Por que aceitar um conselho é tão difícil?
Em junho de 2021, eu regava os recém-convertidos na igreja. O irmão Jeremy supervisionava nosso trabalho. Em geral, ele me perguntava sobre quaisquer problemas ou dificuldades que eu tinha no meu dever, orientava-me sobre como me comunicar com os recém-convertidos e ajudá-los a resolver problemas. Às vezes, havia erros ou problemas no meu trabalho. Ele os apontava quando os percebia e me dizia como resolvê-los. No início, eu ficava feliz quando recebia as dicas do irmão Jeremy, mas quando ele mencionou muitos problemas, eu não quis aceitar mais. Eu pensei: “Estou tão ocupada regando os recém-convertidos todos os dias que nem consigo comer na hora certa. Estou dando tudo de mim; por que, então, você sempre fala dos meus problemas? Acho que meu calibre é bom, sei o que devo fazer e não preciso de ninguém que me diga”.
Um dia, um recém-convertido num grupo enviou uma mensagem, desculpando-se por ter perdido a última reunião por estar tão ocupado no trabalho. Na hora, eu estava fazendo outra coisa, por isso não respondi imediatamente. Quando vi a mensagem dele, o irmão Jeremy já tinha respondido a mensagem do recém-convertido. Ele também me enviou uma mensagem lembrando que eu devia responder em tempo hábil e fez sugestões para a comunicação com eles. Fiquei um pouco irritada com sua mensagem, achei que ele estava me importunando, e pensei: “Eu sei como me comunicar com eles; por que você fica insistindo em me dar conselhos? Se você acha que consegue comunicar, faça você mesmo”. Até fiquei insatisfeita: “Tenho feito de tudo, a ponto até de me esquecer de comer, ainda assim você fica dizendo que estou fazendo isso e aquilo errado”. Quando o irmão Jeremy me ligou para verificar o trabalho, eu não atendi nem lhe mandei uma mensagem — eu não queria lhe dar atenção. Mas ele continuou perguntando sobre o meu trabalho e dando sugestões. Uma vez, quando um recém-convertido não respondeu uma mensagem minha, eu não dei seguimento. O irmão Jeremy me instruiu a continuar em contato com ele e disse que eu precisava ter paciência com os recém-convertidos e oferecer-lhes muita ajuda. Não quis aceitar o conselho dele. Eu pensei: “O recém-convertido não está respondendo, portanto não preciso gastar mais tempo. Não há nada de errado com isso; por que eu deveria ouvir você?”. Então não aceitei a sugestão dele. Quanto às pessoas que não me responderam, eu parei de me preocupar com elas. Aos poucos, muitos dos recém-convertidos nos grupos sob minha responsabilidade perderam o interesse pelas reuniões. Foi só quando me dei conta disso que percebi que minha atitude de não aceitar conselhos estava errada. Também refleti sobre como ignorei o irmão Jeremy e rejeitei seu conselho, e como ele sempre tinha respondido às minhas mensagens. Senti que eu lhe devia um pedido de desculpas. E assim fiz uma oração, pedindo que Deus me guiasse e me desse força. Eu queria abandonar minhas ideias pessoais e aceitar o conselho do irmão.
Mais tarde, li isto nas palavras de Deus: “Algumas pessoas nunca buscam a verdade enquanto cumprem seu dever. Apenas fazem o que querem, agindo de acordo com as próprias imaginações, e são sempre arbitrárias e precipitadas e simplesmente não trilham a senda de praticar a verdade. O que significa ser ‘arbitrário e precipitado’? Significa, ao encontrar um problema, agir da forma que achar melhor, sem um processo de pensamento nem qualquer processo de busca. Nada que qualquer pessoa diga pode tocar seu coração ou mudar sua opinião. Você não consegue nem aceitar isso quando a verdade lhe é comunicada, você se agarra às suas opiniões, não ouve quando outras pessoas dizem algo correto, acreditando que você está certo e agarrando-se às suas ideias. Mesmo que seu raciocínio seja correto, você também deveria levar em consideração as opiniões das outras pessoas, certo? E se você não o fizer de modo algum, isso não é ser extremamente hipócrita? Aceitar a verdade não é fácil para pessoas que são extremamente hipócritas e teimosas. Se você faz algo errado e outros o criticam, dizendo: ‘Você não está fazendo isso de acordo com a verdade!’, você responde: ‘Mesmo que não esteja, ainda é assim que eu o farei’. E então encontra alguma razão para levá-los a pensar que isso é certo. Se eles o repreendem, dizendo: ‘Agir assim é interferir e prejudicará o trabalho da igreja’, você não só não ouve, mas continua inventando desculpas: ‘Eu acho que é o jeito certo, portanto, é assim que vou fazê-lo’. Que caráter é esse? (Arrogância.) É arrogância. Uma natureza arrogante o torna teimoso. Se você tiver uma natureza arrogante, você se comportará de forma arbitrária e precipitada, sem prestar atenção ao que os outros dizem” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus tiveram um impacto profundo sobre mim. Eu estava cumprindo um dever, mas não estava buscando os princípios da verdade. Eu estava fazendo as coisas do meu jeito, seguindo minhas ideias e não queria aceitar o que os outros diziam. Eu achava que meu calibre era bom e que eu fazia as coisas do jeito certo, por isso não precisava aceitar a orientação nem o conselho dos outros. Eu era muito obstinada e hipócrita. Quando ignorei as mensagens dos recém-convertidos, o irmão Jeremy me lembrou de acompanhá-las e me deu conselhos sobre como me comunicar com os recém-convertidos, mas eu não aceitei as sugestões dele porque achava que já sabia o que fazer e que não precisava que ele me dissesse. Eu me irritei com ele por causa disso, então, quando ele quis conversar comigo sobre problemas dos recém-convertidos, eu não atendi as ligações dele nem li as mensagens. Ele me instruiu a ser amorosa com os recém-convertidos, e embora eu soubesse que esse era um jeito responsável de tratá-los, achei que eu já estava sendo muito boa com eles e que enviar mais mensagens seria uma perda de tempo. Minha autoconfiança exagerada e não aceitar os conselhos do irmão Jeremy fizeram com que muitos recém-convertidos perdessem o interesse pelas reuniões. Esse resultado me fez perceber que eu era como Deus descreve — teimosa, arrogante e hipócrita. Eu não tinha princípios, era arbitrária e precipitada em meu dever e não buscava a verdade. Eu não estava cumprindo minhas responsabilidades. Se tivesse conseguido renunciar ao meu ego e aceitar o conselho dos outros, eu não estaria indo tão mal no meu trabalho. Ao refletir sobre isso, fiquei enojada com meu caráter arrogante. Jurei que, dali em diante, eu renunciaria à carne, praticaria a verdade e aprenderia a aceitar sugestões. Eu me esforçaria para cumprir bem o meu dever. Depois disso, tentei fazer o que o irmão Jeremy sugeriu e ficar em contato com os recém-convertidos que não me respondiam. Para a minha surpresa, não demorou, e alguns deles quiseram voltar a participar das reuniões, e finalmente vi como as sugestões do irmão Jeremy eram úteis e que esse era o jeito responsável de cumprir o meu dever. Depois disso, sempre que um irmão dava uma sugestão, eu tentava aceitá-la.
Mais tarde, comecei a espalhar o evangelho. A irmã Mona supervisionava o nosso trabalho. Eu estava muito nervosa quando comecei a compartilhar o evangelho, mas fazia o meu melhor para comunicar-me com os candidatos evangelísticos. Eu achava que estava indo muito bem, mas a primeira semana passou, e eu não estava obtendo nenhum resultado bom. A irmã Mona perguntou se eu estava tendo dificuldades e me lembrou de que eu devia me comunicar muito com os candidatos evangelísticos para resolver os problemas e noções deles. Quando ela disse isso, eu me irritei um pouco e disse: “Eu já me comuniquei, mas eles não estão me respondendo”. Eu até lhe enviei capturas de tela para provar que tinha enviado mensagens a eles. Então a irmã Mona me enviou uma gravação do irmão Joseph dando testemunho da obra de Deus dos últimos dias para que eu aprendesse com ele. Ela disse que ele era muito hábil em espalhar o evangelho e que era muito bem-sucedido nisso. Isso foi muito vergonhoso para mim. Achei que ela estava me comparando com o irmão Joseph, o que eu não consegui aceitar. “Por que ela me enviaria essa gravação? Será que a comunicação dele é melhor do que a minha? Ao dizer que ele é bem-sucedido, ela deve estar dizendo que eu sou ruim.” Eu disse a mim mesma: “Minha comunicação é ótima; eu só sou nova nesse dever e não estou familiarizada com os princípios”. Achei que todos têm seu estilo pessoal, por isso eu não precisaria ouvir a gravação. Eu respondi à irmã Mona: “Outras pessoas têm o estilo delas, e eu tenho o meu. Se você prefere o estilo dos outros, posso voltar a regar os recém-convertidos”. Achei que a irmã Mona estava me menosprezando, que ela pensava que eu não era uma boa obreira evangelística. Fiquei muito desanimada e chateada, e não quis aceitar o conselho dela. Magoada, eu perguntei a ela: “Temos jeitos diferentes de pregar. Por que me enviou essa gravação?”. Depois disso, parei de responder a ela.
Sentindo que eu não estava num estado bom, a irmã Mona me enviou algumas palavras de Deus que mexeram muito comigo. As palavras de Deus dizem: “Não importa que tipo de dever esteja cumprindo ou que habilidade profissional esteja estudando, você deve se aprimorar nisso ao longo do tempo. Se puder continuar tentando melhorar, você se aprimorará cada vez mais no cumprimento do dever. […] Não importa que dever você desempenhe, você precisa investir o coração em estudar as coisas. Se você carece de conhecimento profissional, estude conhecimento profissional. Se você não entende a verdade, busque a verdade. Se entender a verdade e adquirir conhecimento profissional, você será capaz de usá-los ao desempenhar o seu dever e obterá resultados. Isso é uma pessoa de talento verdadeiro e de conhecimento real. Se você não estuda nenhum conhecimento profissional durante o seu dever, não busca a verdade, e seu serviço está abaixo do padrão, como, então, você pode desempenhar o seu dever? A fim de desempenhar bem o dever, você deve estudar muito conhecimento útil e equipar-se com muitas verdades. Você jamais deve parar de aprender, jamais deve parar de buscar e jamais deve parar de melhorar suas fraquezas aprendendo com os outros. Não importam quais são os pontos fortes das outras pessoas ou em que elas são mais fortes do que você, você deve aprender com elas. E deve, ainda mais, aprender com qualquer um que entenda a verdade melhor do que você. Ao desempenhar seu dever desse jeito por vários anos, você entenderá a verdade e entrará em suas realidades, e o desempenho do seu dever também estará à altura dos padrões. Você terá se tornado uma pessoa que possui verdade e humanidade, uma pessoa que possui a realidade da verdade. Isso é alcançado por meio da busca da verdade” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus me mostraram que, a fim de progredir num dever e ser bem-sucedida no trabalho evangelístico, eu devia aprender a aceitar as sugestões dos outros e aprender com seus pontos fortes e suas abordagens bem-sucedidas. Isso era muito importante. Eu tinha um entendimento superficial da verdade e muitos defeitos e inadequações. Não importava que dever era, eu devia aprender os princípios e habilidades relevantes. Contanto que estivesse disposta a aprender e a aceitar os conselhos dos outros, eu poderia recompensar e melhorar minhas deficiências. Mas eu era arrogante e autoconfiante. Eu tinha apenas começado a compartilhar o evangelho — não entendia os princípios e não era bem-sucedida, mas achava que tinha feito um trabalho bom e não estava disposta a aceitar conselhos. Mesmo quando a irmã Mona apontou meus problemas, eu só lhe enviei capturas de tela para provar que eu sabia o que estava fazendo e que não precisava de conselhos. Não quis aceitar quando ela me enviou uma gravação do irmão Joseph compartilhando o evangelho porque eu achava que eu tinha ideias boas e não precisava aprender com os outros. Por causa da minha arrogância, eu não quis aceitar um conselho positivo e proativo. Eu tinha a mesma atitude em relação às sugestões da irmã Mona e do irmão Jeremy, eu sempre resistia, rejeitava e insistia na minha posição. Com esse tipo de atitude, eu não seria capaz de obter bons resultados em nenhum dever nem de progredir. Deus não aprovaria o meu dever, também.
Mais tarde, li algumas das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Arrogância e hipocrisia são os caracteres satânicos mais óbvios das pessoas, e se elas não aceitam a verdade, não há como possam ser purificadas. As pessoas têm caracteres arrogantes e hipócritas, elas sempre acreditam que estão certas, e em tudo que pensam, e sobre o qual têm uma opinião, elas sempre acreditam que sua opinião e mentalidade estão corretas, que nada que os outros dizem é tão bom ou tão certo quanto o que elas dizem. Elas sempre são fiéis às suas opiniões e não ouvem o que todos os outros dizem; mesmo quando o que as pessoas dizem está correto e alinhado com a verdade, elas não aceitam, só aparentam estar escutando, mas não absorvem nada. Quando chega a hora de agir, elas ainda seguem o próprio caminho; sempre acham que estão certas e justificadas. Você pode estar certo e justificado, ou pode estar fazendo a coisa certa, sem problemas, mas qual é o caráter que você revela? Não é o de arrogância e hipocrisia? Se você for incapaz de se livrar desse caráter arrogante e hipócrita, isso afetará seu desempenho no seu dever? Afetará sua capacidade de colocar a verdade em prática? Se você não conseguir resolver esse tipo de caráter arrogante e hipócrita, é provável que você encontre grandes contratempos no futuro? Não há dúvida de que encontrará; isso é inevitável. Deus consegue ver essas coisas manifestadas nas pessoas? Ele consegue, extremamente bem; Deus não só examina o ser mais íntimo do homem, mas também está sempre observando todas as suas declarações e ações. E o que Deus dirá quando Ele vir essas coisas manifestadas em você? Deus dirá: ‘Você é intransigente! Insistir em sua opinião quando você não sabe que está errado é compreensível, mas se você insiste em sua opinião mesmo quando sabe muito bem que está errado e se recusa a se arrepender, você é um velho tolo teimoso e está encrencado. Se, não importa de quem seja a sugestão, você reage com uma atitude negativa e antagonista e não aceita nada da verdade — se, no seu coração, não há nada além de antagonismo, fechamento e recusa —, você é ridículo, um tolo absurdo! É difícil demais lidar com você’. É difícil demais lidar com o que em você? O que é difícil em você é que seu comportamento não é um jeito errado de fazer as coisas nem um tipo errado de comportamento, mas que isso revela certo tipo de caráter. Que tipo de caráter isso revela? Você está farto da verdade e odeia a verdade” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só vivendo frequentemente diante de Deus pode-se ter um relacionamento normal com Ele”). As palavras de Deus me mostraram como meu caráter era arrogante e teimoso. Eu sempre achava que entendia as coisas e as fazia do jeito certo. A irmã Mona e o irmão Jeremy me aconselharam vez após vez, mas eu não aceitei e me coloquei contra eles, e fui rabugenta com eles. Meu dever era compartilhar o evangelho e dar testemunho de Deus, então, se as sugestões deles fossem úteis ao meu dever e ajudassem os candidatos evangelísticos a aceitar o caminho verdadeiro, eu deveria aceitá-las e praticá-las. Mas eu não fiz isso. Eu achava que entendia tudo e que era capaz de comungar a verdade, mas, na verdade, eu não entendia os princípios e não era boa em compartilhar o evangelho. Eu não era nem um pouco bem-sucedida no meu dever. Quando os irmãos apontavam meus problemas ou davam sugestões, eu agia com arrogância e hipocrisia, e não conseguia aceitar. Às vezes, eu até resistia ou me irritava. O que estava se manifestando não era apenas um erro em minha conduta superficial, mas um desprezo pela verdade. Essa resistência, essa desobediência eram, em essência, rejeição e luta contra a verdade — eram odiar a verdade. Então entendi que Deus não vê somente o comportamento externo das pessoas; Ele vê seu coração, suas atitudes em relação à verdade e em relação a Ele. Eu era uma crente, cumpria um dever e ia a reuniões, mas não queria aceitar sugestões que estavam alinhadas com a verdade nem queria aceitar coisas positivas. Eu rejeitava a verdade, lutava contra ela e até a odiava. Eu não tinha nenhuma reverência por Deus. Se eu continuasse assim, eu não só não cumpriria bem o meu dever, eu acabaria enojando a Deus, seria condenada e punida por Ele e não teria um bom desfecho. Ver meu rosto feio e satânico me deixou angustiada e assustada. Eu não imaginava que era tão corrupta e que meu caráter arrogante até me levaria a ir contra Deus. Eu odiei a mim mesma quando me dei conta disso.
No dia seguinte, li algumas das palavras de Deus num grupo que a irmã Mona tinha enviado e encontrei uma senda de prática. Deus Todo-Poderoso diz: “Existem várias características de mudança no caráter de vida de uma pessoa. A primeira característica é ser capaz de se submeter a assuntos que são corretos e se conformam à verdade. Não importa quem oferece uma opinião, se ele é velho ou jovem, se você consegue conviver com ele ou não, se vocês o conhecem ou não, se estão familiarizados com ele ou não, nem se sua relação com ele é boa ou ruim, contanto que o que ele diz seja correto, se conforme à verdade e seja benéfico para o trabalho da casa de Deus, você pode ouvir, adotar e aceitar sem ser influenciado por nenhum fator. Ser capaz de aceitar e se submeter a assuntos que são corretos e se conformam à verdade é a primeira característica. A segunda característica é ser capaz de buscar a verdade quando algo acontece; não só ser capaz de aceitar a verdade, mas também de praticar a verdade e não lidar com os assuntos de acordo com a sua vontade. Não importa que problema você está enfrentando, quando você não entende, você pode buscar e analisar como lidar com o problema e como praticar, de modo que se conforme aos princípios da verdade e satisfaça as exigências de Deus. A terceira característica é que você considera a vontade de Deus, não importa que problema você enfrente, rebelando-se contra a carne para alcançar submissão a Deus. Você considera a vontade de Deus, não importa que dever esteja cumprindo, e cumpre seus deveres de acordo com as exigências de Deus. Quaisquer que sejam as exigências de Deus para esse dever, você é capaz de executá-lo de acordo com as exigências Dele, a fim de satisfazer a Deus. Você deve entender esse princípio e cumprir seu dever com responsabilidade e fidelidade. É isso que significa considerar a vontade de Deus. Se você não sabe como considerar a vontade de Deus ou como satisfazer a Deus em certo assunto, você deve buscar. Vocês devem comparar essas três características de um caráter transformado com vocês mesmos e procurar ver se vocês possuem essas características ou não. Se vocês têm experiência prática nesses três aspectos e têm a senda para praticá-los, então é isso que significa ter princípios ao lidar com assuntos. Não importa que assunto vocês enfrentem ou com que problema estejam lidando, vocês devem sempre buscar os princípios da prática, que detalhes estão incluídos em cada princípio da verdade e como praticar sem violar os princípios. Uma vez que esses problemas estejam esclarecidos, vocês saberão naturalmente como praticar a verdade” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só pela prática da verdade é possível se livrar dos grilhões de um caráter corrupto”). “Se, quando você não entende a verdade, alguém lhe faz uma sugestão e lhe diz como você deve agir de acordo com a verdade, a primeira coisa que você deveria fazer é aceitar e pedir que todos comunguem juntos, para ver se essa é a senda correta, se ela está de acordo com os princípios da verdade. Se você determinar que ela está de acordo com a verdade, pratique dessa forma; se determinar que não está, não pratique assim. É simples assim. Você deve buscar a verdade de muitas pessoas, ouvir o que todos têm a dizer e levar tudo a sério; não ignore nem despreze as pessoas. Isso faz parte do seu dever, portanto você deve tratá-lo com seriedade. Esse é o estado certo, a atitude certa. Quando tiver o estado certo, você não mais revelará um caráter de estar farto e de ser hostil à verdade; praticar desse jeito assume o lugar do seu caráter corrupto e é praticar a verdade. E qual é o efeito de praticar a verdade desse jeito? (Há a orientação do Espírito Santo.) Ter a orientação do Espírito Santo é um aspecto. Às vezes, a questão é muito simples e pode ser resolvida por meio do uso do seu intelecto; depois que as pessoas lhe dão sugestões e você entende, você corrige as coisas e simplesmente procede de acordo com os princípios. Para os seres humanos, isso pode parecer banal, mas, aos olhos de Deus, é coisa séria. Por que digo isso? Quando você pratica desse jeito, Deus vê que você é capaz de praticar a verdade, que você é alguém que ama a verdade, que não é alguém que está farto da verdade, e, ao mesmo tempo que Ele vê seu coração, Deus também vê seu caráter. Isso é coisa séria. E quando você cumpre um dever e faz as coisas diante de Deus, o que você vive e revela é a realidade da verdade que deve ser encontrada nas pessoas; diante de Deus, sua atitude, seus pensamentos e seu estado, em tudo que você faz, são de suma importância, são o que Deus escrutiniza” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só vivendo frequentemente diante de Deus pode-se ter um relacionamento normal com Ele”). As palavras de Deus abriram os meus olhos, também. Se alguém me dá um conselho, não importa quem seja, contanto que ele esteja certo e se conforme à verdade, eu devo aceitá-lo e executá-lo e agir de acordo com a vontade de Deus. Esse é o comportamento de aceitar e praticar a verdade. É o único jeito de ganhar a orientação de Deus com maior facilidade e de obter bons resultados no meu dever, e então meu caráter corrupto pode mudar aos poucos. No passado, por causa do meu orgulho e da minha arrogância, eu não buscava os princípios da verdade em meu dever nem aceitava os conselhos dos outros, o que resultou num desempenho ruim. Agora eu entendia a vontade e as exigências de Deus. Eu devo obedecer à vontade de Deus no meu dever, buscar a verdade, praticar de acordo com os princípios e cumprir minhas responsabilidades. Não posso ser negligente em nada relacionado à propagação do evangelho. Preciso levar isso a sério e resolver as perguntas dos candidatos sobre a aceitação do caminho verdadeiro. Eu não tenho a realidade da verdade nem entendo seus princípios, por isso preciso das dicas e da ajuda dos outros. Quando eles me aconselham, eles o fazem para me ajudar a progredir no meu dever para que eu possa cumprir as minhas responsabilidades. Eles não estão me menosprezando, portanto não devo distorcer suas intenções. Naquela tarde, enviei uma mensagem à irmã Mona pedindo desculpas pelo meu comportamento. Ela não estava zangada comigo, e mesmo assim eu me senti culpada porque eu achava que a culpa era minha. Era tudo porque eu não queria aceitar a verdade: eu era arrogante e teimosa demais. A partir de então, não importava o tipo de conselho que a irmã Mona me desse nem quais problemas meus os outros apontassem, contanto que estivessem certos e aquilo me ajudasse no dever, eu tentava aceitar. Às vezes, quando me deparava com desafios ao compartilhar o evangelho, eu buscava proativamente as sugestões dos outros. Quando fazia isso, eu obtinha resultados melhores ao compartilhar o evangelho e trazia mais pessoas para a fé. Uma vez, depois de dar testemunho a alguns candidatos evangelísticos sobre a obra de Deus dos últimos dias, alguns deles quiseram continuar investigando, mas alguns deles não responderam depois de ler a minha mensagem, e eu não lhes dei mais atenção. A irmã Mona percebeu que eu estava ficando desleixada e sugeriu que eu não desistisse deles tão facilmente. Enquanto lessem minhas mensagens, eu deveria manter contato com eles e achar um jeito de chamar a atenção deles. Dessa vez, eu não rejeitei o conselho dela. Lembrei-me de algo que Deus diz: “Existem várias características de mudança no caráter de vida de uma pessoa. A primeira característica é ser capaz de se submeter a assuntos que são corretos e se conformam à verdade. Não importa quem oferece uma opinião, se ele é velho ou jovem, se você consegue conviver com ele ou não, se vocês o conhecem ou não, se estão familiarizados com ele ou não, nem se sua relação com ele é boa ou ruim, contanto que o que ele diz seja correto, se conforme à verdade e seja benéfico para o trabalho da casa de Deus, você pode ouvir, adotar e aceitar sem ser influenciado por nenhum fator”. Eu sabia que, se quisesse mudar meu caráter corrupto e cumprir bem o meu dever, eu deveria aprender a aceitar as sugestões dos outros. Tentei seguir o conselho da irmã Mona e continuei enviando mensagens aos candidatos evangelísticos, perguntando sobre as dificuldades deles. Fiquei surpresa quando os que não tinham respondido antes começaram a se comunicar comigo sobre o que tinham aprendido com a pregação. Começaram a investigar ativamente o caminho verdadeiro. Fiquei feliz demais, e vi pessoalmente como é benéfico aceitar o conselho dos outros. Aprendi muito desse jeito. Eu não só aprendi algumas verdades sobre compartilhar o evangelho, aprendi a comunicar a verdade para resolver as dificuldades e perguntas dos candidatos evangelísticos. Comunicar-me com eles já não é mais tão difícil, e estou me saindo cada vez melhor em meu dever.
Por meio dessa experiência, aprendi como as palavras de Deus são inestimáveis, que elas podem nos ajudar a conhecer a nós mesmos. Quando praticamos de acordo com Suas palavras, nossos caracteres corruptos podem mudar. Embora eu ainda revele alguma arrogância, estou disposta a renunciar ao meu ego, aprender a aceitar a verdade, aceitar o conselho dos outros e aprender mais verdades. Espero que Deus continue a me guiar e escrutinizar.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.