Uma crise após a outra

07 de Fevereiro de 2025

Por Liu Yi, China

Em uma manhã de abril de 2009, por volta das nove horas, a irmã Ding Ning e eu fomos atacadas por oito homens quando saímos para a rua depois de uma reunião. Sem dizer uma única palavra, eles imediatamente colocaram nossas mãos atrás das costas e confiscaram nossas bolsas e mais de 40 mil yuans em fundos da igreja. Fui pega completamente desprevenida e, antes que tivesse tempo de reagir, já fui escoltada até o veículo deles. Pouco depois, ouvi uma mulher dizer: “As suspeitas estão sob nossa custódia”. Só então percebi que tínhamos sido detidas pela polícia. Fiquei furiosa por terem roubado uma quantia tão grande dos fundos da nossa igreja e pensei: “Esses policiais acabaram de nos prender arbitrariamente e levar nosso dinheiro em plena luz do dia — onde está o estado de direito?”. Estava me sentindo um pouco assustada e meu coração estava acelerado, então orei incessantemente a Deus. Pedi a Ele para proteger meu coração para que, mesmo que os policiais me torturassem e interrogassem, eu não O traísse como Judas e pudesse permanecer firme em meu testemunho Dele. Depois da oração, percebi uma sensação de calma tomar conta de mim.

Os policiais nos levaram para um lugar remoto e nos separaram para o interrogatório. A sala de interrogatório tinha um ar sombrio e ameaçador, e os policiais lá dentro pareciam diabólicos e sinistros. Um dos policiais começou o interrogatório perguntando: “Você é líder de igreja? Qual é o seu relacionamento com Ding Ning? Como vocês se conheceram? Ela é sua líder superior?”. Respondi dizendo: “Não sou líder e não sei quem é essa ‘Ding Ning’ de quem você fala”. Isso o enfureceu e ele me deu um tapa no rosto e me chutou duas vezes antes de gritar: “Então parece que vou ter que fazer isso da maneira mais difícil para você confessar”. Depois de dizer isso, ele começou a socar meu rosto repetidamente. Perdi a conta de quantas vezes ele me bateu — escorria sangue dos meus lábios, meu rosto ficou inchado a ponto de se desfigurar e eu fui assolada por uma dor intensa. Mas, mesmo assim, ele não parou e continuou a desferir socos na minha cabeça, deixando-me com um calombo dolorosamente protuberante na testa. Pensei comigo mesma: “Eles são tão impiedosos em seus espancamentos. O que farei se tiver uma concussão por causa desses espancamentos brutais? E se eles baterem em mim a ponto de eu sofrer um grave dano cerebral? Como continuarei a crer em Deus?”. Quanto mais pensava nisso, mais temerosa eu ficava. Em silêncio, orei a Deus, pedindo-Lhe que protegesse meu coração. Depois da oração, lembrei-me desta passagem das palavras de Deus: “Quem dentre toda a humanidade não é cuidado aos olhos do Todo-Poderoso? Quem não vive em meio à predestinação do Todo-Poderoso? A vida e a morte do homem acontecem por escolha própria? O homem controla o seu próprio destino?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Palavras de Deus para todo o universo, Capítulo 11”). Deus é o Criador e governa todas as coisas. Minha vida estava em Suas mãos, e Satanás não tinha poder para decidir se eu ficaria aleijada ou se seria espancada a ponto de sofrer uma lesão cerebral. Eu estava disposta a colocar minha vida nas mãos de Deus. Ao perceber isso, senti-me um pouco mais em paz e pensei: “É melhor que esses diabos desistam de pensar que conseguirão de mim qualquer informação que seja. Jamais cederei a eles!”.

Depois disso, os policiais me levaram para um hotel e continuaram a me interrogar. Uma policial me interrogou estridentemente, perguntando: “Qual é o seu nome? Com quantas famílias anfitriãs você já ficou? Quem você conhece? Onde sua igreja guarda os fundos?”. Quando não respondi, ela avançou na minha frente, me deu dois tapas no rosto e me fez tirar os sapatos antes de pisotear os dedos dos meus pés com seu sapato de couro. Imediatamente, uma dor angustiante percorreu todo o meu corpo e não pude deixar de gritar em agonia. Ela pisoteava meus dedos ensanguentados enquanto dizia: “Se você não aguenta a dor, simplesmente diga o que queremos ouvir!”. A dor era realmente insuportável e, por isso, pedi a ajuda de Deus: “Ó, Deus! Se eles não conseguirem o que querem, não vão me dar trégua. Estou preocupada que não vou conseguir suportar a tortura deles. Por favor, guia-me”. Depois de orar, de repente me lembrei de que Deus era meu escudo e que, com Ele liderando o caminho, o que havia a temer? Não importava o quanto a polícia me torturasse, eu não trairia a Deus nem delataria a igreja. Vendo que eu ainda não falaria, outro policial algemou minhas mãos atrás das costas e as puxou para cima com força enquanto me interrogava. Imediatamente, senti uma dor no braço, como se ele tivesse sido deslocado e as costas das minhas mãos logo começaram a inchar gravemente. Outro policial me ameaçou: “Se você não começar a falar, vamos despi-la, pendurar uma placa em seu pescoço, então a colocaremos em cima de um carro de patrulha e desfilaremos com você pela cidade. Vamos ver se ainda lhe restará alguma dignidade depois disso!”. Ao ouvir isso, fiquei muito preocupada e pensei: “Esses diabos são realmente malignos e parece que não há nada que eles não façam. Se realmente me despirem e desfilarem comigo pela cidade, como poderei mostrar meu rosto em público e continuar minha vida depois disso?”. Justo quando estava me sentindo mais fraca e angustiada, lembrei-me do hino das palavras de Deus “Deus sofre grande tormento pela salvação do homem”. Diz que: “Deus Se tornou carne desta vez para fazer a obra que Ele ainda não concluiu, para julgar esta era e levá-la ao fim, para salvar o homem do mar de sofrimento, para conquistar totalmente a humanidade, e transformar as vidas caracteres das pessoas. Muitas são as noites de insônia que Deus suportou para libertar o homem do sofrimento e das forças das trevas, que são tão escuras quanto a noite, e em prol da obra da humanidade. Ele desceu das alturas às mais baixas profundezas para viver neste inferno humano e passar Seus dias com o homem. Deus nunca Se queixou da mesquinharia entre os homens, e nunca pediu muito do homem; em vez disso, Deus tolerou a maior humilhação enquanto realizava a Sua obra. Para que toda a humanidade possa apreciar descanso em breve, Deus suportou humilhação e sofreu injustiça para vir à terra, e entrou pessoalmente na cova do tigre para salvar o homem(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada”). Ao refletir sobre as palavras de Deus, fiquei profundamente comovida. Deus é santo — para salvar a humanidade, que tinha sido profundamente corrompida por Satanás, Ele veio duas vezes na carne. Primeiro, Ele veio para redimir a humanidade e foi crucificado, sofrendo um tormento insuportável. Nos últimos dias, Ele veio novamente na carne para a China e sofreu perseguição e foi caçado pelo PC Chinês, além de ter sido condenado, caluniado e rejeitado pelo mundo religioso, tudo para salvar plenamente a humanidade de seus pecados. Deus suportou tudo isso em silêncio e continua a expressar verdades e a realizar a obra para nos salvar — Seu amor por nós é realmente muito grande. Eu tive bastante sorte de aceitar a obra de Deus nos últimos dias e desfrutar do suprimento das palavras de Deus, então eu sabia que deveria retribuir Seu amor. Depois de perceber isso, eu sabia que a dor e a humilhação eram todas significativas e valiosas — isso era suportar a perseguição em nome da justiça. Em silêncio, orei a Deus: “Ó, Deus! Não importa o quanto os policiais me humilhem, permanecerei firme no meu testemunho para satisfazer-Te!”. Depois da oração, não senti mais tanto medo. Por mais que os policiais me ameaçassem depois disso, eu não disse uma palavra, e eles não tiveram outra escolha a não ser ir embora.

Vários dias depois, quando concluíram que não conseguiriam extrair nenhuma informação de mim, os policiais mandaram-me para um centro de detenção. Assim que cheguei, uma policial me humilhou intencionalmente, ordenando que eu tirasse toda a minha roupa e girasse em círculos, além de me agachar com as mãos atrás da cabeça e saltar como um sapo. Quarenta e dois dias depois, recebi uma acusação forjada de “usar uma organização de culto para impedir o exercício da lei” e fui condenada a um ano e meio de reeducação por meio de trabalho forçado. Seria incrivelmente difícil passar mais de um ano sem ler as palavras de Deus, sem me reunir, sem me comunicar e sem desempenhar meu dever, pensei. Em silêncio, orei a Deus: “Ó, Deus! Não sei que tormento está por vir e se serei capaz de suportá-lo. Por favor, guia-me para que eu entenda Tua intenção, para que eu possa permanecer forte neste ambiente”. Depois da oração, lembrei-me desta passagem das palavras de Deus: “Não fique desanimado, não seja fraco, e Eu esclarecerei as coisas a você. A estrada para o reino não é tão fácil; nada é assim simples! Vocês querem que as bênçãos venham a vocês facilmente, não querem? Hoje, todos terão provações amargas para enfrentar. Sem tais provações, o coração amoroso que vocês têm por Mim não se tornará mais forte e vocês não terão um amor verdadeiro por Mim. Mesmo se essas provações consistirem simplesmente de circunstâncias menores, todos devem passar por elas; só a dificuldade das provações é que variará de uma pessoa para outra. As provações são uma bênção Minha, e quantos de vocês vêm com frequência diante de Mim e imploram de joelhos as Minhas bênçãos? Crianças tolas! Sempre pensam que umas poucas palavras auspiciosas contam como Minha bênção, porém não reconhecem que o amargor é uma das Minhas bênçãos. Aqueles que compartilham do Meu amargor certamente compartilharão da Minha doçura. Essa é a Minha promessa e a Minha bênção para vocês(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 41”). As palavras de Deus me ajudaram a perceber que esse ambiente me ajudaria a aperfeiçoar minha fé e fortalecer minha determinação de suportar sofrimento. Somente enfrentando esse sofrimento eu seria capaz de orar e confiar mais em Deus e me aproximar Dele. Apesar de não poder ler as palavras de Deus nem me reunir ou comunicar com irmãos pelo próximo um ano e meio, Deus ainda estaria comigo e, por isso, eu tinha de confiar Nele e permanecer firme em meu testemunho para humilhar Satanás. Depois de entender a intenção de Deus, senti minha fé e força renovados. Durante meu tempo no campo de trabalho forçado, eu orava a Deus com frequência e ponderava sobre Suas palavras. Graças à orientação das palavras de Deus, consegui superar os longos dias do meu confinamento.

Depois de ser libertada, comecei a desempenhar meu dever novamente, mas, em outubro de 2013, fui presa mais uma vez. Por volta das quatro da tarde naquele dia, após pregar o evangelho, estava descendo do ônibus quando fui abordada e detida por um grupo de três pessoas. Uma delas disse: “Já faz alguns anos, você ainda me reconhece? Por que não vem dar uma voltinha conosco?”. Imediatamente, entrei em pânico e pensei: “Já era pra mim. Agora que a polícia me deteve, com certeza não vai me deixar sair facilmente”. Eles me forçaram a entrar na viatura e sentaram-se um de cada lado, segurando minhas mãos para que eu não pudesse me mover. Depois disso, fui enviada a um centro de lavagem cerebral e era acompanhada o tempo todo por duas “escoltas”. Nesse lugar, das 7h30 da manhã às 7h da noite, para me fazer trair a Deus, fui forçada a assistir a vídeos que blasfemavam contra Deus e desacreditavam a igreja, assim como vídeos que exaltavam o PC Chinês. As escoltas me monitoravam 24 horas por dia e eu não tinha permissão para orar nem mesmo para fechar a porta quando ia ao banheiro. As longas horas de lavagem cerebral e a vigilância constante fizeram com que eu me sentisse reprimida — eu me sentia ansiosa e nervosa todos os dias, e estava morrendo de medo de que, se não tomasse cuidado, cairia na trama de Satanás. Eu orava a Deus incessantemente e implorava a Ele para proteger meu coração.

Um dia, Chen, que supervisionava a lavagem cerebral, me trouxe um exemplar de “A Palavra manifesta em carne” e disse: “Esse é o livro da sua igreja — você ainda acha que essa é a palavra de Deus? Ela foi claramente escrita por uma pessoa comum”. Peguei o livro das palavras de Deus e pensei: “Cada uma das palavras de Deus é a verdade; vocês, diabos, não creem em Deus, então como poderiam entender Suas palavras?”. Abri o livro e vi a seguinte passagem: “Fé e amor máximos são exigidos de nós neste estágio da obra. Podemos tropeçar ao menor descuido, pois este estágio da obra é diferente de todos os anteriores: o que Deus está aperfeiçoando é a fé das pessoas, que é invisível e intangível. O que Deus faz é converter palavras em fé, em amor e vida(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A senda… (8)”). Ao ler essas palavras, senti o encorajamento e o conforto de Deus. A obra de Deus nos últimos dias é a obra das palavras. Ele cria diversas situações para permitir que as pessoas possam vivenciar Suas palavras e que essas palavras se tornem parte das pessoas, que se tornem sua vida. É assim que Deus salva e aperfeiçoa a humanidade. Pensei em como as palavras de Deus me deram fé e força para superar o abuso dos diabos durante a tortura e o tormento da minha primeira prisão. Agora, durante esta prisão atual, quando eu estava me sentindo atormentada, angustiada e reprimida por ser monitorada continuamente e sofrer lavagem cerebral com heresias e falácias, Deus fez com que o policial me mostrasse uma cópia de Suas palavras, o que me encheu de fé e força. Apesar das crises perigosas que aconteceram comigo dentro da prisão infernal, eu realmente não me sentia sozinha, sabendo que Deus estava sempre me protegendo e usando Suas palavras para me guiar. Depois disso, por mais que os policiais tentassem me fazer uma lavagem cerebral com heresias e falácias de Satanás, conscientemente, eu aquietava meus pensamentos diante de Deus, orava a Ele e confiava Nele para não cair nas tramas de Satanás. Um policial me mostrou a foto de uma irmã e perguntou se eu a reconhecia. Quando não respondi, ele tentou me intimidar e me enganar, dizendo: “Os outros já entregaram você. Eles nos disseram que é uma líder, e mesmo assim você está tentando protegê-los. Todos já confessaram e voltaram para casa. Você está sendo tola por não falar e terá de cumprir uma longa sentença na prisão! Quanto mais cedo você começar a falar, mais cedo poderemos mandá-la para casa”. Fiquei chocada quando ouvi isso, pensando: “Alguém me traiu? Então os policiais devem saber tudo sobre mim! Posso realmente ter de cumprir uma longa sentença, se não começar a falar. Talvez eu possa lhes contar apenas alguns detalhes insignificantes, para que, se realmente tiver que ir para a prisão, pelo menos eu consiga uma sentença reduzida e não tenha de sofrer tanto”. Mas então pensei: “Se eu lhes contar detalhes, não estarei traindo a Deus e entregando meus irmãos? Não farei isso, não posso lhes contar nada!”. Naquele momento, lembrei-me das palavras de Deus que dizem: “No futuro vou retribuir a cada um de acordo com o que fez. Eu disse tudo que há para dizer, pois essa é precisamente a obra que Eu faço(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Os malignos certamente serão punidos”). As palavras de Deus me ajudaram a entender que Ele trata as pessoas de acordo com a forma como elas agiram. Se eu entregasse meus irmãos, estaria agindo como um Judas vergonhoso, e Deus me amaldiçoaria e me puniria. Se os outros me entregaram, isso era malfeito deles, mas eu não poderia trair a Deus ou entregar outros irmãos. Lembrei-me de que uma irmã tinha sido presa, submetida a tortura brutal e recebido uma sentença de 9 anos de prisão, mas nunca cedeu a Satanás e continuou a desempenhar seu dever quando foi libertada. Apesar de ter sofrido, ela ficou firme em seu testemunho e Deus a aprovou. Havia também Pedro que, na Era da Graça, foi crucificado de cabeça para baixo depois de ser preso e deu testemunho de seu amor a Deus. Ao relembrar essas histórias, senti-me profundamente encorajada e meu coração se encheu de fé e força. Tomei uma decisão silenciosa: por mais tempo que eu tenha de ficar na prisão, jamais trairei a Deus ou entregarei meus irmãos!

Depois disso, eles continuaram a me interrogar, perguntando: “Com quem você mantém contato? Quem é seu líder superior? Onde moram?”. Quando não respondi, eles me obrigaram a ficar de frente para a parede e fizeram turnos de duas horas, com dois policiais designados para cada turno, para garantir que eu não caísse no sono durante 24 horas. Quando eles me viam pegar no sono, eles gritavam: “Não se atreva a fechar os olhos ou orar para o seu Deus!”. Depois de ficar em pé por um dia inteiro, minhas pernas ficaram esticadas e brilhando de tão inchadas, meus sapatos não cabiam mais e tive de ficar descalça. Minhas costas também estavam tão doloridas que achei que tinha quebrado alguma coisa. Eles me torturaram dessa forma por sete dias e sete noites inteiras. Eu estava completamente exausta, tanto física quanto mentalmente, e meu corpo já estava chegando no limite, então, em silêncio, clamei a Deus em oração, pedindo a Ele que me desse fé e força para vencer a selvageria desses diabos. Depois da oração, lembrei-me das palavras de Deus que dizem: “Durante estes últimos dias, vocês devem dar testemunho de Deus. Não importa quão grande seja o sofrimento de vocês, devem caminhar até o fim e até mesmo até seu último suspiro, ainda assim vocês devem ser fiéis a Deus e ficar à mercê de Deus; só isso é realmente amar a Deus e apenas isso é o testemunho forte e retumbante(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Somente experimentando provações dolorosas é que você pode conhecer a amabilidade de Deus”). As palavras de Deus me encheram de fé. Por mais que me torturasse, a polícia não conseguiria controlar meu coração. Enquanto eu ainda estivesse viva e respirando, permaneceria firme em meu testemunho para humilhar Satanás. Mais tarde, um dos policiais trouxe uma declaração blasfemando contra Deus e pediu que eu assinasse meu nome. Como não assinei, ele me deu vários tapas no rosto e disse cruelmente: “Você é só mais um pedaço de carne no cepo e podemos cortá-la como quisermos. Cada dia em que não assina e não nos diz o que queremos saber é mais um em que vamos te fazer sofrer. Temos dezoito formas diferentes de tortura disponíveis aqui para o seu ‘divertimento’. Poderíamos matá-la e ninguém jamais descobriria!”. Depois de dizer isso, começaram a me chutar e socar. Fui espancada por mais de 10 minutos — fiquei tonta, meu rosto estava inchado, minha cabeça latejava, eu tinha um zumbido alto nos ouvidos, e escorria sangue da minha boca. Meu rosto doía tanto que parecia que alguém tinha jogado sal em uma queimadura recente. Eu estava preocupada que, se eles continuassem a me bater daquele jeito, eu acabaria morrendo. Naquele momento, lembrei-me de uma passagem das palavras de Deus: “Quando as pessoas estão preparadas para sacrificar a própria vida, tudo se torna insignificante e ninguém consegue vencê-las. O que poderia ser mais importante que a vida?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Interpretações dos mistérios das ‘Palavras de Deus para todo o universo’, Capítulo 36”). As palavras de Deus me deram fé e força. Minha vida e minha morte estavam nas mãos de Deus, e Satanás não poderia tirar minha vida sem a permissão Dele. Mesmo que eu fosse torturada até a morte, seria com a permissão de Deus. Eu estava pronta para me submeter às orquestrações e aos arranjos de Deus e, mesmo que isso significasse minha morte, permaneceria firme em meu testemunho para satisfazê-Lo.

Depois disso, eles me intimidaram e coagiram incessantemente a assinar uma declaração que era blasfema contra Deus. Quando não quis assinar, me forçaram a ficar agachada enquanto batiam nas minhas pernas e costas com uma barra de metal. Em outra ocasião, um policial me bateu com tanta força nas costas como se algo tivesse se rompido, e eu gritei sem conseguir me conter. Depois, ele acendeu um cigarro e soprou a fumaça nos meus olhos enquanto me obrigava a mantê-los abertos. Houve uma sensação dolorosa de queimação nos meus olhos e lágrimas escorreram deles e coriza do meu nariz. Eu não conseguia parar de tossir por causa da fumaça e tentei afastar a cabeça, mas o policial me agarrou pelos cabelos para manter minha cabeça no lugar e continuou a soprar fumaça. Enquanto ria histericamente, ele disse: “O que está achando disso? Se não aguentar, assine o papel e conte-nos o que sabe. Se você não falar, vai se dar mal. Amanhã, comprarei outro maço de cigarros e a encherei de fumaça de novo”. Quando o cigarro apagou, minhas roupas estavam completamente encharcadas de suor. O policial então me forçou a ficar agachada de novo, mas eu estava completamente exausta; meu corpo inteiro tremia e eu estava tão fraca que senti que iria desmaiar a qualquer momento. Eles continuaram a me torturar dessa maneira por mais duas horas. Depois, sopraram a fumaça de mais dois cigarros no meu rosto — eu estava em agonia absoluta, com uma sensação terrivelmente sufocante no peito e no abdômen, e meus dedos ficaram rígidos e dobrados. Eles seguraram minha mão e tentaram me forçar a assinar o documento, mas eu orei silenciosamente a Deus e não deixei que movessem minha mão nem um centímetro. No fim, não assinei aquele documento que blasfemava contra Deus, mas os policiais ainda não tinham se dado por satisfeitos — para me forçar a assinar, um deles me segurou pelos cabelos e bateu minha cabeça contra uma parede, deixando-me com um calombo grande e protuberante. Depois disso, ele me bateu com força no rosto e chutou minhas pernas e meu estômago, o que me deixou atordoada e com o corpo todo dormente. Quando se cansou de me bater, o policial pegou um cacetete elétrico e começou a dar choques no meu rosto, no meu peito e em outras partes do meu corpo. Eu senti como se todo o meu corpo estivesse sendo perfurado por agulhas. Orei incessantemente a Deus, pedindo que Ele me enchesse de fé e força para ficar firme. Enquanto me dava choques, o policial me ameaçou violentamente: “Vou torturá-la até que sofra lesões internas. Quando sair daqui, você estará cheia de doenças e terá uma morte lenta!”. Quanto mais esses policiais falavam, mais eu os odiava. Pensei nas palavras de Deus, que dizem: “Como pode esse diabo, apoplético de raiva, permitir que Deus tenha controle sobre sua corte imperial na terra? Como ele pode voluntariamente se curvar diante de Seu poder superior? Seu semblante hediondo foi revelado como realmente é, de modo que não se sabe se é para rir ou chorar, e do qual é verdadeiramente difícil falar. Essa não é a sua substância? Mesmo com uma alma feia, ele ainda acredita que é incrivelmente belo. Gangue de cúmplices em crime! Eles descem para o âmbito mortal para entregar-se aos prazeres e causar uma comoção, incitando tanto as coisas que o mundo se torna um lugar volúvel e inconstante e o coração do homem se enche de pânico e inquietação, e eles brincaram tanto com o homem que sua aparência se tornou a de uma besta desumana do campo, supremamente feia, e que perdeu o último traço do homem santo original. Além disso, eles desejam até assumir poder soberano na terra. Impedem tanto a obra de Deus que ela mal consegue se arrastar adiante e trancam o homem tão firmemente como paredes de bronze e aço. Depois de cometer tantos pecados graves e causar tantos desastres, eles ainda esperam outra coisa que não seja castigo?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada (7)”). O PC Chinês é o diabo que odeia e resiste a Deus. Quanto mais me torturavam, mais claro eu podia ver o quanto eles realmente eram feios e repulsivos. Eu os odiei com todo o meu ser, me rebelei contra eles e me senti ainda mais motivada a seguir e satisfazer a Deus. Depois disso, o policial tentou me intimidar de novo, dizendo: “Mesmo que você não fale, ainda assim será condenada e mandada para a cadeia por mais de dez anos!”. Fiquei indignada e pensei: “Se eu tiver que ir para a cadeia, que assim seja. Nunca cederei a vocês, diabos, não importa a quantos anos me condenem!”. No fim das contas, eles não conseguiram tirar nenhuma informação de mim e, em julho de 2014, me acusaram de “usar uma organização de culto para impedir o exercício da lei” e me condenaram a quatro anos de prisão.

Pensando nas duas vezes em que fui presa e encarcerada, o PC Chinês usou vários métodos para tentar fazer com que eu traísse a Deus, incluindo espancamentos brutais, intimidação, lavagem cerebral e humilhação. Em cada uma dessas crises, se não tivesse tido a proteção de Deus e a fé e a força instiladas em mim por meio das palavras Dele, eu teria sido torturada até a morte pelos policiais há muito tempo. Por meio dessas crises, vivenciei o amor de Deus em primeira mão e testemunhei a autoridade e o poder de Suas palavras. Foram as palavras de Deus que me guiaram nessas tribulações. Não importa o quanto o PC Chinês me persiga, continuarei seguindo a Deus e desempenhando meu dever para retribuir Seu amor.

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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