A parábola da ovelha perdida

13 de Dezembro de 2018

Mateus 18:12-14 Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir buscar a que se extraviou? E, se acontecer achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos.

Essa passagem é uma parábola — que tipo de sentimento ela dá às pessoas? A maneira como a expressão — a parábola — é usada aqui é uma figura de linguagem na linguagem humana e, sendo assim, pertence ao escopo do conhecimento humano. Se Deus tivesse dito algo semelhante na Era da Lei, as pessoas teriam sentido que tais palavras não eram verdadeiramente consistentes com quem Deus era, mas quando o Filho do homem transmitiu essas palavras na Era da Graça, elas pareceram reconfortantes, calorosas e íntimas para as pessoas. Quando Deus Se tornou carne, quando Ele apareceu na forma de um homem, Ele usou uma parábola muito apropriada que vinha de Sua própria humanidade para expressar a voz do Seu coração. Essa voz representava a própria voz de Deus e a obra que Ele queria realizar naquela época. Também representava uma atitude que Deus tinha para com as pessoas na Era da Graça. Olhando a partir da perspectiva da atitude de Deus para com as pessoas, Ele comparou cada pessoa a uma ovelha. Se uma ovelha se perdesse, Ele faria qualquer coisa que fosse necessária para encontrá-la. Isso representava um princípio da obra de Deus naquele tempo em meio à humanidade, quando Ele estava na carne. Deus usou essa parábola para descrever a Sua determinação e a Sua atitude nessa obra. Essa era a vantagem de Deus Se tornar carne: Ele podia aproveitar o conhecimento da humanidade e usar a linguagem humana para falar com as pessoas e para expressar a Sua vontade. Ele explicou, ou “traduziu” para o homem a Sua profunda e divina linguagem, que as pessoas tinham dificuldade para compreender, em linguagem humana, de uma maneira humana. Isso ajudou as pessoas a compreender a Sua vontade e saber o que Ele queria fazer. Ele também podia ter conversas com as pessoas partindo do ponto de vista humano, usando a linguagem humana, e comunicar-Se com as pessoas de uma maneira que elas compreendiam. Podia até mesmo falar e operar usando a linguagem e o conhecimento humano, de modo que as pessoas pudessem sentir a bondade e a proximidade de Deus, pudessem enxergar o Seu coração. O que vocês veem nisso? Há alguma proibição nas palavras e ações de Deus? Do ponto de vista das pessoas, não há como Deus usar o conhecimento, a linguagem ou as maneiras de falar humanas para falar sobre o que o Próprio Deus queria dizer, a obra que Ele queria realizar, ou para expressar a Sua própria vontade. Mas isso é um pensamento errôneo. Deus usou esse tipo de parábola para que as pessoas pudessem sentir a realidade e a sinceridade de Deus e perceber a Sua atitude em relação às pessoas durante aquele período. Essa parábola despertou as pessoas que viviam sob a lei há muito tempo de um sonho e também inspirou gerações e gerações de pessoas que viviam na Era da Graça. Ao ler a passagem dessa parábola, as pessoas percebem a sinceridade de Deus em salvar a humanidade e entendem o peso e a importância atribuídos à humanidade no coração de Deus.

Vejamos a última sentença desta passagem: “Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos”. Seriam essas as próprias palavras do Senhor Jesus ou as palavras do Seu Pai celestial? Na superfície, parece que é o Senhor Jesus quem está falando, mas a Sua vontade representa a vontade do Próprio Deus, e é por isso que Ele disse: “Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos”. As pessoas naquela época só reconheciam o Pai celestial como Deus e acreditavam que essa pessoa que elas viam diante dos seus olhos era meramente enviada por Ele e não podia representar o Pai celestial. É por isso que o Senhor Jesus teve que acrescentar essa frase ao fim dessa parábola, para que as pessoas pudessem realmente sentir a vontade de Deus para a humanidade e sentir a autenticidade e a exatidão daquilo que Ele dizia. Embora essa frase tenha sido uma coisa simples de dizer, ela foi dita com cuidado e amor e revelava a humildade e a ocultabilidade do Senhor Jesus. Não importa se Deus Se tornou carne ou se Ele operava no mundo espiritual, Ele conhecia melhor o coração humano e entendia melhor o que as pessoas precisavam, sabia com o que as pessoas se preocupavam e o que as confundia, e é por isso que Ele acrescentou essa frase. Essa frase realçava um problema oculto na humanidade: as pessoas eram céticas quanto ao que o Filho do homem dizia; o que significa dizer que, quando o Senhor Jesus estava falando Ele teve que acrescentar: “Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos”, e somente com base nessa premissa poderiam as Suas palavras dar frutos, fazer as pessoas acreditarem em sua exatidão e melhorar a credibilidade delas. Isso mostra que, quando Deus Se tornou um Filho do homem comum, Deus e a humanidade tinham um relacionamento muito desconfortável, e a situação do Filho do homem era muito embaraçosa. Também mostra quão insignificante era o status do Senhor Jesus entre os humanos naquele tempo. Quando Ele disse isso, era, na verdade, para dizer às pessoas: vocês podem ficar tranquilos — essas palavras não representam o que está no Meu próprio coração, mas são a vontade do Deus que está no coração de vocês. Para a humanidade, isso não era algo irônico? Embora Deus operando na carne tivesse muitas vantagens que Ele não tinha na Sua pessoa, Ele teve que suportar as dúvidas e a rejeição das pessoas e também sua insensibilidade e entorpecimento. Podia-se dizer que o processo da obra do Filho do homem foi o processo de experimentar a rejeição da humanidade e experimentar sua competição contra Ele. Mais que isso, foi o processo de trabalhar para conquistar continuamente a confiança da humanidade e para conquistar a humanidade por meio daquilo que Ele tem e é, por meio da Sua própria essência. Não foi tanto como se o Deus encarnado estivesse travando uma guerra na terra contra Satanás; o que ocorreu foi que Deus Se tornou um homem comum e começou uma luta com aqueles que O seguem, e nessa luta o Filho do homem completou a Sua obra com Sua humildade, com aquilo que Ele tem e é e com Seu amor e sabedoria. Ele obteve as pessoas que queria, conquistou a identidade e status que merecia e “voltou” para o Seu trono.

A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus III”

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