As mudanças no dever me expuseram

09 de Julho de 2023

Por Mu Zhen, Estados Unidos

Eu estava fazendo vídeos na igreja, mas, já que não havia muito a ser feito, a líder me transferiu para regar recém-convertidos. Então fui transferida de volta para satisfazer às necessidades do trabalho. Inesperadamente, alguns meses depois, o ritmo do trabalho diminuiu e eu voltei à rega. Depois, fui transferida de volta de novo, e uma irmã me disse: “Você vai aonde quer que precisem de você!”. Não dei muita importância a isso na época. Mas, menos de um mês depois, o trabalho de vídeos diminuiu de novo e eu comecei a temer que, em breve, precisássemos de menos pessoas e que eu fosse transferida de novo para regar os recém-convertidos. Esse pensamento me deixou aflita. Por que eu era tão inútil? Assim que o trabalho diminuía e a igreja precisava de menos pessoas, era eu que era transferida. Eu era dispensável para a equipe! Se eu fosse mesmo transferida de novo, o que os outros pensariam de mim? Eles se perguntariam por que eu era transferida pra lá e pra cá, e outras pessoas, não? Pensariam que era porque eu não prestava para nada e não tinha um papel importante. Esses pensamentos me deixaram chateada, e eu não queria enfrentar essa situação.

Mais tarde, aconteceram coisas que pioraram ainda mais meu estado. Uma vez estávamos discutindo alguns problemas num vídeo, e todos estavam dando sua opinião. A discussão estava animada. Mas, mesmo após pensar por uma eternidade, eu não tive nenhuma ideia boa nem algo a dizer. Perdida, fiquei calada. Todos opinavam, mas eu não contribuía em nada. Foi como se eu nem existisse. Achei que eu deveria dizer algo. Eu deveria compartilhar algo perspicaz para que não me ignorassem. Eu quebrei a cabeça e, finalmente, consegui expressar uma ideia, mas ninguém concordou comigo. Fiquei muito envergonhada. Foi tão vergonhoso. O que eles pensariam de mim? Havia oito meses que eu não tinha trabalhado com vídeos, por isso, minhas habilidades profissionais e minha compreensão dos princípios estavam piores do que quando tinha deixado a equipe. Eu tinha ficado muito para trás. É preciso estudar constantemente para melhorar essas habilidades, e os outros tinham trabalhado com vídeos o tempo todo. A compreensão deles das habilidades e dos princípios tinha continuado a melhorar, enquanto eu passava um tempo aqui e um tempo lá. Eu não tinha praticado por muito tempo em nenhum lugar, por isso não era muito habilidosa em nenhuma área. Assim que o trabalho diminuía, eu era a primeira a sair. Eles estavam bem com ou sem mim. Com base na carga de trabalho, pensei que o supervisor me mandaria de volta para regar os recém-convertidos a qualquer momento. Essa ideia me deixou transtornada e eu não conseguia parar de chorar. Eu me perguntei: “Por que isso sempre acontece comigo?”. Algumas pessoas na equipe tinham habilidades profissionais, algumas eram competentes, outras eram experientes e tinham cumprido esse dever por algum tempo, ainda outras eram muito eficientes… Todas se destacavam de um jeito ou de outro, mas meu calibre não era tão bom, eu não era tão habilidosa e estava sempre um passo atrás delas. Assim, quando a carga de trabalho e a necessidade de obreiros diminuía, quem era cortada era eu. Se eu tivesse um ótimo calibre e habilidades profissionais iguais às deles, eu não seria transferida o tempo todo, mas, infelizmente, eu não tinha. Por que eu não era tão habilidosa como os outros? Quanto mais pensava desse jeito, mais triste ficava, e comecei a entender Deus errado.

Depois disso, embora cumprisse meu dever, eu não me sentia motivada. Eu só seguia a rotina prescrita em tudo e me contentava com o que conseguia fazer. Eu não refletia sobre como aumentar minha eficácia para realizar mais. Eu não fazia o meu melhor para resolver os problemas que encontrava. Eu não sabia até quando permaneceria na equipe, por isso não me importava com as coisas. Naquele tempo, eu ficava muito ansiosa sempre que o líder de equipe vinha falar comigo, achando que ele conversaria sobre ajustes no meu dever. O coração palpitava até eu descobrir que se tratava de uma conversa normal sobre o trabalho. Isso acontecia o tempo todo, o que tornava cada dia exaustivo. Eu conseguia dormir o suficiente, mas caía no sono durante meus devocionais e não ganhava nenhuma percepção das palavras de Deus. Eu sabia que meu estado estava errado, por isso me apressei a orar e buscar diante de Deus e refletir sobre meu problema. Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus que me ajudou a me entender. Deus Todo-Poderoso diz: “Quais são seus princípios de conduta? Vocês deveriam se conduzir de acordo com suas posições, encontrar a posição certa para vocês e cumprir o dever que vocês devem cumprir; só alguém assim é uma pessoa com senso. A título de exemplo, há pessoas que são aptas em certas habilidades profissionais e captam os princípios, e deveriam assumir essa responsabilidade e fazer as verificações finais naquela área; há pessoas que podem fornecer ideias e percepções, inspirando os outros e os ajudando a desempenhar melhor o dever — elas deveriam, então, fornecer ideias. Se puder encontrar a posição certa para você e trabalhar em harmonia com seus irmãos, você estará cumprindo o dever e se conduzindo de acordo com sua posição. Se lhe toca somente fornecer alguns de seus pensamentos, mas você gostaria de prover outras coisas, e você acaba se esforçando muito para fazer isso, mas ainda não consegue; e então, quando outras pessoas fornecem essas outras coisas, você se sente desconfortável e não deseja ouvir, e seu coração dói e fica constrangido, e você culpa a Deus e diz que Ele é injusto — então isso é ambição. Que caráter é esse que gera ambição em uma pessoa? Um caráter arrogante gera ambição. Esses estados podem certamente surgir em vocês a qualquer momento, e, se vocês não buscarem a verdade para resolvê-los, e não tiverem entrada na vida, e não puderem mudar nesse sentido, então os graus de qualificação e pureza com que vocês cumprem seus deveres serão baixos, e os resultados também não serão muito bons. Isso não é cumprir o dever satisfatoriamente e significa que Deus não foi glorificado por vocês. Deus deu a cada pessoa diferentes dons e talentos. Algumas pessoas têm talentos em duas ou três áreas, outras têm talento em uma área, e algumas não têm talento algum — se vocês conseguem abordar essas questões corretamente, então vocês terão um senso de razão. As pessoas que têm um senso de razão conseguirão encontrar sua posição, comportar-se de acordo com sua posição e desempenhar bem seu dever. Uma pessoa que nunca consegue encontrar sua posição é uma pessoa que sempre tem ambição. Ela sempre busca status e benefício. Ela nunca está satisfeita com o que tem. A fim de obter mais benefícios, ela tenta pegar o máximo que pode; ela sempre espera satisfazer seus desejos extravagantes. Ela acha que, se ela tiver dons e seu calibre for bom, ela deveria desfrutar mais da graça de Deus, e acha que ter alguns desejos extravagantes não é um erro. Esse tipo de pessoa tem senso? Não é descarado sempre ter desejos extravagantes? Pessoas que têm senso e consciência conseguem sentir que isso é descarado. Pessoas que entendem a verdade não farão essas coisas tolas. Se você espera cumprir seu dever lealmente para retribuir o amor de Deus, isso não é um desejo extravagante. Isso está alinhado com a razão e a consciência de uma humanidade normal. Isso deixa Deus feliz. Se você realmente deseja cumprir bem seu dever, primeiro você deve encontrar a posição certa para você e depois fazer o que puder com todo o coração, com toda a mente e com toda a força e fazer o seu melhor. Isso é satisfatório, e tal desempenho do dever tem um grau de pureza. Isso é o que um verdadeiro ser criado deveria fazer(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). As palavras de Deus me mostraram que eu estava desanimada por que meus desejos rebeldes não tinham sido satisfeitos. Os outros não me admiravam nem valorizavam, e eu não conseguia mudar minhas circunstâncias, por isso eu entendia Deus errado e O culpava, achando que o que Ele me dava não era bom o bastante. Meu dever tinha mudado duas vezes porque o trabalho tinha diminuído e, possivelmente, eu estava encarando uma terceira transferência menos de um mês após meu retorno. Nessa situação, eu me senti como se fosse a pior na equipe, a dispensável, como se minha existência não valesse nada. Eu não conseguia aceitar essa realidade e estava péssima. Na discussão de trabalho, eu não quis parecer abaixo da média, por isso quebrei a cabeça e tentei expressar algumas opiniões valiosas e perceptivas, mas minhas sugestões foram rejeitadas e eu me senti humilhada. E quando vi o quanto minhas habilidades eram inferiores às dos outros, eu me senti excluída e insatisfeita. Achei que eu não era habilidosa em nada porque meu dever mudava o tempo todo, que eu ocupava a posição mais baixa aonde quer que eu fosse e que poderia ser transferida a qualquer momento. Em segredo, eu me comparava aos outros. Achava que todos eles tinham pontos fortes e se destacavam em certa área e que eu estava abaixo da média em todos os sentidos e que tinha uma falha fatal: eu era lenta em tudo. Incapaz de encarar essa realidade, eu culpava Deus por não me dar um bom calibre. Eu me sentia deprimida e injustiçada e carecia de motivação no meu dever. Na verdade, porém, Deus fornece dons, pontos fortes e calibre diferentes a cada um. Somos ordenados a cumprir deveres diferentes. Tudo é orquestrado por Deus. Uma pessoa com bom senso tem um coração de submissão. Ela assume sua posição de acordo com seus pontos fortes e faz bom uso de si mesma. Mas eu não me submetia nem um pouco, não estava disposta a ser a menos importante. Eu buscava um lugar no coração dos outros, buscava seu respeito e admiração e era relaxada quando não recebia isso. Eu carecia de razão. Deus não me deu um ótimo calibre, mas Ele também não exigia muito de mim. Ele só queria que eu encontrasse o lugar certo e desse tudo de mim no meu dever. Bastava fazer o que eu conseguia fazer. Mas eu era muito arrogante e desprovida de razão. Eu não era boa em nada e não queria encarar a realidade. Eu abrigava ambições extravagantes de me tornar um sucesso de um dia para o outro e ganhar a estima dos outros. Como resultado, eu gastava muita energia, mas nunca alcançava isso e me sentia negativa. Eu estava atormentando a mim mesma.

Mais tarde, eu me perguntei: Por que eu sempre invejava os dons e pontos fortes dos outros? Por que eu sempre tentava ganhar um lugar no coração das pessoas e não queria ficar para trás? Qual era a causa principal disso? Em minha busca, encontrei isto nas palavras de Deus: “Para um anticristo, status e prestígio são sua vida e seu objetivo vitalício. Em tudo que faz, sua primeira consideração é: ‘O que acontecerá com meu status? E com meu prestígio? Fazer isso me dará prestígio? Elevará meu status na mente das pessoas?’. Essa é a primeira coisa em que ele pensa, e é prova suficiente de que ele tem o caráter e a essência de um anticristo; se não fosse assim, ele não consideraria esses problemas. Pode-se dizer que, para um anticristo, status e prestígio não são uma exigência adicional, muito menos algo extrínseco do qual ele pudesse abrir mão. São parte da natureza dos anticristos, estão em seus ossos, em seu sangue, são inatos para eles. Os anticristos não são indiferentes a se possuem status e privilégio; essa não é sua atitude. Qual, então, é sua atitude? Status e privilégio estão intimamente conectados ao seu dia a dia, ao seu estado diário, ao que aspiram diariamente. E assim, para os anticristos, status e prestígio são sua vida. Não importa como vivam, não importa o ambiente em que vivam, não importa o trabalho que façam, não importa ao que aspirem, quais sejam seus objetivos, qual seja a direção de sua vida, tudo gira em torno de ter uma boa reputação e uma posição alta. E esse objetivo não muda; eles nunca conseguem deixar essas coisas de lado. Essa é a face verdadeira dos anticristos e sua essência. […] Se acham que não têm prestígio nem status, que ninguém os admira, ou os venera, ou os segue, eles ficam muito frustrados, acreditam que não faz sentido acreditar em Deus, que isso não tem valor, e dizem para si mesmos: ‘Essa fé em Deus é um fracasso? É inútil?’. Muitas vezes eles ponderam sobre tais coisas no coração, ponderam sobre como podem construir um lugar para si na casa de Deus, como podem ter uma reputação elevada na igreja, para que escutem quando eles falarem, e os apoiem quando eles agirem, e os sigam para onde quer que forem; para que tenham uma voz na igreja, uma reputação, para que desfrutem de benefícios e tenham status — eles realmente focam tais coisas com frequência. Isso é o que essas pessoas buscam(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). Deus revela que os anticristos valorizam muito status e prestígio. Em tudo que fazem, eles sempre pensam em seu lugar entre os outros. Fazem de status e prestígio a sua vida e o objeto de sua busca. Se não têm prestígio nem a admiração das pessoas, eles se sentem deprimidos, a ponto de perderem qualquer interesse pelas coisas. Eu não estava agindo exatamente assim? Quando fui transferida pra lá e pra cá, senti que eu havia me tornado uma pessoa dispensável e periférica, sem status, aparentemente insignificante, e isso me chateou. Quando discutíamos problemas, eu não tinha nenhuma ideia valiosa com que contribuir e ninguém aceitava as opiniões que eu expressava. Eu achava que era a pior na equipe, que ninguém me admirava, e parecia que minha vida não tinha valor. Fiquei fraca e negativa, entendi Deus errado e O culpei. Status e prestígio eram minha vida, e quando não os recebia, eu não tinha motivação e relaxava. Eu me importava demais com essas coisas. Refleti sobre por que eu sempre as buscava. Era porque eu era vítima da influência de venenos satânicos como: “alcance o topo”, “o legado de um homem é o eco de sua vida” e “os homens devem sempre se empenhar para ser melhores do que seus contemporâneos”. Eu achava que eram as metas mais legítimas na vida e que buscá-las significava ter ambição. Eu me esforcei muito na escola. No ensino fundamental e médio, eu era a melhor em quase todos os testes. Era muito popular e elogiada com frequência pelos colegas e professores. Eu achava que só esse tipo de vida valia a pena. Depois de me juntar à igreja e assumir um dever, continuei vivendo segundo esses venenos satânicos e me importava muito com meu lugar no coração dos outros. Eu sempre tentava exibir meu valor e conquistar a admiração das pessoas. Embora não fosse líder de equipe nem supervisora, eu precisava ser uma pessoa importante que era aprovada pelos outros. Quando não recebia isso e minhas ambições não eram satisfeitas, eu me queixava e ficava insatisfeita com os arranjos soberanos de Deus. Eu não ousava dizer nada, mas, no coração, eu me opunha a Deus e relaxava no meu dever. Viver segundo esses venenos satânicos só me trouxe desgraça e tormento e eu estava do lado errado de Deus, discutindo e negociando com Ele e até duvidando de Sua justiça e me opondo a Ele. Se continuasse assim, eu ofenderia o caráter de Deus e seria expulsa por Ele. Lembrei-me das palavras de Deus: “As pessoas devem assegurar-se de não ter ambição nem de entreter sonhos vãos, não buscar fama, ganhos, status ou destacar-se da multidão. Ademais, não devem tentar ser uma pessoa de grandeza ou super-humana, que é superior entre os homens e faz com que os outros a adorem. Esse é o desejo da humanidade corrupta e é a senda de Satanás; Deus não salva tais pessoas. Se as pessoas incessantemente buscam fama, ganhos e status e se recusam a se arrepender, não há cura para elas e só existe um desfecho para elas: ser eliminadas(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). No passado, eu nunca percebi como essas consequências são sérias. Achava que nunca faria um grande mal, como os anticristos, nem que interromperia o trabalho da igreja e que, no máximo, eu só me sentia negativa e chateada quando não ganhava a admiração dos outros. Mas então eu vi que não era esse o caso. Por fora, não parecia que eu tinha feito algo terrível, mas eu estava insatisfeita com a situação estabelecida por Deus e sempre reclamava. Eu estava indo contra Deus no coração. Estava resistindo a Deus! Como Deus poderia salvar alguém como eu? Lembrei-me de uma irmã com quem eu tinha trabalhado antes. No início, ela teve entusiasmo em seu dever e foi eleita como líder, mas, mais tarde, foi dispensada e perdeu status e prestígio. Ela estava sempre negativa porque não conseguia ganhar a admiração dos outros e, no fim, ela abandonou a Deus e foi embora. Se as pessoas sempre buscam status e prestígio, quando suas ambições não são cumpridas, elas ficam negativas, entendem Deus errado e O culpam. Elas confrontam Deus ou até O abandonam. Àquela altura, percebi que eu estava num estado perigoso. Eu não queria continuar resistindo a Deus, queria me livrar das restrições de status e prestígio.

Em meus devocionais, li algumas passagens das palavras de Deus. “Quando Deus exige que as pessoas cumpram bem o seu dever, Ele não está pedindo que completem certo número de tarefas ou realizem algum empreendimento, nem façam qualquer grande empreitada. O que Deus quer é que as pessoas sejam capazes de fazer tudo que puderem de maneira realista e viver em concordância com Suas palavras. Deus não precisa que você seja incrível ou honrado, nem precisa que produza quaisquer milagres, nem quer ver surpresas agradáveis em você. Ele não precisa de tais coisas. Tudo de que Deus precisa é que você pratique resolutamente de acordo com as palavras Dele. Quando você ouvir as palavras de Deus, faça o que você entendeu, execute o que compreendeu, lembre-se do que ouviu e, então, quando chegar a hora de praticar como Deus diz, pratique de acordo com as palavras de Deus, para que as palavras de Deus se tornem sua vida, suas realidades e o que você vive. Dessa forma, Deus ficará satisfeito(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). “Se Deus o fez tolo, há significado em sua tolice; se Ele o fez inteligente, há significado em sua inteligência. Qualquer que seja a especialidade que Deus lhe dê quaisquer que sejam seus pontos fortes, e não importa quão alto seja seu QI, tudo isso tem um propósito para Deus. Todas essas coisas foram preordenadas por Deus. O papel que você exerce na sua vida e o dever que você cumpre foram ordenados por Deus há muito tempo. Algumas pessoas veem que outros possuem uma destreza que elas não têm e ficam descontentes. Querem mudar as coisas aprendendo mais, vendo mais e sendo mais diligentes. Mas existe um limite para o que sua diligência pode alcançar, e elas não podem superar os que têm dons e perícia. Não importa quanto você lute, é inútil. Deus ordenou o que você será, e não há nada que qualquer um possa fazer para mudar isso. Não importa em que você seja bom, é nisso que você deve se esforçar. Qualquer que seja o dever para o qual é apto, esse é o dever que deveria cumprir. Não tente inserir-se à força em áreas fora do seu conjunto de habilidades e não inveje os outros. Todo mundo tem a sua função. Não pense que você consegue fazer tudo bem nem que você é mais perfeito do que os outros, sempre querendo substituir os outros e se exibir. Isso é um caráter corrupto. Há aqueles que acham que não conseguem fazer nada bem e que não têm habilidade alguma. Se esse for o caso, você deve simplesmente ser uma pessoa que ouve e obedece com os pés no chão. Faça o que pode e faça-o bem, com toda a sua força. Isso basta. Deus ficará satisfeito(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). As palavras de Deus me mostraram que não é a Sua vontade que nos tornemos pessoas importantes. Ele espera que tenhamos os pés no chão e ajamos de acordo com nossa posição, cumpramos nosso dever, nos concentremos em praticar as Suas palavras e sejamos seres criados obedientes. Não importam o calibre e as habilidades profissionais que tenhamos, tudo se deve aos arranjos soberanos de Deus. Eu precisava aprender a aceitar e me submeter e fazer bom uso de tudo que Deus tinha me dado com base em meus pontos fortes e fazer o meu melhor. Minhas habilidades não eram tão boas quanto as dos outros, mas eu não era incapaz de fazer o trabalho. Já que a igreja tinha arranjado que eu cumprisse esse dever, eu devia sempre dar tudo de mim e fazer tudo que podia. Nas discussões de trabalho, eu só precisava falar sobre as coisas que eu entendia. Se eu carecesse de percepção ou não conhecesse os princípios, eu deveria buscar e me comunicar com os outros, ouvir suas ideias e aprender com seus pontos fortes para compensar minhas fraquezas. Quando pensei isso, meu coração se iluminou e encontrei uma senda e direção para praticar. Eu costumava pensar que uma transferência era algo vergonhoso. Quando isso acontecia, eu achava que era prova de que eu era a pior, por isso não conseguia abordar isso corretamente. Pensando nisso agora, esse era um problema com a minha perspectiva. Deus dá a todos dons, pontos fortes e calibre diferentes e faz exigências diferentes a cada um. É verdade que minhas habilidades não eram maravilhosas, assim, quando a equipe não tinha muito trabalho, a igreja ajustava meu dever com base em meus pontos fortes. Isso estava alinhado com os princípios e beneficiava o trabalho da igreja. Além disso, quando Deus avalia uma pessoa, Ele não se baseia somente em se ela consegue fazer bem um trabalho, mas se ela busca a verdade, submete-se genuinamente a Ele e é devota em seu dever. Refletir sobre isso iluminou meu coração e deixei de ser constrangida por mudanças no dever. Também descobri exatamente o que eu devia buscar. Eu orei a Deus: “Ó Deus, obrigada por me esclarecer e me ajudar a entender Tua vontade. Não sei quando serei transferida, mas estou disposta a me submeter aos Teus arranjos. Não importa onde eu cumpra meu dever, só quero dar tudo de mim e satisfazer a Ti. Por favor, guia-me!”.

Depois de mudar minha perspectiva, o estado do meu dever também mudou. Eu sempre achava que eu não era igual aos outros, e sim um membro temporário da equipe que podia ir embora a qualquer momento. Achava que eu ocupava a posição mais baixa e não pertencia a lugar nenhum. Eu entendia Deus errado e me sentia distante Dele e não dava tudo de mim em meu dever. Mas agora eu não me sinto mais assim. Não importa onde eu cumpra um dever nem por quanto tempo, a boa vontade de Deus está por trás disso, por isso devo aprender a me submeter. Mesmo que tenha que ir embora depois, agora estou fazendo vídeos, então devo fazer o meu melhor todos os dias e investir o coração no meu dever e em cada situação que experimento. Quando cumpro meu dever, oro a Deus com frequência, pedindo que Ele me guie a me tornar mais eficiente. Também reflito sobre os problemas que existem no meu trabalho para que eu possa analisá-los e corrigi-los rapidamente. Quando encontro princípios que não entendo, eu me comunico com os outros. Eu me sinto à vontade cumprindo meu dever desse jeito e me sinto mais próxima de Deus.

Numa reunião, li uma passagem das palavras de Deus que me comoveu muito. Deus Todo-Poderoso diz: “O que as pessoas deveriam fazer em resposta aos arranjos de seu destino por Deus e à Sua soberania sobre ele? (Submeter-se aos arranjos e às orquestrações de Deus.) Em primeiro lugar, você deveria buscar o porquê de o Criador ter arranjado esse tipo de destino e ambiente para você, o porquê de Ele fazer com que você encontre e experimente certas coisas e a razão de seu destino ser do jeito que é. A partir disso, você deveria entender suas necessidades e a soberania e os arranjos de Deus. Depois de entender e saber essas coisas, você não deveria resistir a seu destino, nem fazer suas escolhas em relação a ele, nem rejeitá-lo, nem contradizer a ele nem evitá-lo. É claro, você também não deveria tentar negociar com Deus. Em vez disso, você deveria se submeter. Por que você deveria se submeter? Porque você não consegue orquestrar seu destino e você não tem soberania sobre ele. Seu destino é determinado por Deus. Você é um objeto da criação e, quando se trata de sua fé, você é passivo e não tem escolhas. A única coisa que você deveria fazer é se submeter. Você não deveria fazer suas escolhas sobre seu destino nem o evitar, você não deveria negociar com Deus e não deveria contradizer a Deus nem reclamar. É claro, sobretudo, você não deveria dizer coisas como: ‘O destino que Deus arranjou para mim é ruim. É péssimo e é pior do que o destino dos outros’, ou: ‘Meu destino é ruim e não chego a desfrutar de nenhuma felicidade nem prosperidade. Deus arranjou as coisas de um jeito ruim para mim’. Essas palavras são julgamentos e, ao professá-las, você está ultrapassando sua autoridade. Não são palavras que deveriam ser faladas por um objeto da criação e não são perspectivas nem atitudes que um objeto da criação deveria ter. Em vez disso, você deveria renunciar a esses vários falsos entendimentos, definições, opiniões e compreensões do destino. Ao mesmo tempo, você deveria ser capaz de adotar a atitude e a postura correta para se submeter a todas as coisas que acontecerão como parte do destino que Deus arranjou para você. Você não deveria resistir e certamente não deveria ficar deprimido nem se queixar de que o Céu não é justo, que Deus arranjou as coisas de modo ruim para você e não proveu o melhor do melhor para você. Objetos da criação não têm o direito de escolher seu destino. Deus não lhe deu esse tipo de obrigação e não lhe concedeu esse direito. Assim, você não deveria tentar fazer escolhas, nem discutir com Deus, nem fazer pedidos adicionais a Ele. Você deveria se conformar aos arranjos de Deus e enfrentá-los, não importa o que sejam. Você deveria enfrentar e tentar experimentar e apreciar tudo que Deus arranjou. Você deveria se submeter completamente a tudo que você deveria experimentar por meio dos arranjos de Deus. Você deveria cooperar com o destino que Deus arranjou para você. Mesmo que não goste de algo ou mesmo que sofra por causa disso, mesmo que isso ameace e oprima seu orgulho e dignidade, contanto que seja algo que você deveria experimentar, algo que Deus orquestrou e arranjou para você, você deveria se submeter a isso, e você não tem escolha quanto a isso. Visto que Deus arranja o destino das pessoas e tem soberania sobre ele, isso não pode ser negociado com Deus. Assim, se as pessoas forem sensíveis e possuírem a razão de uma humanidade normal, elas não deveriam se queixar de que seu destino é ruim ou que essa ou aquela coisa não é boa para elas. Elas não deveriam abordar seu dever, sua vida, a estrada que seguem em sua fé, as situações que Deus arranjou nem as exigências que faz a elas com uma atitude deprimida só porque acham que seu destino é ruim(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (2)”). Contemplar as palavras de Deus me mostrou com mais clareza como devo abordar os arranjos soberanos de Deus. O destino de todos nós está nas mãos de Deus. Em que tipo de família uma pessoa nasce, que tipo de educação ela recebe, seus dons e pontos fortes, quando ela entra na igreja e assume um dever e que dever ela cumpre, tudo isso é arranjado por Deus, e a boa vontade de Deus está por trás disso. No passado, eu nunca entendia por que sempre era transferida, mas após uma reflexão cuidadosa, vi que era isso que eu precisava. Sem essas experiências, eu não teria visto como era ruim o meu desejo por status e prestígio. Ainda acharia que eu tinha mudado um pouco e não estaria ciente de como as filosofias de Satanás estavam enraizadas em mim nem que elas tinham me levado a perder a razão da humanidade normal e a me opor a Deus, e eu não veria que seria expulsa se as continuasse buscando. Ao passar por isso, ganhei alguma clareza sobre minhas opiniões equivocadas sobre buscar status e prestígio e percebi que essa não é a senda correta, mas um jeito de Satanás corromper e prejudicar os humanos. Também aprendi que eu deveria abordar meu calibre corretamente, aceitar e me submeter aos arranjos de Deus, ser capaz de permanecer em minha posição e ser um ser criado com bom senso. Não importa que eu seja transferida no futuro, não importa que dever eu cumpra, preciso me submeter aos arranjos soberanos de Deus, buscar Sua vontade, me adaptar, experimentar e mergulhar em cada situação que Ele arranja para mim e me esforçar para ganhar algo e aprender sobre mim mesma por meio dela.

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