Por Xiao Cong, China

Em dezembro de 2023, eu estava desempenhando meu dever de regar e era responsável pelo trabalho de rega de várias igrejas. Naquela época, eu era muito proativo em meu dever e tinha uma compreensão básica da situação dos recém-chegados. Até março de 2024, o número de recém-chegados na igreja de Jianglin havia aumentado gradualmente, e o supervisor arranjou que eu fosse responsável pelo trabalho de rega dessa igreja. Como ela ficava bem longe das outras igrejas pelas quais eu era responsável e a situação geral não era boa, o supervisor me lembrou de que, se eu não conseguisse me encontrar com os recém-chegados em tempo hábil, eu deveria escrever mais cartas para os regadores para entender como os recém-chegados estavam indo. Na época, concordei sem hesitar.

Uma semana depois, o supervisor escreveu para perguntar sobre assuntos como o estado e as dificuldades recentes dos recém-chegados e os deveres que eles estavam aptos a realizar. Ao ver essas perguntas, pensei comigo: “Acabei de assumir a responsabilidade pelo trabalho de rega da igreja de Jianglin e só tenho uma compreensão geral não muito detalhada da situação dos recém-chegados. Prometi ao supervisor que me concentraria em acompanhar como os recém-chegados estão indo, mas, até agora, ainda não os acompanhei adequadamente. Se eu responder com sinceridade, o que o supervisor pensará de mim? Ele pensará que estou sendo perfunctório e não estou fazendo trabalho real? Ele pensará que, apesar de eu estar regando há algum tempo, ainda não sei nem acompanhar o trabalho, que meu calibre é baixo e, portanto, me menosprezará?”. Pensando nisso, não quis lhe responder. Mas também não podia simplesmente deixar de fazê-lo. Eu realmente estava diante de um dilema. Estava condenado se falasse e condenado se não falasse. Naquele momento, tive uma ideia: “Se eu escrever para os regadores da igreja de Jianglin agora mesmo e esclarecer as coisas antes de responder ao supervisor, então ele não achará que tenho uma capacidade de trabalho ruim, que estou sendo perfunctório e não estou fazendo trabalho real”. Então, às pressas, escrevi para os regadores da igreja de Jianglin. Depois de concluir a carta, continuei inquieto. Pensei comigo: “Se os regadores demorarem a dar retorno e eu não responder ao supervisor prontamente porque ainda estou esperando, ele terá uma má impressão de mim? Nesse caso, isso pode expor que não acompanhei o trabalho adequadamente. Dessa forma, eu não só deixaria de preservar meu status e orgulho, mas isso também me colocaria em um dilema, e se o supervisor perguntar pelo motivo dessa situação, não conseguirei explicar de forma satisfatória. Preciso responder ao supervisor primeiro. Mas o que posso dizer para que ele ache que há motivos legítimos para eu demorar tanto a responder? Ele fez muitas perguntas e, se eu disser que acompanhei todos os problemas, isso não seria realista, portanto direi apenas que ignorei um único problema e que estou escrevendo uma carta para acompanhá-lo e que lhe darei um feedback completo depois de receber as respostas. Dessa forma, ele não dirá nada sobre mim. Afinal de contas, as pessoas não pensam em todos os problemas de forma abrangente — ignorar um ou dois é normal”. Então, respondi ao supervisor dessa forma. Alguns dias depois, os regadores da igreja de Jianglin responderam detalhadamente sobre a situação dos recém-chegados, e eu relatei essas coisas ao supervisor, ponto por ponto. Ele não disse nada. Eu me senti aliviado e pensei: “Graças a Deus não relatei a situação com sinceridade; caso contrário, o supervisor certamente pensaria que sou limitado em meu raciocínio e questionaria minha capacidade de trabalho ou acreditaria que sou perfunctório e não faço trabalho real. Se isso acontecesse, eu não conseguiria manter minha boa imagem aos olhos dele”.

Um dia, durante uma reunião, li nas palavras de Deus mais recentes que aqueles que pertencem à categoria dos diabos são mentirosos habituais. Lembrei-me de como respondi à carta do supervisor. Eu claramente não havia acompanhado a situação dos recém-chegados, mas afirmei ter ignorado apenas um problema. Minhas ações também foram mentirosas e enganosas, e eu queria me abrir e falar sobre meu estado enganoso. Mas então reconsiderei: “Eu fiz um grande esforço para mentir antes. Isso não era justamente para manter minha boa imagem aos olhos do supervisor? Se eu me abrisse agora, todos os meus ‘esforços’ anteriores não teriam sido em vão? Sem falar na perda de prestígio e status, o supervisor também achará que sou muito maquinador e enganoso. Esqueça. Se eu não disser nada, ninguém saberá”. Então, não me abri. Depois da reunião, pensei em como Deus disse que aqueles que costumam mentir valorizam muito seus próprios interesses e que, quando seu orgulho e status estão envolvidos, eles fazem de tudo para mentir e enganar. Eu não era assim? Menti sobre acompanhar meu trabalho apenas para manter meu orgulho e status. Isso não era igual ao comportamento de um diabo? Ao perceber isso, senti um desconforto e medo enormes. Então me abri com o supervisor sobre esse assunto.

Depois disso, busquei as palavras de Deus em relação ao meu estado para entrar na verdade. Li as palavras de Deus: “As intenções das pessoas enganosas são muito mais complicadas do que as das pessoas honestas. Suas considerações são multifacetadas demais: elas precisam considerar seu prestígio, sua reputação, seu lucro e seu status, e precisam proteger seus interesses — tudo isso sem permitir que os outros vejam suas falhas ou sem revelá-las, por isso precisam quebrar a cabeça para inventar mentiras. Além do mais, as pessoas enganosas têm desejos grandes e excessivos e muitas exigências. Precisam inventar maneiras de alcançar seus objetivos, portanto, precisam continuar mentindo e enganando e, à medida que contam mais mentiras, precisam encobrir mais mentiras. É por isso que a vida de uma pessoa enganosa é muito mais exaustiva e dolorosa do que a vida de uma pessoa honesta. Algumas pessoas são relativamente honestas. Se elas puderem buscar a verdade, refletir sobre si mesmas independentemente da mentira que contaram, reconhecer a trapaça em que se envolveram, seja ela qual for, vendo-a à luz das palavras de Deus para dissecá-la e entendê-la e então mudá-la, elas serão capazes de se livrar de grande parte de suas mentiras e trapaças em poucos anos. Assim, elas se tornarão uma pessoa basicamente honesta. Viver dessa forma não só as livra de muita dor e exaustão, mas também lhes traz paz e felicidade. Em muitas questões, elas estarão livres da fama, do ganho, do status, da vaidade e do orgulho e, naturalmente, levarão uma vida livre e liberta. As pessoas enganosas, entretanto, sempre têm segundas intenções por trás de suas palavras e ações. Elas inventam todos os tipos de mentiras para desorientar e iludir os outros e, assim que são expostas, pensam em maneiras de encobrir suas mentiras. Atormentadas de várias maneiras, elas também sentem que sua vida é exaustiva. Já é bastante exaustivo para elas contar tantas mentiras em cada situação que encontram, e ter que encobrir essas mentiras é ainda mais exaustivo. Tudo que dizem é para atingir um objetivo, por isso, gastam muita energia mental em cada palavra que dizem. E quando terminam de falar, temem que você tenha percebido, por isso também precisam quebrar a cabeça para esconder suas mentiras, explicando obstinadamente as coisas para você, tentando convencê-lo de que não estão mentindo nem enganando você, de que são uma boa pessoa. Pessoas enganosas são propensas a fazer essas coisas” (A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). Pelas palavras de Deus, entendi que as pessoas com um caráter enganoso consideram os problemas de uma forma extremamente complicada. Tentam proteger seu status e orgulho e, ao mesmo tempo, garantir que os outros não vejam suas falhas. Se algo ameaçar seu status e orgulho, elas quebrarão a cabeça para mentir e encobrir suas mentiras. Quando o supervisor escreveu para acompanhar a situação dos recém-chegados, eu só precisava responder quais aspectos tinham sido acompanhados e quais não. Era uma questão muito simples, mas eu a compliquei demais. Temi que, se respondesse com sinceridade, isso expusesse minhas deficiências em meu dever e que o supervisor duvidasse de minha capacidade de trabalho e me menosprezasse. Assim, pensei em primeiro esclarecer a situação dos recém-chegados e responder depois. Dessa forma, eu poderia encobrir o fato de que o trabalho de acompanhamento que eu vinha fazendo era inadequado. Mas também temi que, se eu esperasse até entender claramente a situação antes de responder, o supervisor achasse que eu estava enrolando e, nesse caso, isso poderia expor que eu não estava fazendo um acompanhamento adequado dos recém-chegados, e minha imagem como uma pessoa diligente e responsável seria afetada. Então, menti para o supervisor, dizendo que havia apenas um problema que eu não havia acompanhado. Ao mesmo tempo, escrevi às pressas para os regadores para obter informações sobre os recém-chegados e, em seguida, relatei ao supervisor as informações obtidas, apresentando a fachada de que eu estava fazendo trabalho real. Eu realmente fiz um esforço muito grande para proteger meu status e orgulho, recorrendo a truques e esquemas. Eu era totalmente enganoso! Na verdade, Deus escrutina as profundezas do coração humano. Ele sabia de tudo o que eu fazia. Eu podia enganar as pessoas, mas não podia enganar a Deus, pois Ele vê tudo. Se não me arrependesse e mudasse agora, eu certamente seria eliminado por Deus. Eu tinha que buscar a verdade com urgência e mudar meu caráter enganoso.

Mais tarde, assisti a um vídeo de testemunho experiencial intitulado “Experimentei a alegria de ser honesta”. Nele, havia uma passagem das palavras de Deus que me deu algum entendimento da senda que eu estava trilhando. Deus Todo-Poderoso diz: “Se vocês são líderes ou obreiros, vocês temem que a casa de Deus faça perguntas sobre seu trabalho e o supervisione? Temem que a casa de Deus descubra falhas e desvios em seu trabalho e venha a podar vocês? Temem que, quando o alto descobrir seu calibre e sua estatura reais, ele os veja numa luz diferente e não os considere para uma promoção? Se você tem esses medos, isso prova que suas motivações não são para o bem do trabalho da igreja, você está trabalhando para o bem de reputação e status, o que prova que você tem o caráter de um anticristo. Se você tem o caráter de um anticristo, você é propenso a trilhar a senda de anticristos e cometer todo o mal causado pelos anticristos. Se, em seu coração, você não tiver medo de que a casa de Deus supervisione o seu trabalho, e for capaz de fornecer respostas reais às perguntas e investigações do alto, sem esconder nada, e de dizer tudo que sabe, então, não importa se aquilo que você disser estará certo ou errado — a despeito da corrupção que você revelou — mesmo que tenha revelado o caráter de um anticristo —, você não será caracterizado como um anticristo, de jeito nenhum. O essencial é se você é capaz de conhecer seu caráter de anticristo, e se você é capaz de buscar a verdade a fim de resolver esse problema. Se você é alguém que aceita a verdade, seu caráter de anticristo pode ser resolvido. Se você sabe muito bem que tem o caráter de um anticristo, mas não busca a verdade para resolvê-lo, se você até tenta esconder ou mentir sobre problemas que ocorrem e fugir da responsabilidade, e se você não aceita a verdade quando é submetido a poda, isso é um problema sério, e você não é diferente de um anticristo. Sabendo que você tem o caráter de um anticristo, por que você não ousa encará-lo? Por que você não consegue abordá-lo francamente e dizer: ‘Se o alto perguntar sobre meu trabalho, direi tudo que sei, e mesmo que as coisas ruins que eu fiz venham à luz e o alto deixe de me usar assim que souber, e eu perca meu status, ainda assim direi claramente o que eu tenho a dizer’? Seu medo de supervisão e de investigação do seu trabalho pela casa de Deus prova que você valoriza seu status mais do que a verdade. Esse não é o caráter de um anticristo? Prezar status acima de tudo é o caráter de um anticristo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 2)”). Pelas palavras de Deus, entendi que não ousar relatar as questões com sinceridade quando os líderes e obreiros fazem perguntas sobre o trabalho e o supervisionam, e até encobrir a verdade em nome de status e reputação, significa que você é uma pessoa com o caráter dos anticristos e que trilha a senda deles. Comparando isso com meu próprio estado, quando o supervisor perguntou sobre os recém-chegados pelos quais eu era responsável, eu não tinha um entendimento claro sobre muitos problemas, mas temia que, se relatasse com sinceridade e o supervisor visse que eu não tinha acompanhado as questões adequadamente, ele pensasse que eu estava sendo perfunctório ou até questionasse minha capacidade de trabalho, o que afetaria meu status e minha reputação. Portanto, eu menti e recorri à enganação. Esse caráter não era igual ao de um anticristo? Na verdade, o acompanhamento do trabalho pelo supervisor servia, de certa forma, para me lembrar se o trabalho de rega havia sido devidamente acompanhado e implementado, de modo que, se não tivesse sido implementado de forma correta, eu pudesse fazê-lo prontamente, evitando assim atrasos no andamento do trabalho de rega devido a um descuido momentâneo. Isso servia para me lembrar e me ajudar. Além disso, na investigação do supervisor sobre a situação dos recém-chegados, se houvesse desvios no trabalho de rega, eles poderiam ser prontamente comunicados e resolvidos. Dessa forma, o supervisor estava protegendo os interesses da igreja. Eu deveria ter relatado com honestidade, dizendo tudo o que sabia e, quanto ao que eu não havia acompanhado adequadamente, teria sido bom se eu tivesse me apressado em implementar e acompanhar isso. Mas eu prezava tanto meu status e minha reputação e, quando me deparei com a inspeção do supervisor, não ousei admitir que não havia feito bem o meu trabalho. Em vez disso, menti e enganei o supervisor. Isso poderia fazer com que os desvios não fossem corrigidos a tempo, o que atrasaria a entrada na vida dos recém-chegados. Eu realmente colocava status e reputação acima de tudo. Em meu dever, sempre tentava proteger meu status e minha reputação, maquinando e manobrando. De que forma eu tinha alguma sinceridade ou lealdade?

Um dia, li uma passagem das palavras de Deus: “O fato de Deus pedir que as pessoas sejam honestas prova que Ele realmente abomina e não gosta de pessoas enganosas. A aversão de Deus por pessoas enganosas é uma aversão por sua forma de fazer as coisas, seus caracteres, suas intenções e seus métodos de enganação; Deus não gosta de nenhuma dessas coisas. Se as pessoas enganosas são capazes de aceitar a verdade, admitir seus caracteres enganosos, e estão dispostas a aceitar a salvação de Deus, então elas também têm esperança de ser salvas — pois Deus trata todas as pessoas igualmente, bem como faz a verdade. E, assim, se quisermos nos tornar pessoas que agradam a Deus, a primeira coisa que devemos fazer é mudar nossos princípios de comportamento. Já não podemos mais viver segundo filosofias satânicas, já não podemos mais sobreviver com mentiras e trapaça. Devemos nos livrar de todas as nossas mentiras e nos tornar pessoas honestas. Então, a opinião de Deus sobre nós mudará. Anteriormente, as pessoas sempre confiavam em mentiras, fingimento e trapaças ao viver entre os outros, e usaram filosofias satânicas como base para sua existência, como sua vida e como seu fundamento em sua conduta. Isso é algo que Deus detesta. Entre os não crentes, se falar francamente, disser a verdade e for uma pessoa honesta, você será caluniado, julgado e abandonado. Por isso, você segue tendências mundanas e vive segundo filosofias satânicas; torna-se cada vez mais hábil em mentir e cada vez mais enganoso. Além disso, aprende a usar meios insidiosos para alcançar seus objetivos e proteger a si mesmo. Você se torna cada vez mais próspero no mundo de Satanás, e, como resultado, cai cada vez mais no pecado até não conseguir se libertar. Na casa de Deus, as coisas são precisamente o oposto. Quanto mais você mentir e aplicar jogos de enganação, mais o povo escolhido de Deus se fartará de você e o abandonará. Se você se recusa a se arrepender, e ainda se agarra a filosofias e lógica satânicas, se usa estratagemas e esquemas elaborados para se disfarçar e embalar, então é muito provável que você seja revelado e eliminado. Isso é porque Deus detesta pessoas enganosas. Somente pessoas honestas podem prosperar na casa de Deus, e pessoas enganosas acabarão sendo renunciadas e eliminadas. Tudo isso é preordenado por Deus. Somente pessoas honestas podem ter uma parte no reino dos céus. Se você não tentar ser uma pessoa honesta, e se não experimentar e praticar na direção de buscar a verdade, se não expuser sua feiura, e se não se desnudar, você nunca poderá receber a obra do Espírito Santo e ganhar a aprovação de Deus” (A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). Pelas palavras de Deus, entendi que Ele gosta de pessoas honestas e detesta pessoas enganosas, porque as pessoas enganosas sempre mentem e enganam, independentemente da situação que enfrentam, adotam filosofias satânicas como base de sua sobrevivência e não praticam a verdade de forma alguma. Ao refletir sobre a raiz da minha enganação, vi que eu vivia de acordo com os ditados: “cada um por si e o demônio pega quem fica por último”, “as pessoas precisam de seu orgulho assim como uma árvore precisa de sua casca” e “um homem deixa seu nome onde quer que passe, assim como um ganso deixa seu grito onde quer que voe”. Eu vivia de acordo com esses venenos satânicos, dando grande importância a meu orgulho, status e interesses pessoais. Não importava o que encontrasse, uma vez que meu status e orgulho estivessem envolvidos, eu quebrava a cabeça e fazia o que fosse necessário para encobrir a verdade. Depois de fazer isso, até pensava que era assim que as pessoas inteligentes agiam, que somente os tolos e os estúpidos diziam a verdade. Lembro-me de que, quando estava na escola, uma vez me confundi com o dever de casa e deixei uma parte inacabada. Eu tinha medo de arruinar minha imagem de bom aluno aos olhos do professor, por isso menti para o professor, dizendo que havia deixado o dever em casa e que voltaria para buscá-la ao meio-dia. Então, apressadamente, terminei a tarefa e a entreguei naquela tarde. Agora que havia encontrado Deus, eu continuava vivendo de acordo com pensamentos e opiniões satânicos. Para manter minha imagem aos olhos do supervisor e esconder meus problemas e deficiências, recorri à trapaça e à enganação para encobrir a verdade. Mesmo quando percebi mais tarde que deveria ser uma pessoa honesta e me comunicar abertamente, temi que, se eu me abrisse, todos os meus esforços anteriores tivessem sido em vão e que o supervisor pensasse que eu era totalmente maquinador e enganoso. Portanto, não quis falar honestamente. Deus gosta de pessoas honestas, porque elas têm a coragem de assumir a responsabilidade diante dos problemas, de enfrentar suas falhas quando são reveladas e, depois disso, conseguem buscar a verdade e resolver essas coisas. Quanto mais essas pessoas desempenham seus deveres, mais elas captam os princípios e melhores são seus resultados. Mas eu não exibia nenhum desses comportamentos. Sempre tentava disfarçar e encobrir minhas falhas e até tentava enganar meus irmãos. De que forma eu tinha alguma semelhança com uma pessoa honesta? O que eu vivia era uma imagem satânica tortuosa e enganosa. Se não me arrependesse, certamente seria detestado e rejeitado por Deus e perderia minha chance de ser salvo.

Mais tarde, li duas passagens das palavras de Deus e encontrei uma senda de prática. Deus Todo-Poderoso diz: “As pessoas acham que, sem seus interesses — que, se elas perdessem seus interesses —, elas não seriam capazes de sobreviver. É como se sua sobrevivência fosse inseparável de seus interesses, assim a maioria das pessoas é cega para tudo senão seus interesses. Elas veem seus interesses como mais elevados do que qualquer outra coisa, elas vivem em prol de seus interesses, e levá-las a desistir dos interesses é igual a pedir que desistam da vida. Então, o que deveria ser feito nessas circunstâncias? As pessoas devem aceitar a verdade. Somente quando entendem a verdade elas podem perceber a essência de seus interesses; somente então podem começar a se rebelar contra eles e abandoná-los, e ser capazes de suportar a dor de deixar aquilo de que tanto gostam. E, quando você consegue fazer isso e abandonar seus interesses, você se sente mais tranquilo e mais em paz no coração, e, ao fazê-lo, você terá vencido a carne” (A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “Conhecer o caráter que se tem é o fundamento para mudá-lo”). “Para ser uma pessoa honesta, primeiro você precisa desnudar seu coração de modo que todos possam olhar para ele, ver tudo que você está pensando e enxergar sua verdadeira face. Você não deve tentar se disfarçar ou se encobrir. Somente então os outros confiarão em você e o considerarão uma pessoa honesta. Essa é a prática mais fundamental, e um pré-requisito para ser uma pessoa honesta. […] Se deseja ser uma pessoa honesta, então, independentemente de se está perante Deus ou outras pessoas, você deveria ser capaz de fornecer um relato puro e aberto de seu estado interior e das palavras em seu coração. É fácil alcançar isso? Isso exige um período de treinamento e também de orar e confiar em Deus com frequência. Você deve se treinar para falar as palavras em seu coração de modo simples e aberto em todas as questões. Com esse tipo de treinamento, você pode fazer progresso” (A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). As palavras de Deus deixaram clara a senda de prática. Para resolver um estado enganoso, é preciso desistir dos interesses pessoais, não considerar o orgulho ou o status pessoais e se abrir diante de Deus em todas as coisas. Em meus deveres, eu deveria relatar prontamente quaisquer problemas ou deficiências pessoais, sem levar em conta meu status ou orgulho e priorizar os interesses da casa de Deus. Mesmo que, ao falar a verdade, os irmãos vejam meus problemas e deficiências em meus deveres e me menosprezem, ainda assim devo abordar isso de maneira correta. Só posso me tornar uma pessoa honesta se praticar ser aberto e falar a partir do coração. Portanto, tomei a firme decisão de que, no futuro, quando voltasse a encontrar dificuldades e problemas em meus deveres, independentemente de como meus irmãos me vissem, eu teria de me abrir e expor meus pensamentos e ações diante deles e ser uma pessoa honesta aos olhos de Deus.

Durante uma reunião, Xiao Ya, um recém-chegado pelo qual eu era responsável, me fez uma pergunta sobre a pregação do evangelho e, na ocasião, comuniquei um pouco, mas depois descobri que meu entendimento estava desviado e não conseguiria resolver o problema de Xiao Ya de forma alguma. Mais tarde, o supervisor me perguntou sobre minha reunião com Xiao Ya, e eu pensei comigo: “Se eu relatar minha comunhão com Xiao Ya com sinceridade, o supervisor certamente pensará que, como regador, eu não consigo nem mesmo comunicar com clareza um problema tão pequeno e que não consigo fazer trabalho real. Talvez eu simplesmente dê uma maquiada e não escreva o que de fato aconteceu”. Ao considerar isso, senti que estava errado. Isso não era ser enganoso? Mesmo que os outros não soubessem o que eu tinha feito, Deus escrutinava meu coração. Deus ama as pessoas honestas, e eu deveria ser uma pessoa honesta e falar a verdade. No fim, escrevi um relato sincero. E quando fiz isso, o peso em meu coração finalmente desapareceu, e tive uma grande sensação de alívio. Depois disso, comuniquei-me com Xiao Ya em tempo hábil e corrigi meus desvios. Mais tarde, ao interagir com irmãos na vida e desempenhar meus deveres, pratiquei ser uma pessoa honesta, e mesmo que, às vezes, quando meus interesses estavam envolvidos, eu me sentisse tentado a agir de forma enganosa, sob a orientação das palavras de Deus, optei por falar a verdade aos meus irmãos. Sempre que eu relatava a verdade ao supervisor ou aos irmãos com quem fazia parceria, eles nunca me criticavam por não me sair bem. Pelo contrário, eles me lembravam e ajudavam e me comunicavam as verdades princípios. No coração, eu me sentia à vontade e liberto, e não estava mais tão exausto como antes. Foram as palavras de Deus que me ajudaram a reconhecer meu caráter enganoso e a perceber que praticar de acordo com as palavras de Deus e ousar falar a verdade e se abrir não é algo vergonhoso. De fato, quanto mais me abro, mais me sinto firme e liberto. Agradeço a Deus por me permitir obter esses ganhos!