Por Xiaowei, Cidade de Xangai

Um tempo atrás, embora eu sempre recebesse um pouco de inspiração e auxílio, quando certa irmã, que formava uma parceria comigo, compartilhava comigo o esclarecimento que ela havia obtido ao comer e beber da palavra de Deus, eu sempre ficava com a impressão de que ela estava se exibindo. Eu pensava, “Se eu responder a ela agora mesmo, eu não estarei bajulando ela? Se isso acontecer, eu não vou parecer inferior a ela?” O resultado foi que eu me recusei a expressar as minhas próprias opiniões em comunhão ou comentar os pensamentos que ela apresentava. Uma vez, minha irmã, depois de receber inspiração ao comer e beber de uma certa passagem da palavra de Deus, sentiu que havia algo errado com a nossa situação e me perguntou se eu gostaria de comungar com ela aquela passagem da palavra de Deus. Assim que ela fez essa pergunta, todos os pensamentos e sentimentos de ressentimento vieram à tona: “Você só quer testemunhar a você mesma, ter uma plateia para pregar para ela. Por que eu deveria comungar com você?” Cheguei até mesmo ao ponto de faltar a um encontro para não ter que ouvi-la. Depois de um certo tempo, senti um grande peso em meu coração, eu sabia que havia algo errado em minha situação, mas não conseguia pensar numa boa forma de resolver o meu conflito interior. Tudo que eu podia fazer era investir todo a minha energia nos meus deveres, comer e beber da palavra de Deus, e cantar os hinos para me distrair daqueles sentimentos negativos. No entanto, sempre que eu tinha que encarar aquela situação, o mesmo sentimento de corrupção surgia em meu coração — as coisas estavam piorando, e não melhorando — e eu não tinha nenhuma ideia do que eu poderia fazer a respeito.

Alguns dias depois, tive que ficar frente a frente com a irmã durante a comunhão. A irmã me disse: “Recentemente você tem ficado muito quieta durante a comunhão, você anda meio estranha ultimamente”. Aquelas palavras tiveram o impacto de um soco no estômago, mas, para não me humilhar, eu neguei que houvesse algum problema. Naquele momento fiquei com a impressão de que a irmã tinha sido muito arrogante: ela parecia falar sem respeitar a minha dignidade e tive a sensação de que ela me menosprezava. Todos os velhos pensamentos corruptos voltaram na mesma hora. Quanto mais eu lutava contra aquilo, mais escuro ficava o meu espírito. Eu havia perdido o contato com Deus. Sentindo-me totalmente impotente, eu me ajoelhei diante de Deus e orei para que Ele me iluminasse naquela situação. A palavra de Deus veio a mim no meio da oração: “Aqueles que veem a obra do Espírito Santo como uma brincadeira são frívolos!” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Conhecer os três estágios da obra de Deus é a senda para conhecer Deus”). Depois disso, também encontrei a seguinte passagem: “O Espírito Santo não somente opera em certos homens que são usados por Deus, mas ainda mais na igreja. Ele poderia operar em qualquer um. Ele pode operar em você no presente, e você experimentará essa obra. Durante o período seguinte, Ele pode operar em outra pessoa, e nesse caso você deve se apressar para segui-lo; quanto mais de perto você seguir a luz atual, mais sua vida poderá crescer. Não importa o tipo de pessoa, se o Espírito Santo opera nela, então você deve seguir. Assimile as experiências dela por meio das suas, e você receberá coisas ainda mais elevadas. Ao fazer isso, você avançará mais rápido. Essa é a senda da perfeição para o homem e o caminho pelo qual a vida cresce. A senda para tornar-se aperfeiçoado é alcançada por meio de sua obediência à obra do Espírito Santo. Você não sabe por meio de que tipo de pessoa Deus operará para aperfeiçoar você, nem por meio de que pessoa, ocorrência ou coisa Ele permitirá a você ganhar ou ver as coisas. Se você conseguir andar nessa trilha correta, isso mostra que há uma grande esperança de você ser aperfeiçoado por Deus. Se você não conseguir, isso demonstra que seu futuro é sombrio, desprovido de luz” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que obedecem a Deus com um coração sincero certamente serão ganhos por Deus”). Ao ler essa passagem, eu percebi de um estalo: todo aquele tempo eu havia resistido à obra do Espírito Santo! Naqueles dias minha irmã havia recebido iluminação ao comer e beber da palavra de Deus. Ela carrega um peso por seu dever e pela vida dos outros, e está feliz em apoiar e ajudar os outros. Está claro que o Espírito Santo está operando através dela. Eu deveria obedecer à obra do Espírito Santo e aceitar a ajuda dela, mas, em vez disso, achei que a irmã estava se exibindo, pensando que ela só queria provar que era muito melhor que os outros. O resultado foi que eu rejeitei as ideias dela e me recusei a comungar com ela. Deus estava operando através da irmã para me mostrar a minha situação e me ajudar, e tudo que eu fiz foi nutrir o ressentimento e o preconceito e vê-la como minha inimiga. À superfície, isso parece apenas um conflito ocorrido entre mim e a irmã, mas, na verdade, eu estava me opondo a Deus! Eu não estava rejeitando e resistindo à obra do Espírito Santo? Como eu tinha sido arrogante e obstinada! Para me preservar a minha dignidade e o meu status, eu me recusei a ter a humildade de receber a ajuda da irmã e até mesmo rejeitei, evitei e a julguei em sua comunhão! Sem um pingo de razão ou humanidade! Naquele momento eu percebi que eu não estava vivendo em verdadeira obediência e temor a Deus, eu não estava amando a verdade e estava cega para a preciosa obra do Espírito Santo em minha irmã. Em vez disso, eu havia posto o meu status e vaidade acima de tudo. Eu teria preferido abandonar a obra do Espírito Santo do que me humilhar. Os meus atos não eram diferentes dos atos daqueles líderes religiosos que, para garantirem a fama e o status, resistiam e condenavam a Deus mesmo sabendo que aquele era o caminho da verdade. Eu não era só mais uma pessoa frívola que, como Deus disse, enxerga a obra do Espírito Santo como um jogo? Em retrospecto, eu percebo que o Espírito Santo não estava somente operando na irmã. Ele também estava tentando me tornar melhor, abrir os meus olhos e obter algum resultado no processo. E o que eu fiz em troca? Fui arrogante e convencido e recusei a graça de Deus a cada momento. Quantas oportunidades de ser aperfeiçoada, de ser iluminada e ganhar conhecimento da verdade eu tinha perdido! Como eu tinha sido tola e estúpida!

Naquele momento eu senti um rancor e culpa ainda maiores por tudo que eu tinha feito. Por isso, orei a Deus, “Deus, eu estava cega e fui tola e arrogante. Não mereço a obra que Tu executaste em mim nem ser salvo por Ti. Deus, agradeço a Tua orientação e iluminação, por me mostrares a minha ignorância e o meu absurdo. Eu prometo a Ti que, daqui por diante, sempre que minhas irmãs e irmãos estiverem comungando, se eles estiverem seguindo a palavra ou a vontade de Deus, eu seguirei, obedecerei e aceitarei, porque este é o caminho para o crescimento em minha vida e um sinal da Tua bênção. Não obedeço a ninguém, mas somente às coisas positivas que vêm de Ti. Essa é uma oportunidade de aceitar a Tua salvação. Se eu voltar a desobedecer ou me rebelar contra Ti, peço a Tua punição”.