Meu dever expôs meu egoísmo

07 de Fevereiro de 2025

Por Roxana, Taiwan

Tenho sido uma supervisora do trabalho de vídeos por mais de dois anos. Pouco tempo atrás, por causa das exigências do trabalho, nosso grupo foi dividido em dois grupos menores. A irmã Layla era responsável por um grupo, e eu, pelo outro. Embora a irmã Layla tivesse apenas começado a supervisionar esse trabalho, ela sempre fazia sugestões importantes para a produção de vídeos e frequentemente levava os irmãos a analisar o trabalho e a aprender habilidades técnicas. Isso não me deixava muito feliz, e eu pensava: “Nesse ritmo eles progredirão rapidamente e logo meu grupo será comparado desfavoravelmente ao deles”. Fui tomada por uma sensação de crise e disse a mim mesma que eu precisava fazer um bom trabalho com cada vídeo para não ficar para trás de Layla e seu grupo. Na época, estávamos fazendo um vídeo que era tecnicamente exigente, e eu estava estudando minuciosamente as habilidades relevantes com outros irmãos. Quando encontrávamos dificuldades, eu orava a Deus e buscava soluções com todos. O vídeo foi completado após muito trabalho, e os irmãos que o viram disseram que ele havia sido bem-feito. Isso foi gratificante, pois sugeria que eu era uma força a ser reconhecida e que eu era mais capaz do que Layla e seu grupo. Eu enviei o vídeo aos irmãos em outros grupos, e alguns dias depois eles responderam dizendo que o vídeo era muito realista e me perguntaram como melhorei minhas habilidades técnicas. Fiquei muito feliz ao ouvir isso e pensei: “Agora que todos os irmãos viram o que posso fazer, com certeza me respeitarão e me admirarão”. Prometi a mim mesma que eu trataria todos os vídeos subsequentes com diligência máxima.

Depois disso, Layla e seu grupo estavam tendo algumas dificuldades com um vídeo e quiseram que eu os ajudasse a resolvê-las. Eu pensei: “Esse vídeo é responsabilidade sua. Se eu gastar tempo resolvendo esses problemas, o mérito não será meu e também atrasará meu trabalho. Será melhor para mim se eu me esforçar mais no vídeo pelo qual sou responsável do que se eu ajudá-los a resolver seus problemas”. Assim, decidi não ajudá-los. Mais tarde, quando Layla ainda não tinha encontrado uma solução, ela me procurou de novo. Ela disse que tinha tentado várias abordagens, mas sem sucesso, e perguntou como eu tinha lidado com tais dificuldades no passado. Eu pensei: “Seu eu gastar tempo com os problemas do seu grupo e você acabar fazendo um trabalho melhor do que eu, todos não pensarão que você é uma líder de grupo melhor do que eu, embora você tenha acabado de começar? Eu pareceria incompetente!”. Com isso em mente, eu lhe disse casualmente que não havia nada que eu pudesse fazer. Layla não teve escolha senão voltar e continuar sondando as dificuldades pessoalmente. Então ela enviou uma amostra do vídeo ao chat do grupo para que verificássemos se havia algum problema. Eu não queria responder, achando que assistir ao vídeo seria uma perda de tempo. Mas, ao mesmo tempo, eu temia que, se eu não assistisse a ele, os irmãos dissessem que eu era negligente na supervisão e irresponsável como líder de grupo. Por isso, abri o arquivo com relutância e assisti ao vídeo. Descobri problemas em vários lugares, mas não lhes dei muita atenção. Então Layla enviou o vídeo à líder, que apontou um bom número de problemas, por isso o vídeo precisava ser revisto e corrigido. Como resultado, o progresso do trabalho se atrasou. Mais tarde, quando a líder veio discutir o trabalho comigo, ela apontou meus problemas e disse: “Quando desempenhamos o dever na igreja, dividimos o trabalho, mas isso não significa que trabalhamos independentemente uns dos outros. Você é uma líder de grupo, então tem de levar um fardo maior. Layla acabou de começar a praticar como líder de grupo, por isso você deve verificar mais de perto os vídeos que ela e seu grupo produzem, para que qualquer problema possa ser resolvido com antecedência”. Então eu percebi que eu não podia me livrar da responsabilidade por esse atraso, pois ele foi devido a eu ser egoísta demais, cuidando só do meu trabalho e me recusando a cooperar com Layla. No entanto, eu não refleti muito sobre a questão. Depois disso, sempre que fazia vídeos, meu raciocínio era nebuloso e eu me sentia sonolenta e desorientada. Eu não conseguia identificar os problemas no dever dos irmãos e nem sabia o que dizer quando orava. Percebi que eu não estava no estado correto e que Deus ocultou-me Sua face. Assim, vim para diante de Deus buscando e orando, pedindo que Ele me guiasse a entender a mim mesma.

Uma noite, antes de me deitar, eu refleti sobre meu desempenho recente. Pensei em como Deus expõe os anticristos que só se importam com seu trabalho no desempenho do dever. Encontrei esta passagem das palavras de Deus: “Os anticristos não têm consciência, nem razão, nem humanidade. Eles não apenas são desprovidos de vergonha, mas também têm outro distintivo: eles são notavelmente egoístas e vis. O senso literal de seu ‘egoísmo e vileza’ não é difícil de entender: eles são cegos em relação a tudo, menos a seus interesses pessoais. Qualquer coisa que diga respeito a seus interesses recebe toda a sua atenção, eles sofrerão por isso, pagarão um preço, isso os absorverá, e eles se devotarão a isso. Eles farão vista grossa em relação a qualquer coisa que não esteja relacionada a seus interesses e a ignorarão; os outros podem fazer o que quiserem — os anticristos não se importam se alguém interrompe ou perturba e, para eles, isso nada tem a ver com eles. Falando diplomaticamente, eles cuidam da própria vida. Mas é mais correto dizer que esse tipo de pessoa é vil, desprezível e sórdido; nós o definimos como ‘egoísta e vil’. Como o egoísmo e a vileza dos anticristos se manifestam? Em tudo que beneficia seu status ou reputação, eles se esforçam para fazer ou dizer o que for necessário, e suportam voluntariamente qualquer sofrimento. Mas quando se trata do trabalho arranjado pela casa de Deus ou quando se trata de trabalho que beneficia o crescimento na vida do povo escolhido de Deus, eles o ignoram totalmente. Mesmo quando pessoas malignas interrompem, perturbam e cometem todos os tipos de males, afetando assim seriamente o trabalho da igreja — eles permanecem passivos e despreocupados, como se isso nada tivesse a ver com eles. E se alguém descobre e denuncia os atos malignos de uma pessoa maligna, eles dizem que não viram nada e fingem ignorância. […] Não importa o trabalho que façam, os anticristos nunca pensam nos interesses da casa de Deus. Só consideram se os seus interesses serão afetados, pensam apenas no pouquinho de trabalho à sua frente que os beneficia. Para eles, o trabalho principal da igreja é apenas algo que fazem em seu tempo livre. Não o levam nem um pouco a sério. Eles só se mexem se são instigados a agir, só fazem o que gostam de fazer e só fazem trabalho que seja em prol de seu status e poder. Aos seus olhos, qualquer trabalho arranjado pela casa de Deus, o trabalho de espalhar o evangelho e a entrada na vida do povo escolhido de Deus não são importantes. Não importa quais dificuldades as outras pessoas tenham no trabalho delas, que problemas elas identificaram e relataram a eles, quão sinceras sejam suas palavras, os anticristos não dão atenção, não se envolvem, é como se nada tivesse a ver com eles. Não importa quão grandes sejam os problemas que emergem na igreja, eles ficam totalmente indiferentes. Mesmo quando um problema está bem na frente deles, eles o tratam apenas com superficialidade. Somente quando são podados diretamente pelo alto e recebem a ordem de resolver um problema é que fazem, de má vontade, um pouco de trabalho real, e entregam algo que o alto possa ver; logo depois, eles continuarão com os próprios assuntos. Quando se trata do trabalho da igreja, de coisas importantes do contexto mais amplo, eles se mostram desinteressados e indiferentes. Até ignoram os problemas que descobrem, dão respostas perfunctórias ou usam suas palavras para dispensar você quando questionados sobre problemas, só tratam os problemas com grande relutância. Essa é a manifestação do egoísmo e da vileza, não é? Além disso, não importa que dever os anticristos estejam desempenhando, eles só querem saber se isso permitirá que sejam o centro das atenções; contanto que eleve sua reputação, eles quebram a cabeça para encontrar um jeito de aprender a fazê-lo, a executá-lo; eles só se importam se isso os destacará. Não importa o que façam ou pensem, eles só se preocupam com sua fama, seu ganho e seu status. Não importa que dever estejam desempenhando, eles só competem para ver quem é mais alto ou mais baixo, quem vence e quem perde, quem tem a reputação maior. Eles só se importam com o número de pessoas que os reverenciam e admiram, com quantas pessoas obedecem a eles, e com o número de seguidores que eles têm. Nunca comunicam a verdade ou resolvem problemas reais. Quando desempenham seu dever, eles nunca pensam em fazer as coisas de acordo com o princípio, nem refletem se foram leais, se cumpriram suas responsabilidades, se houve desvios ou descuidos em seu trabalho, ou se há algum problema; muito menos pensam no que Deus pede e em quais são as intenções Dele. Eles não dão a menor atenção a essas coisas. Eles só arregaçam as mangas e fazem coisas que lhes tragam fama, ganho e status, para satisfazerem suas ambições e seus desejos. Essa é a manifestação do egoísmo e da vileza, não é? Isso expõe totalmente como seu coração transborda de suas ambições, desejos e exigências absurdas; tudo que fazem é governado pelos seus desejos e ambições. Não importa o que façam, a motivação e a fonte são suas ambições, seus desejos e suas exigências absurdas. Essa é a manifestação arquetípica de egoísmo e vileza(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso quatro: Resumindo a índole dos anticristos e seu caráter essência (parte 1)”). Deus expõe os anticristos como sendo extremamente egoístas. Em questões relacionadas a seus interesses ou que lhes permitam se destacar, eles trabalham com diligência e alegria, independentemente do preço que precisem pagar ou de quanto precisem sofrer. Mas se algo não diz respeito aos seus interesses, eles simplesmente o ignoram. Em tais casos, eles não estão dispostos a dar atenção, não importam quantas dificuldades os outros estejam enfrentando nem quão grande seja a perda para o trabalho da igreja. Tudo que fazem é para o bem de seu status e reputação pessoal, e eles não consideram os interesses da igreja. Então notei que era assim que eu vinha me comportando. Quando nosso grupo foi dividido em dois, vi que Layla fazia progresso rápido e levava um fardo no dever. Eu temia que ela me ultrapassasse, por isso não quis ajudá-la quando ela encontrou dificuldades e pediu minha ajuda. Achei que isso não era uma das minhas responsabilidades primárias e que fazer isso tomaria meu tempo e energia. Não só isso, mas mesmo que o vídeo ficasse bom, meu trabalho duro passaria despercebido — em vez disso, os outros suporiam que Layla estava no mesmo nível que eu, apesar de só ter começado a praticar como uma líder de grupo. Nesse caso, eu não seria capaz de me exibir. Então, quando Layla pediu que eu verificasse seu vídeo e lhes fizesse sugestões, não me importei. Eu não queria gastar tempo e esforço vendo-o. No fim, acabei assistindo — mas só a contragosto, por formalidade, porque eu temia que os outros pudessem me rotular como irresponsável. Por causa disso, o vídeo — que continha numerosos problemas — teve de ser refeito. Se eu tivesse feito um esforço um pouco maior, eu poderia ter descoberto e corrigido esses problemas mais cedo. Mas, por ser tão egoísta e só pensar em meus interesses, o trabalho da igreja se atrasou. Quando pensei nisso, eu me senti muito culpada. A igreja tinha arranjado que eu fosse uma líder de grupo, portanto, eu deveria ter cumprido minhas responsabilidades e ter sido atenciosa para resolver os vários problemas e dificuldades que os irmãos encontravam em seu dever. Mas eu não me importei nem um pouco com a intenção de Deus. Tudo o que me importava era se os vídeos sob minha responsabilidade eram bem-feitos, e se eu poderia fazer com que mais pessoas me admirassem. Quando Layla se deparou com dificuldades, obviamente, eu tive algumas ideias sobre como resolvê-las, mas eu não ajudei em nada. Até pensei maliciosamente: “É bom que eles tenham se deparado com algumas dificuldades. Se seus resultados forem ruins, a minha imagem melhorará. Os irmãos acharão que eu sou o pilar de nosso grupo e que não podem ficar sem mim”. A forma como eu pensava e agia era muito desprezível! Ao rever o trabalho mais tarde, eu ouvi algumas irmãs dizendo coisas como: “Esse vídeo não foi muito bem-feito, e sinto-me um tanto negativa quanto a isso. Acho que meu calibre não é bom o suficiente para esse dever”. Ouvir isso me deixou angustiada e reforçou o que eu sentia em relação a como eu tinha sido egoísta. Eu só me importava com meu status e reputação. Eu estava ciente de que elas só tinham começado a praticar e que elas precisavam de assistência e cooperação. Mas eu só cruzei os braços, sem um pingo de amor. Quanto mais eu pensava nisso, mais sentia que eu carecia de humanidade. Como pude fazer algo tão desprezível e baixo?

Numa reunião, um irmão comunicou uma experiência sua e vi que eu me beneficiei muito com isso. Em sua comunhão, havia uma passagem das palavras de Deus que me impressionou profundamente. As palavras de Deus dizem: “Qual é o critério pelo qual as ações e o comportamento de uma pessoa são julgados como sendo bons ou maus? É se, em seus pensamentos, revelações e ações, ela tem ou não o testemunho de colocar a verdade em prática e de viver a verdade realidade. Se não tiver essa realidade ou não a viver, então você é, sem dúvida, um malfeitor. Como Deus considera os malfeitores? Para Deus, seus pensamentos e atos externos não dão testemunho Dele, tampouco humilham e derrotam Satanás; em vez disso, trazem vergonha para Ele, e estão repletos de marcas de desonra que você trouxe para Ele. Você não está testificando de Deus, não está se despendendo por Deus, nem está cumprindo suas responsabilidades e obrigações para com Deus; em vez disso, está agindo para o próprio bem. O que significa ‘para o próprio bem’? Para ser preciso, significa para o bem de Satanás. Por isso, no fim, Deus dirá: ‘Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade’. Aos olhos de Deus, suas ações não serão vistas como boas ações, serão consideradas atos malignos. Não somente elas não ganharão a aprovação de Deus — elas serão condenadas. O que alguém espera ganhar com tal crença em Deus? Tal crença não levaria a nada no final?(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). As palavras de Deus me mostraram que Deus não olha para quantos deveres uma pessoa desempenha nem quanto os outros elogiam uma pessoa. Antes, o que Ele vê é se uma pessoa possui o testemunho de praticar a verdade em seus pensamentos, expressões e ações durante o desempenho do dever. É assim que Deus julga se as coisas que alguém faz são boas ou malignas. Deus escrutina o coração das pessoas, e se uma pessoa desempenha o dever sem a intenção de dar testemunho de Deus e de satisfazer a Deus e, em vez disso, prejudica o trabalho da igreja para defender seus interesses pessoais, então, por mais alto que seja o preço que uma pessoa pague, ela está cometendo o mal aos olhos de Deus. Eu sempre achei que eu era conscienciosa e responsável no dever e que eu não era tão ruim. Porém, ao refletir sobre meu comportamento à luz das palavras de Deus, eu vi que, embora eu fizesse meu melhor e fosse meticulosa no trabalho pelo qual eu era responsável, por trás disso se escondia a intenção de ocupar um lugar no coração dos meus irmãos; a intenção de fazer com que as pessoas achassem que eu era o pilar do grupo e que não podiam ficar sem mim. Até quando Layla se deparou com dificuldades e não conseguiu progredir em seu trabalho, eu não me importei nem um pouco. Ao contrário, eu fiquei feliz ao vê-la tendo dificuldades, pois achava que isso me ajudaria a me destacar. Ao desempenhar meu dever com intenções tão desprezíveis, eu estava cometendo o mal e sendo condenada por Deus. Se eu não me arrependesse, no fim, eu seria eliminada por Deus, mesmo que fizesse muito trabalho e pagasse um preço alto. Esse pensamento me assustou, e eu senti que estava em grande perigo. Eu orei a Deus e decidi que não viveria mais segundo meu caráter corrupto, e que, se algo similar ocorresse comigo no futuro, eu tinha de considerar o trabalho da igreja como um todo e proteger os interesses da igreja.

Depois, encontrei uma senda de prática nas palavras de Deus. Deus diz: “Para todos que desempenham um dever, por mais profundo ou raso que seja seu entendimento da verdade, a maneira mais simples de praticar entrar na verdade realidade é pensar nos interesses da casa de Deus em tudo e abrir mão de desejos egoístas, intenções, motivos, orgulho e status pessoais. Coloque os interesses da casa de Deus em primeiro lugar — isso é o mínimo que se deve fazer. Se uma pessoa que desempenha um dever não consegue fazer nem mesmo isso, como se pode dizer que ela está desempenhando seu dever? Isso não é desempenhar o dever. Você deveria primeiro pensar nos interesses da casa de Deus, considerar as intenções de Deus e considerar o trabalho da igreja. Coloque essas coisas acima de tudo; só depois disso você pode pensar sobre a estabilidade de seu status ou sobre como os outros o consideram. Vocês não acham que isso fica um pouco mais fácil quando vocês o dividem em dois passos e fazem algumas concessões? Se praticar assim por algum tempo, você vai achar que satisfazer a Deus não é algo tão difícil. Além disso, você deve ser capaz de cumprir suas responsabilidades, desempenhar seu dever e suas obrigações, e deixar de lado seus desejos egoístas, seus motivos e intenções; você deveria demonstrar consideração pelas intenções de Deus e colocar em primeiro lugar os interesses da casa de Deus, o trabalho da igreja e o dever que é para você desempenhar. Após experimentar isso por algum tempo, você sentirá que essa é uma boa maneira de se comportar. É viver franca e honestamente, e não ser uma pessoa baixa, vil; é viver justa e honradamente, em vez de ser desprezível, baixo e inútil. Você achará que é assim que uma pessoa deveria agir e a imagem que ela deveria viver. Aos poucos, seu desejo de satisfazer seus interesses diminuirá(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). As palavras de Deus me mostraram que, para desempenhar bem seu dever, uma pessoa precisa deixar de lado seus motivos e intenções pessoais, seu orgulho e status e deve colocar os interesses da igreja primeiro, todas as vezes. Depois disso, eu desempenhei o dever de modo consciente, de acordo com as exigências de Deus, e deixei de ser egoísta e desprezível e de considerar só meu status e reputação. Uma vez, Layla se deparou com uma dificuldade ao fazer um vídeo e pediu que eu desse uma olhada em como resolvê-la. Eu relutei um pouco e pensei: “Ainda não terminei o vídeo que estou fazendo. Ajudar a resolver o problema dela afetará o progresso do meu trabalho? Se eu acabar não podendo terminá-lo em tempo, os outros dirão que eu sou ineficiente, mesmo sendo uma líder de grupo?”. Percebi que eu estava novamente vivendo segundo meu caráter corrupto. Eu me lembrei da resolução que eu tinha feito diante de Deus — que eu consideraria o trabalho da igreja como um todo e não cuidaria somente do meu trabalho — e eu orei a Deus, disposta a me rebelar contra a carne, deixar de lado meus interesses e ajudar Layla diligentemente. Assisti ao vídeo com atenção, anotei os problemas e então procurei Layla e seu grupo para oferecer orientação local. Layla disse que minha comunhão tinha aberto uma senda para ela e eu senti muita paz no coração. Inicialmente, eu achei que ajudá-los atrasaria meu trabalho, mas, no fim, não houve nenhum atraso. Para ambos os grupos, o trabalho avançou de forma mais eficiente do que nunca e foi completado com sucesso em um mês. Depois disso, quando os irmão pediam minha ajuda para suas dificuldades, eu não a recusei mais. Em vez disso, ajudava da melhor forma possível. Embora estivesse gastando mais tempo e esforço verificando coisas e fazendo sugestões, eu me sentia em paz praticando desse jeito.

Mais tarde, refleti sobre mim mesma e me perguntei por que eu era tão assídua referente a questões que diziam respeito a meus interesses, mas não cooperava quando meus interesses não estavam envolvidos. O que, exatamente, era a essência desse problema? Vi algumas das palavras de Deus: “Para proteger sua vaidade e orgulho, e para manter sua reputação e seu status, algumas pessoas ficam felizes em ajudar os outros e em se sacrificar por seus amigos, não importa o custo. Mas, quando precisam proteger os interesses da casa de Deus, a verdade e a justiça, suas boas intenções já se foram, desapareceram completamente. Quando deveriam praticar a verdade, elas não a praticam nem um pouco. O que está acontecendo? Para proteger sua dignidade e orgulho, elas pagam qualquer preço e suportam qualquer sofrimento. Mas, quando precisam fazer trabalho real e lidar com assuntos práticos, proteger o trabalho da igreja e coisas positivas, e proteger o povo escolhido de Deus e prover para ele, por que elas não têm mais a força para pagar qualquer preço e suportar qualquer sofrimento? Isso é inconcebível. Na verdade, elas têm um tipo de caráter que é avesso à verdade. Por que digo que seu caráter é avesso à verdade? Porque, sempre que algo envolve dar testemunho de Deus, praticar a verdade, proteger o povo escolhido de Deus, lutar contra os esquemas de Satanás, ou proteger o trabalho da igreja, elas fogem e se escondem, e não se ocupam de nenhum assunto adequado. Onde estão seu heroísmo e seu espírito para suportar sofrimento? Onde elas aplicam essas coisas? É fácil ver isso. Mesmo que alguém as reprove, dizendo que elas não deveriam ser tão egoístas e baixas, e proteger a si mesmas, e que elas deveriam proteger o trabalho da igreja, elas não ligam muito. Elas dizem a si mesmas: ‘Eu não faço essas coisas, e elas não têm nada a ver comigo. Que bem faria agir assim para minha busca de fama, ganho e status?’. Elas não são pessoas que buscam a verdade. Só gostam de buscar fama, ganho e status, e não fazem nada do trabalho que Deus lhes confiou. Portanto, quando deveriam fazer o trabalho da igreja, elas apenas escolhem fugir. Isso significa que, no coração, elas não gostam de coisas positivas e não estão interessadas na verdade. Isso é uma manifestação nítida de ser avesso à verdade. Somente aqueles que amam a verdade e possuem a verdade realidade podem comparecer quando exigidos pelo trabalho da casa de Deus e pelo povo escolhido de Deus, somente eles podem se levantar, com bravura e comprometidos com o dever, para testemunhar a Deus e comunicar a verdade, levando o povo escolhido de Deus para a senda certa, e permitindo que eles alcancem submissão à obra de Deus. Somente essa é uma atitude de responsabilidade e uma manifestação de mostrar consideração pelas intenções de Deus. Se vocês não tiverem essa atitude e forem nada além de descuidados ao lidar com as coisas, e pensarem: ‘Farei as coisas dentro do escopo do meu dever, mas não me importo com mais nada. Se você me perguntar algo, eu lhe responderei — se eu estiver de bom humor. Caso contrário, não o farei. Essa é a minha atitude’, isso é um tipo de caráter corrupto, não é? Apenas proteger status, reputação, e orgulho próprios, e apenas proteger as coisas que dizem respeito a seus interesses — isso é proteger uma causa justa? É proteger os interesses da casa de Deus? Por trás desses motivos mesquinhos e egoístas está o caráter de ser avesso à verdade(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). “Quando Deus vê que as pessoas são de calibre ruim, que possuem certas falhas e têm caracteres corruptos ou uma essência que se opõe a Ele, Ele não é repelido por elas e não as mantém afastadas Dele. Essa não é a intenção de Deus e não é Sua atitude em relação ao homem. Deus não detesta o baixo calibre das pessoas, Ele não detesta sua tolice, e Ele não detesta que elas tenham caracteres corruptos. O que é que Deus mais odeia nas pessoas? É quando elas são avessas à verdade. Se você é avesso à verdade, só por causa disso Deus nunca encontrará prazer em você. Isso está escrito em pedra. Se você é avesso à verdade, se não ama a verdade, se a sua atitude para com a verdade é indiferente, desdenhosa e arrogante, ou até mesmo repulsiva, resistente e rejeitadora — se é assim que você se comporta, Deus tem maior repulsa por você, e você está acabado, aquém da salvação(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Para cumprir bem seu dever, é absolutamente crucial entender a verdade”). As palavras de Deus me mostraram que as pessoas que não amam a verdade nem protegem os interesses da igreja, sempre protegendo o status e a reputação pessoal, e prontamente fazendo qualquer coisa que sirva a seus interesses e as faça se destacar, enquanto ignoram tudo que não as beneficia, são pessoas de caráter satânico avessas à verdade. Não importa quão diligente seja esse tipo de pessoa em questões que toquem seus interesses pessoais, que preço ela pague nem quão impressionantes sejam os resultados de seu trabalho, sua intenção é sempre satisfazer sua necessidade de status e reputação. Quando se trata dos interesses da igreja, ela claramente sabe a verdade, mas não a pratica, e ela não defende o trabalho da igreja de modo algum. Ao refletir, percebi que eu vinha desempenhando meu dever desse jeito. Eu estava disposta a me esforçar e a pagar um preço contanto que eu fosse capaz de me destacar e passar uma impressão boa. Mesmo em face de dificuldades, eu permanecia resoluta e só me dedicava totalmente para obter resultados. Mas assim que via que fazer um bom trabalho não me faria me destacar nem me beneficiaria, eu ficava de fora. Eu nem ficava ansiosa, mesmo quando via o trabalho da igreja sofrendo perdas. Eu estava revelando o caráter satânico de ser avessa à verdade! Com base em todos os meus anos de fé e todas as palavras de Deus que eu tinha lido, eu sabia em termos de doutrina que, como um ser criado, eu tinha de cumprir meu dever com todo meu coração, toda minha mente e força, e que eu sempre devia colocar os interesses da igreja em primeiro lugar. Frequentemente, eu orava a Deus, dizendo que eu desempenharia meu dever da melhor forma possível para retribuir Seu amor. Mas quando eu enfrentava uma situação real, eu escolhia satisfazer meus desejos egoístas, em vez de proteger os interesses da igreja. Eu sempre colocava meu status e minha reputação acima dos interesses da igreja. Como eu era maligna! Se eu não lidasse com meu caráter satânico de ser avessa à verdade, eu nunca alcançaria uma mudança em minha vida caráter, sem falar de alcançar a salvação, por mais anos que eu continuasse crendo em Deus. Pensando nisso, percebi como esse meu caráter era fatal. Eu orei a Deus pedindo que Ele me guiasse a me livrar dos grilhões desse caráter corrupto.

Logo depois, li outra passagem das palavras de Deus: “Na casa de Deus, todos aqueles que buscam a verdade estão unidos, e não divididos, diante de Deus. Todos eles trabalham em prol de um objetivo comum: cumprir seu dever, fazer o trabalho que recai sobre eles, agir de acordo com as verdades princípios, fazer o que Deus exige e satisfazer Suas intenções. Se seu objetivo não serve a esse fim, mas é para seu próprio bem, para satisfazer seus desejos egoístas, então isso é a revelação de um caráter satânico corrupto. Na casa de Deus, os deveres são cumpridos de acordo com as verdades princípios, enquanto as ações dos não crentes são governadas por seus caracteres satânicos. Essas são duas sendas muito diferentes. Os não crentes abrigam um esquema próprio, cada um deles tem seus planos e objetivos, e todos vivem para os interesses pessoais. É por isso que todos lutam em seu benefício pessoal e não estão dispostos a ceder um milímetro do que ganham. Estão divididos, não unidos, porque eles não têm um objetivo comum. A intenção e a natureza do que fazem são as mesmas. Todos estão fazendo de tudo por si mesmos. Não há verdade que reina nisso; o que reina e dá as ordens aqui é um caráter satânico corrupto. Eles são controlados por seu caráter satânico corrupto e não conseguem agir de outra forma, e assim caem cada vez mais profundamente no pecado. Na casa de Deus, se os princípios, métodos, motivação e ponto de partida de suas ações não fossem diferentes daqueles dos não crentes, se um caráter satânico corrupto brincasse com você, controlasse e manipulasse você e se o ponto de partida de suas ações fossem seus interesses pessoais, sua reputação, seu orgulho e status, então vocês não desempenhariam seus deveres de forma diferente de como os não crentes fazem as coisas. Se vocês buscam a verdade, vocês deveriam mudar a forma como fazem as coisas. Vocês deveriam abandonar seus interesses e suas intenções e desejos pessoais. Deveriam primeiro comunicar a verdade juntos quando fazem as coisas e entender as intenções e as exigências de Deus antes de dividir o trabalho entre vocês, tendo em vista quem é bom e quem é ruim em quê. Deveriam assumir o que são capazes de fazer e se agarrar a seu dever. Não lutem nem se agarrem às coisas. Você precisa aprender a fazer concessões e a ser tolerante. Se alguém acabou de começar a desempenhar um dever ou acabou de aprender as habilidades para uma área, mas não está à altura de algumas tarefas, você não deve forçá-lo. Deve atribuir-lhe tarefas que sejam um pouco mais fáceis. Isso lhe permite obter resultados mais facilmente no desempenho de seu dever. É isso que significa ser tolerante, paciente e ter princípios. É uma parte do que a humanidade normal deveria ter; é o que Deus exige das pessoas e o que as pessoas deveriam praticar(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus me fizeram entender como desempenhar um dever na igreja é diferente da maneira como os descrentes fazem as coisas. No mundo dos descrentes, as pessoas interagem de acordo com as filosofias satânicas para os tratos mundanos como: “deixe as coisas seguirem se não o afetarem pessoalmente” e “que cada um cuide da sua vida”. Elas só consideram seus interesses e se podem ganhar uma promoção ou riqueza. Ninguém demonstra nenhum interesse nem preocupação pelas dificuldades dos outros. Ao considerar como eu vinha me comportando no dever, percebi que eu agia exatamente como um descrente. Eu estava ciente do fato de que Layla tinha acabado de começar a praticar e que ela estava tendo dificuldades em seu dever, mas eu temia ficar atrasada e ser ultrapassada por ela, por isso não quis ajudar. Como resultado, refazer o vídeo não só atrasou o progresso, mas eu também estava vivendo com um caráter corrupto, era detestada por Deus e carecia de Sua orientação em meu dever. Isso me permitiu ver que o caráter de Deus é justo, que Deus nos escrutina até o fundo do nosso coração, que Deus vê com clareza absoluta as nossas intenções egoístas no desempenho do nosso dever e que nós somos incapazes de alcançar a obra do Espírito Santo se abrigarmos intenções erradas no nosso dever. As palavras de Deus me mostraram que, na igreja, nós estamos desempenhando um dever, em vez de tratar nossos assuntos pessoais e não podemos executar nossos negócios pessoais com base num caráter corrupto. Não importa o que aconteça, temos de praticar a verdade e defender os interesses da igreja e ajudar e apoiar mutuamente nossos irmãos, para que o trabalho da igreja avance tranquilamente. Eu tinha desfrutado da rega e do sustento de tantas das palavras de Deus, e a igreja tinha me cultivado por tanto tempo. Se eu ainda estava tramando para mim mesma, satisfazendo meus desejos egoístas, enquanto era incapaz de desempenhar o dever corretamente para retribuir o amor de Deus, então eu realmente carecia de consciência e era indigna de tudo que Deus tinha me concedido, muito menos de viver diante de Deus. Notar isso me encheu de remorso. Eu não deveria ter tratado meu dever desse jeito e precisava dar meia-volta o quanto antes. Ao lidar com problemas no futuro, contanto que fosse trabalho da igreja, eu precisava defendê-lo e cumprir minhas responsabilidades não importando se o trabalho estava em minha alçada ou se me faria causar boa impressão. Depois disso, nunca mais recusaria sempre que os irmãos tivessem dificuldades e precisassem de minha ajuda, e eu seria capaz de dizer-lhes algumas boas sendas que eu tinha resumido. Ao desempenhar meu dever desse jeito, eu me senti em paz e à vontade.

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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