Posso encarar minhas deficiências com calma

05 de Julho de 2024

Por Zhao Chen, China

Falo com gagueira desde que me lembro. Normalmente isso não era tão ruim, mas sempre que havia muitas pessoas por perto, eu ficava nervosa e começava a gaguejar quando falava. Quando meus pais viam que minha fala não estava fluente, eles diziam: “Você não consegue falar mais devagar? Ninguém quer interromper você”. Isso era um golpe na minha autoestima, então eu perdia a vontade de falar. Depois que comecei a estudar, também foi assim. Quando o professor fazia perguntas e me pedia para responder, eu ficava nervosa e não conseguia responder às perguntas para as quais sabia a resposta, e minha gagueira se agravou. Isso fazia com que os outros alunos imitassem minha fala. Quando estava no ensino fundamental, eu era a líder da turma. Certa vez, vi que o professor havia chegado. Fiquei nervosa e, quando pedi que todos se levantassem, gaguejei novamente. Depois de ouvir isso, meus colegas de classe e o professor ficaram rindo de mim. Eu sentia que não tinha onde me esconder e, se pudesse, acharia um buraco para entrar. Por causa de meus sentimentos de inferioridade, eu quase nunca saía de casa e quase não falava. Depois que comecei a crer em Deus, os irmãos viram que eu tinha um problema de gagueira e não comunicava muito, então eles me encorajaram, dizendo: “Não se preocupe com sua gagueira. Apenas fale um pouco mais devagar; não há problema, desde que possamos entender”. Com o incentivo dos irmãos, comecei a praticar a comunhão. Aos poucos, fui me familiarizando mais com os irmãos e não ficava tão nervosa ao falar. Naquela época, tive uma sensação de alívio e liberdade que nunca havia tido antes.

Mas notei que, ao nos reunirmos e comunicarmos, os irmãos frequentemente me perguntavam: “O que você disse? Não entendi. Você poderia repetir mais uma vez?”. Nas primeiras vezes, não dei muita importância a isso, mas ao ouvi-los me dizer isso com frequência, tive medo de que me desprezassem, que dissessem que eu já era adulta, mas ainda gaguejava, e que nem conseguia falar claramente. Eu ficava muito nervosa quando comunicava e, por isso, a gagueira piorou ainda mais. Isso me constrangia muito, e eu tinha medo de que os irmãos pensassem que eu era inútil, que era um lixo que não servia para nada. Por isso, passei a não querer mais falar quando ia às reuniões. Tinha medo de que os irmãos dissessem que eu não estava falando claramente e que eles não me entendessem. Uma vez, quando estávamos numa reunião comendo e bebendo as palavras de Deus, ganhei algum conhecimento e quis me comunicar. As palavras já estavam na ponta da língua, mas assim que lembrei da gagueira, não ousei comunicar. Eu me sentia como uma alienígena. Os irmãos conseguiam pronunciar suas palavras com clareza, mas e eu? Eu não conseguia nem falar com clareza; será que Deus ainda iria quer alguém assim? Aos poucos, fui ficando cada vez menos disposta a falar durante as reuniões. No passado, eu havia ganhado alguma luz comendo e bebendo as palavras de Deus, mas agora eu não conseguia comunicar nada disso. As reuniões demoravam a terminar, e eu não obtinha nenhum ganho ou prazer com elas. Em cada reunião parecia que eu estava num cadafalso para uma execução. Durante as reuniões, eu só me comunicava se fosse necessário, e se realmente não conseguisse me livrar daquilo, eu apenas comunicava algumas palavras com relutância. Eu me sentia extremamente reprimida e angustiada, e até reclamava de Deus e O interpretava mal, pensando: “Por que as outras pessoas falam com tanta clareza e fluência, enquanto eu, além de não ser fluente, também gaguejo? Como posso falar com fluência como os outros irmãos para que outras pessoas não zombem de mim?”.

Tempos depois, na eleição da igreja, os irmãos me escolheram para ser líder. Pensei comigo mesma: “Se eu desempenhar deveres de liderança, vou interagir com mais pessoas. Isso não significa que mais irmãos saberão do meu problema de gagueira? Esqueça, não posso fazer isso; não quero continuar me envergonhando”. Com isso, rejeitei o dever. Mais tarde, meu líder se comunicou comigo e, a contragosto, finalmente eu concordei. Mas por causa da minha gagueira, eu sempre me sentia um pouco inferior aos irmãos, e vivia em negatividade, incapaz de me libertar. Todo dia, eu me sentia lenta feito um bicho-preguiça. Eu não conseguia ter energia durante as reuniões e não tinha disposição para me comunicar. Às vezes, quando os irmãos enfrentavam dificuldades, eu entendia em meu coração como deveriam resolvê-las, mas tinha medo de começar a gaguejar quando falasse e que eles me desprezassem, por isso, não queria me comunicar. Eu simplesmente contava os problemas à irmã que era minha parceira e pedia que ela os resolvesse. Uma irmã viu que eu não comunicava nas reuniões e me perguntou o que havia de errado, e contei a ela sobre meu estado de inferioridade por causa da minha gagueira. Essa irmã me incentivou, dizendo: “Todos têm suas deficiências, porém, elas não afetam nossa busca pela verdade. Sua gagueira é causada por nervosismo. Confie mais em Deus quando estiver falando e não fique ansiosa. Se você falar um pouco mais devagar, os irmãos conseguirão entender”. Ao ouvir as palavras dessa irmã, senti-me um pouco mais confortada. Deus havia usado essa irmã para me ajudar, e eu não deveria continuar sendo negativa por causa da minha gagueira. Eu estava disposta a reverter meu estado e enfrentar minhas deficiências do jeito certo.

Mais tarde, outras irmãs também se comunicaram comigo. Percebi que ficava nervosa ao interagir com os outros porque tinha medo de que as pessoas dissessem que eu não me comunicava bem. Tudo isso era causado por eu me preocupar demais com passar vergonha. Coloquei meu estado diante de Deus e orei, pedindo a Ele que me guiasse para entender esse meu problema. Um dia, durante meu devocional espiritual, li uma passagem das palavras de Deus: “Em vez de buscar a verdade, a maioria das pessoas tem objetivos mesquinhos próprios. Para elas, seus interesses, reputação e o lugar ou posição que ocupam na mente dos outros são de grande importância. São as únicas coisas que elas prezam. Elas se agarram a essas coisas com mãos de ferro e as consideram como a própria vida. E como elas são vistas ou tratadas por Deus é de importância secundária; por ora, ignoram isso; por ora, só consideram se são o chefe do grupo, se as outras pessoas as admiram, e se suas palavras têm peso. Sua primeira preocupação é ocupar essa posição. Quando estão num grupo, quase todas as pessoas procuram esse tipo de posição, esses tipos de oportunidades. Quando são muito talentosas, é claro que querem ser o chefão; se sua capacidade é mediana, ainda assim elas vão querer ocupar uma posição mais alta no grupo; e quando ocupam uma posição baixa no grupo, tendo calibre e habilidades medianos, elas também querem que os outros as admirem, não querem que os outros as menosprezem. É em sua reputação e dignidade que essas pessoas definem o limite: elas têm de se agarrar a essas coisas. Elas podem não ter integridade, e não ter nem a aprovação nem a aceitação de Deus, mas elas não podem absolutamente perder o respeito, o status ou a estima que se esforçaram para ter entre os outros — que é o caráter de Satanás. Mas as pessoas não estão cientes disso. Elas acreditam que devem se agarrar a esse pouquinho de reputação até o fim. Elas não estão cientes de que somente quando essas coisas vãs e superficiais forem totalmente abandonadas e deixadas de lado elas se tornarão uma pessoa real. Se a pessoa guarda como a própria vida essas coisas que deveriam ser descartadas, sua vida já está perdida. Elas não sabem o que está em jogo. E assim, quando agem, elas sempre retêm algo, sempre tentam proteger seu status, sua reputação, colocam-nos em primeiro lugar, só falam em prol de seus fins, em sua defesa espúria. Tudo que fazem é para si mesmas. Correm na direção de tudo que brilha, informando a todos que fizeram parte disso. Na verdade, isso não teve nada a ver com elas, mas elas nunca querem ficar em segundo plano, sempre temem que as outras pessoas as menosprezem, sempre temem que as outras pessoas digam que elas não são nada, que não são capazes de nada, que não têm habilidades. Tudo isso não é guiado por seus caracteres satânicos? Quando for capaz de largar coisas como reputação e status, você será muito mais relaxado e livre; você terá embarcado na senda de ser honesto. Mas, para muitos, não é fácil alcançar isso. Quando a câmera aparece, por exemplo, as pessoas correm para a frente; gostam de ter seu rosto na câmera, quanto mais cobertura melhor; têm medo de não receber cobertura suficiente e pagarão qualquer preço para a chance de recebê-la. E tudo isso não é guiado por seus caracteres satânicos? Esses são seus caracteres satânicos. Então, você recebe cobertura — e daí? As pessoas o admiram — e daí? Elas o idolatram — e daí? Alguma dessas coisas prova que você tem a verdade realidade? Nada disso possui qualquer valor. Quando você conseguir superar essas coisas — quando se tornar indiferente a elas e deixar de sentir que elas são importantes, quando a reputação, a vaidade, o status e a admiração das pessoas não mais controlarem seus pensamentos e seu comportamento e menos ainda como você cumpre seu dever — então o desempenho do seu dever se tornará mais eficiente e cada vez mais puro(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Ao ver a revelação de Deus, entendi que, independentemente do calibre, todos querem ocupar um lugar no coração das pessoas e ninguém quer ser desprezado. Mesmo eu tendo um problema de gagueira, não queria que as pessoas me desprezassem. Por eu não falar claramente, quando os irmãos me perguntavam o que eu havia dito durante minha comunhão, eu achava que eles estavam me desprezando. Isso fazia eu me sentir inferior, e cheguei a ficar tão negativa que não queria mais desempenhar meu dever. Eu me importava demais com passar vergonha! Desde os primeiros anos de vida, recebendo a orientação de meus pais e a educação da escola, os venenos satânicos “as pessoas precisam de seu orgulho assim como uma árvore precisa de sua casca” e “um homem deixa seu nome onde quer que passe, assim como um ganso deixa seu grito onde quer que voe” tinham criado raízes em meu coração. Isso me fez acreditar erroneamente que as pessoas devem proteger seu orgulho e não permitir que os outros as desprezem. Quando eu interagia com não crentes, eles riam de mim por causa da minha gagueira. Para não ser desprezada pelos outros, eu não saía de casa e só falava quando necessário. Mesmo que eu falasse, seriam apenas algumas frases, ou eu apenas sorria e acenava com a cabeça. Se começasse a gaguejar ao interagir com os irmãos, eu especulava em minha cabeça, pensando: “O que vão pensar de mim? O que dirão sobre mim?”. Eu sempre achava que todos me desprezavam, e vivia muito angustiada e reprimida. Ao comer e beber as palavras de Deus, ganhei um pouco de compreensão e entendimento, mas tinha medo de gaguejar ao me comunicar e que os irmãos me desprezassem, por isso eu não me comunicava. Além disso, sem demonstrar razão, exigia que Deus removesse meu problema de gagueira, e até usava isso como desculpa para não desempenhar meu dever. Quando os irmãos tinham dificuldades, eu não me comunicava nem os ajudava a resolvê-las; não tinha cumprido os deveres que um ser criado deveria cumprir. Eu não tinha razão alguma; estava me antagonizando e me rebelando contra Deus. Mesmo que os outros tivessem grande consideração por mim, e eu tivesse uma reputação extraordinária, o que aconteceria depois? Isso não mudaria meu caráter de vida, e só faria eu me preocupar com a forma como as coisas afetavam meu prestígio e me afastaria ainda mais de Deus. No final, Deus me detestaria, rejeitaria e me eliminaria. Ao reconhecer que proteger meu orgulho me traria um grande prejuízo, deixei de considerar o que os irmãos pensavam de mim. Só pensava em como desempenhar bem o dever.

Um dia, li uma passagem das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Em algumas situações, existem problemas que você não consegue superar, como ficar facilmente nervoso ao falar com outras pessoas. Você pode ter as próprias ideias e pontos de vista diante das situações, mas não consegue expressá-los com clareza. Sente-se particularmente nervoso quando há muitas pessoas presentes; você fala de forma incoerente e sua boca treme. Alguns de vocês até gaguejam; para outros, se houver membros do sexo oposto presentes, vocês são ainda menos capazes de se articular, simplesmente não sabem o que dizer ou o que fazer. Tal situação é fácil de ser superada? (Não.) Pelo menos em curto prazo, não é fácil para você superar esse problema porque ele faz parte de sua condição inata. Se depois de vários meses praticando você ainda ficar nervoso, o nervosismo se transforma em pressão, o que o afeta negativamente, fazendo com que você tenha medo de falar, de conhecer pessoas, de participar de reuniões ou de dar sermões, e esses temores podem derrotá-lo; nesses casos, você não precisa tentar superar essa dificuldade. […] Portanto, se você não conseguir superar esse problema em curto prazo, não se preocupe com ele, não lute contra ele e não se desafie. É claro que, mesmo que não consiga superar o problema, você não deve ficar negativo. Mesmo que você nunca consiga superá-lo em sua vida, Deus não o condenará, pois isso não é uma manifestação de seu caráter corrupto. Seu medo do palco, seu nervosismo e temor, essas manifestações não refletem seu caráter corrupto; sejam elas inatas ou causadas pelo ambiente em um momento posterior na vida, no máximo são um defeito, uma falha de sua humanidade. Se você não conseguir mudar isso em longo prazo, ou mesmo em uma vida inteira, não fique pensando nisso, não deixe que isso o constranja, nem se torne negativo por causa disso, pois esse não é seu caráter corrupto; não adianta tentar mudá-lo ou lutar contra ele. Se não conseguir mudá-lo, então aceite-o, deixe-o existir e trate-o corretamente, pois você pode coexistir com esse defeito, essa falha; isso não afeta sua crença em Deus, nem o fato de você seguir a Deus. Desde que possa aceitar a verdade, você ainda pode viver normalmente, ainda pode ser salvo; isso não afeta sua aceitação da verdade nem sua salvação. Por isso, você não deve ficar constrangido com frequência por determinado defeito ou falha em sua humanidade, nem deve se tornar negativo e desanimado com frequência, ou até desistir de seu dever e de buscar a verdade, perdendo a chance de ser salvo, pelo mesmo motivo. Não vale a pena mesmo; isso é o que uma pessoa tola e ignorante faria(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade II, “Como buscar a verdade (3)”). Eu era exatamente como as palavras de Deus diziam. Durante toda a minha vida, por causa do meu problema de gagueira, eu ficava ansiosa sempre que estava perto de muitas pessoas, o que causava minha gagueira. Quando as pessoas me desprezavam, isso prejudicava minha autoestima, e eu queria deixar de ser gaga usando meios próprios. Mas as coisas não saíam como eu queria, o que me fazia ficar cada vez mais negativa e, no final, eu nem queria desempenhar meu dever. Eu até reclamava que Deus não me ajudava a resolver meu problema de gagueira. Agora, eu entendo que eu nasci com gagueira e não posso superá-la só porque eu quero. A gagueira não é motivo de preocupação, não é um caráter corrupto e não interfere na minha busca pela verdade. É só uma deficiência que tenho e está bem, desde que a considere corretamente. Se os irmãos não entenderem o que digo e fizerem uma sugestão, devo encarar isso com calma e repetir o que eu disse ou falar mais devagar. Minha gagueira não deve me tornar tão negativa a ponto de eu não desempenhar meu dever. Resumindo, as pessoas não precisam se preocupar com suas deficiências. Elas devem superá-las se puderem e, se não puderem, devem enfrentar o problema com calma, continuar a se comunicar e desempenhar seu dever de forma adequada. Não precisam se constranger por causa da gagueira. No passado, eu não conseguia considerar a questão da gagueira corretamente. Eu acreditava que ser gaga significava que eu não servia para nada e era um desperdício de espaço, que eu não conseguia desempenhar meu dever, e que Deus não queria uma pessoa como eu. Mas durante todo esse tempo, a igreja nunca me privou do direito de desempenhar meu dever por causa da gagueira. Era eu que não conseguia considerar essa deficiência corretamente, ficando sempre em desacordo com isso. Quando não conseguia superá-la, eu ficava negativa e reclamava. Na verdade, quando eu não tentava deliberadamente não gaguejar e falava um pouco mais devagar, os irmãos conseguiam me entender e eu conseguia desempenhar meu dever normalmente. Não era nada do que eu imaginava, que não podia cumprir meu dever por causa da minha gagueira. Durante toda a minha vida, meu problema de gagueira sempre me afetou. Meus colegas de classe riam de mim e meus pais não gostavam de mim. Tudo que recebia era indiferença e preconceito, e vivia com a autoestima muito baixa. Mas depois que comecei a crer em Deus, Ele usou os irmãos para me ajudar e me encorajar, e usou Suas palavras para me guiar quando eu ficava negativa e sofria, permitindo que eu saísse dessa negatividade. Agora entendo profundamente, por experiência própria, que Deus é quem mais ama o homem. Mas eu sempre reclamava de Deus e não O compreendia; eu tinha uma dívida enorme para com Ele. Pensando nisso, eu me apresentei a Deus e orei: “Deus! Aprendi com Tuas palavras que ter deficiências não é motivo de preocupação, nem significa que eu não possa desempenhar meu dever. Estou disposta a considerar minhas deficiências com uma mentalidade calma, submetendo-me às Tuas orquestrações e arranjos, desempenhar bem meu dever e satisfazer-Te”.

Um dia, durante meu devocional espiritual, li duas passagens das palavras de Deus: “As pessoas deveriam largar essas noções e imaginações sobre a obra de Deus. Em termos específicos, como isso deve ser praticado? Não busque dons ou talentos elevados e não busque mudar o próprio calibre ou instintos, mas, em vez disso, de acordo com seu calibre, habilidades, instintos existentes e assim por diante, desempenhe seu dever conforme as exigências de Deus e faça cada coisa conforme o que Deus pede. Deus não exige o que está além de suas habilidades ou calibre — você também não deveria, por si mesmo, dificultar as coisas. Deveria dar o máximo de si com base no que sabe e no que pode alcançar, e praticar de acordo com o que suas condições permitirem(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade II, “Como buscar a verdade (3)”). “Se a razão que sua humanidade tem é normal, você deve se permitir ter defeitos e falhas; aceitá-los é perdoar a si mesmo e também dar a si mesmo uma chance. Aceitá-los não significa ser constrangido por eles, nem significa ficar frequentemente negativo por causa deles, mas, sim, não ser constrangido por eles, reconhecendo que você é apenas um membro comum da humanidade corrupta, com as próprias falhas e defeitos, nada do que se gabar. É Deus quem levanta as pessoas para desempenhar seu dever; é Deus quem levanta as pessoas, com a intenção de operar Sua palavra e vida dentro delas, para permitir que alcancem a salvação; é Deus quem levanta as pessoas, com a intenção de salvá-las da influência de Satanás. Todos têm falhas e defeitos; você deveria permitir que suas falhas e defeitos coexistam consigo mesmo, não os evitar, não os encobrir, e não se sentir oprimido por dentro com frequência, ou mesmo sempre se sentir inferior. Você não é inferior; se conseguir desempenhar seu dever com todo o seu coração, toda sua força e toda sua mente, da melhor forma possível, e tiver um coração sincero, então você é tão precioso quanto o ouro na presença de Deus. Se não puder pagar um preço ao desempenhar seu dever e não tiver lealdade, ainda que seja melhor do que a média das pessoas, você não será precioso na presença de Deus, não valerá nem mesmo um grão de areia(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade II, “Como buscar a verdade (3)”). Ao ler as palavras de Deus, tudo ficou claro. Todos têm suas deficiências e defeitos. Ter uma deficiência não é um problema; é preciso aprender a largá-la e considerá-la corretamente. Meu problema de gagueira foi ordenado por Deus e eu não precisava dificultar as coisas para mim, sempre tentando mudar isso. Bastava que eu tivesse um coração puro e honesto e colocasse tudo o que tinha em desempenhar bem o meu dever. No passado, sempre tive medo de que, se eu gaguejasse ao falar, os irmãos me desprezassem, e, por isso, eu queria me livrar desse problema de gagueira. Agora, eu tinha de me submeter às orquestrações e arranjos de Deus e consider minhas deficiências do modo correto. Lembrei-me da experiência de uma irmã da qual já tinha ouvido falar. Ela sofria de um problema de gagueira pior do que o meu, sempre gaguejava quando falava, e era difícil entender o que ela dizia. Naquela época, havia uma igreja que estava enfrentando detenções pelo Partido Comunista, e todo o seu trabalho estava paralisado. Os irmãos não se atreveram a ir até lá, mas essa irmã deu um passo à frente e se ofereceu para ajudar a apoiar a igreja. Algumas pessoas pensaram: “Se ela nem consegue falar claramente, será que pode realmente apoiá-los?”. No entanto, essa irmã não se constrangeu por sua gagueira. Quando ela chegou à igreja, pediu ao líder que a informasse sobre a situação. Ela viu que todos os irmãos estavam vivendo com medo, e se comunicou com cada um deles. Ao ver que a irmã não falava com muita clareza, o líder tomou a iniciativa de participar da comunhão. Com essa irmã verificando e supervisionando o trabalho em detalhes, os líderes e obreiros desenvolveram um senso de fardo, e os irmãos começaram a desempenhar seus deveres normalmente. Mesmo que essa irmã gaguejasse quando falava, ela não se constrangeu por isso e foi capaz de produzir resultados em seu dever. Eu deveria ser como essa irmã e desempenhar meu dever com um coração sincero. Dessa forma, seria mais fácil receber a orientação de Deus. Depois de entender isso, aprendi a não ter medo por ter deficiências. O importante era enfrentá-las corretamente e agir da melhor forma possível, segundo o que eu podia alcançar com meu calibre.

Agora, quando estou implementando o trabalho e me comunicando com os irmãos para resolver seus estados, não fico mais constrangida por causa da gagueira. Não importa de quem sejam os problemas que eu descubra, eu podo as pessoas quando devo e me comunico para ajudá-las quando apropriado. Ao me comunicar, encontro palavras relevantes de Deus para resolver seus problemas com base nas minhas experiências, comunicando qualquer entendimento que eu tenha ganhado ao ler as palavras de Deus. Às vezes, fico ansiosa e começo a gaguejar, então, oro em silêncio a Deus em meu coração, pedindo que Ele me guie para não ser constrangida pelo orgulho. Depois, falo mais devagar para que os irmãos entendam e para que eu possa implementar o trabalho com clareza. Quando os irmãos percebem que eu gaguejo, eles não me desprezam como eu imaginava, e até dizem que encontraram um pouco de senda em minha comunhão. Às vezes, quando o líder superior verifica meu trabalho e eu começo a gaguejar de nervoso, enfrento esse problema com calma e meu nervosismo ao falar desaparece.

Durante todos esses anos, sempre fui atormentada por meu problema de gagueira. Eu me sentia incrivelmente inferior e reprimida. Ao longo dessa jornada, passei a compreender profundamente que Deus não Se importa se alguém parece ser um bom falante. O que Ele quer é que tenhamos um coração puro e honesto. Não importam quais sejam as deficiências que a pessoa tenha por fora, desde que deem tudo o que podem no desempenho do dever, ela estará alinhada com a intenção de Deus. Como dizem as palavras de Deus: “Todos têm falhas e defeitos; você deveria permitir que suas falhas e defeitos coexistam consigo mesmo, não os evitar, não os encobrir, e não se sentir oprimido por dentro com frequência, ou mesmo sempre se sentir inferior. Você não é inferior; se conseguir desempenhar seu dever com todo o seu coração, toda sua força e toda sua mente, da melhor forma possível, e tiver um coração sincero, então você é tão precioso quanto o ouro na presença de Deus(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade II, “Como buscar a verdade (3)”).

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