O amor de Deus em meio à doença
Há 20 anos, contraí artrite reumatoide grave e todo o meu corpo doía. Visitei vários hospitais grandes, mas nenhum dos tratamentos foi eficaz. No final, acabei recorrendo apenas a medicamentos hormonais para controlar os sintomas e, sem a medicação, todas as minhas articulações ficavam rígidas e doloridas. Tudo o que eu podia fazer era ficar deitada na cama o dia todo, como se estivesse em um estado vegetativo, incapaz de me mexer. Eu precisava da ajuda dos outros para comer, vestir-me, virar-me e usar o banheiro. Eu era completamente inútil. Eu pensava: “Seria melhor morrer do que viver com tanta dor”. Por causa do uso prolongado de medicamentos hormonais, meu sistema imunológico ficou muito fraco, eu tinha tosses e resfriados com frequência, e também contraí pleurisia. Meu coração também desenvolveu problemas, eu tinha mais de dez doenças diferentes em todo o meu corpo, e meu rosto parecia o de uma pessoa morta. No calor do verão, meu marido ligava o ar-condicionado dentro de casa, enquanto eu usava roupas acolchoadas de algodão e tomava sol do lado de fora. Eu tinha até de usar um cobertor elétrico para dormir, caso contrário, ficava com frio demais para pegar no sono. Mais tarde, fiquei sabendo que vários conhecidos com a mesma doença que a minha tinham morrido, um após o outro, e fiquei muito assustada. Diante de uma doença tão persistente, eu estava desamparada, e tudo o que podia fazer era passar cada dia com medo e ansiedade.
Em 2010, tive a sorte de aceitar a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Nas palavras de Deus, aprendi que Deus criou os céus e a terra e todas as coisas, que Ele tem soberania sobre a sina de toda a humanidade, que tudo o que as pessoas desfrutam é dado por Deus, e que as pessoas devem adorá-Lo. Todos os dias, eu comia e bebia as palavras de Deus, orava a Ele, e me reunia com os irmãos e, sem perceber, meus resfriados e tosses diminuíram. Depois de três meses, a dor nas articulações das pernas diminuiu, parei de usar todos os medicamentos, inclusive os hormonais, minhas articulações ficaram cada vez mais flexíveis, e minha pele ganhou um pouco de cor. Todos que me conheciam diziam que eu parecia uma pessoa diferente. Agradeci a Deus do fundo do meu coração. Deus é realmente todo-poderoso e maravilhoso! Essa doença não tinha cura e, mesmo com medicação, eu sofria muito, mas agora, com minha doença regredindo cada vez mais, eu nem precisava de medicamentos! Eu precisava crer adequadamente em Deus, pregar mais o evangelho e fazer mais boas ações, e talvez então Deus visse como eu me despendia e curasse completamente minhas doenças. Depois disso, ignorei a dor em minhas pernas e preguei o evangelho para meus parentes, amigos, colegas de classe e colegas. Independentemente do vento ou da chuva, do calor escaldante ou do frio congelante, ou se uma pessoa estivesse perto ou longe, desde que atendesse aos princípios para receber o evangelho e estivesse disposta a ouvir as palavras de Deus, eu ia testemunhar para ela sobre a obra de Deus dos últimos dias. Algumas pessoas moravam no sétimo ou oitavo andar, e eu tinha de subir as escadas, mas, mesmo assim, muitas vezes eu ia regá-las e apoiá-las. Algumas pessoas tinham boa humanidade e estavam dispostas a buscar e investigar o verdadeiro caminho, mas tinham muitos problemas familiares, por isso, fui várias vezes me comunicar com eles até que aceitassem a obra de Deus dos últimos dias. Naquela época, eu espalhava o evangelho para muitas pessoas. Com o tempo, tornei-me conhecida por pregar o evangelho e fui denunciada por pessoas malignas, então o líder arranjou para que eu desempenhasse um dever de hospedagem. Pedi ativamente para assumir outros deveres, achando que, se eu fizesse mais boas ações, Deus cuidaria de mim e me protegeria, e que minha esperança de salvação seria maior.
Em maio de 2019, comecei a sentir fraqueza por todo o corpo e minhas articulações começaram a doer novamente. A dor nas articulações das minhas pernas era especialmente intensa, e minha única opção era usar muletas e ranger os dentes para avançar passo a passo. A dor me fazia suar excessivamente. Eu não conseguia me sentar depois de ficar em pé e, depois de me esforçar para me sentar, não conseguia mais me levantar. Meu corpo inteiro doía, mesmo quando eu estava deitada. Minha pressão arterial ultrapassou 200 mmHg, e o índice de açúcar no sangue também aumentou, e nem mesmo a medicação conseguia controlá-los. Fui tomada pelo pânico. Fiquei com medo de que minha artrite estivesse voltando. Depois de ir ao hospital para um exame, foi descoberto que os sintomas eram de fato causados pela artrite. Meu coração disparou e eu pensei: “Como já foi dito: ‘Doença ou não, se ela voltar, será pior do que quando começou’. Será que dessa vez vou ficar completamente paralisada? Mesmo que eu sobreviva, se ficar paralisada na cama, ainda serei inútil. Como poderia desempenhar meus deveres? Em todos esses anos de crença em Deus, tenho me despendido tanto! Basta ver como espalhei o evangelho. Continuei a cooperar apesar da dor e consegui espalhar o evangelho para muitas pessoas. Depois de ser denunciada por pessoas malignas por espalhar o evangelho, fui reatribuída como anfitriã, e também dei tudo de mim naquele dever. Como minha doença pode ter voltado outra vez?”. Pensei no fato de vários conhecidos com a mesma doença terem morrido, e que eu poderia ser a próxima. Quanto mais eu pensava nisso, mais desanimada ficava. Não conseguia organizar meus pensamentos enquanto lia as palavras de Deus durante meus devocionais espirituais e não tinha vontade de orar. Passava os dias me sentindo atordoada, como se tivesse caído em um freezer, com meu coração congelado. Eu só queria passar mais tempo descansando e recuperando minha saúde para reduzir a dor em meu corpo. Mais tarde, fiquei sabendo que um vizinho com a mesma doença tinha morrido, o que me deixou com mais medo ainda, e pensei: “Talvez um dia eu morra como meu vizinho. Se eu morrer agora, será que todo o sofrimento e os sacrifícios pelos quais passei em meus deveres ao longo dos anos foram em vão? Não apenas eu não seria salva, mas também perderia todas as minhas oportunidades restantes de labutar e sobreviver”. Só de pensar em minha doença, eu não conseguia comer nem dormir. Eu vivia em um estado de tristeza, ansiedade e preocupação, e estava realmente atormentada por dentro. Orei a Deus: “Deus, minha saúde está piorando cada vez mais, e estou constantemente vivendo em um estado emocional desconfortável. Sei que isso é errado, mas não sei como resolver, e mesmo sabendo que esse sofrimento é permitido por Ti, eu simplesmente não consigo me submeter. Deus, por favor, guia-me para que eu me submeta a essa situação, e aprenda uma lição com isso”.
Li duas passagens das palavras de Deus: “Quando as pessoas são incapazes de perceber claramente, entender, aceitar ou submeter-se aos ambientes que Deus orquestra e à Sua soberania, quando as pessoas enfrentam várias dificuldades na vida diária ou quando essas dificuldades excedem o que as pessoas normais conseguem suportar, elas inconscientemente sentem todo tipo de preocupação, ansiedade e até angústia. Elas não sabem como será amanhã, ou depois de amanhã, ou como serão as coisas daqui a alguns anos, ou como será seu futuro, e por isso sentem-se angustiadas, ansiosas e preocupadas com toda espécie de coisas. Qual é o contexto em que as pessoas se sentem angustiadas, ansiosas e preocupadas com toda espécie de coisa? É que elas não acreditam na soberania de Deus — isto é, são incapazes de acreditar e perceber claramente a soberania de Deus. Mesmo que a vissem com os próprios olhos, não a entenderiam nem acreditariam nela. Elas não acreditam que Deus detém a soberania sobre seu destino, não acreditam que sua vida está nas mãos de Deus, e assim surge em seu coração a desconfiança em relação à soberania e aos arranjos de Deus, e então surge a culpa, e elas são incapazes de submeter-se” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “Como buscar a verdade (3)”). “Depois, há aquelas que têm saúde precária, que têm uma constituição fraca e falta de energia, que estão frequentemente doentes com males maiores ou menores, que não conseguem nem fazer as coisas básicas necessárias na vida cotidiana, que não conseguem viver nem se mover como pessoas normais. Muitas vezes, tais pessoas se sentem desconfortáveis e indispostas no desempenho dos deveres; algumas são fisicamente fracas, outras têm enfermidades verdadeiras e, claro, há aquelas com doenças conhecidas e em potencial de um tipo ou outro. Por terem tais dificuldades físicas práticas, essas pessoas muitas vezes mergulham em emoções negativas e sentem angústia, ansiedade e preocupação. […] Muitas vezes, as pessoas com uma enfermidade pensarão: ‘Ah, estou determinada a desempenhar bem meu dever, mas estou com essa doença. Peço a Deus que me defenda do perigo e, com a proteção de Deus, não preciso ter medo. Mas, se ficar exausta ao desempenhar os deveres, meu estado de saúde se agravará? O que farei se meu estado de saúde se agravar de fato? Se precisar ser internada no hospital para fazer uma cirurgia, não tenho dinheiro para pagar, então, se não pedir dinheiro emprestado para pagar o tratamento, meu estado de saúde piorará ainda mais? E se ficar muito ruim, eu morrerei? Tal morte poderia ser considerada uma morte normal? Se de fato eu morrer, Deus Se lembrará dos deveres que desempenhei? Serei considerada como tendo feito boas ações? Alcançarei a salvação?’. Há também algumas que sabem que estão doentes, ou seja, sabem que têm uma ou outra doença real, por exemplo doenças estomacais, dores lombares e nas pernas, artrite, reumatismo, assim como doenças de pele, doenças ginecológicas, doenças hepáticas, hipertensão, doenças cardíacas etc. Elas pensam: ‘Se continuar desempenhando meu dever, a casa de Deus pagará pelo tratamento da minha doença? Se minha doença piorar e afetar o desempenho do meu dever, Deus me curará? Outras pessoas foram curadas após acreditar em Deus, então eu também serei curada? Será que Deus me curará, da mesma forma que Ele mostra bondade para com os outros? Se desempenhar lealmente meu dever, Deus deveria me curar, mas, se eu apenas desejar que Deus me cure e Ele não me curar, então o que vou fazer?’. Toda vez que pensam nessas coisas, um profundo sentimento de ansiedade surge em seu coração. Embora nunca parem de desempenhar seu dever e façam sempre o que é esperado, elas ficam pensando constantemente na doença, na saúde, no futuro e sobre a vida e a morte. Por fim, chegam à conclusão do pensamento positivo: ‘Deus me curará, Deus me manterá protegida. Deus não me abandonará e não ficará assistindo sem fazer nada se me vir adoecendo’. Não há base alguma para tais pensamentos, e pode-se até dizer que são um tipo de noção. As pessoas nunca serão capazes de resolver suas dificuldades práticas com tais noções e imaginações e, no íntimo do coração, sentem-se vagamente angustiadas, ansiosas e preocupadas com sua saúde e suas doenças; elas não têm ideia de quem assumirá a responsabilidade por essas coisas, ou se alguém assumirá a responsabilidade por elas de qualquer modo” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “Como buscar a verdade (3)”). O que Deus expôs foi exatamente o meu estado. Olhando para trás, em menos de três meses de crença em Deus, minha artrite grave estava quase curada, por isso, espalhei ativamente o evangelho, desempenhei meus deveres e quis preparar mais boas ações, pensando que talvez Deus visse meus sacrifícios e curasse completamente minha doença. Quando minha doença voltou e se agravou cada vez mais, a ponto de eu quase não conseguir cuidar de mim mesma, orar a Deus não a aliviou, então comecei a duvidar da soberania de Deus, e tive medo de ficar paralisada e incapaz de cuidar de mim mesma, e de não ser capaz de suportar o sofrimento físico. Se eu voltasse a tomar a medicação hormonal e minhas várias outras doenças voltassem, então, mesmo que não morresse de artrite, eu morreria de outras doenças. Se eu morresse, não teria nenhuma chance de salvação, nem mesmo qualquer chance de labutar e sobreviver. Isso me fez sentir fraca e angustiada, e que todos os meus anos desempenhando deveres, sofrendo e me sacrificando tinham sido em vão. Quando me deparei com a doença, não a aceitei de Deus e não busquei Sua intenção. Em vez disso, entendi mal a Deus e reclamei Dele. Minha atitude em relação aos meus deveres também foi de indiferença. Preocupada com o fato de que desempenhar mais deveres significaria mais exaustão física, que minha condição se deterioraria e que eu morreria mais rápido, eu não queria desempenhar meus deveres, e vivia em um estado de angústia e preocupação, esperando a morte. Pelas palavras de Deus, finalmente entendi que o retorno de minha doença tinha sido permitido por Deus, mas eu não reconhecia Sua soberania, não O compreendia e me queixava Dele. Meu coração estava cheio de reclamações, e tudo o que eu revelava era rebeldia e resistência. Meu estado era muito perigoso! Ao perceber isso, fiquei com medo, então orei a Deus, pedindo a Ele que me levasse a buscar a verdade para resolver minhas emoções negativas.
Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus e minha perspectiva mudou um pouco. Deus diz: “Quando Deus arranja para que alguém contraia uma enfermidade, seja ela grave ou branda, Seu propósito não é fazer você apreciar os prós e os contras de estar doente, o dano que a enfermidade lhe traz, as adversidades e as dificuldades que a enfermidade lhe causa e todos os incontáveis sentimentos que a enfermidade o faz sentir — Seu propósito não é que você aprecie a doença por estar doente. Antes, Seu propósito é que você aprenda as lições a partir da doença, aprenda a sentir as intenções de Deus, conheça os caracteres corruptos que você revela e as atitudes erradas que adota em relação a Deus quando está doente e aprenda a submeter-se à soberania e aos arranjos de Deus, de modo que possa alcançar a verdadeira submissão a Deus e ser capaz de manter-se firme em seu testemunho — isso é absolutamente fundamental. Deus deseja salvá-lo e purificá-lo através da doença. O que em você Ele deseja purificar? Ele deseja purificar todos os seus desejos extravagantes e exigências em relação a Deus e até purificar os vários planos, julgamentos e esquemas que você faz a todo custo para sobreviver e viver. Deus não lhe pede para fazer planos, Ele não lhe pede para julgar e não lhe permite ter quaisquer desejos extravagantes em relação a Ele; só exige que você se submeta a Ele e, em sua prática e experiência de se submeter, saiba a atitude que você tem em relação à doença, conheça sua atitude em relação a essas condições fisiológicas que Ele lhe dá, assim como seus desejos pessoais. Quando passa a conhecer essas coisas, você pode então apreciar o quanto lhe é benéfico que Deus tenha arranjado as circunstâncias da doença para você ou que Ele lhe tenha dado essas condições fisiológicas; e você pode apreciar o quanto elas são úteis para mudar seu caráter, para você alcançar salvação e para sua entrada na vida. É por isso que, quando a doença bate à porta, você não deve estar sempre se perguntando como pode escapar ou fugir dela ou rejeitá-la” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “Como buscar a verdade (3)”). Pelas palavras de Deus, eu entendi que, por trás das doenças que eu enfrentava, havia a intenção de Deus, e que isso era para me fazer aprender lições, refletir e reconhecer meus pontos de vista falaciosos, meu caráter corrupto e meus desejos extravagantes na crença em Deus. Refleti sobre o fato de que meus anos desempenhando deveres e fazendo sacrifícios foram para que Deus curasse minha doença. Quando a dor diminuiu, agradeci e louvei a Deus, e estava disposta a desempenhar mais deveres e preparar mais boas ações, mas quando a dor voltou e piorou, compreendi mal e reclamei de Deus, pensando que era justo que Deus me curasse porque eu estava desempenhando deveres. Então, quando minha doença voltou e meus desejos não foram atendidos, eu não queria mais desempenhar meus deveres. Mesmo quando eu os desempenhava de forma relutante, não queria fazer nenhum esforço nem pagar um preço. De que forma eu tinha alguma consciência ou razão? Quando essa doença se abateu sobre mim, a intenção de Deus era purificar as adulterações em minha fé e mudar minhas visões errôneas sobre a busca, para que eu pudesse me submeter a Ele e trilhar a senda da busca da verdade. Mas não busquei a verdade e, ao enfrentar a doença, não busquei a intenção de Deus. Em vez disso, eu sempre fui resistente e desafiadora, querendo que Deus removesse minha dor rapidamente. Quando isso não aconteceu, caí em um estado de angústia, preocupação e ansiedade e me opus a Deus, perdendo minha chance de ganhar a verdade. Se eu continuasse assim, sem mudar, minha vida não cresceria, meu caráter corrupto não mudaria, e minha esperança de salvação se tornaria ainda mais remota. Quanto mais eu entendia, mais sentia que crer em Deus não deveria ser uma questão de fazer exigências a Ele. Vi como eu era irracional. Rapidamente orei a Deus: “Ó Deus, não busco a verdade nem entendo Tua obra, nem me submeto às Tuas orquestrações e arranjos. Sou muito rebelde! Deus, por favor, guia-me para entender a mim mesma”.
Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus: “Antes de decidirem desempenhar seu dever, no fundo do coração, os anticristos estão cheios de expectativas em relação a suas perspectivas, a ganhar bênçãos, uma boa destinação e até mesmo uma coroa, e eles têm a maior confiança em alcançar essas coisas. Eles vêm para a casa de Deus para desempenhar seu dever com tais intenções e aspirações. Então, será que o desempenho de seus deveres contém a sinceridade, a fé e a lealdade genuínas que Deus exige? A essa altura, ainda não se pode ver sua lealdade e fé genuínas ou sinceridade, pois todos abrigam uma mentalidade totalmente transacional antes de desempenhar seu dever; todos tomam a decisão de desempenhar seu dever movidos por interesses e também com base na precondição de seus desejos e ambições transbordantes. Qual é a intenção dos anticristos ao desempenhar seu dever? É fazer um acordo, fazer uma troca. Pode-se dizer que estas são as condições que eles estabelecem para desempenhar o dever: ‘Se eu desempenhar meu dever, preciso obter bênçãos e ter uma boa destinação. Preciso obter todas as bênçãos e os benefícios que deus disse estarem preparados para a humanidade. Se eu não puder obtê-los, não desempenharei esse dever’. Eles vêm para a casa de Deus para desempenhar seu dever com tais intenções, ambições e desejos. Parece que eles têm alguma sinceridade, e, é claro, para aqueles que são novos crentes e estão apenas começando a desempenhar seu dever, isso também pode ser chamado de entusiasmo. Mas não há fé genuína nem lealdade nisso; há apenas esse grau de entusiasmo. Isso não pode ser chamado de sinceridade. A julgar por essa atitude que os anticristos têm em relação a desempenhar seu dever, ela é totalmente transacional e repleta de desejos por benefícios, como ganhar bênçãos, entrar no reino dos céus, obter uma coroa e receber recompensas. Portanto, visto de fora, parece que muitos anticristos, antes de serem expulsos, estão desempenhando seu dever e até mesmo renunciaram a mais e sofreram mais do que a média das pessoas. O que eles despendem e o preço que pagam estão no mesmo nível de Paulo, e eles também correm de um lado para o outro tanto quanto Paulo. Isso é algo que todos podem ver. Em termos de seu comportamento e de sua vontade de sofrer e pagar o preço, eles não deveriam não receber nada. No entanto, Deus não considera uma pessoa com base em seu comportamento exterior, mas com base em sua essência, seu caráter, no que ela revela, na natureza e na essência de cada coisa que faz. Quando as pessoas julgam e tratam os outros, elas determinam quem eles são com base apenas em seu comportamento externo, no quanto sofrem e no preço que pagam, e isso é um erro grave” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 7”). Vi que Deus expôs os anticristos como pessoas que desempenham seus deveres em troca de bênçãos e coroas, que seus sacrifícios são todos feitos para barganhar com Deus as bênçãos de entrar no reino dos céus, e que tal desempenho do dever não é leal ou sincero de forma alguma. Se não receberem bênçãos, eles se queixarão muito, e até discutirão com Ele e tentarão responsabilizá-Lo. Comparei meu comportamento com esse e vi que era o mesmo de um anticristo. No início, quando vi minha artrite crônica ser curada depois de crer em Deus, fiquei cheia de gratidão a Ele e, com a mentalidade de que Deus me curaria e, assim, eu poderia garantir uma boa destinação, espalhei ativamente o evangelho e desempenhei meus deveres. Independentemente do vento, da chuva, do calor ou do frio, trabalhei incansavelmente para preparar boas ações espalhando o evangelho e, mesmo que parentes, amigos e colegas zombassem de mim e me difamassem, eu não recuava. No entanto, quando minha doença voltou, e quando vi que pessoas com a mesma doença morreram, reclamei que Deus não estava me protegendo, e nem queria mais desempenhar meus deveres, temendo que assumir mais preocupações pudesse piorar minha condição e apressar minha morte. Por meio da revelação dos fatos, percebi que eu só cria em Deus e desempenhava deveres para barganhar com Deus, e que meus sacrifícios eram todos para que Deus me curasse e conseguisse um bom desfecho e uma boa destinação para mim. Quando meu desejo de receber bênçãos foi destruído, eu não estava disposta a desempenhar nem mesmo um pouco mais de deveres, temendo incorrer em perdas para meus interesses físicos. Não tinha nenhuma lealdade ou sinceridade para com Deus. Eu disse que desempenharia bem meus deveres e retribuiria o amor de Deus, mas a verdade é que eu estava enganando a Deus, tentando usar meus deveres como moeda de troca para futuras bênçãos. Eu era realmente egoísta, desprezível e enganosa! Eu seguia a lei satânica de “cada um por si e o demônio pega quem fica por último” e tudo o que eu fazia era para mim mesma, recusando-me a levantar um dedo se não me beneficiasse. Depois que passei a crer em Deus, tudo o que eu fazia ainda era para obter bênçãos e benefícios. Eu era gananciosa e egoísta e, se não conseguia lucrar, então eu me voltava contra Deus para exigir uma explicação. Eu não tinha um coração temente a Deus e era realmente sem humanidade!
Então me lembrei de uma passagem das palavras de Deus: “Você deve saber que tipo de pessoa Eu desejo; a quem é impuro não se permite entrar no reino, a quem é impuro não se permite macular o solo santo. Ainda que possa ter feito muito trabalho e trabalhado por muitos anos, no fim, se você ainda é deploravelmente imundo, será intolerável para a lei do Céu que você deseje entrar no Meu reino! Desde a fundação do mundo até hoje, nunca ofereci fácil acesso ao Meu reino àqueles que Me bajulam. Esta é uma regra celestial, e ninguém pode infringi-la!” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O sucesso ou o fracasso dependem da senda que o homem percorre”). Pelas palavras de Deus, entendi que somente aqueles que obtêm a verdade e mudam de caráter podem entrar no reino de Deus. Deus gosta de pessoas honestas. As pessoas honestas amam a verdade e desempenham o dever sem barganhar ou fazer exigências. Elas conseguem desempenhar com seriedade o dever de um ser criado, e essas pessoas são as que Deus quer salvar. Entretanto, aqueles que creem em Deus, mas não buscam a verdade e apenas barganham com Ele por bênçãos, reclamam de Deus e resistem a Ele quando seus desejos são frustrados. Não importa o quanto se ocupem ou sofram, essas pessoas ainda serão eliminadas por Deus. Isso é determinado pela essência justa e santa de Deus. Em meus deveres e em minha fé em Deus, tentei barganhar com Ele, tratando-O como um tesouro e como médico para curar minha doença. Quando meus desejos não foram atendidos, eu protestei contra Deus e resisti a Ele. Eu era realmente sem vergonha! Deus é o Criador, e eu sou um ser criado. Desempenhar meu dever é minha responsabilidade e obrigação. Fazer exigências tão irracionais a Deus e ter tais intenções em meus deveres, como isso poderia fazer com que Deus não me detestasse e odiasse? Pensei em Paulo. Desde o início, ele trabalhou e se despendeu apenas para ganhar uma coroa de justiça. Ele viajou por quase toda a Europa para espalhar o evangelho, enfrentou muita dor e trabalhou muito. Mas nada do que ele fez foi para retribuir o amor de Deus ou para desempenhar o dever de um ser criado, mas sim para ganhar bênçãos e recompensas para si mesmo, para que, no final, ele pudesse dizer estas palavras: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada”. Os sacrifícios e os dispêndios de Paulo não foram sinceros nem submissos. Foram feitos apenas para barganhar com Deus, enganá-Lo e usá-Lo. No final, ele ofendeu o caráter de Deus e foi lançado no inferno. Em minha fé, sempre quis que Deus curasse minha doença, que satisfizesse meus desejos egoístas e, assim como Paulo, sempre quis receber as bênçãos de Deus. Se eu não me corrigisse, meu desfecho seria a mesma punição que a de Paulo. Ao desempenhar meu dever com intenções tão desprezíveis e ainda assim querer a aprovação de Deus, quão iludida eu estava? Ao perceber isso, senti-me envergonhada, constrangida e culpada. Pensei em Deus, que encarnou duas vezes na terra, sofrendo todos os tipos de dificuldades humanas para salvar a nós, pessoas corruptas, falando tantas palavras e pessoalmente nos conduzindo e regando na obscuridade, nunca nos pedindo nada, nem exigindo nada de nós. Desfrutei de tantas verdades providas por Deus, e desempenhar meus deveres é o que eu, como um ser criado, deveria fazer, no entanto, eu ainda queria barganhar com Deus e fazer exigências a Ele. Eu tinha sido realmente perversa! Pensei que eu, à beira da morte, tive a chance de ouvir a voz de Deus e retornar à Sua casa, para comer e beber as palavras de Deus e desfrutar da provisão de vida, e Deus curou minha doença e permitiu que eu vivesse até agora. Tudo isso tinha sido Seu cuidado e a proteção. Tudo o que Deus tinha feito por mim era Seu amor e Sua salvação. O fato de poder desempenhar meu dever era a graça de Deus e o que eu deveria fazer. Mas eu não sabia como ser grata e, ao invés, usava isso como capital para barganhar com Deus, e fazer-Lhe exigências constantes. Eu realmente não tinha consciência nem humanidade, e devia tanto a Deus! Quanto mais pensava nisso, mais arrependida eu ficava, e orei a Deus em meu coração, jurando que, a partir daquele momento, eu não viveria mais para ganhar bênçãos, que eu buscaria a verdade, submetendo-me às orquestrações e aos arranjos de Deus e desempenhando adequadamente meu dever.
Depois disso, li mais das palavras de Deus e entendi como lidar corretamente com a doença e a morte. Deus diz: “Se alguém adoecerá ou não, que doenças graves terá e como será sua saúde em cada estágio da vida não podem ser mudados pela vontade do homem, mas, antes, todos são predestinados por Deus. […] Portanto, o tipo de doença que afligirá o corpo das pessoas em que momento ou em que idade e como será sua saúde são todas coisas arranjadas por Deus, e as pessoas não podem decidir essas coisas por si mesmas; exatamente como o momento em que alguém nasce, ele não é capaz de decidir por si mesmo. Assim, não é tolice sentir-se angustiado, ansioso e preocupado com coisas que você não consegue decidir por si mesmo? (Sim.) As pessoas deveriam dedicar-se a resolver as coisas que podem resolver por si mesmas, e, quanto àquelas coisas que não podem fazer por si mesmas, elas deveriam esperar por Deus; as pessoas deveriam se submeter em silêncio e pedir que Deus as proteja — essa é a mentalidade que as pessoas deveriam ter. Quando a doença realmente atacar e a morte realmente se aproximar, então as pessoas deveriam submeter-se e não se queixar nem se rebelar contra Deus, nem dizer coisas que blasfemem contra Deus ou coisas que O ataquem. Ao contrário, as pessoas deveriam posicionar-se como seres criados e experimentar e apreciar tudo que venha de Deus — não deveriam tentar escolher as coisas por si mesmas. Essa deveria ser uma experiência especial que enriquece sua vida, e não necessariamente uma coisa ruim, certo? Portanto, quando se trata de doença, as pessoas deveriam primeiro resolver seus pensamentos e pontos de vista errados sobre a origem da doença, e então não se preocuparão mais a respeito; além disso, as pessoas não têm o direito de controlar as coisas conhecidas ou desconhecidas, nem são capazes de controlá-las, pois todas essas coisas estão sob a soberania de Deus. A atitude e o princípio de prática que as pessoas deveriam ter é esperar e submeter-se. Do entendimento à prática, tudo deveria ser feito de acordo com as verdades princípios — isso é buscar a verdade” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “Como buscar a verdade (4)”). “Se alguém implorasse pela morte, talvez não morresse necessariamente; se implorasse por viver, talvez não vivesse necessariamente. Tudo isso está sob a soberania e a predestinação de Deus, e é mudado e decidido pela autoridade de Deus, pelo caráter justo de Deus e pela soberania e pelos arranjos de Deus. Portanto, digamos que você contraia uma doença grave, uma doença grave potencialmente fatal, você não morrerá necessariamente — quem decide se você morrerá ou não? (Deus.) Deus decide. E já que Deus decide e as pessoas não podem decidir tal coisa, pelo que as pessoas se sentem ansiosas e angustiadas? É como quem são seus pais e quando e onde você nasceu — essas coisas tampouco podem ser escolhidas por você. A escolha mais sábia nessas questões é deixar as coisas seguirem o curso natural, submeter-se e não escolher, não despender qualquer reflexão ou energia nessa questão, não se sentir angustiado, ansioso ou preocupado com isso. Já que as pessoas não são capazes de escolher por si mesmas, despender tanta energia e reflexão nessa questão é tolice e insensatez” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “Como buscar a verdade (4)”). Depois de ler as palavras de Deus, entendi que o momento e o tipo de doença que uma pessoa tem estão todos debaixo da soberania e da preordenação de Deus e não dependem da escolha humana, e que as pessoas deveriam deixar de lado as emoções negativas como angústia, preocupação e ansiedade, enfrentar essas coisas com calma, submetendo-se à soberania e aos arranjos de Deus, e buscar a intenção de Deus para aprender lições. Contemplando as palavras de Deus, senti um súbito esclarecimento em meu coração. Quando fico doente, a gravidade da minha doença e quando vou morrer, tudo isso está dentro das orquestrações de Deus. Não é como se eu pudesse evitar a morte por temê-la, nem posso morrer simplesmente porque quero. Minha doença grave, paralisia ou morte são todas permitidas por Deus, e não tenho o direito de reclamar ou de exigir coisas de Deus. Pensei em Jó que, quando enfrentou a doença e a calamidade, não se queixou contra Deus nem perdeu a fé. Em vez disso, ele louvou a justiça de Deus do fundo do coração, dizendo: “Jeová deu, e Jeová tirou; bendito seja o nome de Jeová” (Jó 1:20-21). Eu, tendo desfrutado da rega e da provisão de tantas palavras de Deus, não devo fazer nenhuma exigência a Ele quando estiver enfrentando uma doença. Quer Deus acabe com minha doença ou deixe que ela permaneça em mim para sempre, tudo isso faz parte da boa vontade Dele e não devo reclamar ou fazer exigências. Mesmo que um dia eu fique paralisada ou enfrente a morte, ainda me submeterei aos arranjos do Criador. O que eu precisava fazer agora era enfrentar corretamente a doença e a morte, deixar de lado a angústia, a ansiedade e a preocupação, e confiar tudo a Deus. Refleti novamente sobre as pessoas que, nos últimos vinte anos, tiveram a mesma doença que eu tive e, independentemente da idade, quer tenham adoecido cedo ou tarde, muitas delas morreram. Se não fosse pela proteção de Deus, eu não estaria viva hoje. O fato de eu estar viva hoje e desfrutar da rega de tantas palavras de Deus já é a Sua graça. Ao entender essas coisas, perdi o medo de quando poderia morrer, e me dispus a me submeter à soberania e aos arranjos de Deus. Depois disso, todos os dias eu me concentrava em comer e beber as palavras de Deus, contemplando-as, escrevendo artigos experienciais e, independentemente da gravidade de minha doença, eu orava, comia e bebia as palavras de Deus, participava de reuniões e desempenhava meus deveres como de costume. Às vezes, quando a doença recaía gravemente, eu orava a Deus e me aproximava Dele, pedindo-Lhe que mantivesse meu coração em submissão. Ao mesmo tempo, refletia continuamente e reconhecia as intenções impuras dentro de mim, e prontamente buscava a verdade para resolvê-las. Praticando assim, meu relacionamento com Deus se tornou mais próximo, e senti que essa doença era uma grande proteção para mim. Mais tarde, sem perceber, a dor em todo o meu corpo diminuiu, e minha pressão arterial e meu nível de açúcar no sangue também voltaram ao normal. Eu sabia que essa era a misericórdia e a proteção de Deus para mim, e agradeci a Deus e O louvei em meu coração!
Mais tarde, li mais das palavras de Deus: “Diga-Me, quem, dentre os bilhões de pessoas pelo mundo afora, é tão abençoado por ouvir tantas das palavras de Deus, por entender tantas das verdades da vida e por entender tantos mistérios? Quem dentre todos pode receber pessoalmente a orientação de Deus, a provisão de Deus, Seu cuidado e Sua proteção? Quem é tão abençoado? Pouquíssimos. Portanto, vocês, poucos seres capazes de viver na casa de Deus hoje, de receber Sua salvação, de receber Sua provisão, façam tudo isso valer a pena, mesmo se estivessem para morrer neste momento. Você é muito abençoado, não é verdade? (Sim.) Olhando dessa perspectiva, as pessoas não deveriam ficar apavoradas com a questão da morte, nem deveriam ser limitadas por ela. Mesmo que não tenha desfrutado de qualquer glória e riqueza do mundo, ainda assim você recebeu a piedade do Criador e ouviu muitas das palavras de Deus — isso não é bem-aventurado? (É.) Não importa quantos anos você viva nesta vida, tudo vale a pena, e você não tem arrependimentos, porque tem desempenhado constantemente seu dever na obra de Deus, tem entendido a verdade, entendeu os mistérios da vida, e entendeu a senda e os objetivos que deveria buscar na vida — você ganhou muito! Você tem vivido uma vida que vale a pena!” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “Como buscar a verdade (4)”). Depois de ler as palavras de Deus, fiquei comovida e chorei. Tive a sorte de ouvir a voz de Deus na era final de Seu plano de gerenciamento, viver sob o cuidado e a proteção Dele, desfrutar do suprimento e da rega de tantas de Suas palavras e entender tantos mistérios da verdade, desfrutando de bênçãos que as pessoas ao longo da história não experimentaram. Mesmo que eu morresse agora, valeria a pena. Já que ainda estou viva, devo valorizar cada dia que me resta e desempenhar diligentemente meus deveres. Minha dor está diminuindo dia a dia, o inchaço nas articulações de minhas pernas diminuiu bastante, a articulação do meu tornozelo direito basicamente voltou ao normal, e a dor em todo o meu corpo também diminuiu. Os irmãos dizem que estou mais corada, que estou brilhando com saúde e que é como se eu tivesse me tornado uma pessoa diferente. Estou muito feliz e, em meu coração, agradeço continuamente a Deus por Seu amor e salvação!
Foi por meio da revelação da doença que finalmente percebi que minhas opiniões sobre a crença em Deus estavam erradas, que eu não estava cumprindo minhas responsabilidades e obrigações como um ser criado, mas, sim, buscando bênçãos e usando meus deveres para barganhar com Deus, perdendo, assim, a consciência e razão de uma pessoa normal. Hoje, tenho algum entendimento de meu caráter corrupto e mudei minha visão errônea sobre a busca. Esses são os resultados das palavras de Deus e, além disso, são o Seu amor. Graças a Deus por Sua salvação!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.