Levantando diante do fracasso

10 de Outubro de 2020

Por Fenqi, Coreia do Sul

Antes de acreditar em Deus, fui educada pelo Partido Comunista Chinês e só pensava em me dar bem na vida e trazer honra à minha família. Depois, entrei na universidade e me tornei advogada. Eu sempre achei que estava muito acima das outras pessoas. Então, não importava aonde eu fosse, sempre tentava me exibir, esperando que os outros vissem tudo do meu jeito e agissem de acordo com o que eu dissesse. Na época, eu não percebia que isso era um caráter arrogante. Na verdade, eu me achava uma pessoa incrível. Depois que passei a acreditar em Deus, através da leitura da palavra de Deus Todo-Poderoso, finalmente reconheci meu próprio caráter arrogante e vi que eu não só tinha ambições e desejos, como também era autoimportante e hipócrita. Às vezes, quando eu falava ou agia, eu não conversava com ninguém e insistia em fazer tudo do meu jeito. Embora eu tenha alcançado algum entendimento sobre mim mesma, sentia que esses não eram problemas importantes. Lembro que uma vez li nas palavras de Deus: “Ter um caráter inalterado é estar em inimizade contra Deus”, e “Aqueles que são incompatíveis com Cristo certamente são oponentes de Deus”. Levei em conta essas palavras: “Ter um caráter inalterado é estar em inimizade contra Deus”. Então, e as pessoas de boa humanidade? Ou as pessoas que são obedientes a Deus? O caráter delas ainda precisa mudar? O que significa “mudança de caráter”? Eu achava que estava acreditando em Cristo, e Cristo é o Deus prático, então acreditar em Cristo não significaria obedecer a Cristo? Então, obedecer a Cristo significa ser compatível com Cristo. Principalmente quando pensei em como abri mão da minha carreira e da minha família, porque escolhi me despender por Deus, pensei: isso não é um sinal de que acredito em Cristo e sou compatível com Cristo? Mas, naquela época, eu não sabia que eu tinha que alcançar a mudança no meu caráter de vida para ser compatível com Cristo, então executei meus deveres somente por entusiasmo. Eu também não sabia o que era entrada na vida nem o que era mudança de caráter. Pode-se dizer que eu não tinha nenhuma experiência de vida. Quando finalmente alcancei o verdadeiro entendimento? Foi depois de passar por uma poda e um tratamento severos que refleti sobre mim e vi que a minha natureza era muito arrogante. Eu não sabia buscar a verdade nem me concentrar em praticar a palavra de Deus quando as coisas aconteciam comigo e não obedecia nada a Deus. Basicamente, dá para dizer que eu não era alguém compatível com Cristo. Depois de passar pela poda e o tratamento, finalmente alcancei uma apreciação verdadeira do que Deus queria dizer quando fala: “Ter um caráter inalterado é estar em inimizade contra Deus”.

Por acreditar em Deus, fui perseguida pelo governo do Partido Comunista Chinês, e fui forçada a sair do país em 2014. Depois de chegar no estrangeiro, meus irmãos e irmãs viram que eu me despendia com entusiasmo e era de bom calibre, então me elegeram líder da igreja e me recomendavam constantemente para participar de certos eventos e dar entrevistas na imprensa. Mas essas coisas se tornaram o meu capital. Eu já era arrogante, mas, com esse capital, me tornei insuportavelmente arrogante. Eu achava que a igreja não funcionaria sem mim e que meu trabalho era importante demais. Quando meus irmãos e irmãs queriam discutir comigo assuntos que eu achava muito insignificantes, eu não queria me incomodar e achava que eles estavam fazendo tempestade em copo d’água. Se insistissem em me perguntar, eu ficava irritada, pensando: “Por que está me perguntando coisas tão insignificantes? Vale a pena eu perder tempo? Resolva você”. E, se perguntassem mais, meu tom de voz imediatamente se tornava interrogativo e crítico, e eu dava lição de moral neles como se fosse superior. Na verdade, quando eu tratava meus irmãos e irmãs assim, eu mesma achava que era inapropriado. Eu achava que os estava magoando de alguma forma. Mas durante esse período, eu estava vivendo com aquele caráter arrogante e perdi toda a minha humanidade. Até aquele resquício de autocensura desapareceu. Era assim que eu agia no trabalho e na vida. Em tudo que eu fazia ao longo dos meus deveres, eu queria dar a última palavra. Quando eu discutia com meus irmãos e irmãs e ouvia opiniões ou sugestões de que eu não gostava, eu os repreendia na mesma hora sem nem pensar e menosprezava a opinião deles como se não valesse nada. Eu queria que tudo fosse exatamente como eu queria. E eu também raramente levantava questões no trabalho para discutir e resolver com os meus colegas, porque eu achava que, depois de realizar meus deveres por um tempo, eu tinha experiência o suficiente para resolver as coisas através de análise e estudo, e que meus colegas não estavam familiarizados com o trabalho, então eles não entendiam. Eu achava que, se eu falasse com eles, eles não conseguiriam acrescentar nada e nem entender as coisas melhor do que eu. Eu achava que passar pelo processo de discussão era só uma perda de tempo, que eu faria só por fazer. Então aos poucos parei de querer trabalhar com eles. Quando meus líderes vieram conhecer o meu trabalho, também fiquei irritada e não quis aceitar a supervisão nem as sugestões dos outros. Na época, achava que meu estado não estava certo. Meus irmãos e irmãs também me avisaram, dizendo: “Você é muito arrogante e autoimportante, não quer trabalhar com ninguém. Recusa-se a aceitar a supervisão e as sugestões dos outros nos seus deveres e no seu trabalho e não quer ninguém interferindo nele”. Esses avisos e essa ajuda dos meus colaboradores eram uma forma de poda e tratamento, mas eu os ignorei. Eu sentia que, mesmo sendo arrogante, mesmo não tendo alcançado muita entrada na vida nem nenhuma mudança, eu ainda estava realizando meus deveres, então não era um problema grave. Não levei a ajuda e os conselhos dos meus irmãos e irmãs a sério. Não dei muita importância. Achei que meu caráter arrogante, ou minha natureza satânica, não era algo que eu pudesse mudar do dia para a noite. Então pensei que seria um processo a longo prazo e que, naquele momento, eu deveria cuidar do meu trabalho e dos meus deveres.

Quando vivi com um caráter arrogante não significa que não senti nada. Na verdade, meu coração parecia vazio na época. Às vezes, depois de terminar um dever, eu refletia e me perguntava: “Enquanto estou agindo ou depois que termino, que verdades alcancei? Obtive entrada em quais princípios? O meu caráter de vida mudou de alguma forma?”. Mas nunca conquistei nada. Todo dia, eu lutava e me exauria para terminar meu trabalho. E, quando eu tinha muita coisa para fazer, ficava frustrada e irritada. Era como se qualquer coisinha pudesse me afetar a ponto de eu não conseguir me controlar. Quando eu orava a Deus, só orava por orar. Não tinha nada para dizer a Deus de coração. Não ganhava nenhuma iluminação nem esclarecimento depois de comer e beber as palavras de Deus. Na época, eu me sentia muito vazia e ansiosa. Quanto mais cumprisse meus deveres, mais longe eu ficava de Deus, e não conseguia senti-Lo no meu coração. Eu tinha medo de ser abandonada por Deus. Então corri para diante de Deus e orei: “Deus! Não consigo me salvar. E não consigo me controlar. Então peço que me salve”. Pouco tempo depois, a poda e o tratamento vieram até mim de repente.

Uma vez, quando um de meus líderes perguntou sobre o meu trabalho, ele descobriu um problema em como eu havia gasto o dinheiro da igreja. Descobriu que, quando eu decidi como gastar o dinheiro, eu não tinha discutido com os meus colegas nem com os líderes. Ele me disse: “Essa é uma questão de gastos da igreja. Por que não discutiu com seus colegas ou com os líderes? Esse é o tipo de decisão que se pode tomar sozinha?”. Senti que eu não tinha o que responder. Na época, eu não sabia mesmo como responder a ele. Eu não tinha ideia do porquê, pois nunca tinha pensado naquilo. Depois daquilo, comecei a refletir. Durante aquele período, por estar vivendo na minha natureza arrogante, eu não estava na minha razão normal. Eu não sabia que os meus deveres era Deus que tinha me encarregado e que eu devia tê-los executado de acordo com os princípios e ter buscado a verdade. Eu não sabia que eu tinha que ter discutido e decidido as coisas junto com os meus colegas e os líderes. Eu não tinha esse sentido, porque vivia dentro do meu caráter arrogante. Eu nem mesmo tinha a mínima consciência disso. Eu até achava que era uma coisa que eu entendia e que eu não precisava analisar ou buscar. Meu líder lidou comigo dizendo: “Você é arrogante e hipócrita, e não tem razão nenhuma. Essas ofertas foram dadas a Deus pelo povo escolhido Dele, e deviam ter sido gastas com sensatez e segundo os princípios. Agora as ofertas foram desperdiçadas, então temos que delegar a responsabilidade de acordo com os princípios”. Não respondi nada a ele, mas, por dentro, eu ainda achava que estava certa. Eu não tinha roubado as ofertas. Eu as tinha gasto ao longo da obra da igreja, então por que deveria ser responsabilizada?

Depois disso, meus líderes foram à igreja se reunir conosco, e comunicaram e analisaram o meu problema usando as palavras de Deus. Na época, também usei as palavras de Deus para explicar meu entendimento de mim mesma, mas, no meu coração, eu sabia que estava usando aquela comunhão sobre a palavra de Deus só para externar a resistência, a insatisfação e a incompreensão que foram se acumulando no meu coração. Eu sentia que tinha trabalhado duro apesar de não ser reconhecida. Meus líderes viram que eu não tinha nenhum entendimento verdadeiro da minha própria natureza, então, depois de buscar o consentimento dos meus irmãos e irmãs, me destituíram do cargo de líder da igreja. Não senti muito arrependimento naquele momento, na verdade. Mas, depois daquilo, os líderes começaram a analisar os detalhes de cada gasto e, durante aquele processo, finalmente percebi que havia mesmo alguns problemas. As perdas se acumulavam, e o valor aumentava, ficando muito além do que eu podia pagar, então comecei a ficar com medo. Me lembrei das minhas decisões de gastar aquele dinheiro e da minha atitude negligente e indiferente, e comecei a me arrepender de verdade e a me odiar. Eu nunca tinha imaginado que confiar na minha própria natureza satânica em meus deveres poderia causar tantas perdas para a igreja! Diante dos fatos, eu só podia abaixar a cabeça, que eu antes mantinha tão erguida. O que eu mais queria era dar um tapa no meu próprio rosto. Eu não acreditava que tinha feito aquelas coisas.

Depois daquilo, escutei um sermão. “Hoje em dia, há líderes e obreiros que creem em Deus há 10 ou 20 anos. Mas, por que eles não praticam mesmo um pouco da verdade e fazem as coisas de acordo com a própria vontade? Eles não percebem que as noções e fantasias deles não são a verdade? Por que eles não buscam a verdade? Eles se despendem incansavelmente, realizando seus deveres do nascer ao pôr do sol sem medo de trabalhar e se cansar, mas, ainda assim, por que lhes falta princípios após tantos anos crendo em Deus? Eles realizam seus deveres de acordo com as próprias ideias, fazendo o que querem. Às vezes fico chocada quando vejo o que fazem. Normalmente eles parecem ser bons. Não são malfeitores e falam bem. É difícil acreditar que são capazes de coisas tão absurdas! Em assuntos tão importantes, por que eles não buscam nem pedem conselhos? Por que insistem em fazer tudo do jeito deles e sempre dar a última palavra? Isso não é o caráter satânico deles? Quando cuido de coisas importantes, costumo conversar com Deus, buscar e pedir ajuda a Ele. Às vezes Deus diz coisas que diferem das minhas fantasias, mas tenho que obedecer e fazer as coisas do jeito Dele. Em assuntos importantes, não ouso agir pelas minhas próprias ideias. O que aconteceria se eu errasse? É melhor deixar Deus determinar as coisas. Esse nível básico de reverência a Deus é algo que todos os líderes e obreiros devem ter. Mas descobri que alguns líderes e obreiros são muito impertinentes. Eles exigem fazer tudo do seu próprio jeito. Qual é o problema aqui? É muito perigoso quando os nossos caracteres não mudam… Por que a casa de Deus estabelece grupos de decisão? Um grupo de decisão consiste simplesmente em várias pessoas que discutem, investigam e decidem questões juntas para evitar grandes erros ou perdas. Mas algumas pessoas evitam os grupos de decisão e fazem as coisas como querem. Elas não são o diabo Satanás? Todos que ignoram grupos de decisão e fazem as coisas do seu jeito são o diabo Satanás. Não importa o grau de liderança. Se ignoram grupos de decisão, não enviam os planos para serem aprovados ou agem sozinhos, eles são o diabo Satanás e devem ser eliminados e expulsos” (“Sermões e comunhão sobre a entrada na vida”). Cada palavra do sermão penetrou meu coração. Ele expôs completamente minha condição. Especialmente quando ouvi no sermão que que pessoas assim são o diabo Satanás e que devem ser eliminadas e expulsas, fiquei muito abalada. Senti que tinha sido condenada à morte. Pensei: “Já era. Eu nunca vou ser salva. É o fim da minha vida como crente em Deus, minha crença em Deus acabou”. Na hora, fiquei com muito medo. Sempre senti que Deus tomava conta de mim. Eu tinha uma boa educação, um emprego. Meus deveres na casa de Deus eram muito importantes, e meus irmãos e irmãs me admiravam. Então sempre me vi como alguém especial para Deus. Eu achava que era a pessoa certa para ser treinada na casa de Deus. Nunca imaginei que seria odiada e eliminada por Deus, porque eu tinha ofendido o caráter Dele. A partir daquele momento, comecei a sentir que o caráter de Deus é justo e não tolera nenhuma ofensa, que a casa de Deus é comandada pela verdade e pela justiça, e que ela nunca permite que alguém aja com maldade. Na igreja, devemos realizar nossos deveres de acordo com princípios e buscar a verdade, e não simplesmente fazer o que quisermos e agir do nosso jeito. Eu achei que, como causei um desastre e gastei deliberadamente as ofertas da igreja, eu tinha ofendido o caráter de Deus, e ninguém poderia me salvar. Eu só precisava esperar para ser eliminada pela casa de Deus.

Nos dias seguintes, todo dia, quando eu acordava, sentia um instante de terror. Fiquei tão deprimida, que não tinha nem forças para levantar da cama. Sentia que não sabia pra onde eu iria, que o erro que eu tinha cometido era tão grande, que ninguém poderia me salvar. Só podia ficar diante de Deus, orar e dizer a Ele o que sentia no meu coração. Eu disse a Deus: “Deus, eu errei. Nunca pensei que as coisas acabariam assim. No passado, eu não O conhecia e não O reverenciei em meu coração. Na Sua presença, fui arrogante, hipócrita, cometi erros e agi sem razão. Então hoje me submeto a essa poda, tratamento, castigo e julgamento. Eu vejo Seu caráter justo. Quero obedecer e aprender lições desta situação. Eu imploro a Ti, Deus, que não me abandones, pois não posso ficar sem Ti”. Nos outros dias, continuei orando assim. Numa manhã, ouvi um louvor das palavras de Deus. “Você precisa ter este tipo de entendimento toda vez que algo acontecer: ‘Aconteça o que acontecer, tudo faz parte de eu alcançar o meu objetivo e é o agir de Deus. Existe fraqueza em mim, mas não serei negativo. Agradeço a Deus pelo amor que Ele me concede e por arranjar esse ambiente para mim. Não devo abandonar meu desejo e minha resolução; desistir seria equivalente a ceder a Satanás, equivalente à autodestruição e equivalente a trair a Deus’. Esse é o tipo de mentalidade que você precisa ter. Não importa o que os outros digam ou como ajam, não importa como Deus trate você, sua determinação não deve hesitar(Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “A necessária resolução de buscar a verdade”). Quando ouvi este louvor das palavras de Deus, senti que encontrei uma esperança de me salvar. Eu cantei várias vezes. Quanto mais cantava, mais a força surgia no meu coração. Percebi que fui exposta, podada e tratada assim, porque Deus queria que eu me conhecesse, para que eu me arrependesse e mudasse, e não porque queria me expulsar e me eliminar. Mas eu não conhecia Deus, eu O entendia errado e me resguardava contra Ele. Então vivi em um estado negativo de total desespero, porque achava que Deus não me queria. Mas, naquele dia, vi a palavra de Deus e percebi que a vontade Dele não era o que eu imaginava. Deus sabia que a minha estatura espiritual era muito imatura e Ele sabia que eu me tornaria negativa e fraca nessas circunstâncias, até abandonaria a minha determinação de buscar a verdade. Então Deus usou as palavras Dele para me consolar e me encorajar, me fazer perceber que as pessoas sempre devem buscar a verdade, não importa as circunstâncias. Quando falhamos e caemos, ou quando somos podados e tratados, tudo isso são passos necessários no processo de sermos salvos. Enquanto pudermos refletir e nos conhecer, nos arrepender e mudar, depois de passarmos por esses passos, teremos crescimento na vida. Quando compreendi isso, eu já não entendia Deus tão errado, não me resguardava tanto contra Ele. Senti que, não importa o que Deus planejou ou arranjou, tudo foi benéfico para mim, e que Deus estava se responsabilizando pela minha vida. Então eu tomei coragem e me preparei para encarar tudo que viesse a acontecer.

Depois, também me acalmei e refleti mais uma vez. Por que falhei e caí tão gravemente? Qual foi a raiz do meu fracasso? Só depois que li a palavra de Deus, finalmente entendi. A palavra de Deus diz: “Se você realmente possui a verdade em seu interior, a senda que trilhar será naturalmente a correta. Sem a verdade, é fácil praticar o mal, e você o praticará a despeito de si mesmo. Por exemplo, se arrogância e presunção existissem dentro de você, você acharia impossível abster-se de desafiar Deus; você se sentiria compelido a desafiá-Lo. Não faria isso de propósito; você o faria sob o domínio de sua natureza arrogante e vaidosa. Sua arrogância e vaidade fariam com que você desprezasse a Deus e O visse como um ser sem importância; fariam você se exaltar, colocar-se constantemente na vitrine e, finalmente, fariam você se sentar no lugar de Deus e dar testemunho de si mesmo. No fim, você transformaria as próprias ideias, os próprios pensamentos e as próprias noções em verdades a serem adoradas. Veja quanto mal é feito pelas pessoas sob o domínio da natureza arrogante e vaidosa delas! Para resolver seus atos maus, elas precisam primeiramente resolver o problema da sua natureza. Sem uma mudança no caráter, não seria possível trazer uma resolução fundamental para esse problema(Extraído de ‘Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). No passado, admitia minha própria arrogância teoricamente, mas não tinha nenhum entendimento verdadeiro da minha própria natureza, então ainda me admirava, vivendo dentro das minhas noções e fantasias. Eu sentia que era arrogante pois era qualificada para isso. Por isso que, quando meus irmãos e irmãs podavam e lidavam comigo e tentavam me ajudar, eu ignorava. Eu desprezava totalmente. Mas, quando li essas palavras de Deus, finalmente entendi que a minha natureza arrogante e presunçosa era a raiz da minha rebeldia e resistência a Deus. Era um caráter satânico clássico. Quando as pessoas vivem em uma natureza tão arrogante e presunçosa, fazer o mal e resistir a Deus se torna involuntário. Refleti em como sempre me senti superior desde que passei a ser líder da igreja. Eu achava que podia fazer qualquer coisa, que eu era melhor do que todo mundo, e queria que tudo fosse do meu jeito. E não só isso, queria controlar e liderar o trabalho do meu grupo todo e que meus irmãos e irmãs fizessem as minhas vontades. Nunca pensei se meus pensamentos e decisões estavam certos ou se eram tendenciosos, ou se podiam causar perdas para a obra da igreja até ouvir o irmão do alto disse em seu sermão que, quando acontecia alguma coisa com ele, ele perguntava a Deus, porque tinha medo de errar, e que ele só agia depois de ter uma resposta clara de Deus. O irmão do alto é alguém que possui a verdade, que tem um coração temente a Deus e que age de acordo com o princípio. Ainda assim ele não ousa confiar inteiramente em si. Quando algo acontece com ele, ele consulta Deus e permite que Deus decida. Um líder da igreja, mais do que ninguém, precisa buscar a verdade em tudo. Mas eu não busquei Deus nem tive um coração temente a Deus. Quando as coisas aconteciam comigo, eu confiava nas minhas noções e fantasias para me guiarem e tratei minhas próprias ideias como a verdade. Eu me considerava elevada e importante. Isso não é um caráter satânico clássico? Eu era como o arcanjo que queria estar no mesmo nível de Deus. E isso ofendeu seriamente o caráter de Deus! Quando finalmente entendi essas coisas, senti que minha natureza arrogante e presunçosa era horripilante. Ela me fazia viver sem sentido, me fazia machucar as pessoas e ofender a Deus com minhas ações, e viver como um monstro. Mas Deus é justo. Como Deus permitiria que alguém como eu, cheia de caracteres satânicos, saísse por aí descontroladamente atrapalhando a obra da casa de Deus? Então eu mereci ser dispensada da minha posição de liderança. Eu que causei aquilo. Percebi que, durante todos os anos em que acreditei em Deus, confiei nos meus dons, minhas noções e fantasias para fazer meu trabalho, e raramente busquei a verdade. Então, depois de todo aquele tempo, fiquei quase sem a realidade da verdade, estava espiritualmente empobrecida e digna de pena. Eu pensei: por que não consigo buscar a verdade? Por que sempre penso que minhas ideias e julgamentos estão certos? Isso provou que não tinha lugar para Deus no meu coração e muito menos que eu tinha um coração temente a Deus. Hoje, ter sido exposta por Deus no meu dever é um lembrete e um aviso Dele para mim. Se eu não tivesse mudado, meu fim seria ter sido eliminada e mandada para o inferno. Quando eu entendi essas coisas, senti que o julgamento, o castigo, a poda e o tratamento de Deus na verdade, são o amor e a proteção Dele pelo povo, e as boas intenções Dele estão por trás de tudo. Deus julga e castiga as pessoas não porque as odeia, mas, para salvá-las da influência de Satanás e de seus próprios caracteres satânicos. Depois que entendi isso, senti que já não entendia Deus tão errado, que eu não levantava tanto minha guarda contra Ele. Também senti que, independentemente das circunstâncias em que Deus me colocasse no futuro, a soberania e os arranjos Dele estariam por trás de tudo, e eu desejava obedecer a tudo.

Meus deveres ainda tinham pendências a serem resolvidas, e achei que aquilo era Deus me dando uma chance de me arrepender, então resolvi realizar aquele último dever muito bem. Depois disso, no cumprimento de meus deveres, quando discutia o trabalho com meus irmãos e irmãs, não ousava mais confiar no meu caráter arrogante, achando que estava certa e fazendo todo mundo me ouvir. Mas deixava meus irmãos e irmãs expressarem suas opiniões e finalmente decidia o que fazer ao levar em consideração as ideias de todos. É claro, quando nossas opiniões divergiam, eu ainda podia ser arrogante e hipócrita, me atendo aos meus pontos de vista, indisposta a aceitar as opiniões e conselhos dos outros. Mas eu me lembrava de como falhei, caí, fui podada e tratada, e então sentia medo e ia para diante de Deus para orar. Eu renunciava a mim mesma conscientemente, depois buscava a verdade e os princípios com um coração temente a Deus junto com os irmãos e irmãs. Me senti muito segura exercendo meus deveres assim, e as nossas decisões podiam ser avaliadas. E, quando eu me juntava aos meus irmãos e irmãs, via que algumas das minhas ideias eram parciais. Comunicar com os meus irmãos e irmãs e me aprofundar nas coisas, pelo menos para mim, em assuntos da verdade, de princípios e de percepções, foi extremamente útil. Principalmente quando vi como, quando as coisas aconteciam aos meus irmãos e irmãs, eles oravam a Deus, buscavam e comunicavam, e não confiavam em si mesmos levianamente. Me perguntei por que não busquei a verdade, e como confiei em mim mesma tão facilmente! Vi que a minha arrogância e presunção me tornavam capaz de qualquer coisa. Eu estava profundamente corrompida por Satanás e não era melhor que os irmãos e irmãs. Foi só depois disso que percebi que posso ter tido um pouco mais de conhecimento do que eles, mas, no fundo do meu espírito, não podia nem me comparar a eles. Meu coração era menos temente a Deus do que o deles. Nisso, meus irmãos e irmãs estavam bem além de mim. Quando vi isso, percebi que cada um de meus irmãos e irmãs tinha suas qualidades, e isso era diferente de como eu os via no passado. Senti que meus irmãos e irmãs eram, na verdade, melhores do que eu, e que eu não tinha por que ser arrogante, então comecei a abaixar a cabeça. Então consegui me dar bem com meus irmãos e irmãs e trabalhar bem com eles. Quando terminei meu trabalho, esperei calmamente pela decisão da igreja sobre o que fazer comigo. Eu nunca imaginei que o líder me diria que eu poderia continuar a cumprir meus deveres porque eu ainda era capaz de continuar com as coisas e cumprir meus deveres após ser podada e tratada e obter algum entendimento de mim mesma. Ele também apontou alguns problemas no desempenho dos meus deveres. Quando o ouvi dizer que eu poderia continuar a cumprir meus deveres, naquele momento, eu só conseguia agradecer a Deus. Eu senti que, depois de passar por aquilo, depois de ser exposta, depois de passar por toda a poda e tratamento tão profundos, eu finalmente havia entendido a minha natureza satânica. Mas o preço foi muito alto. Porque eu confiei no meu caráter satânico corrupto para cumprir meus deveres, causei perdas para a igreja e, de acordo com os princípios, eu devia ter sido punida. Mas Deus não me tratou de acordo com as minhas transgressões, mas me deu a chance de retomar meus deveres. Eu vivi pessoalmente a misericórdia e a tolerância incríveis de Deus!

Toda vez que me lembro dessa experiência, me arrependo pelas perdas que causei à igreja, porque confiei na minha natureza satânica ao realizar meus deveres. E também concordo totalmente com as palavras de Deus: “Ter um caráter inalterado é estar em inimizade contra Deus”. Mas, mais do que isso, sinto que o castigo, o julgamento, a poda e o tratamento de Deus são a maior proteção e o mais sincero amor de Deus pela humanidade corrompida!

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