me regar e me apoiar à noite, ajudavam-me a entender a verdade comunicando as palavras de Deus. Agora que havia mais crentes novos na igreja e não havia pessoal suficiente para ajudar na rega, eu deveria fazer a minha parte. Pensando nisso, orei a Deus, pedi que me guiasse e esclarecesse para eu fazer a escolha certa. Li estas palavras de Deus: “Deixe-Me dizer-lhes uma coisa só: o desempenho do homem de seu dever é o que ele deve fazer e, se ele é incapaz de desempenhar seu dever, então isso é a sua rebeldia. É através do processo de fazer o seu dever que o homem é gradualmente mudado e é através desse processo que ele demonstra sua lealdade. Assim, quanto mais você for capaz de fazer o seu dever, mais verdade você receberá e mais real sua expressão se tornará” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A diferença entre o ministério de Deus encarnado e o dever do homem”). As palavras de Deus me ajudaram a entender que, como seres criados, desempenhar nossos deveres é perfeitamente natural e justificado porque a nossa vida vem de Deus, e tudo o que desfrutamos é uma dádiva Dele. Desempenhar nossos deveres é como ser filial aos pais — é uma responsabilidade e uma obrigação inquestionáveis. Se eu não aceitasse esse dever, seria mesmo falta de consciência. Além disso, apoiar e regar os novos crentes só acontecia à noite, duas vezes por semana, portanto não interferiria muito na gestão da empreiteira. Percebendo isso, concordei em assumir esse dever. Às vezes, quando não conseguia resolver os estados ou as noções dos novos crentes, eu orava a Deus e buscava orientação. Ao ler as palavras de Deus, sem saber compreendi algumas verdades. Os novos crentes tiveram seus estados e noções resolvidos, e a minha compreensão da verdade de visões ficou mais clara. Fiquei mais ativo no desempenho do meu dever, pois senti que, desempenhando o dever, eu poderia receber o esclarecimento e a liderança do Espírito Santo, entender mais verdades e ganhar um senso de paz e segurança no coração.

Mais tarde, quando os irmãos e irmãs viram meu entusiasmo em buscar a verdade, eles me elegeram para servir como diácono evangelístico. Fiquei muito feliz, sabendo que esse dever ter vindo para mim era uma expressão do amor de Deus. Eu queria valorizá-lo e desempenhá-lo bem. No entanto, eu tinha preocupações no coração: a empreiteira havia crescido significativamente, e sua lucratividade só podia continuar a melhorar. Se aceitasse o dever de diácono evangelístico, eu certamente teria menos energia para gerenciar a empreiteira, o que resultaria em menos renda. Eu me vi num dilema. Então, lembrei que a obra dos últimos dias é a obra final de Deus de salvar a humanidade. Se eu focasse apenas ganhar dinheiro e negligenciasse meu dever, como poderia ganhar a verdade? Então, orei a Deus, pedindo-Lhe que me guiasse ao buscar a verdade e resolver minhas dificuldades. Li uma passagem das palavras de Deus. “O que vocês devem realizar hoje não são exigências adicionais, mas o dever do homem e aquilo que deve ser feito por todas as pessoas. Se vocês são incapazes de fazer o seu dever ou de fazê-lo corretamente, não estão criando problemas para si mesmos? Não estão cortejando a morte? Como podem ainda esperar ter um futuro e perspectivas? A obra de Deus é para o bem da humanidade e a colaboração do homem é dada para o bem do gerenciamento de Deus. Quando Deus tiver realizado tudo o que Ele deve realizar, requer-se que o homem não poupe esforços na sua prática e colabore com Deus. Na obra de Deus o homem não deve poupar esforços, deve oferecer sua lealdade e não se entregar a múltiplas noções, nem sentar-se passivamente esperando a morte. Deus pode se sacrificar pelo homem, por que o homem não pode oferecer a sua lealdade a Deus? Deus é uno de coração e mente para com o homem, então, por que o homem não pode oferecer um pouco de colaboração? Deus realiza Sua obra para a humanidade, então por que o homem não pode desempenhar parte de seu dever para ajudar o gerenciamento de Deus? A obra de Deus alcançou o estágio atual e mesmo assim vocês veem, mas não agem, vocês ouvem, mas não se movem. Pessoas assim não são objetos de perdição? Deus já Se dedicou inteiramente ao homem, então por que, hoje, o homem é incapaz de desempenhar o seu dever com seriedade? Para Deus, Sua obra é Sua primeira prioridade, e a obra de Seu gerenciamento é da maior importância. Para o homem, colocar as palavras de Deus em prática e cumprir as exigências de Deus são sua primeira prioridade. Vocês todos devem compreender isso” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a prática do homem”). Ao ler as palavras de Deus, fiquei profundamente comovido. Deus, a fim de redimir a humanidade, primeiro encarnou como humano e foi crucificado para perdoar os pecados humanos. Nos últimos dias, Deus encarnou de novo para expressar todas as verdades necessárias para a salvação completa da humanidade, comunicando essas verdades de forma clara e completa para nos ajudar a entender melhor a verdade, ganhar a verdade e obter a salvação. Tudo o que Deus faz é por nós. Então, por que eu não conseguia desempenhar meu dever para retribuir o amor de Deus? Eu não estava levando em consideração as intenções de Deus, e, preocupado com o fato de que aceitar esse dever afetaria minha renda, eu queria recusar. Eu só considerava como ganhar dinheiro, e não me importava com o meu dever — eu era mesmo egoísta e desprezível! Quando os irmãos me escolheram para servir como diácono evangelístico, isso era um dever que veio de Deus para mim — uma responsabilidade e uma obrigação — e eu deveria aceitar e me submeter. Se recusasse, eu não seria digno de ser chamado de humano e perderia a oportunidade de obter a verdade e, por fim, seria eliminado. Embora não pudesse largar imediatamente meu apego à riqueza, eu estava disposto a agir de acordo com as palavras de Deus e aceitar esse dever, fazendo o possível para cumpri-lo.

Inicialmente, consegui arranjar tempo para as reuniões, e treinei para espalhar o evangelho e dar testemunho com os irmãos e as irmãs. Entretanto, ao assumir mais projetos de construção, acabei sacrificando o tempo destinado ao meu dever e às reuniões. Certa vez, um proprietário solicitou que eu construísse quatro prédios de três andares, além de alguns projetos adicionais. Eu hesitei: esse projeto era substancial, e eu ainda tinha outro projeto incompleto que precisava me preocupar em gerenciar. Aceitar o projeto novo significaria ainda menos tempo para os deveres e as reuniões. Tentei negociar com o proprietário do imóvel para adiar a data de início, mas ele não concordou. Eu me senti pressionado, pois não começar no prazo invalidaria os contratos assinados, resultaria em perdas financeiras e prejudicaria minha reputação. Quem confiaria em mim para projetos futuros se eu não conseguisse cumprir meus compromissos? Será que eu ainda conseguiria ganhar dinheiro sem projetos? Apesar das preocupações, acabei concordando com as exigências do proprietário e me ocupei com a nova construção. Às vezes, quando havia muitos problemas no canteiro de obras, eu simplesmente dava uma olhada nas palavras de Deus de manhã, antes de sair. Isso não só atrapalhou minha vida espiritual normal, mas também me deixou sem tempo para me envolver no trabalho evangelístico. Durante esse período, não vendo resultados no trabalho evangelístico, senti-me um pouco repreendido. No coração, resolvi silenciosamente: não importava quanto a construção ficasse agitada no futuro, eu devia priorizar participar das reuniões e desempenhar meu dever.

Um dia, assim que combinei participar de uma reunião, meu telefone tocou de repente quando eu estava a caminho. Havia um problema na obra que exigia minha atenção imediata. Eu hesitei: dessa vez, eu queria me reunir e comunicar o trabalho evangelístico, mas agora tinha surgido esse problema. Se eu fosse resolver o problema no canteiro de obras, não poderia participar da reunião — isso não seria enganar a Deus? Mas e se eu não fosse e o dono da propriedade me processasse? Isso poderia prejudicar minha reputação e minha situação financeira. Se isso continuasse, como eu poderia gerenciar meus projetos de construção? Decidi priorizar a resolução do problema na construção e prometi a mim mesmo reservar um tempo para as reuniões e o meu dever mais tarde. Então, fui para o canteiro de obras.

Ao voltar para casa, à noite, refletindo sobre os eventos do dia, senti-me repreendido. Eu havia planejado ir à reunião, mas deixei as preocupações financeiras interferirem no desempenho do meu dever. Durante esse período, meu foco na empreiteira atrapalhou o progresso da divulgação do evangelho, e percebi que eu não havia cumprido meu dever adequadamente. Entretanto, se eu deixasse de lado a construção e parasse de ganhar dinheiro, como eu poderia ter uma vida próspera e respeitada? Sentindo-me em conflito, me coloquei diante de Deus e orei: “Deus, meu coração está perturbado. Sei que acreditar em Ti e desempenhar meu dever é perfeitamente natural e justificado, mas acho difícil largar o dinheiro. Por favor, guia-me para eu fazer a escolha certa”. Depois que orei, meu coração foi se acalmando aos poucos. Em minha busca, li uma passagem das palavras de Deus: “Se Eu colocasse algum dinheiro na frente de vocês neste momento e lhes desse a liberdade de escolher — e se Eu não os condenasse por sua escolha — então a maioria de vocês escolheria o dinheiro e abandonaria a verdade. Os melhores entre vocês desistiriam do dinheiro e escolheriam a verdade, com relutância, enquanto os intermediários pegariam o dinheiro com uma das mãos e a verdade com a outra. O rosto verdadeiro de vocês não se tornaria evidente? Ao escolher entre a verdade e qualquer coisa à qual vocês são leais, todos vocês fariam essa escolha, e sua atitude permaneceria a mesma. Não é assim? Não existem muitos entre vocês que têm oscilado entre o certo e o errado? Em disputas entre positivo e negativo, preto e branco, vocês certamente estão cientes das escolhas que fizeram entre família e Deus, filhos e Deus, paz e ruptura, riquezas e pobreza, status e normalidade, ser apoiado e ser descartado etc. […] Aparentemente, muitos anos de dedicação e esforço nada Me trouxeram senão seu abandono e desespero, mas Minhas esperanças para vocês crescem a cada dia, pois Meu dia foi completamente revelado diante de todos. No entanto, vocês persistem em buscar coisas sombrias e malignas, e se recusam a largar o controle sobre elas. Qual, então, será seu desfecho? Alguma vez vocês já consideraram isso com cuidado? Se fossem solicitados a escolher novamente, qual, então, seria sua atitude?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A quem você é leal?”). O que Deus expôs foi o meu estado. Eu não era alguém que tinha o dinheiro em uma mão e a verdade na outra? Proclamei minha disposição de desempenhar meu dever para satisfazer a Deus, e resolvi em meu coração me rebelar contra a carne e desempenhar bem meu dever. No entanto, quando meu dever entrou em conflito com interesses financeiros, fui incapaz de resistir à tentação do dinheiro e da fama. Involuntariamente, acabei seguindo meus desejos e escolhendo o dinheiro. Eu sabia que assumir esse grande projeto de construção exigia mais tempo e esforço, e me deixava sem tempo para desempenhar meu dever. Mesmo assim, decidi aceitá-lo para ganhar mais dinheiro e conquistar a admiração dos outros, mesmo sabendo que isso estava errado. Meu coração estava concentrado em ganhar dinheiro, e negligenciei o acompanhamento do trabalho evangelístico por mais de um mês, resultando em estagnação na divulgação do evangelho. Eu havia tratado o dever dado por Deus dessa forma, o que realmente me colocou em dívida com Deus.

Então, ponderei por que eu não conseguia largar o dinheiro, embora soubesse que desempenhar meu dever me levaria a ganhar a verdade. Mais tarde, em minha busca, li duas passagens das palavras de Deus: “Satanás usa um tipo de método muito sutil, um método muito mais de acordo com as noções das pessoas que de forma alguma é radical, através do qual ele faz com que as pessoas aceitem inadvertidamente o modo de vida de Satanás, suas regras para viver e para estabelecer metas de vida e seu rumo na vida e, sem saber, elas também chegam a ter ambições na vida. Não importa o quanto essas ambições de vida possam parecer grandiosas, elas estão inextricavelmente ligadas a ‘fama’ e ‘ganho’. Tudo que qualquer pessoa importante ou famosa — todas as pessoas na verdade — segue na vida tem relação unicamente com essas duas palavras: ‘fama’ e ‘ganho’. As pessoas pensam que, uma vez que tenham fama e ganho, elas poderão tirar proveito dessas coisas para desfrutar de alto status e grande riqueza e aproveitar a vida. Pensam que fama e ganho são um tipo de capital que elas podem usar para obter uma vida de busca de prazer e desfrute irresponsável da carne. Por amor a essa fama e ganho que a humanidade tanto cobiça, as pessoas voluntariamente, ainda que inadvertidamente, entregam seu corpo, sua mente e tudo o que têm, seu futuro e destino a Satanás. Elas agem assim sem hesitar um instante sequer, sempre ignorantes da necessidade de recuperar tudo que entregaram. As pessoas podem reter qualquer controle sobre si mesmas uma vez que se refugiaram em Satanás dessa forma e se tornaram leais a ele? Certamente não. Elas são completa e totalmente controladas por Satanás. Elas afundaram completa e totalmente num atoleiro e são incapazes de se libertar. Uma vez que alguém está atolado em fama e ganho, ele já não busca aquilo que é claro, o que é reto, nem aquelas coisas que são belas e boas. Isso é assim porque o poder sedutor que a fama e o ganho têm sobre as pessoas é grande demais; elas se tornam coisas para as pessoas buscarem por toda a sua vida e mesmo por toda a eternidade sem fim. Não é verdade?” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único VI”). “Satanás usa a fama e o ganho para controlar os pensamentos do homem até que tudo em que as pessoas consigam pensar seja fama e ganho. Elas lutam por fama e ganho, passam por dificuldades por fama e ganho, suportam humilhação por fama e ganho, sacrificam tudo o que têm por fama e ganho e farão qualquer julgamento ou tomarão qualquer decisão para o bem de fama e ganho. Dessa forma, Satanás amarra as pessoas com grilhões invisíveis e elas não têm nem a força nem a coragem para se livrar deles. Elas, sem saber, carregam esses grilhões e caminham penosamente sempre adiante com grande dificuldade” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único VI”). Ponderando as palavras de Deus, passei a entender que o propósito de Satanás ao seduzir as pessoas a buscar dinheiro, fama e ganho é corrompê-las e controlá-las, afastando seu coração de Deus, e, por fim, prendê-las nas armadilhas de Satanás, das quais elas não conseguem se livrar. Todo dia, eu trabalhava sem parar, de manhã até a noite, em projetos de construção para ganhar dinheiro. Isso se deveu à influência dos venenos de Satanás desde a minha infância, como “o dinheiro move o mundo”, e “dinheiro não é tudo, mas, sem ele, você não consegue fazer nada”. Eu acreditava que ter dinheiro significava ter tudo, inclusive a admiração dos outros e um estilo de vida superior. À medida que meus projetos de construção cresciam e eu era muito elogiado por parentes e amigos, fiquei ainda mais convencido de que a riqueza podia conquistar a admiração das pessoas. Tornei a busca por dinheiro meu objetivo de vida, labutei por ele sem parar, todo dia, vivia sempre ansioso e com medo, sempre preocupado com acidentes no local de trabalho e suas consequências. Por fora, parecia que eu estava ganhando dinheiro e fama, mas, por dentro, eu me sentia reprimido. Meu corpo sofria, e a minha esposa quase perdeu a vida. No entanto, apesar dessas experiências, eu ainda não conseguia largar a busca por riqueza, fama e ganho. Depois de entrar na casa de Deus, entendi que acreditar em Deus deveria envolver a busca da verdade. No entanto, fui incapaz de perceber os esquemas de Satanás e me vi lutando por fama e ganho involuntariamente. Como diácono evangelístico, era meu dever cumprir bem o trabalho evangelístico. Entretanto, para ganhar mais dinheiro, negligenciei o acompanhamento do trabalho evangelístico por um mês, deixando de lado meu dever. A natureza desse comportamento equivalia a enganar e trair a Deus. Além disso, eu estava preocupado em gerenciar projetos de construção diariamente, negligenciando devoções espirituais e reuniões, o que fez meu coração se afastar mais de Deus, e a minha vida sofreu perdas. Se continuasse assim, eu acabaria perdendo a chance de desempenhar meu dever e alcançar a salvação. Finalmente, percebi que a busca por riqueza, fama e ganho não é uma senda boa; é um meio pelo qual Satanás corrompe e prejudica as pessoas, uma ferramenta de escravidão que, por fim, faz com que Satanas brinque com elas e as prejudique.

Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus: “O que vocês precisam não é a verdade e a vida, nem os princípios pelos quais devem pautar sua conduta e, principalmente, muito menos Meu trabalho meticuloso. O que vocês precisam é de tudo o que possuem na carne — riqueza, status, família, casamento etc. Vocês são totalmente desdenhosos de Minhas palavras e Minha obra, portanto Eu posso resumir sua fé em um termo: indiferente. Vocês farão o que for preciso para conseguir as coisas às quais se devotam de forma total, mas Eu descobri que vocês não fariam o mesmo em prol das questões relacionadas a sua crença em Deus. Antes, vocês são apenas relativamente leais e relativamente sérios. Por isso digo que as pessoas não dotadas de extrema sinceridade no coração são um fracasso em sua crença em Deus. Pensem bem — há muitos fracassos entre vocês?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Sobre a destinação”). As palavras de Deus me ajudaram a entender que crer em Deus exige buscar a verdade e cumprir nossos deveres. Desempenhando nossos deveres e entendendo a verdade, aos poucos nos livramos do nosso caráter corrupto e, assim, podemos receber a salvação de Deus. Lembrei-me do que o Senhor Jesus disse: “Todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser Meu discípulo” (Lucas 14:33). Na Era da Graça, Pedro não buscou riqueza, fama ou ganho. Quando o Senhor Jesus o chamou, ele foi capaz de largar a pesca e seguir o Senhor. Ele buscava apenas a verdade, cumprindo os deveres de um ser criado, e se conhecendo por meio das palavras de Deus, livrando-se de seu caráter corrupto. No final, ele deu um belo e retumbante testemunho de Deus, foi aperfeiçoado por Ele e viveu uma vida significativa. Ao refletir sobre a experiência de Pedro, percebi quão significativo é, para nós, buscar a verdade e desempenhar nossos deveres. Agora que tinham vindo grandes desastres, se eu continuasse a me apegar à busca de riqueza, fama e ganho, negligenciando a verdade e meus deveres, seria tarde demais. No final, eu só cairia em desastres, lamentando e rangendo os dentes. Eu devia seguir o exemplo de Pedro e buscar a verdade. Não podia priorizar ganhar dinheiro, em vez de desempenhar meus deveres. Para poder ir regularmente às reuniões e desempenhar meus deveres, discuti com a minha esposa a ideia de vender todas as nossas ferramentas de construção para outra pessoa e fazer bicos para cobrir nosso sustento. Inicialmente, minha esposa discordou, mas expliquei a ela meus pensamentos e meu entendimento, e ela não se opôs mais. Mais tarde, vendi todas as ferramentas e me dediquei em tempo integral a desempenhar meus deveres. Ao desempenhar meus deveres, experimentei que a obra e a orientação do Espírito Santo estavam na minha parceria com os irmãos, e me senti aliviado e livre. Sempre que revelava corrupção, eu buscava a verdade, refletia e tentava conhecer minhas intenções e a natureza e as consequências das minhas ações. Quando fui capaz de me rebelar contra mim mesmo e praticar de acordo com as verdades princípios, senti alegria e paz interior. Por meio dessa experiência, ganhei um entendimento prático da significância de buscar a verdade e desempenhar meus deveres.

Depois de um tempo, quando eu estava fazendo bicos, meu chefe me disse: “Sei que você é capaz de gerenciar projetos de construção. Há muito trabalho aqui e é bastante lucrativo. Vamos nos associar — cada um fica com uma metade. É certeza ganharmos várias centenas de milhares de yuans cada um”. Depois de ouvir as palavras do meu chefe, fiquei um pouco influenciado e pensei: “Esta é uma chance rara de ganhar um bom dinheiro. Se fizer isso por alguns anos, posso ganhar milhões. A vida seria um pouco melhor. Devo concordar com a proposta do meu chefe?”. Mas então pensei outra coisa: “Se eu entrar na gestão de projetos por dinheiro, como vou participar de reuniões e desempenhar deveres? Perderei a chance de ganhar a verdade e a salvação de Deus. Isso não é o esquema de Satanás? Satanás está tentando me atrair com dinheiro, mas não posso cair nesse truque”. Então, eu disse “não” ao chefe. Ao ver minha atitude resoluta, meu chefe foi embora desapontado.

Por meio dessas experiências, percebi os danos e as consequências de buscar riqueza, fama e ganho. Percebi o fato de que Satanás usa o dinheiro para tentar e corromper as pessoas. Também entendi que Deus quer que busquemos a verdade e larguemos a riqueza para nos livrar dos danos de Satanás e nos permitir ganhar a verdade e a salvação de Deus. Essa é a coisa mais significativa e valiosa. Agora, posso deixar de lado o trabalho e o dinheiro e me dedicar totalmente a desempenhar meus deveres. Foi por meio da orientação das palavras de Deus que ganhei todo esse conhecimento e transformação. Graças a Deus!