Onde a busca pela admiração dos outros me levou

22 de Outubro de 2022

Por Shen Si, China

Em outubro passado, fui a uma igreja para cumprir o meu dever. A líder da igreja, a irmã Liang, pediu que eu dirigisse primeiro alguns grupos de reunião. Depois de cada reunião, eu me abria com a irmã Liang para pedir ajuda com perguntas que eu não entendia, e, com paciência, ela comungava comigo. Naquele tempo, eu sentia que ganhava algo novo todos os dias. Uma semana depois, nossa superior, a irmã Chen, veio se reunir conosco. Por acaso, ouvi a irmã Liang dizer que eu era jovem, tinha calibre bom, era madura em minha humanidade e assumia um fardo no meu dever. Fiquei surpresa. Eu não esperava que a irmã Liang me avaliasse tão bem. Ouvi a irmã Chen dizer várias vezes que ela me queria cultivar como líder de igreja e pediu que a irmã Liang me familiarizasse com os vários trabalhos da igreja. Na época, fiquei calma por fora, mas, no coração, fiquei muito feliz. Parecia que eu era um talento valioso na igreja! Já que todos pensavam tão bem de mim, senti que teria de trabalhar bem no futuro e esconder minhas deficiências dos outros. Caso contrário, ninguém me respeitaria.

Logo, na reunião seguinte, quando vi a irmã Chen, fiquei nervosa sem querer. Eu temia que, se meu desempenho fosse ruim na frente dela, eu arruinaria minha boa imagem e ela não me cultivaria mais. Então, a irmã Chen nos perguntou de repente o que tínhamos ganho nesse tempo. Pensei: “Nesse tempo, acabei de iniciar o trabalho na igreja. Andei ocupada todos os dias e não dei muita atenção à entrada na vida, então não tenho o que compartilhar. Mas se eu for honesta, a irmã Chen não dirá que não dou atenção à entrada na vida e que não busco a verdade? Ela ainda me cultivaria? Não, ela não pode ver que não tenho entrada na vida”. Então me esforcei para me lembrar de experiências pequenas, e das quais ganhei entendimento e as compartilhei com todos. Depois da comunhão, quando vi que a irmã Chen não disse nada sobre mim, soltei um longo suspiro de alívio.

Depois disso, sempre que a irmã Chen vinha às reuniões, eu era cautelosa e refletia em detalhe antes de falar. Quando via que não havia brechas, eu me dispunha a admitir. Também evitava mencionar problemas sérios ao falar do meu estado e raramente tomava a iniciativa de expressar minhas opiniões ao discutir problemas. Lembro-me de uma reunião em que a irmã Chen perguntou sobre um possível aceitador do evangelho. Quando minha parceira terminou de falar, a irmã Chen apontou desvios em sua pregação do evangelho e então nos perguntou: “O que vocês fariam se tivessem que pregar?”. Fiquei surpresa e nervosa: “Por que a irmã Chen quer saber o que pensamos? Ela quer ver se temos inteligência e calibre para ser líderes?”. Tentei me lembrar do material evangelístico que tinha lido no passado e procurei o jeito certo de responder. Na hora, tive algumas ideias, mas não tive certeza se estavam corretas, então não disse nada. Comecei a pensar: “Se minhas ideias funcionarem, ótimo, mas se não funcionarem e outra irmã tiver uma ideia melhor, talvez a líder pense que não tenho calibre e que eu seja simplista demais. Isso não arruinaria minha boa imagem?”. Enquanto pensava nisso, olhei para as minhas duas parceiras, e então minha mente começou a calcular: “Vamos ouvir as ideias delas primeiro. Se forem melhores do que as minhas, posso desenvolver as ideias delas. Se elas não forem tão boas, posso dizer o que penso. Assim, ninguém perceberá minhas deficiências e minha boa imagem aos olhos da líder não será afetada”. Assim, inclinei a cabeça para o lado e fingi estar pensando enquanto esperava pela resposta das duas irmãs. Quando terminaram, juntei os pontos altos das ideias delas com as minhas e falei a todos. Quando vi que a irmã Chen só tinha elogios para mim, fiquei muito feliz. Era como se flores florescessem em meu coração. Achei que minha imagem aos olhos da irmã Chen tinha melhorado. Mas, mais tarde, quando me acalmei e me lembrei de como eu sempre era cautelosa nas reuniões, tive um leve senso de repreensão em meu coração: “Por que meu raciocínio é sempre tão complicado quando me reúno com a líder? Talvez eu deva me abrir sobre meu estado com a irmã Chen?”. Se eu me abrisse agora sobre meu estado e dificuldades, será que ela diria que eu era enganosa e que escondia demais? Ela continuaria a me cultivar? Após debater comigo mesma por um momento, decidi me calar.

Naquele período, eu sempre tentava ser impecável em tudo, achando que quem estava sendo cultivado não devia ter deficiências. Às vezes, eu tinha dificuldades que não sabia resolver e queria me abrir e buscar com a irmã Liang, mas eu sempre hesitava: “A irmã Liang sempre me avaliou bem. Se eu me abrir e buscar, ela não vai achar minha estatura baixa demais para lidar com trabalho de uma líder?”. Quando pensava assim, eu não queria falar, mas, por fora, ainda fingia ser proativa em meu dever, como se não tivesse dificuldades nem fraquezas. Aos poucos, durante as reuniões, eu me abria cada vez menos sobre meu estado e dificuldades reais. Sempre que ouvia os irmãos dizerem que eu era candidata a ser cultivada, eu me disfarçava e era muito cautelosa. Embora os irmãos em minha volta me admirassem e eu recebesse elogios aonde eu fosse, eu sentia uma amargura indescritível. Muitas vezes, era como se eu vivesse de máscara. Eu precisava pensar muito sobre cada palavra. Era como se houvesse um peso no meu coração, eu me afastava cada vez mais de Deus, não oferecia luz nas reuniões e meu estado só foi piorando. Era como se eu tivesse entrando num beco sem saída. Na época, eu só pude orar a Deus e pedir que Ele me ajudasse a reverter esse estado.

Depois, li na palavra de Deus: “Algumas pessoas temem que, ao interagir e se associar com elas, seus irmãos e irmãs descobrirão que há problemas dentro delas e que os irmãos e irmãs dirão que elas têm estatura baixa ou as menosprezarão. Enquanto falam, sempre tentam dar a impressão de que são zelosas, que querem Deus e que estão interessadas em colocar a verdade em prática, mas, na verdade, em seu coração, são bem fracas e extremamente negativas. Elas fingem ser fortes, para que ninguém consiga vê-las claramente. Isso também é um engano. Em suma, em tudo que você faz, seja na vida ou no cumprimento do dever, se você se empenha em falsidade e fingimento e engana ou ilude os outros com farsas, de modo que eles estimem e adorem você, ou não o menosprezem, tudo que você está fazendo é enganação(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). A palavra de Deus revela que quando, a fim de ganhar o apreço das pessoas, nunca mostramos as dificuldades ou os estados ruins que vivenciamos e sempre enganamos com a aparência e ilusão de que temos força, sem permitir que os outros vejam nosso estado real, isso é enganação. Lembrei-me do meu comportamento e percebi que eu fazia exatamente isso na época. Desde que tinha ouvido que a líder queria me cultivar, comecei a me importar com a minha imagem na mente da líder. Quando ela me perguntou sobre meu estado, e eu não tinha entrada na vida naquele tempo, temi que, se eu dissesse isso, destruiria a minha boa imagem aos olhos da líder. Assim, quebrei a cabeça em busca de experiências menores e evitei discutir meus problemas sérios para encobrir os fatos reais. Quando a líder pediu nossas ideias para pregar o evangelho, temi estar errada e que a líder deixasse de me cultivar se visse minha estatura real. Por isso fingi estar pensando e esperei até minhas parceiras falarem primeiro para que eu pudesse aproveitar as ideias delas. Eu me disfarçava cada vez mais e não ousava me abrir sobre meu estado negativo e sempre fingia estar num estado positivo. Eu estava vivendo uma vida falsa. Isso não era enganar as pessoas hipocritamente? Quando percebi isso, orei a Deus: “Deus, não quero continuar vivendo neste estado. Por favor, ajuda-me a me abrir sobre meu estado e a ser uma pessoa honesta”.

No dia seguinte, a irmã Chen veio se reunir conosco e eu me abri sobre meu estado. Então lemos juntas uma passagem da palavra de Deus. Deus diz: “Há agora muitas pessoas que se concentram em buscar a verdade e que são capazes de buscar a verdade quando coisas as acometem. Se você deseja resolver os motivos errados e os estados anormais dentro de você, você deve buscar a verdade para fazer isso. Para começar, você deve aprender a se abrir em comunhão com base nas palavras de Deus. É claro, você deveria escolher o recipiente certo para a comunhão abertano mínimo, deveria escolher alguém que ama e aceita a verdade, alguém cuja humanidade é melhor do que a da maioria, que é relativamente honesto e correto. É claro, seria melhor se você pudesse escolher alguém que entende a verdade, cuja comunhão ajude você. Encontrar esse tipo de pessoa com quem se abrir em comunhão e resolver suas dificuldades pode ser eficaz. Se você escolher a pessoa errada, alguém que não ama a verdade, mas meramente tem um dom ou talento, ela zombará de você e desprezará você, e degradará você. Isso não o beneficiaria. Num sentido, abrir-se e desvelar-se é a abordagem que se deve ter ao vir para diante de Deus e orar a Ele; é também como se deve comungar a verdade para os outros. Não fique com as coisas reprimidas, pensando: ‘Tenho motivos e dificuldades. Meu estado interno não é bomé negativo. Não direi a ninguém. Guardarei isso para mim’. Se sempre guardar as coisas para si sem resolvê-las, você ficará cada vez mais negativo, e o seu estado deteriorará ainda mais. Você não estará disposto a orar a Deus. Isso é algo difícil de reverter. E assim, não importa qual é o seu estado, se você está negativo ou em dificuldades, não importa quais são seus planos ou motivações pessoais, o que percebeu ou descobriu por meio de investigação, é preciso aprender a se abrir e se comunicar, e, quando você se comunica, o Espírito Santo opera. E como opera o Espírito Santo? Ele esclarece e ilumina você e permite que você reconheça a gravidade do problema, Ele o torna ciente da raiz e da essência do problema, depois, aos poucos, leva você a entender a verdade e a Sua vontade, e permite que você veja a senda de prática e entre na realidade da verdade. Quando uma pessoa consegue comungar abertamente, isso significa que ela tem uma atitude honesta em relação à verdade. Se uma pessoa é honesta é medido pela atitude dela em relação à verdade(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios da prática da submissão a Deus”). Só depois de ler as palavras de Deus entendi a importância de se abrir e de buscar a verdade. Essa é a senda para entrar nas realidades da verdade. Ser capaz de se abrir e comungar significa que nossa atitude em relação à verdade é sincera e que é uma atitude de busca e aceitação. Só se nos abrirmos e comungarmos podemos receber o esclarecimento do Espírito Santo, e só então podemos reconhecer nossos caracteres corruptos e resolver nossas dificuldades. Refletindo sobre mim mesma, eu sempre queria estabelecer uma imagem perfeita na frente dos irmãos. Antes de falar, eu sempre pensava duas vezes em como evitar que os outros me enxergassem ou me menosprezassem. Isso deixou meu raciocínio muito complicado. Meu estado não era bom, mas eu não ousava revelá-lo. Era miserável e exaustivo, nada além de tormento, e só foi piorando, e tudo era culpa minha. A essência de Deus é a fidelidade, e Deus gosta de pessoas honestas. Não importa que pensamentos tenham ou que corrupção revelem, pessoas honestas conseguem se abrir com seus irmãos, sem disfarce ou fingimento. Tais pessoas aceitam o escrutínio de Deus, estão dispostas a praticar a verdade e vivem com integridade. É assim que um crente em Deus deve se comportar. Depois disso, quando discutíamos o trabalho, eu expressava meu ponto de vista e, o que eu não entendia, buscava com os outros. Nas reuniões, eu também conseguia me abrir com todos sobre meu estado real. Isso deixou o fardo no meu coração um pouco mais leve.

Mais tarde, vi uma passagem das palavras de Deus que me ajudou a entender a essência de eu sempre buscar o apreço dos outros. Deus diz: “Independentemente do contexto, não importa que dever está cumprindo, o anticristo tentará passar a impressão de que não é fraco, que é sempre forte, cheio de confiança, nunca negativo. Ele nunca revela sua estatura verdadeira ou sua atitude real em relação a Deus. De fato, nas profundezas do seu coração, ele realmente acredita que não há nada que não possa fazer? Ele realmente acredita que não tem fraqueza, negatividade ou efusões de corrupção? De forma alguma. Ele é bom em fingir, é hábil em esconder coisas. Ele gosta de mostrar às pessoas seu lado forte e honrável; não quer que vejam seu lado fraco e verdadeiro. Seu propósito é óbvio: é simplesmente manter as aparências, para proteger o lugar que tem no coração das pessoas. Ele acredita que, se ele se abrir na frente dos outros sobre a própria negatividade e fraqueza, se revelar seu lado rebelde e corrupto, isso será um dano sério a seu status e sua reputaçãonão vale o esforço. Por isso, ele prefere manter sua fraqueza, sua rebeldia e sua negatividade estritamente em segredo. E se vier o dia em que todos virem o lado dele que é fraco e rebelde, quando virem que ele é corrupto e que não mudou coisa nenhuma, ele ainda continuará fingindo. Ele acredita que, se admitir que tem um caráter corrupto, que é uma pessoa comum, alguém que é pequeno e insignificante, ele perderá seu lugar no coração das pessoas, perderá a veneração e a adoração de todos e, assim, terá fracassado completamente. E então, não importa o que aconteça, ele simplesmente não se abrirá para as pessoas; não importa o que aconteça, ele não entregará seu poder e status a nenhuma outra pessoa; em vez disso, ele se esforça ao máximo para competir, e nunca desistirá. […] Se algo importante acontece e alguém pergunta seu entendimento do evento, ele reluta em revelar suas opiniões, deixando, em vez disso, que os outros falem primeiro. Sua relutância tem suas razões: não é que ele não tem opinião alguma, mas teme que sua opinião esteja errada, que, se a disser em voz alta, os outros a refutarão, envergonhando-o, e é por isso que ele não a expressa; ou ele não tem uma opinião e, incapaz de entender o assunto claramente, ele não ousa falar arbitrariamente, temendo que as pessoas riam de seu erroportanto o silêncio é sua única opção. Em suma, ele não se manifesta prontamente para expressar suas opiniões porque teme revelar a si mesmo pelo que é, permitir que as pessoas vejam que ele é empobrecido e patético, alterando assim a imagem que os outros têm dele. Por isso, depois de todos comungarem suas opiniões, pensamentos e conhecimento, ele se apodera de algumas das alegações mais elevadas e mais sustentáveis, que ele pode apresentar como suas. Ele as resume e as oferece ao grupo em comunhão, ganhando assim um status alto no coração dos outros. […] Quaisquer pessoas que se achem impecáveis e santas são, todas elas, impostoras. Por que digo que todas elas são impostoras? Digam-Me, existe alguém em meio à humanidade corrupta que seja impecável? Existe alguém que seja realmente santo? (Não.) É claro que não. Como o homem pode alcançar impecabilidade se ele foi tão profundamente corrompido por Satanás e, além disso, não possui a verdade inatamente? Só Deus é santo; toda a humanidade corrupta está contaminada. Se uma pessoa se apresentasse como santa, dizendo que é impecável, essa pessoa seria o quê? Seria um diabo, Satanás, o arcanjoseria um anticristo genuíno. Só um anticristo alegaria ser uma pessoa impecável e santa(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 10)”). Deus revela que os anticristos nunca se abrem sobre seus pensamentos reais, pensam duas vezes antes de falar, sempre camuflam e falsificam e estabelecem uma imagem de serem perfeitos e melhores do que os outros, esperando poder ganhar prestígio e desfrutar de seus benefícios. Senti que eu estava agindo igual a eles. Desde que ouvi minha líder dizer que queria me cultivar, fiquei envaidecida. Achei que, já que eu seria cultivada, eu era melhor que a média das pessoas, e me deleitei com a sensação de ser admirada e valorizada pelos outros. Nas reuniões com a líder ou quando convivia com meus irmãos, eu só pensava em como manter minha boa imagem no coração das pessoas e fazer com que todos me admirassem. Eu sempre pensava duas vezes antes de falar, nunca expressava minhas opiniões ou expunha minhas falhas levianamente, e usava esses meios desprezíveis para enganar a todos e garantir meu lugar no coração deles. Eu era tão hipócrita. Sem nenhuma semelhança humana. Devemos honrar a Deus acima de tudo e ter Deus no coração, mas eu sempre queria me apresentar como perfeita para que as pessoas me admirassem e eu tivesse um lugar no coração delas. Era tão descarada! Especialmente, quando li as palavras de Deus: “Existe alguém em meio à humanidade corrupta que seja impecável? Existe alguém que seja realmente santo? (Não.) É claro que não. Como o homem pode alcançar impecabilidade se ele foi tão profundamente corrompido por Satanás e, além disso, não possui a verdade inatamente? Só Deus é santo; toda a humanidade corrupta está contaminada. Se uma pessoa se apresentasse como santa, dizendo que é impecável, essa pessoa seria o quê? Seria um diabo, Satanás, o arcanjoseria um anticristo genuíno. Só um anticristo alegaria ser uma pessoa impecável e santa”. Senti a ira e majestade de Deus nessas palavras, e elas eram pungentes e assustadoras. Era como se eu estivesse sendo condenada por Deus. Entre todas as coisas neste universo, só Deus é onipotente. Eu só era uma pessoa corrompida por Satanás, cheia de caracteres corruptos, mas não tinha o mínimo de autoconhecimento. Eu não me comportava corretamente, era hipócrita e sempre tentava ter uma boa imagem no coração das pessoas, para que elas me admirassem. Eu era arrogante e descarada demais e isso fazia com que Deus me odiasse e detestasse! Foi só após conhecer a mim mesma desse jeito que vi a baixeza, a feiura e a imundície por trás da minha imagem “perfeita”. Agora, pensando em como eu era orgulhosa e satisfeita comigo mesma, quando meus irmãos me elogiavam e em meu estado de espírito quando eu me disfarçava, fiquei enojada de mim mesma e senti que era totalmente irracional. Na verdade, mesmo que muitas pessoas me admirassem e me aprovassem, se meu caráter não mudasse e eu só vivesse a imagem hipócrita e enganosa de Satanás e então acabasse sendo expulsa, tudo isso não seria em vão?

Depois disso, vi outra passagem das palavras de Deus. “Como você deve praticar para ser uma pessoa comum e normal? Como isso pode ser feito? […] Em primeiro lugar, não permita que seu próprio título o prenda. Não diga: ‘Sou o líder, sou o chefe da equipe, sou o supervisor, ninguém conhece esse negócio melhor do que eu, ninguém entende as habilidades melhor do que eu’. Não fique preso a seu título conferido a si mesmo. Assim que o fizer, isso atará as suas mãos e pés, e o que disser e fizer será afetado; o seu pensamento e julgamento normais também serão afetados. Você deve se libertar dos grilhões desse status; primeiro desça dessa posição oficial que você imagina ter e se coloque no lugar de uma pessoa comum; se o fizer, a sua atitude se tornará normal. Deve também admitir e dizer: ‘Não sei como fazer isso e também não entendo aquiloterei de fazer alguma pesquisa e estudo’, ou ‘nunca experimentei isso, por isso não sei o que fazer’. Quando for capaz de dizer o que está realmente pensando e de falar honestamente, você possuirá senso normal. Outros conhecerão o seu eu verdadeiro e assim terão uma visão normal de você, e você não terá de fazer uma encenação nem haverá grande pressão sobre você, e assim poderá se comunicar com as pessoas normalmente. Viver assim é livre e fácil; qualquer pessoa que considere a vida cansativa causou isso pessoalmente. Não finja nem apresente uma fachada; primeiro, abra-se sobre o que está pensando no seu coração, sobre os seus verdadeiros pensamentos, para que todos estejam cientes deles e os entendam. Como resultado, as suas preocupações e as barreiras e suspeitas entre você e os outros serão todas eliminadas. Você também é tolhido por outra coisa. Você sempre se considera o chefe da equipe, um líder, um obreiro ou alguém com um título e status: se disser que não entende algo ou que não pode fazer algo, você não está denegrindo a si mesmo? Quando você deixa de lado esses grilhões no seu coração, quando deixa de pensar em si mesmo como um líder ou um obreiro, e quando deixa de pensar que é melhor do que as outras pessoas e sente que é uma pessoa comum que é igual a todos os outros, que existem algumas áreas em que é inferior aos outrosquando comunga a verdade e assuntos relacionados a o trabalho com essa atitude, o efeito é diferente, e a vibração também é diferente. Se, no seu coração, você sempre tiver receios, se sempre se sentir estressado e tolhido, e se quiser se livrar dessas coisas, mas não conseguir, então você poderá ser eficaz ao fazê-lo, orando seriamente a Deus, refletindo sobre si mesmo, vendo as suas falhas, esforçando-se a alcançar a verdade e pondo a verdade em prática(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Valorizar as palavras de Deus é o fundamento da crença em Deus”). Eu sempre pensei que, já que seria cultivada, eu devia ser a melhor e também perfeita. Agora sei que essa opinião é um erro. A casa de Deus não promove nem cultiva pessoas perfeitas, extraordinárias ou importantes. Ela promove e cultiva pessoas comuns com deficiências e corrupção. Ser cultivado nada mais é do que dar-lhe uma chance de praticar. Não significa que não temos deficiências nem que somos melhores do que pessoas comuns. Na verdade, não importa o dever que eu cumpra, nem se sou cultivada ou não, sou uma pessoa comum com corrupção e deficiências, e há coisas fora do meu alcance. Devo tratar meus pontos fortes e fraquezas corretamente, aprender a descer do meu pedestal, poder vir para diante de Deus para examinar a mim mesma, e, ao mesmo tempo, ser capaz de me abrir sobre o que exponho e penso dos outros, para que todos vejam minha corrupção e falhas. Só isso é sensato. No passado, eu sempre disfarçava minhas falhas e fraquezas e temia que todos me menosprezassem se descobrissem. Na verdade, eu fazia mal a mim mesma. Isso me impediu de ter um relacionamento normal com Deus, e quando as pessoas não viam minhas falhas no meu dever, elas não podiam me ajudar nem compensá-las. Assim, não importava por quanto tempo eu cumprisse meu dever, nunca progrediria. Quando reconheci isso, eu quis fazer o esforço de ser uma pessoa honesta como Deus exige e, como Deus diz, ser tão transparente como um copo d’água, poder dizer o que está no coração e não me disfarçar mais. Diante de Deus, jurei: “Quero ser uma pessoa comum e mostrar minha verdadeira face a todos!”. Alguns dias depois, a igreja arranjou que eu cumprisse meu dever em outra igreja. Lembrei-me de todos os momentos em que eu me disfarçava quando convivia com os outros, e senti uma tristeza e um remorso enormes quando pensei: “Enganei meus irmãos por tempo demais. Antes de ir, devo me abrir com eles e mostrar-lhes meu eu verdadeiro”. Durante a nossa reunião, compartilhei meu estado naquele período e as lições que aprendi e me abri sobre tudo com eles. Depois de me abrir, minha sensação de estar represada desapareceu e foi substituída por um senso profundo de libertação. Fiquei surpresa que meus irmãos não me menosprezaram, e até me encorajaram. Fui tomada de emoções e as lágrimas escorreram pelo meu rosto. A caminho de casa naquele dia, o sol do inverno esquentou meu corpo e dei graças a Deus e O louvei em meu coração. No meu novo trabalho, não me concentrei mais na minha boa imagem. Sempre que tinha um estado ou dificuldade, eu me abria e buscava com os outros. Durante as reuniões, eu dizia o que entendia e, quando não entendia, eu pedia ajuda aos meus irmãos. Por meio da ajuda e da comunhão deles, fui entendendo coisas que antes não tinha entendido. Depois de fazer isso por um tempo, vi que eu tinha progredido em meu dever, e senti uma liberdade e libertação profundas. Também percebi a sensação de segurança e paz por praticar ser honesta. Posso dizer de coração que era uma sensação maravilhosa!

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