Buscar bênçãos está alinhado com a vontade de Deus?

16 de Dezembro de 2022

Por Claude, Estados Unidos

Em 2018, eu tive a sorte de aceitar a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Eu estava muito animado por poder acolher o retorno do Senhor. Não demorou, e aprendi a compartilhar o evangelho, mas já que eu trabalhava durante o dia e, à noite, voltava para casa cansado, eu tinha dificuldade de me concentrar em meu dever. Eu queria largar meu emprego e compartilhar o evangelho em tempo integral, mas minhas circunstâncias práticas não permitiam isso. Eu estava criando cinco filhos, e, se eu não os mandasse para a escola, o governo me consideraria inapto para cuidar deles, e eles seriam tirados de mim. Havia muito estresse na minha vida, mas eu sabia que, como um ser criado, por maior que fossem as dificuldades, eu tinha que cumprir o meu dever.

Em 2019, tornei-me um líder de igreja, e meus dias ficaram ainda mais corridos. Decidi reduzir meus dias de trabalho de seis a quatro dias por semana. Achei que talvez Deus me abençoasse pelos meus sacrifícios. Embora não estivesse ganhando muito por causa da redução em meus horários, minha vida não sofreu um grande impacto por causa disso, visto que tudo estava correndo bem, e nós não tínhamos nenhum problema de saúde nem outros tipos de problemas. Achei que a minha vida estava em paz porque eu estava recebendo o que eu merecia porque eu me despendia por Deus. Estava muito feliz por ter mais tempo para o meu dever. Mas então tudo isso mudou em 2021, quando a pandemia irrompeu.

O lucro do salão de cabeleireiros que eu administrava despencou por causa da pandemia. A renda não bastava nem para pagar o aluguel. Assim, não tive escolha senão me mudar para uma loja mais barata, mas que precisava de reformas. Encontrei alguém da área de construção para me ajudar, mas depois de algumas semanas ele disse que o meu projeto levaria muito tempo, que ele estava muito ocupado e sem funcionários, por isso teria que parar de trabalhar comigo. Meus vizinhos e clientes descobriram o que estava acontecendo e disseram que, se a loja nova não ficasse pronta, eu teria que pagar aluguel por dois lugares, o que seria muito caro. Como isso podia estar acontecendo comigo, um crente? No início, confiante, eu lhes disse que tudo estava sob o governo e os arranjos de Deus e que eu não podia reclamar. Depois, encontrei um rapaz que trabalhava com outra construtora, mas ele também desistiu do projeto por causa de problemas de saúde. O tempo estava voando, e a loja ainda não estava arrumada. Durante três meses, eu paguei aluguel de duas lojas ao mesmo tempo. Logo depois, houve um vazamento na loja nova, e o teto precisou ser destruído para encontrar o vazamento. A mudança para a loja nova já tinha me custado umas três mil libras no total. Eu estava descontente e confuso. Por que isso aconteceria comigo — por que eu tinha que gastar tanto dinheiro? Acreditei o tempo todo que Deus me ajudaria a encontrar um bom construtor. Mas esse rapaz abandonou o trabalho após instalar apenas parte do aquecedor, e outro vazamento destruiu metade da reforma que ele tinha feito. Nessa época, eu também peguei o coronavírus. Comecei a me queixar: Por que Deus estava permitindo que isso acontecesse? Eu estava cumprindo um dever na igreja e tinha reduzido meu tempo de trabalho; por que eu estava enfrentando tantas dificuldades? Meu coração estava cheio de queixas.

Depois disso, minha atitude em relação ao meu dever não foi muito conscienciosa. Eu ainda estava cumprindo meu dever, mas meu coração não estava investido nele. Eu estava preocupado com os problemas na minha loja. Eu estava num dilema e, como resultado, eu não me concentrava nas reuniões. Eu sempre fazia um resumo depois das reuniões, mas não queria mais fazer isso. Eu também costumava sacrificar parte do meu sono para comungar com os outros e ajudar a resolver problemas, mas agora, quando me procuravam, eu nem queria atender à ligação. Eu costumava investigar se os irmãos estavam num estado bom ou não, se tinham dificuldades em seus deveres, e comungar as palavras de Deus com base nas dificuldades que eles enfrentavam, mas agora eu não queria mais fazer esse trabalho. Eu estava ficando cada vez mais desleixado em meu dever. Um dia, uma líder superior me disse que eu precisava assumir minhas responsabilidades e organizar reuniões para os novos membros da igreja e regá-los corretamente, para que nenhum deles se perdesse. Eu resisti muito ao arranjo dela. Se agisse dessa forma, eu não teria tempo para cuidar das coisas em casa. Eu queria passar meu tempo livre com família e amigos, satisfazer mais a carne. Caí num estado cada vez pior e não quis fazer meus devocionais nem ler as palavras de Deus. Antes, eu me levantava cedo para ler as palavras de Deus e ouvir recitações delas durante o dia, mas agora não queria mais me levantar de manhã nem ler as palavras de Deus, porque eu não tinha sido abençoado pelos meus esforços e porque eu tinha me deparado com tantos obstáculos. Eu não sabia o que comungar nas reuniões. Eu fingia que tudo estava bem, para, assim, pelo menos manter minha posição na igreja. Também comecei a ser desonesto no meu dever. Quando alguém me perguntava como eu estava indo, eu dizia que tinha terminado algo que, obviamente, eu não tinha feito, enganando meus irmãos. Essa minha atitude se devia ao fato de Deus não ter me abençoado, e ter permitido que eu enfrentasse essas dificuldades. Eu não estava demonstrando reverência por Deus, muito menos O estava adorando.

Eu estava num estado terrível, por isso contei à líder o que eu estava passando. Ela me deu esta passagem das palavras de Deus: “Enquanto passam por provações, é normal que as pessoas estejam fracas ou tenham negatividade dentro delas, que lhes falte clareza quanto à vontade de Deus ou quanto à senda para a prática. Mas, em todo caso, você deve ter fé na obra de Deus e não negar Deus, assim como Jó. Embora Jó fosse fraco e amaldiçoasse o dia em que nasceu, ele não negou que todas as coisas da vida humana foram concedidas por Jeová, nem que Jeová também é Aquele que tira todas elas. Não importa quanto fosse testado, ele manteve essa fé. Na sua experiência, não importa que tipo de refinamento você passe por meio das palavras de Deus, o que Ele exige da humanidade, em resumo, é sua fé e seu amor por Ele. O que Ele aperfeiçoa ao operar assim é a fé, o amor e as aspirações das pessoas. Deus faz a obra da perfeição nas pessoas, e elas não podem vê-la, não podem senti-la; em tais circunstâncias, sua fé é exigida. A fé das pessoas é exigida quando algo não pode ser visto a olho nu, e sua fé é exigida quando você não consegue abrir mão de suas próprias noções. Quando você não tem clareza a respeito da obra de Deus, o que é exigido de você é ter fé e assumir uma posição firme e dar testemunho(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que hão de ser aperfeiçoados devem passar pelo refinamento”). As palavras de Deus me mostraram que eu não tinha nenhum entendimento da intenção de Deus naquilo que eu estava passando. Eu estava desesperançoso e desolado e até tinha dúvidas sobre a soberania de Deus. Mas eu continuava alegando que eu era um seguidor devoto de Deus. Quando meus negócios estavam indo bem e eu tinha saúde, eu achava que Deus tinha me abençoado muito e que eu poderia dar mais de mim por Ele. Quando enfrentei apuros e dificuldades na vida, eu comecei a culpar a Deus. Como isso era ter fé? Quando Jó perdeu todos os bens da família e até todos os filhos, ele não culpou a Deus, mas louvou o nome de Deus. Quando a esposa quis fazê-lo vacilar na fé, ele a denunciou como uma mulher tola, dizendo: “Receberemos de Deus o bem, e não receberemos o mal?” (Jó 2:10). Jó não era transacional nem exigente em sua fé em Deus. Não importava se ele era abençoado ou se sofria desastres, ele se submetia a Deus. Jó tinha fé genuína em Deus. Senti que eu não podia me equiparar a ele. Quando uma adversidade após a outra surgiu na minha vida, senti insatisfação. Meus conhecidos me perguntavam por que tais coisas estavam acontecendo comigo, um crente, e, embora eu alegasse que tudo estava ótimo, comecei a vacilar no meu coração e a duvidar do governo de Deus. Por meio da experiência de Jó, percebi que Satanás estava me atacando por meio das coisas que as pessoas diziam, tentando me levar a negar e culpar a Deus. Eu não tive nenhum testemunho nessa experiência — tornei-me objeto de piada de Satanás. Eu estava cheio de vergonha e remorso por ter agido assim.

Mais tarde, li mais algumas passagens das palavras de Deus. “Nas experiências de vida das pessoas, elas geralmente pensam em si mesmas: ‘Eu abandonei minha família e minha carreira para Deus, e o que Ele me deu? Devo fazer as contas e confirmarrecebi alguma bênção recentemente? Eu dei muito durante esse período, corri, corri e sofri muitoDeus me deu alguma promessa em troca? Ele Se lembrou das minhas boas ações? Qual será o meu fim? Posso receber as bênçãos de Deus?’… Toda pessoa constantemente faz tais cálculos em seu coração e elas fazem exigências a Deus que trazem em si suas motivações, ambições e uma mentalidade transacional. Isto quer dizer que, em seu coração, o homem está constantemente colocando Deus a prova, constantemente concebendo planos sobre Deus e constantemente argumentando a favor do seu próprio fim individual com Deus, e tentando extrair uma declaração de Deus, vendo se Deus pode ou não dar a ele o que ele quer. Ao mesmo tempo em que busca a Deus, o homem não trata Deus como Deus. O homem sempre tentou fazer acordos com Deus, fazendo exigências incessantes a Ele, e até mesmo pressionando-O a cada passo, tentando tomar um quilômetro depois de receber um centímetro. Ao mesmo tempo em que tenta fazer acordos com Deus, o homem também discute com Ele, e há até mesmo pessoas que, quando as provações lhes sobrevêm ou se encontram em certas situações, frequentemente se tornam fracas, passivas e negligentes em Sua obra, e cheias de reclamações sobre Deus. Desde o tempo em que o homem começou a acreditar em Deus, ele tem considerado que Deus é uma cornucópia, um canivete suíço, e considera-se o maior credor de Deus, como se tentar receber bênçãos e promessas de Deus fosse seu direito intrínseco e obrigação, enquanto a responsabilidade de Deus fosse proteger e cuidar do homem e prover para ele. Essa é a compreensão básica da ‘crença em Deus’ de todos aqueles que acreditam em Deus, e tal é sua compreensão mais profunda do conceito de crença em Deus. Da natureza e essência do homem à sua busca subjetiva, não há nada que se relacione ao temor de Deus. O objetivo do homem em acreditar em Deus não poderia ter nada a ver com a adoração a Deus. Ou seja, o homem nunca considerou nem entendeu que a crença em Deus requer temer e adorar a Deus. À luz de tais condições, a essência do homem é óbvia. Qual é essa essência? É que o coração do homem é malicioso, abriga traição e engano, não ama a equidade e a justiça nem o que é positivo e é desprezível e ganancioso. O coração do homem não poderia estar mais fechado para Deus; ele não o entregou absolutamente a Deus. Deus nunca viu o verdadeiro coração do homem, nem jamais foi adorado pelo homem. Não importa quão grande seja o preço que Deus paga, ou quanta obra Ele executa, ou quanto Ele provê ao homem, o homem permanece cego e totalmente indiferente a tudo isso. O homem nunca entregou seu coração a Deus, ele só quer se importar com seu próprio coração, tomar suas próprias decisõescujo significado implícito é que o homem não quer seguir o caminho de temer a Deus e se desviar do mal, nem de obedecer a soberania e arranjos de Deus, nem quer adorar a Deus como Deus. Tal é o estado do homem hoje(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus II”). “Não importa como são provados, a fidelidade dos que têm Deus no coração permanece imutável; mas aqueles que não têm Deus no coração, quando a obra de Deus não é vantajosa para sua carne, mudam sua visão de Deus e até se afastam de Deus. Assim são os que não resistirão firmemente no final, que buscam somente as bênçãos de Deus e não têm desejo de se despender por Deus e se dedicar a Ele. Essas pessoas torpes serão expulsas quando a obra de Deus chegar ao fim e são indignas de qualquer compaixão. Os que não têm humanidade são incapazes de amar verdadeiramente a Deus. Quando o ambiente é protegido e seguro ou quando há lucros a serem feitos, eles são totalmente obedientes a Deus, mas quando o que desejam é ameaçado ou definitivamente recusado, eles imediatamente se revoltam. Podem de um dia para o outro se transformar de pessoas sorridentes e de ‘bom coração’ em assassinos repulsivos e ferozes, que subitamente tratam o benfeitor de ontem como inimigo mortal, sem mais nem menos. Se esses demônios não forem expulsos, esses demônios que matariam sem piscar os olhos, eles não se tornarão um perigo oculto?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a prática do homem”). As palavras de Deus me mostraram o que se escondia no fundo do meu coração. Eu não acreditava em Deus para me submeter a Ele e para adorá-Lo, mas para me deleitar em Sua graça e bênçãos. Reduzir meu tempo de trabalho e salário para cumprir um dever foi só para ser mais abençoado. Tudo de que desisti foi só para fazer um trato com Deus, não por fé e amor verdadeiros. Quando os problemas começaram a aparecer, eu permaneci forte em meu dever, pois achava que as adversidades passariam, e então Deus me abençoaria ainda mais. Mas as coisas continuaram difíceis. Deparei-me com problemas na loja nova e perdi muito dinheiro. Eu não tinha mais nenhuma motivação para cumprir o meu dever e comecei a culpar a Deus. Sem as bênçãos de Deus, eu não queria mais trabalhar tanto por Deus como antes. Só queria pensar mais em meu conforto. Meu jeito de pensar estava sob ataque constante das adversidades que eu enfrentava e, em todas essas lutas, não busquei a vontade de Deus nem como praticar a verdade e permanecer firme. Em vez disso, tentei achar jeitos de resolver sozinho minhas dificuldades financeiras e até agi superficialmente em meu dever e fui irresponsável. Deus não tinha um lugar no meu coração. Por meio da minha atitude em relação ao meu dever e a Deus, vi que eu não era um seguidor verdadeiro de Deus. Eu sempre alegava amar a Deus, mas culpava a Deus quando enfrentava adversidades na vida. Eu discutia e tentava acertar as contas com Ele, exatamente como Deus disse: “Podem de um dia para o outro se transformar de pessoas sorridentes e de ‘bom coração’ em assassinos repulsivos e ferozes, que subitamente tratam o benfeitor de ontem como inimigo mortal, sem mais nem menos”. Meu comportamento era exatamente igual ao que Deus desnuda em Suas palavras. Eu só cumpria bem o meu dever quando Deus me abençoava. Eu agia igual a um credor, exigindo o que eu queria de Deus. Mas Deus me deu a vida — Ele me deu tudo. Ele me deu mais do que o suficiente. Por que eu ainda queria repreender Deus, discutir e argumentar com Ele? Além disso, eu lutei com Ele ao não cumprir bem o meu dever. Enquanto refletia sobre isso, eu sentia cada vez mais vergonha. Se eu não me arrependesse diante de Deus, Deus não detestaria e expulsaria uma pessoa igual a mim? Fiz uma oração a Deus no meu coração: “Deus, eu careço de consciência. Já desfrutei de tanto da Tua graça, mas continuo exigindo coisas de Ti, uma após a outra. Quando meus desejos não são realizados, eu fico negativo e me queixo. Deus, vi meu rosto verdadeiro e me desprezo. Por favor, ajuda-me para que eu possa mudar essas buscas equivocadas”.

Depois disso, li isto nas palavras de Deus: “O que você busca é ser capaz de ter paz depois de crer em Deus, que suas crianças estejam livres de doenças, que seu marido tenha um bom emprego, que seu filho encontre uma boa esposa, que sua filha encontre um marido decente, que seus bois e cavalos arem bem o solo, que tenha um ano de clima bom para suas colheitas. É isso que você busca. Sua busca visa tão somente viver com conforto, que nenhum acidente sobrevenha sua família, que os ventos passem ao largo, que sua face não seja tocada pela areia, que as colheitas de sua família não sejam inundadas, que você não seja atingido por nenhum desastre, em suma, você busca viver no abraço de Deus, viver em um ninho aconchegante. Um covarde como você que sempre busca a carnevocê tem um coração, tem um espírito? Você não é uma besta? Eu lhe dou o caminho verdadeiro sem pedir nada em troca, mas você não busca. Você é mesmo alguém que crê em Deus? Eu lhe concedo vida humana real, mas você não busca. No que você se diferencia de um porco ou de um cão?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”). “Todos os humanos corruptos vivem para si mesmos. Cada um por si e o diabo pega quem fica por últimoesse é o resumo da natureza do homem. As pessoas creem em Deus por causa de si mesmas; quando renunciam a coisas e se despendem para Deus, eles fazem isso a fim de serem abençoados, e quando são fiéis a Ele, fazem isso a fim de serem recompensados. Em suma, tudo é feito para o propósito de ser abençoado, recompensado e entrar no reino dos céus. Na sociedade, as pessoas trabalham por seu próprio benefício, e na casa de Deus, eles cumprem um dever a fim de ser abençoados. É para ganhar bênçãos que as pessoas se desfazem de tudo e conseguem suportar muito sofrimento: não há melhor evidência da natureza satânica do homem(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus me mostraram como eu era egoísta e desprezível. Eu era controlado pela ideia de “cada um por si e o diabo pega quem fica por último”. Eu achava que tinha que me beneficiar com tudo que fazia, e não queria fazer nada que não me beneficiasse. Esse tipo de filosofia, esse tipo de raciocínio estava profundamente gravado no meu coração e me levava sempre a viver para mim mesmo. Até minha fé e meus sacrifícios por Deus serviam a esse objetivo — ser abençoado. Eu estava enganando a Deus. Eu era uma pessoa muito egoísta e astuta. Eu sempre buscava meus interesses pessoais e jeitos de ganhar graça e bênçãos de Deus. Quando vi que Deus não me abençoava como eu tinha imaginado, eu me senti péssimo e me enchi de queixas. Qual era a vontade de Deus nessa situação? Eu não buscava nem ponderava, e não me importava. Eu só me concentrava em meus interesses carnais. Eu não estava perdendo chances de ganhar a verdade? Deus Se tornou carne nos últimos dias para nos salvar. Ele falou tantas palavras, derramando Seu sangue, suor e lágrimas por nós para que, por meio dessas palavras e verdades, pudéssemos escapar do pecado e do mal e da corrupção e dos danos de Satanás. Mas eu não buscava a verdade — eu a menosprezava. Eu cobiçava confortos da carne, só calculava e pensava nisso. Se eu tivesse continuado agindo assim, o que Deus teria feito comigo? Eu teria sido excluído e destruído. Fiz uma oração no meu coração: “Deus, por favor, salva-me. Por favor, permite que eu conheça a mim mesmo e encontre uma senda de prática”. Passei a fazer esse tipo de oração todos os dias.

Mais tarde, li isto nas palavras de Deus: “Você pode pensar que crer em Deus é uma questão de sofrer ou de fazer todo tipo de coisas para Ele; você pode pensar que o propósito de crer em Deus é para que a sua carne esteja em paz, ou para que tudo corra bem em sua vida, ou para que você possa estar confortável e tranquilo em todas as coisas. No entanto, nenhuma dessas coisas é um propósito que as pessoas deveriam vincular a sua crença em Deus. Se você acredita com esses propósitos, então sua perspectiva está incorreta, e é simplesmente impossível que você seja aperfeiçoado. As ações de Deus, o justo caráter de Deus, Sua sabedoria, Suas palavras, Sua maravilha e insondabilidade são todas coisas que as pessoas devem entender. Tendo esse entendimento, você deveria usá-lo para tirar de seu coração todas as exigências, esperanças e noções pessoais. Somente ao eliminar essas coisas é que você pode cumprir as condições exigidas por Deus, e é somente ao fazer isso que você pode ter vida e satisfazer Deus. O propósito de crer em Deus é satisfazê-Lo e viver o caráter que Ele requer de tal modo que Suas ações e Sua glória possam se manifestar através deste grupo de pessoas indignas. Essa é a correta perspectiva para crer em Deus e também é a meta que você deveria buscar(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que hão de ser aperfeiçoados devem passar pelo refinamento”). “Não há correlação entre o dever do homem e se ele é abençoado ou amaldiçoado. O dever é o que o homem deve cumprir; é sua vocação providencial, e não deveria depender de recompensa, condições ou razões. Só então ele está fazendo o seu dever. Ser abençoado é quando alguém é aperfeiçoado e desfruta das bênçãos de Deus após experimentar julgamento. Ser amaldiçoado é quando o caráter de alguém não muda depois de ter experimentado castigo e julgamento, é quando não experimenta ser aperfeiçoado, mas, sim, punido. Mas, independentemente de ser abençoados ou amaldiçoados, os seres criados devem cumprir seu dever, fazer o que devem fazer e fazer o que são capazes de fazer; isso é o mínimo que uma pessoa, uma pessoa que busca a Deus, deveria fazer. Você não deve fazer o seu dever apenas para ser abençoado e não deve se recusar a agir por medo de ser amaldiçoado. Deixe-Me dizer-lhes uma coisa só: o desempenho do homem de seu dever é o que ele deve fazer e, se ele é incapaz de desempenhar seu dever, então isso é a sua rebeldia(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A diferença entre o ministério de Deus encarnado e o dever do homem”). Muitas vezes eu tinha alegado ter fé verdadeira em Deus, mas então percebi que isso era só a minha imaginação. Meu tipo de fé era igual ao que Paulo disse em 2 Timóteo 4:7-8: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada”. Paulo estava esperando uma coroa de justiça após seu serviço para o Senhor, e este também era o meu objetivo em minha fé — ser abençoado. As palavras de Deus me mostraram o significado da fé e a busca correta que eu deveria ter em minha fé. Senti-me disposto a mudar a senda errada em que eu estive, pois ela só poderia me levar a me tornar cada vez mais depravado, um inimigo de Deus. Eu era igual a uma criança que não estava sendo filial com os pais, que só queria algo deles. Esse tipo de filho nunca poderá ser favorecido pelos pais, e só lhes causará dor. Minha motivação, minha perspectiva na fé eram vergonhosas para mim. Que tipo de recompensa eu esperava ganhar de Deus? Eu já tinha desfrutado tanto de Sua graça e bênçãos e ganhado tanto sustento das verdades em Suas palavras, e Seu cuidado e proteção, sem falar do ar que eu respirava, do calor do sol que eu sentia, meu pão de cada dia. Tudo isso é providenciado por Deus. Até minha vida me foi dada por Deus. Como eu poderia retribuir o amor do nosso Criador? Mesmo que desse toda fibra do meu ser, eu nunca poderia remunerá-Lo. Ainda assim, eu culpava a Deus, discutia e tentava acertar as contas com Ele. Eu carecia de humanidade, não tinha a menor autoconsciência. Eu seguia a Deus e cumpria o meu dever, o que era minha responsabilidade, a coisa mais básica que eu devia fazer. Era também uma chance que Deus me dava para buscar a verdade e ganhar a salvação. Se não cumprisse meu dever, eu não poderia ganhar a verdade nem mudar meu caráter corrupto. Graças a Deus! Agora percebo que cumprir um dever é o que um ser criado deve fazer, é a responsabilidade de um humano. Cumprir meu dever não deveria ser um acordo que faço com Deus. Também entendo que, não importam as dificuldades que eu enfrente, se eu adoecer ou se meus negócios não forem bem, eu preciso aceitar isso, e não devo me queixar. Essas são a razão e a atitude que eu devo ter como um ser criado. Sou grato a Deus por me permitir ter esse tipo de entendimento. Não estou ganhando muito dinheiro agora, e a qualidade da minha vida é um pouco mais baixa, mas sou mais frugal do que antes — estou gastando menos. Ainda consigo sobreviver. Não posso permitir que problemas de saúde e problemas na vida impactem minha atitude em relação ao meu dever. Continuo oferecendo ajuda aos irmãos, tentando concluir toda tarefa em meu dever. A experiência dessa situação me mostrou como eu era vil e egoísta e me deu algum entendimento da minha perspectiva errada na minha fé e busca. Alcancei tudo isso graças à orientação das palavras de Deus.

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