O Filho do homem é o Senhor do sábado (Parte 2)

13 de Dezembro de 2018

A seguir, vejamos a última frase dessa passagem: “Porque o Filho do homem até do sábado é o Senhor”. Existe um lado prático nessa frase? Vocês conseguem perceber o lado prático disso? Cada coisa que Deus diz vem do Seu coração, por que, então, Ele disse isso? Como vocês compreendem isso? Vocês podem compreender o significado dessa frase agora, mas na época em que foi dita, muitas pessoas não compreendiam, pois a humanidade havia acabado de sair da Era da Lei. Para elas, abandonar o sábado era algo muito difícil de fazer, sem falar em compreender o que é um verdadeiro sábado.

A frase “o Filho do homem até do sábado é o Senhor” diz às pessoas que tudo relacionado a Deus não é de natureza material e, embora Deus possa suprir todas as suas necessidades materiais, uma vez que todas as suas necessidades materiais tenham sido satisfeitas, a satisfação vinda dessas coisas poderá substituir a sua busca da verdade? É bem claro que isso não é possível! O caráter de Deus e o que Ele tem e é, sobre os quais comunicamos, são ambos a verdade. Seu valor não pode ser comparado com nenhum objeto material, não importa quão valioso seja, nem o seu valor pode ser quantificado em termos de dinheiro, pois não é um objeto material e supre as necessidades do coração de cada pessoa. Para cada pessoa, o valor dessas verdades intangíveis deve ser maior que o valor de qualquer coisa material que você possa prezar, não deve? Essa afirmação é algo sobre o qual vocês devem refletir. O ponto chave do que Eu disse é que aquilo que Deus tem e é e tudo relacionado a Deus são as coisas mais importantes para cada pessoa e não podem ser substituídas por nenhum objeto material. Eu lhe darei um exemplo: quando você está com fome, precisa de comida. Esse alimento pode ser melhor ou pior mais ou menos insatisfatório, mas, contanto que você coma o suficiente, a sensação desagradável de estar com fome deixará de existir — ela terá desaparecido. Você pode ficar sentado em paz, e seu corpo estará em repouso. A fome das pessoas pode ser resolvida com comida, mas quando você está seguindo a Deus e sente que não tem entendimento Dele, como você pode resolver o vazio em seu coração? Pode ser resolvido com comida? Ou quando você está seguindo a Deus e não entende Suas intenções, o que você pode usar para compensar essa fome em seu coração? No processo da sua experiência de salvação por meio de Deus, enquanto você busca uma mudança no seu caráter, se você não entender Suas intenções ou não souber o que é a verdade, se você não entender o caráter de Deus, você não se sentirá muito incomodado? Não sentirá uma forte fome e sede em seu coração? Esses sentimentos não impedirão que você sinta descanso em seu coração? Assim, como você pode compensar essa fome em seu coração — existe uma maneira de resolvê-lo? Algumas pessoas vão fazer compras, outras procuram seus amigos para se confidenciar, outras se entregam a um longo sono, outras leem mais das palavras de Deus ou trabalham mais e despendem mais esforço para desempenhar seus deveres. Essas coisas podem resolver suas dificuldades reais? Todos vocês compreendem plenamente esses tipos de práticas. Quando você se sente impotente, quando sente um forte desejo de ganhar esclarecimento de Deus para lhe permitir conhecer a realidade da verdade e Suas intenções, do que você mais precisa? O que você precisa não é de uma refeição completa nem de algumas palavras gentis, muito menos a consolação e satisfação passageiras da carne — o que você precisa é que Deus lhe diga, direta e claramente, o que você deve fazer e como deve fazê-lo, que lhe diga com clareza o que é a verdade. Depois de compreender isso, mesmo que você ganhe apenas um pouquinho de entendimento, você não se sentirá mais satisfeito em seu coração do que se tivesse comido uma boa refeição? Quando seu coração está satisfeito, o seu coração e todo o seu ser não ganham descanso verdadeiro? Por meio dessa analogia e análise, vocês compreendem agora por que Eu quis compartilhar com vocês esta frase: “O Filho do homem até do sábado é o Senhor”? Seu significado é que aquilo que vem de Deus, o que Ele tem e é, e tudo relacionado a Ele são maiores do que qualquer outra coisa, incluindo a coisa ou a pessoa que você antes acreditava ser a que você mais estimava. Isto é, se uma pessoa não consegue ganhar palavras da boca de Deus ou não entende Suas intenções, não pode ganhar descanso. Em suas experiências futuras, vocês compreenderão por que Eu queria que vocês vissem essa passagem hoje — isso é muito importante. Tudo o que Deus faz é verdade e vida. A verdade é algo que não pode faltar na vida das pessoas e é algo sem o qual elas nunca podem viver; também se poderia dizer que é a maior de todas as coisas. Embora você não possa vê-la nem tocá-la, a importância dela para você não pode ser ignorada; é a única coisa que pode trazer descanso ao seu coração.

A compreensão que vocês têm da verdade está integrada no próprio estado de vocês? Na vida real, você precisa pensar primeiro em quais verdades se relacionam com as pessoas, eventos e coisas que você já encontrou; é entre essas verdades que você pode encontrar as intenções de Deus e conectar aquilo que você encontrou com Suas intenções. Se você não sabe quais aspectos da verdade se relacionam com as coisas que você encontrou, mas, em vez disso, vai diretamente buscar as intenções de Deus, isso é uma abordagem cega que não pode alcançar resultados. Se você quer buscar a verdade e entender as intenções de Deus, deve primeiro examinar que tipo de coisas lhe aconteceram, a que aspectos da verdade se relacionam, e procurar a verdade específica na palavra de Deus que se relaciona ao que você experimentou. Você então procurará a senda da prática que é correta para você naquela verdade; dessa forma, você poderá ganhar um entendimento indireto das intenções de Deus. Buscar e praticar a verdade não é aplicar mecanicamente uma doutrina ou seguir uma fórmula. A verdade não é uma fórmula nem é uma lei. Ela não está morta — ela é a própria vida, é uma coisa viva, é a regra que um ser criado deve seguir na vida e a regra que um humano deve ter na vida. Isso é algo que você deve compreender o máximo possível por meio da experiência. Não importa a qual estágio você já chegou em sua experiência, você é inseparável da palavra de Deus ou da verdade, e o que você entende do caráter de Deus e o que você sabe daquilo que Deus tem e é, tudo isso está expresso nas palavras de Deus; elas estão inextricavelmente ligadas à verdade. O caráter de Deus e aquilo que Ele tem e é são, em si mesmos, a verdade; a verdade é uma manifestação autêntica do caráter de Deus e daquilo que Ele tem e é. Isso torna concreto aquilo que Ele tem e é e faz uma declaração clara sobre aquilo que Ele tem e é; diz a você mais diretamente o que Deus gosta, o que Ele não gosta, o que Ele quer que você faça e o que Ele não permite que você faça, quais pessoas Ele despreza e em quais pessoas Ele Se deleita. Por trás das verdades que Deus expressa, as pessoas podem ver Seu prazer, raiva, tristeza e felicidade, bem como a Sua essência — essa é a revelação do Seu caráter. Além de saber o que Deus tem e é e compreender Seu caráter a partir da Sua palavra, o mais importante é a necessidade de alcançar esse entendimento por meio da experiência prática. Se uma pessoa se retira da vida real a fim de conhecer a Deus, ela não conseguirá alcançar isso. Mesmo que haja pessoas capazes de ganhar alguma compreensão da palavra de Deus, sua compreensão é limitada a teorias e palavras, e então surge uma disparidade com o que o Próprio Deus realmente é.

Tudo que estamos comunicando agora está dentro do escopo das histórias registradas na Bíblia. Por meio dessas histórias e por meio de dissecar essas coisas que aconteceram, as pessoas podem entender o Seu caráter e o que Ele tem e é que Ele expressou, permitindo-lhes conhecer cada aspecto de Deus de maneira mais ampla, mais profunda, mais abrangente e mais completa. Então, será que a única maneira de conhecer todos os aspectos de Deus é por meio dessas histórias? Não, não é a única maneira! Pois o que Deus diz e a obra que Ele faz na Era do Reino podem ajudar melhor as pessoas a conhecer o Seu caráter e a conhecê-lo mais plenamente. No entanto, creio que seja um pouco mais fácil conhecer o caráter de Deus e compreender o que Ele tem e é por meio de alguns exemplos ou histórias registradas na Bíblia com as quais as pessoas estão familiarizadas. Se Eu tomar as palavras de julgamento e castigo e as verdades que Deus expressa hoje, palavra por palavra, para capacitar você a conhecê-Lo dessa maneira, você sentirá que isso tudo é muito enfadonho e tedioso, e algumas pessoas até sentirão que as palavras de Deus parecem ser como fórmulas. Mas se Eu tomar essas histórias bíblicas como exemplos para ajudar as pessoas a conhecer o caráter de Deus, elas não as acharão tediosas. Você poderia dizer que, no decorrer da explicação desses exemplos, os detalhes daquilo que estava no coração de Deus naquele tempo — Seu humor ou sentimento, ou Seus pensamentos e ideias — foram transmitidos às pessoas em linguagem humana, e o objetivo de tudo isso é permitir que elas apreciem, sintam que o que Deus tem e é não é como uma fórmula. Não é uma lenda nem algo que as pessoas não podem ver nem tocar. É algo que realmente existe e que as pessoas podem sentir e apreciar. Esse é o objetivo final. Poderíamos dizer que as pessoas que vivem nesta era são abençoadas. Elas podem recorrer a histórias bíblicas para ganhar uma compreensão mais ampla da obra anterior de Deus; podem ver o Seu caráter através da obra que Ele realizou; podem entender as intenções de Deus para a humanidade por meio desses caracteres que Ele expressou e compreender as manifestações concretas da Sua santidade e do Seu cuidado para com os humanos e, assim, elas podem alcançar um conhecimento mais detalhado e mais profundo do caráter de Deus. Creio que todos vocês podem sentir isso!

Dentro do escopo da obra que o Senhor Jesus completou na Era da Graça, você pode ver outro aspecto daquilo que Deus tem e é. Esse aspecto foi expresso através de Sua carne, e as pessoas puderam ver e apreciar isso por causa da Sua humanidade. No Filho do homem, as pessoas viram como Deus na carne viveu a Sua humanidade e viram a divindade de Deus expressa através da carne. Esses dois tipos de expressão permitiram que as pessoas vissem um Deus muito prático e permitiram que as pessoas formassem um conceito diferente de Deus. Contudo, durante o período de tempo entre a criação do mundo e o fim da Era da Lei, isto é, antes da Era da Graça, os únicos aspectos de Deus que eram vistos, ouvidos e experimentados pelo povo eram apenas a divindade de Deus, as coisas que Deus fez e disse em um reino não material e as coisas que Ele expressou da Sua pessoa real que não podiam ser vistas nem tocadas. Muitas vezes, essas coisas faziam as pessoas sentirem que Deus era tão elevado em Sua grandeza que elas não podiam se aproximar Dele. A impressão que Deus costumava dar às pessoas era que Ele aparecia e desaparecia de sua capacidade de percebê-Lo, e as pessoas até chegavam a sentir que cada um dos pensamentos e ideias Dele era tão misterioso e tão esquivo que não havia como alcançá-los, muito menos tentar compreendê-los e apreciá-los. Para as pessoas, tudo que se relacionava a Deus era muito distante, tão distante que as pessoas não podiam vê-lo, não podiam tocá-lo. Ele parecia estar lá no alto do céu e parecia que Ele nem existia. Assim, para as pessoas, compreender o coração e a mente de Deus ou qualquer um dos Seus pensamentos era inatingível e até fora de seu alcance. Embora Deus realizasse algumas obras concretas na Era da Lei e também emitisse algumas palavras específicas e expressasse alguns caracteres específicos para permitir que as pessoas apreciassem e percebessem algum conhecimento real Dele, no final, essas expressões daquilo que Deus tem vinha de um reino não material, e o que as pessoas compreendiam, o que elas sabiam ainda tratava do aspecto divino daquilo que Ele tem e é. A humanidade não podia ganhar um conceito concreto a partir dessa expressão daquilo que Ele tem e é, e a impressão que tinham de Deus ainda estava presa no escopo de “um corpo espiritual do qual é difícil se aproximar, que aparece e desaparece da percepção”. Como Deus não usou um objeto específico ou uma imagem pertencente ao reino material para aparecer diante das pessoas, elas permaneceram incapazes de defini-Lo usando a linguagem humana. No coração e na mente das pessoas, elas sempre quiseram usar sua própria linguagem para estabelecer um padrão para Deus, para torná-Lo tangível e para humanizá-Lo; por exemplo, saber a altura Dele, o Seu tamanho, a Sua aparência, o que, exatamente, Ele gosta e qual é a Sua personalidade específica. Na verdade, em Seu coração, Deus sabia que as pessoas pensavam assim. Ele tinha muita clareza sobre as necessidades das pessoas, e é claro que Ele sabia o que deveria fazer; assim, Ele realizou a Sua obra de uma maneira diferente na Era da Graça. Essa nova maneira foi, ao mesmo tempo, divina e humanizada. Na época em que o Senhor Jesus estava operando, as pessoas podiam ver que Deus tinha muitas expressões humanas. Por exemplo, Ele podia dançar, podia comparecer a casamentos, podia comungar com as pessoas, falar com elas e debater assuntos com elas. Além disso, o Senhor Jesus também completou muitas obras que representavam a Sua divindade e, é claro, toda essa obra foi uma expressão e uma revelação do caráter de Deus. Durante esse tempo, quando a divindade de Deus foi realizada em um corpo comum de uma maneira que as pessoas podiam ver e tocar, elas não mais sentiam que Ele aparecia e desaparecia da percepção nem que elas não podiam se aproximar Dele. Pelo contrário, podiam tentar compreender as intenções de Deus ou entender Sua divindade por meio de cada movimento, por meio das palavras e por meio da obra do Filho do homem. O Filho do homem encarnado expressou a divindade de Deus por meio de Sua humanidade e transmitiu as intenções de Deus para a humanidade. E por meio da expressão das intenções e do caráter de Deus, Ele também revelou às pessoas o Deus que não pode ser visto nem tocado, que reside no reino espiritual. O que as pessoas viram foi o Próprio Deus em forma tangível, feito de carne e sangue. Assim, o Filho do homem encarnado tornou concretas e humanizadas coisas como a identidade, o status, a imagem e o caráter do Próprio Deus e o que Ele tem e é. Embora a aparência externa do Filho do homem tivesse algumas limitações em relação à imagem de Deus, Sua essência e o que Ele tem e é eram plenamente capazes de representar a identidade e o status do Próprio Deus — havia apenas algumas diferenças na forma de expressão. Não podemos negar que o Filho do homem representava a identidade e o status do Próprio Deus, tanto na forma de Sua humanidade e na Sua divindade. Durante essa época, porém, Deus operava por meio da carne, falava a partir da perspectiva da carne e Se postava diante da humanidade com a identidade e o status do Filho do homem, e isso deu às pessoas a oportunidade de encontrar e experimentar as palavras e a obra prática de Deus em meio à humanidade. Também permitiu que as pessoas tivessem uma percepção da Sua divindade e grandeza em meio à humildade, que ganhassem também uma compreensão e uma definição preliminar da autenticidade e da praticidade de Deus. Embora a obra concluída pelo Senhor Jesus, as Suas maneiras de operar e a perspectiva a partir da qual Ele falava diferissem da pessoa real de Deus no reino espiritual, tudo Nele representava verdadeiramente o Próprio Deus, que a humanidade nunca tinha visto — isso não pode ser negado! Ou seja, não importa sob que forma Deus apareça, não importa de que perspectiva Ele fale, ou com que imagem Ele encare a humanidade, Deus não representa nada além de Si Mesmo. Ele não pode representar nada de um humano nem nada da humanidade corrompida. Deus é o Próprio Deus, e isso não pode ser negado.

A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus III”

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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