Em meio à provação da morte

09 de Outubro de 2020

Por Xingdao, Coreia do Sul

Deus Todo-Poderoso diz: “Deus veio operar na terra para salvar a humanidade corrupta — não há falsidade nisso; não fosse assim, Ele certamente não teria vindo fazer Sua obra em pessoa. No passado, Seu meio de salvação foi mostrar extremo amor e compaixão, tanto que Ele deu tudo de Si a Satanás em troca da humanidade inteira. O presente em nada se parece com o passado: a salvação concedida a vocês hoje ocorre no tempo dos últimos dias, durante a classificação de todos conforme a espécie; o meio de sua salvação não é amor nem compaixão, mas castigo e julgamento a fim de que o homem possa ser salvo de forma mais completa. Assim, tudo o que vocês recebem é castigo, julgamento e golpes implacáveis, mas saibam disto: nesses golpes impiedosos não há a mais ligeira punição. Não importa quão duras sejam as Minhas palavras, o que recai sobre vocês são apenas algumas palavras que lhes podem parecer sumamente cruéis, e não importa quão enraivecido Eu fique, o que chove sobre vocês ainda são palavras de ensinamento, e Eu não tenho intenção de feri-los nem de causar-lhes a morte. Tudo isso não é um fato? Saibam que, hoje, quer se trate de julgamento justo ou de refinamento e castigo implacáveis, tudo é para o bem da salvação. Independentemente de hoje haver ou não a classificação de todos conforme a espécie ou a exposição das categorias do homem, todas as declarações e a obra de Deus são para salvar aqueles que realmente amam a Deus. O julgamento justo visa purificar o homem, o refinamento implacável visa limpar o homem, palavras duras ou castigos visam purificar e são para o bem da salvação(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Vocês deveriam pôr de lado as bênçãos do status e entender a vontade de Deus de trazer a salvação ao homem”). As palavras de Deus realmente me tocam e me lembram da experiência inesquecível que tive há mais de 20 anos durante a provação da morte. Eu vim a entender que o julgamento e o castigo de Deus são Seu amor e salvação para o homem. Por mais duras ou inquietantes que sejam as palavras de Deus, elas só pretendem nos purificar e transformar.

Era fevereiro de 1992. Depois da provação dos servidores, Deus nos levantou para sermos o povo da Era do Reino e nos deu Suas exigências: concentrar-nos na leitura de Suas palavras, praticá-las, buscar conhecer a Deus, dar testemunho a Deus por meio de provações e alcançar o padrão do povo do reino o mais rápido possível. Na época, as palavras de Deus diziam com frequência “pessoas da Minha casa” e “o povo do Meu reino”. Isso me fazia sentir como se Deus nos visse como Sua própria família. Eu tinha uma grande sensação de calor e encorajamento, então busquei ser membro do povo de Deus. Eu lia-orava as palavras de Deus e refletia sobre Sua vontade a partir delas. Cumpria meu dever ao máximo e resolvi seguir a Deus por toda a minha vida. Eu tinha 22 anos de idade. A maioria dos homens da minha idade já estavam casados àquela altura. Minha família incrédula tentava encontrar uma esposa para mim, mas eu rejeitava todas.

Eu amava cantar o “Hino do Reino”, especialmente esta parte: “Ao som das salvas do reino, o reino de Satanás cai, aniquilado pelo trovejar do hino do reino para nunca mais se erguer!”. “Quem na terra ousa levantar-se e resistir? Porque descendo à terra, Deus traz fogo, traz ira, traz catástrofes de todo tipo. Os reinos terrenos são agora o reino de Deus!(Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “Hino do Reino (I) O reino desce ao mundo”). Sempre que cantava esse hino, eu pensava em como o reino de Deus se manifestará na terra e como, quando a obra de Deus terminar, os grandes desastres virão e todos que se opõem a Deus serão destruídos. Nós que seguimos a Deus sobreviveremos e Deus nos conduzirá para o reino para desfrutar bênçãos eternas. Era tão maravilhoso pensar em tudo isso. Na época, pensava que aceitar o nome de Deus Todo-Poderoso e ser levantado para se juntar ao povo do reino significava que entrar no reino de Deus nesta vida era um negócio fechado que ninguém tiraria de mim. Eu estava muito entusiasmado. Nossos espíritos foram reavivados e estávamos cheios de alegria. Nós nos despendíamos incansavelmente por Deus.

Mas Deus é justo e santo, Ele vê nosso coração e conhece as noções, imaginações e desejos selvagens que abrigamos. Justamente quando estávamos cheios de esperança de que entraríamos no reino e desfrutaríamos as bênçãos de Deus, no final de abril, Deus professou palavras novas e nos lançou na provação da morte.

Um dia, um líder da igreja realizou uma reunião e leu as palavras de Deus: “Enquanto as pessoas estão sonhando, Eu viajo pelos países deste mundo espalhando entre os homens o ‘odor da morte’ em Minhas mãos. Todas as pessoas imediatamente deixam para trás a vitalidade e entram no próximo nível da vida humana. No meio da humanidade, não se vê mais nenhuma coisa viva, cadáveres estão espalhados por toda parte, coisas cheias de vitalidade imediatamente desaparecem sem deixar rastro e o fedor sufocante de cadáveres permeia a terra. […] Hoje, aqui, os cadáveres de todas as pessoas jazem em desordem. Sem que as pessoas saibam, Eu libero a pestilência de Minhas mãos e os corpos humanos decaem, não deixando um traço sequer de carne da cabeça aos dedos dos pés, e Eu Me retiro para bem longe do homem. Nunca mais congregarei com o homem, nunca mais virei para o meio dos homens, pois o estágio final de todo o Meu gerenciamento chegou ao fim e não voltarei a criar a humanidade, não darei mais nenhuma atenção ao homem. Após ler as palavras da Minha boca, todas as pessoas perderam a esperança, pois não querem morrer — mas quem é que não ‘morre’ para ‘tornar a viver’? Quando Eu digo para as pessoas que Me falta a mágica para fazê-las tornar a viver, elas caem em um choro pungente; de fato, embora Eu seja o Criador, Eu só tenho o poder de fazer as pessoas morrer e careço da capacidade de fazê-las tornar a viver. Quanto a isso, peço desculpas ao homem. Por conseguinte, Eu disse ao homem antecipadamente que ‘Eu tenho uma dívida impagável com ele’ — contudo, ele pensou que Eu estava sendo educado. Hoje, com o advento dos fatos, Eu ainda digo isso. Eu não trairei os fatos ao falar. Em suas noções, as pessoas creem que existe um excesso de modos pelos quais Eu falo e, assim, elas sempre se apegam às palavras que lhes dou, enquanto esperam por alguma outra coisa. Não são essas as motivações errôneas do homem? É sob essas circunstâncias que Eu ouso dizer ‘audaciosamente’ que o homem não Me ama verdadeiramente. Eu não voltaria Minhas costas para a consciência nem distorceria os fatos, pois Eu não traria as pessoas para dentro de sua terra ideal; no final, quando Minha obra terminar, Eu as conduzirei para a terra da morte(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Palavras de Deus para todo o universo, Capítulo 40”). Quando eu li “embora Eu seja o Criador, Eu só tenho o poder de fazer as pessoas morrer e careço da capacidade de fazê-las tornar a viver”. Fiquei tão confuso. “Por que Deus diria tal coisa?”, pensei. “A vida e a morte do homem estão nas mãos de Deus. Por que Ele diz que Lhe falta ‘capacidade’ para trazer o homem à vida? Será que nós, os crentes, ainda morreremos no fim? Somos o povo do reino, como, então, poderíamos morrer? Não pode ser! Mas Deus não estava de brincadeira conosco. Suas palavras declaram claramente: ‘Quando Minha obra terminar, Eu as conduzirei para a terra da morte’. Isso não significa que, no fim, enfrentaremos a morte? O que significa tudo isso?” Eu não conseguia entender por que Deus diria tal coisa. Os irmãos e irmãs ao meu redor também pareciam perdidos. Então, o líder da igreja nos deu comunhão: “Nossa carne foi profundamente corrompida por Satanás. Está cheia de caracteres satânicos. Somos arrogantes, desonestos, egoístas e gananciosos, e ainda mentimos e enganamos o tempo todo. Podemos crer em Deus e despender-nos por Ele, mas não conseguimos colocar em prática as Suas palavras. Ainda O julgamos e culpamos quando vêm provações e tribulações. Isso mostra que nossa carne é de Satanás e resistente a Deus. O caráter de Deus é justo, santo e não pode ser ofendido. Como Ele pode permitir que pessoas que pertencem a Satanás entrem em Seu reino? Assim, quando Sua obra terminar, os grandes desastres virão, e se nós, como crentes, não ganhamos a verdade, se nosso caráter de vida não mudou, ainda assim morreremos”.

Quando ouvi essa comunhão do líder, fui inundado de emoções e não soube o que sentir. Era como se o céu tivesse caído de repente — eu estava em choque. Confusão e ressentimento encheram minha mente, e pensei: “Como última geração, não somos os mais abençoados? Deus nos levantou como o povo da Era do Reino. Somos os pilares do reino de Deus. Como podemos morrer no fim de tudo? Desisti da juventude, das esperanças de casamento para seguir a Deus. Me esforcei, me despendi por Deus e sofri muito. Fui preso e perseguido pelo PC Chinês, zombado e difamado por incrédulos. Por que devo morrer no fim de tudo? Todo o meu sofrimento foi em vão?”. Pensar isso doeu muito. Senti como se um grande peso me esmagasse e mal conseguia respirar. Percebi que todos à minha volta estavam sentindo o mesmo. Alguns estavam chorando em silêncio, enquanto outros enterravam seu rosto em suas mãos e gemiam. Depois da reunião, minha mãe disse, suspirando: “Tenho mais de 60 anos e aceitei a morte. Mas você é tão jovem, sua vida mal começou…”. Quando ela disse isso, me agitei ainda mais e não consegui conter as lágrimas. Naquela noite, fiquei me revirando na cama e não consegui fechar os olhos. Simplesmente não entendia. Eu tinha me despendido ardentemente por Deus e desistido de tudo para segui-Lo, por que, então, eu devia morrer nos grandes desastres? Eu não conseguia aceitar isso, então comecei a folhear as palavras de Deus, esperando encontrar uma dica, para ver se nosso desfecho podia ser mudado. Mas não encontrei as respostas que queria. Pasmo, pensei: “Parece que Deus realmente nos condenou e que nossa morte é certa. Ninguém pode mudar isso. É o que o Céu decretou”.

Nos dias seguintes, eu estava muito deprimido. As pessoas mal me ouviam quando falava e eu não queria fazer nada. Eu sempre costumava fazer longas horas extras transcrevendo as palavras de Deus até minhas mãos doerem, mas nunca me importei. Eu só queria que os irmãos e irmãs lessem as novas declarações de Deus o mais rápido possível, mas esse senso de responsabilidade já não existia mais. Meu fervor ardente tinha esfriado. Quando transcrevia as palavras de Deus agora, eu pensava: “Ainda sou jovem e não desfrutei das bênçãos do reino dos céus. Realmente não quero morrer assim!”. Começava a chorar quando refletia sobre tudo. Meu coração pesava durante esse tempo e doía como se tivesse sido esfaqueado. O mundo tinha perdido seu sabor. Era como se os grandes desastres pudessem vir a qualquer hora, e eu não sabia quando iria morrer. Era como se o mundo tivesse acabado.

Mais tarde, li as palavras de Deus e ganhei algum autoconhecimento, então, aos poucos, me senti livre. Li isto nas palavras de Deus: “Hoje, na hora de avançar em direção ao portão do reino, todas as pessoas começam a avançar — mas, quando chegam diante do portão, Eu fecho o portão, Eu tranco as pessoas do lado de fora e exijo que elas mostrem seu cartão de entrada. Um movimento tão estranho não é completamente contrário às expectativas das pessoas, e todas elas ficam atônitas. Por que o portão — que sempre esteve escancarado — foi subitamente trancado hoje? As pessoas batem os pés e andam de um lado para o outro. Elas imaginam que podem dar um jeito de entrar, mas quando Me entregam seus cartões de entrada falsos, Eu os lanço no abismo de fogo na mesma hora, e, vendo seus ‘diligentes esforços’ em chamas, elas perdem a esperança. Elas seguram suas cabeças, chorando, observando as belas cenas dentro do reino, mas incapazes de entrar. Contudo, Eu não as deixo entrar por causa de seu estado lastimável — quem pode atrapalhar Meu plano como bem entende? As bênçãos do futuro são dadas em troca do zelo das pessoas? O significado da existência humana está em entrar no Meu reino como alguém bem entender? […] Há muito que Eu perdi a fé no homem e há muito que Eu perdi a esperança nas pessoas, pois carecem de ambição, nunca conseguiram dar-Me um coração que ama a Deus e, em vez disso, sempre Me dão as suas motivações. Eu já falei muita coisa para o homem e, já que hoje as pessoas ainda ignoram o Meu conselho, Eu lhes digo da Minha opinião a fim de impedi-las de entender mal Meu coração no futuro; se elas vivem ou morrem nos tempos que estão por vir, é assunto delas; Eu não tenho controle sobre isso. Eu espero que elas encontrem sua própria senda para a sobrevivência. Eu sou impotente quanto a isso(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Palavras de Deus para todo o universo, Capítulo 46”). “Quando as pessoas estão preparadas para sacrificar a própria vida, tudo se torna insignificante e ninguém consegue vencê-las. O que poderia ser mais importante que a vida? Assim, Satanás se torna incapaz de fazer algo mais nas pessoas, não há nada que ele possa fazer com o homem. Embora, na definição da ‘carne’, se diga que a carne é corrompida por Satanás, se as pessoas verdadeiramente se entregarem, e não forem guiadas por Satanás, então ninguém consegue vencê-las — e nesse momento a carne desempenhará sua outra função e começará a receber formalmente a orientação do Espírito de Deus. Esse processo é necessário e deve acontecer passo a passo; caso contrário, Deus não teria meios de operar na carne resistente. Tal é a sabedoria de Deus(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Interpretações dos mistérios das ‘Palavras de Deus para todo o universo’, Capítulo 36”). Eu estava tão angustiado enquanto contemplava as palavras de Deus. Será que eu não estava negativo e sofrendo porque eu temia a morte e desejava demais as bênçãos? No início, eu acreditara em Deus pelas bênçãos e para entrar no reino dos céus. Embora tivesse passado pela provação dos servidores e conseguisse abrir mão do meu desejo de bênçãos um pouco e tinha decidido prestar serviço a Deus, minha natureza satânica enganosa e maligna estava profundamente enraizada. Quando Deus fez de nós o Seu povo, meu coração mais uma vez saltitou em expectativa. Pensei que certamente entraria no reino dos céus dessa vez. Pensei que, ao aceitar o nome de Deus, ao ser levantado por Deus, por ser membro do povo do reino, ter desistido de tudo e me despender, é claro que eu entraria no reino dos céus. Eu tinha certeza absoluta. Quando a obra de Deus esmagou minhas noções e tirou de mim meu destino e minhas perspectivas, tornei-me fraco e negativo e me queixei a Deus. Até me arrependi dos sacrifícios feitos no passado. Vi que todos os meus esforços tinham sido para receber em troca as bênçãos do reino dos céus. Eu não estivera fazendo acordos com Deus, enganando e usando Ele? Eu revelava nada além de rebeldia e queixas na face de cada provação. Eu queria obedecer a Ele, mas não conseguia praticar as verdades que conhecia bem. Percebi que resistia a Deus por natureza, que eu era de Satanás. Alguém como eu, tão cheio de caracteres satânicos, deveria morrer e ser destruído. Eu era totalmente incapaz de entrar no reino de Deus. Isso era determinado por Seu caráter justo. Ter tido a chance de seguir a Deus e conhecer Seu caráter justo significava que minha vida não tinha sido desperdiçada! Então fiz uma oração a Deus: “Não quero mais viver para a minha carne, mas desejo me submeter ao Teu governo e arranjos. Qualquer que seja o meu fim, mesmo que morra, ainda assim louvarei Tua justiça”. Quando parei de pensar em meu fim e destino e desejei obedecer aos arranjos de Deus, mesmo que isso custasse minha vida, tive uma sensação de libertação.

Mas, na época, embora fôssemos capazes de obedecer e seguir a Deus, seja qual fosse nosso desfecho, não tínhamos um objetivo a buscar. Mas em maio de 1992, Deus expressou mais palavras, instruindo-nos a buscar amar a Deus enquanto vivos e viver vidas significativas. Deus tinha nos levado ao tempo de amar a Deus, e a provação da morte acabou. Através da leitura das palavras de Deus, de reuniões e comunhões, percebi que, embora o destino do homem esteja nas mãos de Deus e ninguém consiga escapar da morte, Deus não quer que encaremos a morte de forma negativa. Ele quer que busquemos amá-Lo enquanto vivos, que consigamos praticar a verdade, livrar-nos dos nossos caracteres corruptos e ser salvos plenamente. Apenas então seremos aptos para entrar em Seu reino. Finalmente, entendi que ao levar-nos para a provação da morte, Deus não estava nos levando à morte, mas revelando Seu caráter justo a nós. Ele fez isso para que entendêssemos quem Ele salva, quem Ele destrói e quem é apto para entrar em Seu reino. Também vi como Satanás tinha me corrompido e fui capaz de abrir mão de minhas noções, imaginações e meu desejo de bênçãos. Tornei-me capaz de me submeter ao governo e arranjos de Deus e começar a buscar a verdade. Essa era a salvação de Deus para mim! Vi ainda mais que Deus não julga e castiga as pessoas porque Ele nos odeia ou porque quer nos atormentar, mas para nos conduzir para a senda correta de buscar a verdade e ser salvos! Tudo o que Deus faz em nós não é pelo advento de fatos. Ele obtém resultados simplesmente expressando palavras que julgam, castigam, nos testam e refinam. A obra de Deus é tão sábia e Seu amor e Sua salvação para o homem são tão reais!

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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