Meus dias agonizantes de mal-entendidos sobre Deus

07 de Fevereiro de 2025

Por Marissa, Holanda

Em 2017, fui eleita líder de igreja. No início, produzi alguns resultados em meu dever, mas, depois, cobicei a bênção do status e parei de fazer um trabalho real. Também deixei de acompanhar o trabalho da igreja usando a desculpa de que meu calibre era baixo e que eu não conseguia entender as habilidades profissionais. Quando a irmã Julia, uma líder superior, perguntava-me sobre o trabalho, eu não conseguia lhe responder nada, nem entendia as dificuldades reais que os irmãos enfrentavam para desempenhar seus deveres. Julia então apontava meus problemas para me ajudar, mas eu não mudava. Houve algumas vezes em que, na frente de vários diáconos, ela me expôs, dizendo que eu não fazia o trabalho real, estava negligenciando meu dever, era muito enganosa, e assim por diante. Eu achava que Julia estava tentando me fazer passar por maus bocados e me envergonhar na frente dos outros, por isso fiquei resistente em meu coração.

Certa vez, durante uma reunião, encontrei alguns erros no trabalho de Julia, então a julguei na frente dos irmãos. Isso fez com que eles pensassem erroneamente que ela era uma falsa líder. O que fiz perturbou o trabalho da igreja. Depois que o assunto foi exposto, temi que meu líder me podasse e ajustasse meu dever, então me apressei em pedir desculpas a Julia e fiz uma dissecação e reflexão sobre mim mesma na frente dos irmãos. Achei que esse fosse o fim da questão. Mas, para minha surpresa, alguns dias depois, meus líderes superiores me procuraram, dizendo que o fato de eu não ter feito um trabalho real já era uma negligência grave, e que eu também não aceitava ser podada e secretamente prejudicava os outros. Isso estava interrompendo o trabalho da igreja. Depois de ouvir isso, tive dificuldade em aceitar e continuei discutindo em meu coração: não era que eu não quisesse fazer um trabalho real, mas meu calibre era muito baixo para fazê-lo. Quanto a prejudicar secretamente os outros, eu já havia reconhecido meu erro. Pedi desculpas a Julia e dissequei minha corrupção na frente dos irmãos. Então, por que vocês ainda se apegam a esse assunto? Naquela época, não importava o quanto eles se comunicavam comigo, eu não conseguia aceitar. Então, com base em meu estado, um dos líderes leu estas palavras de Deus para mim: “Aqueles entre os irmãos e irmãs que estão sempre dando vazão à sua negatividade são lacaios de Satanás e perturbam a igreja. Tais pessoas devem um dia ser expulsas e eliminadas. Se, em sua fé em Deus, as pessoas não tiverem um coração temente a Deus, se não tiverem um coração submisso a Deus, então não só serão incapazes de fazer qualquer trabalho para Ele, mas, ao contrário, se tornarão aquelas que perturbam Sua obra e que resistem a Ele. Crer em Deus, mas não se submeter a Ele nem O temer, e, em vez disso, resistir a Ele, é a maior desgraça para um crente. Se os crentes são tão casuais e irrestritos em sua fala e conduta como são os não crentes, então eles são ainda mais perversos que os não crentes; são demônios arquetípicos. Aqueles que dão vazão à sua conversa venenosa e maliciosa dentro da igreja, aqueles que espalham rumores, fomentam a desarmonia e formam grupos entre os irmãos e irmãs — eles deveriam ter sido expulsos da igreja. Mas porque agora é uma era diferente da obra de Deus, essas pessoas estão restringidas, pois decididamente hão de ser eliminadas(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Um alerta para aqueles que não praticam a verdade”). Quanto mais eu ouvia, mais medo sentia em meu coração, sabendo que o fato de eu ter julgado Julia havia de fato causado perturbações no trabalho da igreja. Mas quando ouvi palavras como “lacaios de Satanás”, “perturbam a igreja”, “ser expulsas” e “ser eliminadas”, eu não ousei reconhecê-las, temendo que, se o fizesse, será que eu não seria condenada como consequência? Então, como eu poderia ganhar a salvação? Eu não queria aceitar esse fato, então reclamei da líder, achando que ela estava usando as palavras de Deus intencionalmente para me atacar e condenar. Fiquei muito abalada e disse: “Você não está comunicando a verdade para me ajudar a resolver o problema de forma alguma! Só está me atacando!”. Os líderes perceberam que eu não tinha nenhum conhecimento sobre mim mesma e continuaram comunicando para me ajudar. Eles também comunicaram as próprias experiências para me orientar no entendimento de mim mesma. Porém, não importava o que dissessem, eu continuava sem entender. Por fim, quando viram que eu não estava fazendo nenhum trabalho real, que também não aceitava a verdade e nem mesmo tinha uma atitude de arrependimento, os líderes superiores me dispensaram.

Naquele momento, de repente, minhas pernas amoleceram. Lembrei-me de que eu era uma crente em Deus há mais de dez anos, e não uma nova crente de apenas dois ou três anos. A obra de Deus está se aproximando de sua conclusão. Já é hora de revelar e classificar as pessoas de acordo com sua espécie. Nesse momento crítico, fui revelada como alguém que não aceita a verdade. Isso não significa que fui eliminada? Eu temia que, a partir daquele momento, seria inútil me esforçar mais em minha fé e que eu não teria futuro. Eu me sentia muito negativa. Meu estado piorava a cada dia. Eu me achava uma inútil que não conseguia desempenhar bem nenhum dever. Sentindo-me constantemente abandonada por Deus, meu coração se enchia de temor e inquietação todos os dias. Embora os irmãos continuassem a me comunicar a intenção de Deus, incentivando-me a refletir sobre mim mesma e a aprender com meu fracasso, eu acreditava obstinadamente que já havia sido revelada como alguém que não buscava a verdade, então pensei que seria uma perda de tempo continuar buscando. A partir de então, não importava quais deveres a igreja me designasse, eu os abordava com negatividade e passividade, sendo perfunctória e obtendo pouco ou nenhum resultado. Finalmente, com base em princípios, meus líderes interromperam meus deveres e me isolaram para eu refletir. Naquele momento, minha mente ficou em branco; parecia uma sentença de morte. Percebi que estava totalmente acabada. Sem um dever, como poderia haver alguma esperança de alcançar a salvação? Durante aqueles dias, vivi como um cadáver ambulante, muitas vezes sentindo-me detestada e rejeitada por Deus. Sentia vergonha demais para orar e me achava indigna de ler as palavras de Deus. Naquela época, havia irmãos que me apoiavam e liam as palavras de Deus para mim. No entanto, eu acreditava que as palavras de Deus eram para aqueles que buscavam a verdade, não para mim, por isso, não conseguia aceitá-las de forma alguma. O Senhor Jesus não havia dito: “Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem pérolas aos porcos?”. Como Deus poderia falar com alguém como eu? Durante esse período, eu sentia medo e inquietação todos os dias. Se Deus tivesse realmente me abandonado, qual era o sentido da minha existência? Eu poderia muito bem morrer de alguma punição um dia. Meu coração estava cheio de temor, lutando em tormento todos os dias. Mais tarde, aconteceu algo que me tocou profundamente.

Encontrei um emprego de babá em que meu empregador demonstrou boa humanidade e cuidou bem de mim em vida. Incentivada por isso, compartilhei o evangelho com meu empregador, que aceitou com alegria o evangelho de Deus dos últimos dias. Fiquei bastante animada. Por meio dessa experiência, percebi que Deus não tinha me abandonado, mas continuava a demonstrar misericórdia e a me salvar. Dominada pela culpa, clamei a Deus em lágrimas: “Deus, não quero continuar negativa assim; por favor, salva-me!”. Vi uma passagem das palavras de Deus: “Quando algumas pessoas leem as palavras de Deus e veem Deus condenando pessoas em Suas palavras, elas formam noções e ficam em conflito. Por exemplo, as palavras de Deus dizem que você não aceita a verdade, portanto, Deus não gosta de você nem aceita você, que você é um malfeitor, um anticristo, que Ele Se aborrece só de olhar para você e que Ele não o quer. As pessoas leem essas palavras e pensam: ‘Essas palavras se dirigem a mim. Deus determinou que Ele não me quer, e já que Deus me abandonou, eu também não acreditarei mais em Deus’. Há aqueles que, ao lerem as palavras de Deus, muitas vezes desenvolvem noções e equívocos porque Deus expõe os estados corruptos das pessoas e diz algumas coisas que as condenam. Eles se tornam negativos e fracos, achando que as palavras de Deus se dirigiam a eles, que Deus está desistindo deles e não os salvará. Eles se tornam negativos a ponto de chorar e não querem mais seguir a Deus. Isso, na verdade, é um equívoco em relação a Deus. Quando não entender o significado das palavras de Deus, você não deveria tentar delinear Deus. Você não sabe que tipo de pessoa Deus abandona nem sob que circunstâncias Ele desiste das pessoas nem sob que circunstâncias Ele deixa as pessoas de lado; existem princípios e contextos para tudo isso. Se não tiver uma percepção completa dessas questões detalhadas, você será muito propenso a hipersensibilidade e se delimitará com base em uma palavra de Deus. Isso não é problemático? Quando Deus julga as pessoas, qual é o aspecto principal delas que Ele condena? O que Deus julga e expõe são os caracteres corruptos das pessoas e suas essências corruptas, Ele condena seus caracteres satânicos e suas naturezas satânicas, Ele condena os vários comportamentos e manifestações de sua rebeldia e oposição a Deus, Ele as condena por serem incapazes de se submeter a Deus, por sempre se oporem a Deus e por sempre terem seus objetivos e motivações pessoais — mas tal condenação não significa que Deus abandonou as pessoas com caracteres satânicos. […] Ao ouvir uma única declaração de condenação de Deus, você acha que, por terem sido condenadas por Deus, as pessoas foram abandonadas por Deus e não serão mais salvas, e por causa disso você se torna negativo e se entrega ao desespero. Isso é entender Deus errado. Na verdade, Deus não abandonou as pessoas. Elas interpretaram Deus errado e abandonaram a si mesmas. Nada é mais crítico do que quando as pessoas abandonam a si mesmas, como cumprido nas palavras do Antigo Testamento: ‘Os insensatos, por falta de entendimento, morrem’ (Provérbios 10:21). Nenhum comportamento é mais estúpido do que quando as pessoas se entregam ao desespero. Às vezes, você lê palavras de Deus que parecem delinear as pessoas; na verdade, elas não estão delineando ninguém, mas são a expressão das intenções e da opinião de Deus. Essas são palavras de verdade e princípios, não estão delineando ninguém. As palavras professadas por Deus em tempos de ira ou fúria também representam o caráter de Deus, essas palavras são a verdade e, além disso, pertencem aos princípios. As pessoas devem entender isso. O propósito de Deus dizer isso é permitir que as pessoas entendam a verdade e que entendam os princípios; de forma alguma servem para delimitar ninguém. Isso nada tem a ver com a destinação e a recompensa finais das pessoas, muito menos é a punição final das pessoas. São meramente palavras ditas para julgar e podar as pessoas, elas são o resultado de ira pelo fato de as pessoas não cumprirem Suas expectativas e são ditas para despertar as pessoas, para instigá-las, e são palavras do coração de Deus. Ainda assim, algumas pessoas caem e renunciam a Deus por causa de uma única declaração de julgamento de Deus. Pessoas desse tipo não sabem o que é bom para si, elas são impermeáveis à razão, não aceitam a verdade nem um pouco(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente resolvendo suas noções alguém pode iniciar a trilha certa da crença em Deus (1)”). Continuei lendo as palavras de Deus repetidas vezes, incapaz de conter as lágrimas de autoculpa. Parecia que Deus estava me consolando face a face, especialmente quando Ele disse: “São meramente palavras ditas para julgar e podar as pessoas, elas são o resultado de ira pelo fato de as pessoas não cumprirem Suas expectativas e são ditas para despertar as pessoas, para instigá-las, e são palavras do coração de Deus. Ainda assim, algumas pessoas caem e renunciam a Deus por causa de uma única declaração de julgamento de Deus. Pessoas desse tipo não sabem o que é bom para si, elas são impermeáveis à razão, não aceitam a verdade nem um pouco”. As palavras de Deus me despertaram. Refletindo sobre minha atitude em relação às palavras de Deus, percebi que, quando o líder leu para mim palavras de exposição e condenação de Deus, eu me senti condenada. Meu coração era resistente demais para aceitar o julgamento e a exposição nas palavras de Deus. Nesse ponto, finalmente entendi que embora as palavras de Deus sejam duras, elas têm a intenção de nos ajudar a conhecer a nós mesmos, a nos arrepender e a mudar. O líder me expôs por causa da gravidade de minhas ações, mas meu caráter teimoso impediu-me de admitir o fato. Mesmo depois de ser dispensada, não caí em mim, acreditando erroneamente que Deus estava me revelando e me eliminando. Permaneci presa em um estado negativo, desistindo de mim mesma e sucumbindo ao desespero. Quanto mais refletia sobre mim mesma, mais arrependida eu ficava, odiando minha teimosia e rebeldia. Percebi quão pouco eu realmente entendia a obra de Deus. Lembrei-me das palavras de Deus que diziam: “Por quais meios o aperfeiçoamento do homem por Deus é realizado? É realizado por meio de Seu caráter justo. O caráter de Deus consiste principalmente em justiça, ira, majestade, julgamento e maldição, e Ele aperfeiçoa o homem principalmente por meio do Seu julgamento. Algumas pessoas não entendem e perguntam por que Deus só é capaz de aperfeiçoar o homem por meio do julgamento e da maldição. Dizem: ‘Se Deus amaldiçoasse o homem, o homem não morreria? Se Deus julgasse o homem, ele não estaria condenado? Como, então, ele ainda pode ser aperfeiçoado?’. Tais são as palavras das pessoas que não conhecem a obra de Deus. O que Deus amaldiçoa é a rebeldia do homem e o que Ele julga são os pecados do homem. Embora Ele fale dura e implacavelmente, Ele expõe tudo o que está dentro do homem, expondo por meio dessas palavras severas o que é substancial dentro do homem, mas, por meio de tal julgamento, Ele proporciona ao homem um profundo conhecimento da substância da carne e, assim, o homem se submete diante de Deus. A carne do homem é do pecado e de Satanás, ela é rebelde e objeto do castigo de Deus. Assim, a fim de permitir que o homem se conheça, as palavras do julgamento de Deus devem vir sobre ele, e todo tipo de refinamento deve ser empregado; só então a obra de Deus pode ser eficaz(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Somente experimentando provações dolorosas é que você pode conhecer a amabilidade de Deus”). Eu já havia lido essa passagem das palavras de Deus muitas vezes antes, mas por que eu ainda não conseguia entender a intenção de Deus? Nos últimos dias, a obra de Deus visa a purificar e salvar a humanidade por meio de palavras de julgamento e castigo. A humanidade foi tão profundamente corrompida por Satanás que, sem as palavras de julgamento e exposição de Deus, jamais poderíamos reconhecer verdadeiramente a essência e a realidade de nossa corrupção, e muito menos alcançar o arrependimento e a transformação genuínos. Mas eu acreditava falaciosamente que quando Deus nos julgava e expunha, isso significava condenação e eliminação eterna, implicando que nunca poderíamos ter um bom desfecho e destinação. Meu entendimento era absurdo e equivocado. Eu sabia muito pouco sobre a obra de Deus e Suas sinceras intenções de salvar a humanidade. Lembrei-me do que Deus havia dito antes: “O tempo todo, a intenção de Deus de salvar o homem nunca muda(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único VI”). Somente hoje percebi como essas palavras eram práticas. Deus salva a humanidade ao máximo, e Ele não desistirá facilmente de ninguém, a menos que a própria pessoa decida abandonar a busca da verdade. Não pude deixar de me perguntar honestamente: “Se Deus não quisesse me salvar, com base em minhas ações, eu já não teria sido eliminada por Ele? Se isso fosse verdade, seria necessário Ele me julgar e me expor, arranjar circunstâncias para revelar minha corrupção e me guiar e esclarecer para que eu refletisse e entendesse a mim mesma? Os irmãos me podaram e me advertiram para me ajudar a voltar atrás e a refletir sobre mim mesma. Essas ações não eram exatamente a salvação prática e genuína de Deus? Mas eu não entendia as maneiras pelas quais Deus salva a humanidade, nem reconhecia Seu amor. Em vez disso, eu entendia mal a Deus e vivia em negatividade, resistindo a Ele. Como eu era irracional!”. Ao pensar nisso, meu coração há muito adormecido finalmente começou a sentir algo, e me arrependi profundamente de minhas ações. Orei a Deus: “Deus, no futuro, não importa quais contratempos ou fracassos eu encontre, não quero mais interpretar-Te mal. Estou disposta a refletir seriamente sobre mim mesma, aprender lições, buscar diligentemente a verdade e cumprir bem meus deveres pelo resto da vida, para que eu possa alcançar o verdadeiro arrependimento”.

Mais tarde, escrevi um artigo sobre minhas experiências durante aquele período. Uma irmã o leu e me enviou algumas palavras de Deus e me fez lembrar, dizendo: “Você deve refletir sobre os motivos pelos quais foi podada. Reflita sobre cada problema que os líderes expuseram e use as verdades relacionadas para resolvê-los. Só então você poderá realmente lidar com essas questões”. Então me acalmei e refleti sobre mim mesma: por que os líderes disseram que eu não aceitava a verdade? Que comportamentos demonstravam minha recusa em aceitar a verdade? Relembrando meu tempo como líder, percebi que, sempre que enfrentava dificuldades, eu priorizava minha carne. Evitava me esforçar ou pagar um preço para buscar a verdade e encontrar soluções. Até recorri a táticas enganosas, acreditando que buscar a verdade para resolver os problemas seria muito cansativo e estressante. Se usasse meu baixo calibre como desculpa para transferir o problema para os líderes superiores, eu poderia evitar os problemas. Mesmo que os problemas não pudessem ser resolvidos no final, eu não teria de assumir nenhuma responsabilidade. Lembrei-me de uma vez em que relatei problemas de trabalho aos meus líderes, eles responderam: “Ao se deparar com problemas, você não faz nenhum esforço para resolvê-los. Em vez disso, trata as dificuldades como um fardo e as transfere para os outros. Se tivesse buscado a verdade sobre suas dificuldades, você teria tido as próprias ideias sobre como resolvê-las”. Ao ouvir isso, em vez de refletir sobre mim mesma, fiquei com raiva: o que há de errado em relatar problemas? Como vocês podem dizer que não busquei a verdade quando enfrentei dificuldades? Eu me defendi silenciosamente em meu coração. Ao pensar nisso, de repente percebi que era exatamente assim que eu não buscava nem aceitava a verdade. Também me lembrei de como Julia havia apontado meus problemas inúmeras vezes e os exposto durante a comunhão. Em vez de refletir sobre mim mesma, guardei ressentimento e busquei retaliação. Fiquei remoendo os erros dela no trabalho, julgando-a e prejudicando-a pelas costas, perturbando a vida de igreja. Quando minha má conduta foi exposta, para fugir da responsabilidade, pedi desculpas não sinceras a Julia, e me expus e me conheci na frente dos irmãos, tentando minimizar a gravidade do problema. Quando os líderes expuseram meu comportamento de acordo com as palavras de Deus, eu o admiti em meu coração, mas não o reconheci verbalmente. E ainda, de forma irracional, acusei os líderes de usar as palavras de Deus para me atacar e condenar. Todas essas ações não eram manifestações de minha recusa em aceitar a verdade? Mais tarde, quando li mais das palavras de Deus, isso me permitiu ganhar um entendimento mais claro de meu estado interior. As palavras de Deus dizem: “Se você deseja ser limpo da corrupção e passar por uma mudança em sua vida caráter, você deve ter amor pela verdade e a capacidade de aceitar a verdade. O que significa aceitar a verdade? Aceitar a verdade significa que, não importando que tipo de caráter corrupto você tenha ou quais dos venenos do grande dragão vermelho — os venenos de Satanás — estejam em sua natureza, quando as palavras de Deus expõem essas coisas, você deveria admiti-las e se submeter, não pode fazer uma escolha diferente, e deve conhecer a si mesmo de acordo com as palavras de Deus. Isso significa ser capaz de aceitar as palavras de Deus e aceitar a verdade. Não importa o que Deus diga, não importa quão severas sejam as declarações Dele, e não importam quais palavras Ele use, você pode aceitá-las contanto que aquilo que Ele diga seja a verdade e você possa reconhecê-las, contanto que estejam em conformidade com a realidade. Você pode se submeter às palavras de Deus independentemente de quão profundo seja seu entendimento delas, e você aceita e se submete à luz que é revelada pelo Espírito Santo e comunicada pelos irmãos e irmãs. Quando tal pessoa tiver buscado a verdade até certo ponto, ela poderá obter a verdade e alcançar uma transformação de caráter. Mesmo se as pessoas que não amam a verdade tiverem um pouco de humanidade, conseguirem fazer algumas boas ações e renunciarem e se despenderem por Deus, elas estão confusas em relação à verdade e não a tratam seriamente, por isso sua vida caráter nunca muda(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como conhecer a natureza do homem”). Pelas palavras de Deus, passei a entender que, para alguém que aceita a verdade, sua atitude em relação às palavras de Deus deve ser de admissão, aceitação e submissão incondicionais. Não importa se as palavras de Deus são duras ou gentis, se elas envolvem julgamento e exposição ou exortação e conforto, a pessoa deve sempre aceitar e se submeter. Essa é a razão que uma pessoa deve ter. Às vezes, podemos ter dificuldade para reconhecer o estado exposto pelas palavras de Deus, mas devemos manter uma atitude de aceitação e submissão. Devemos, no mínimo, crer que as palavras de Deus são verdade, que Suas exposições são factuais, revelando os aspectos ocultos de nosso caráter corrupto, e devemos dizer “Amém” às palavras de Deus. No entanto, embora soubesse claramente que as palavras de Deus estavam expondo meu estado exato, eu não aceitei isso, e até acusei irracionalmente os líderes de usar as palavras de Deus para me condenar e me tornar negativa. Eu não só não aceitei o julgamento e a exposição das palavras de Deus, como também desviei a responsabilidade para os outros. Eu realmente não aceitava a verdade de jeito nenhum. Como eu era irracional! Mesmo quando coisas positivas, como sugestões, ajuda e poda dos irmãos, vieram sobre mim, eu não consegui aceitá-las de Deus nem me submeter a elas. Em vez disso, acusei aqueles que me podaram e me expuseram. Quanto mais refleti sobre mim mesma, mais eu percebi minha falta de humanidade e me senti profundamente envergonhada. Admiti do fundo do coração que não era alguém que aceitava a verdade.

Mais tarde, revisitei as palavras de Deus que meus líderes tinham compartilhado comigo e as contemplei e as li em oração. As palavras de Deus dizem: “As pessoas que sempre enganam em suas palavras e ações, e que são sempre escorregadias e se esquivam de responsabilidade ao desempenhar seus deveres são aquelas que não aceitam a verdade nem um pouco. Elas não têm a obra do Espírito Santo, o que é como viver num atoleiro, na escuridão. Não importa quanto tateiem, não importa quanto tentem, elas não conseguem ver a luz, nem encontrar uma direção. Elas desempenham seus deveres sem inspiração e sem a orientação de Deus, dão com a cara na parede em muitas questões, e são reveladas inconscientemente, ao fazer certas coisas(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente em desempenhar bem o dever de um ser criado há valor na vida”). “Aqueles entre os irmãos e irmãs que estão sempre dando vazão à sua negatividade são lacaios de Satanás e perturbam a igreja. Tais pessoas devem um dia ser expulsas e eliminadas(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Um alerta para aqueles que não praticam a verdade”). Por meio das palavras de Deus, percebi que eu era de fato uma pessoa enganosa nos deveres, escorregadia e que se esquivava das responsabilidades. Eu não tinha lealdade para com Deus. Sempre que me deparava com problemas e dificuldades, priorizava constantemente meu conforto. Não estava disposta a me esforçar e pagar um preço para buscar a verdade e resolver os problemas. Em vez disso, eu frequentemente transferia os problemas para os líderes superiores para evitar transtornos para mim mesma, usando meu baixo calibre como desculpa para me eximir da culpa por não fazer trabalho real. Como eu era egoísta e enganosa! Eu costumava ser perfunctória e irresponsável no desempenho de meus deveres, assim, não conseguia receber orientação e esclarecimento do Espírito Santo, nem conseguia descobrir nenhum problema. Quando a líder me podou, em vez de refletir sobre mim mesma, fiquei ressentida porque fui envergonhada. Para descarregar meu rancor pessoal, eu a julguei e a condenei pelas costas, o que perturbou o trabalho da igreja. Considerando meus atos malignos, não foram esses mesmos comportamentos que Deus expôs como sendo o de “lacaios de Satanás” e “perturbadores da igreja”? Mas por que eu não me conhecia naquela época? Refletindo sobre minha atitude em relação a Deus e Suas palavras, e sobre todas as minhas transgressões, senti um enorme remorso e ódio de mim mesma. Apresentei-me diante de Deus e orei: “Deus, tenho sido muito rebelde. Estou disposta a me arrepender. Não quero mais interpretar-Te mal. Acredito que tudo o que fazes é para me limpar e me salvar!”. Depois de orar, fiquei profundamente tocada. Em meu coração, disse a Deus: “Deus, de agora em diante, nunca mais Te deixarei. Os dias longe de Ti são muito dolorosos”. Daquele momento em diante, meu estado negativo mudou totalmente. Participei ativamente da comunhão, senti-me motivada a desempenhar meus deveres e comecei a escrever artigos de testemunhos experienciais. Todos os dias, eu realmente sentia meu estado melhorar. Era como um paciente com uma doença grave que começa a se recuperar dia após dia. Por quase um ano sem dever, vivi em um estado de mal-entendido e defensiva em relação a Deus, sentindo-me temerosa e inquieta em meu coração. Tendo experimentado plenamente a agonia de perder a obra do Espírito Santo, hoje eu finalmente emergi de meu estado negativo. Tudo isso graças à imensa misericórdia e salvação de Deus. Pouco tempo depois, recebi uma mensagem do líder dizendo-me para voltar à igreja para desempenhar meus deveres. Ao ler a mensagem, fiquei tão tocada que não consegui encontrar palavras para dizer, mas continuei agradecendo a Deus repetidas vezes.

Sabendo de minha tendência a racionalizar quando as coisas me acontecem, voltei-me para as palavras de Deus e busquei a verdade relacionada ao meu estado. Um dia meu coração ficou profundamente comovido ao ler isto nas palavras de Deus. As palavras de Deus dizem: “Deus fica profundamente irado com uma pessoa ou um tipo de pessoa por uma razão. Não é a preferência de Deus que determina essa razão, mas a atitude dessa pessoa em relação à verdade. Quando uma pessoa é avessa à verdade, sem dúvida, isso é fatal para que ela alcance a salvação. Não é algo que pode ou não ser perdoado, não é um tipo de comportamento ou algo que é revelado nela casualmente. É a natureza essência de uma pessoa, e Deus sente grande repulsa por essas pessoas. Se você ocasionalmente revela a corrupção de ser avesso à verdade, você deve examinar, com base nas palavras de Deus, se essas revelações se devem à sua antipatia pela verdade ou a uma falta de compreensão em relação a ela. Isso requer busca, e o esclarecimento e a ajuda de Deus. Se a sua natureza essência é tal que você é avesso à verdade, nunca aceita a verdade e sente grande repulsa por ela e é hostil a ela, então existe um problema. Você é certamente uma pessoa maligna, e Deus não o salvará(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Para cumprir bem seu dever, é absolutamente crucial entender a verdade”). Pelas palavras de Deus, passei a entender por que Ele fica tão profundamente irado com algumas pessoas. É porque elas são avessas à verdade e a rejeitam. Deus é Aquele que expressa a verdade. Nossa atitude em relação à verdade representa nossa atitude em relação a Deus. Ser avesso à verdade e odiá-la equivale a estar do lado oposto de Deus e tornar-se inimigo Dele. Uma pessoa com uma natureza que é avessa à verdade e que odeia a Deus definitivamente não aceitará a verdade. Para esse tipo de pessoa, não importa o quanto revele seu caráter corrupto ou o quanto seja podada, ela nunca se arrepende. Não importa quantos anos ela creia em Deus, seu caráter corrupto nunca muda e, por fim, certamente será detestada, rejeitada e eliminada por Deus. Assim como Paulo, cuja natureza era avessa à verdade e a odiava, ele nunca refletiu sobre si mesmo. Por isso, depois de muitos anos de trabalho, ele permaneceu arrogante e egoísta. Seu caráter corrupto não havia mudado nem um pouco, por isso, no final, ele foi condenado e punido por Deus. Em Paulo, vi um reflexo de mim mesma. Eu não buscava a verdade, nem aceitava ser podada. O que eu vivia e revelava era o caráter satânico de ser avessa à verdade. Por isso, vivi na escuridão, no temor e na dor por muito tempo, e fui deixada de lado por Deus. Todas essas consequências foram causadas por minha aversão à verdade. O caráter de Deus é de fato justo, santo e inofendível. Se eu nunca aceitar a verdade ou não for podada por Deus, como poderei alcançar a limpeza e a salvação de Deus? Nesse caso, minha crença em Deus não seria em vão no final? Percebi que é muito perigoso manter sem solução o caráter de ser avesso à verdade! Mais tarde, concentrei-me intencionalmente em buscar a verdade e em me rebelar contra meu caráter corrupto. Ao enfrentar a poda novamente, meu motivo para argumentar e resistir ficou mais fraco. Não importava quanto do que os irmãos me diziam estava correto, se fosse coerente com os fatos, eu o aceitaria. Às vezes, quando não conseguia reconhecer meu problema e queria contestar, eu orava a Deus primeiro e era submissa. Depois, eu ganhava um pouco de entendimento e colheita ao refletir sobre mim mesma.

Pensando em como eu costumava ser teimosa e rebelde, sem um pingo de disposição para aceitar a verdade, e vendo como hoje eu poderia ganhar algum entendimento e colheita assim, percebo que isso é, de fato, a salvação de Deus. Por meio dessa experiência, finalmente passei a me conhecer um pouco, e também ganhei algum entendimento sobre as maneiras pelas quais Deus salva a humanidade, bem como sobre a intenção de Deus. Eu realmente percebi que o castigo, a disciplina e a poda de Deus são realmente para limpar e salvar as pessoas, não para condená-las ou eliminá-las.

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

Conteúdo relacionado

Deveres não têm hierarquia

Por Karen, Filipinas Antes de crer em Deus Todo-Poderoso, eu costumava ser elogiada por meus professores. Eu sempre queria ser o centro das...

Não continuarei esses estudos

Por Thivei, Índia Nasci numa família cristã. Meus pais eram fazendeiros. Nossa família se sustenta cultivando arroz e legumes. Eu sempre...

Conecte-se conosco no Messenger
Diminuir tamanho da letra
Aumentar tamanho da letra
Tela cheia
Sair da tela cheia