Minha filha à porta da morte: eu testemunho um milagre ao orar a Deus
As palavras de Deus me consolam quando minha filha se envolve num súbito acidente de carro
Já era depois das onze horas da manhã em 8 de outubro de 2011, e eu estava preparando o almoço em casa, quando, de repente, o telefone tocou. Assim que atendi, a pessoa que me ligava disse ansiosamente: “Lanlan se envolveu num acidente de carro, e estão tentando salvá-la no hospital municipal. É melhor vir para cá o mais rápido possível!” Quando ouvi isso, senti um zunido alto na minha cabeça, e antes de poder responder qualquer coisa, a outra pessoa desligou. Após largar o telefone, fiquei parada por algum tempo, pensando: “Minha filha saiu de bicicleta nesta manhã para resolver algumas tarefas. Como ela pode ter se envolvido num acidente de carro? É um trote telefônico, não é? Mas o tom de sua voz não soava como se estivesse tentando me enganar…” Eu não tinha tempo para pensar mais, então larguei tudo que estava fazendo e saí de casa. Apressadamente, chamei um taxi, que me levou até o hospital municipal. Eu estava tão preocupada sentada naquele taxi que cerrei os punhos e fiquei olhando pela janela. Eu me sentia totalmente confusa e agitada e não conseguia parar de pensar: “Qual é a gravidade dos ferimentos da minha filha? Onde ela se machucou? Sua vida está em perigo? Ela só tem 17 anos de idade. Ela deve estar muito assustada, sozinha no hospital…” Quanto mais pensava sobre isso, maior ficava o meu pânico, e eu não conseguia me acalmar. Eu queria estar lá, ao lado da minha filha, naquele instante para ver exatamente qual era a sua situação. Em minha impotência, pensei em Deus e rapidamente clamei a Ele em meu coração: “Ó Deus! Ouvi que minha filha se envolveu num acidente de carro. Meu coração está agitado, e estou realmente preocupada, e não sei como minha filha está neste momento nem quão graves são os seus ferimentos. Ó Deus! Peço que protejas meu coração para que eu possa permanecer calma diante de Ti. Por mais sérias que sejam os ferimentos da minha filha, dá-me a coragem para encarar tudo isso”. Após orar, eu me lembrei destas palavras de Deus: “Pois Eu sou seu Pai, Eu sou sua torre fortificada, Eu sou seu abrigo, Eu sou seu retaguarda. Além disso, Eu sou seu Todo-Poderoso e sou seu tudo!” (“Capítulo 109” das Declarações de Cristo no princípio). Sim, Deus é todo-poderoso, e Ele detém a soberania sobre tudo e administra todas as coisas. Deus é nosso forte apoio e nosso maior suporte. Devo entregar minha filha a Deus e confiar em Deus ao experimentar esta situação. Enquanto pensava isso, meu coração em pânico aos poucos se acalmou.
A maravilhosa proteção de Deus no momento do acidente de carro
Quando cheguei no hospital municipal, corri para a sala de emergência e vi minha filha coberta de sangue deitada num leito do hospital. Seu rosto estava roxo, e ela respirava com dificuldades. Ao vê-la com ferimentos tão graves, meu coração saltou na minha garganta, e eu não sabia o que fazer. Então, minha filha disse com voz fraca: “Mamãe”. Agarrei sua mão e acariciei levemente o seu rosto. Meus lábios tremiam, mas coração estava numa dor tão inexprimível, e lágrimas turvavam meus olhos. Então, a motorista que tinha atropelado minha filha e estava ao lado da cama ficou pedindo meu perdão, e dela eu soube como o acidente tinha acontecido. Eu soube que, após ser atingida, o carro passou por cima dela e a esmagou. Visto que o chassi do carro da mulher era tão baixo, minha filha ficou presa, e as pessoas em volta não conseguiram puxá-la. A situação era crítica e, quando as pessoas achavam que já não podiam fazer nada por ela, inesperadamente, minha filha rastejou de baixo do carro. Quando ouvi isso, fiquei agradecendo a Deus em meu coração por proteger minha filha. Naquele momento, o médico entrou e disse ansiosamente: “Vejo que você é um membro da família. Quando sua filha foi esmagada em baixo do carro, seus pulmões foram severamente comprimidos. Agora, sua respiração está muito difícil, e há um sangramento persistente na parte inferior de seu corpo. Sugiro que a leve para o hospital da província, caso contrário sua filha pode não sobreviver!” Quando ouvi o médico dizer isso, meu coração quase se partiu. Para que os ferimentos da minha filha pudessem ser tratados a tempo, decidi transferi-la imediatamente para o hospital da província e liguei para o meu marido e a minha família para contar-lhes o que tinha acontecido.
Enquanto a ambulância corria pela autoestrada, o ar dentro dela estava muito estagnado, e me senti tão ansiosa que meu coração se apertou como um punho. Eu não ousava desviar meus olhos da minha filha nem por um instante. Naquele momento, minha filha abriu os olhos e disse novamente com uma voz fraca: “Mamãe, não consigo respirar…” Ao vê-la em tamanha dor e sofrimento, fiquei ainda mais nervosa, temendo que ela não conseguiria suportar o que estava acontecendo com ela. Eu apertei sua mão e me deitei do lado dela e sussurrei palavras consoladoras em seu ouvido: “Não tenha medo, Lanlan. Vamos orar, confiar em Deus e crer que Ele é nosso apoio. Aguente só mais um pouco. Em breve chegaremos ao hospital da província”. Minha filha piscou, sinalizando que ela tinha compreendido. Naquela hora, quando vi seu corpo todo ferido e à porta da morte, senti uma grande dor e enfraqueci um pouco. Pensei: “O que farei se minha filha não sobreviver?” Não conseguia mais pensar nisso. Fiquei clamando a Deus, pedindo fé e força a Ele e pedindo que Ele me guiasse para enfrentar qualquer coisa que acontecesse em seguida.
Deus vem ao resgate em face da indiferença do homem
Duas horas e meia mais tarde, chegamos na sala de emergência do Hospital Popular Provincial. Esperamos que o médico viesse e a tratasse, mas quando ele veio, ele apenas olhou os ferimentos da minha filha e disse de modo despreocupado: “Esta paciente está em condição grave. Não temos espaço no departamento de internação, e não há leitos na sala de emergência. É melhor contatar outro hospital rapidamente”. Então, ele deu meia volta e saiu. Meu marido e alguns parentes que tinham vindo rapidamente ligaram para alguns hospitais grandes próximos, mas todos eles estavam lotados, e não havia lugar para minha filha. Além disso, se a levássemos para outro hospital, seu tratamento seria adiado mais uma vez, e eu temia que ela podia não aguentar tanto tempo. Ao ver a minha filha com uma respiração tão fraca e em tamanha angústia que quase não conseguia respirar, eu me senti dilacerada de angústia: “Os médicos não deveriam ajudar as pessoas? Como podem vê-la em tal condição e não tentar salvá-la? Se a minha filha não receber tratamento a tempo, ela correrá perigo de morrer a qualquer minuto!” Eu estava tão preocupada e queria tanto que um médico caridoso aparecesse e salvasse minha filha, mas nenhum se dispôs a comparecer e ajudar. Eu estava ficando louca de preocupação, e medo e desespero estavam se apoderando do meu coração. Em minha impotência, clamei mais uma vez com urgência a Deus: “Ó Deus! O estado da minha filha é tão crítico, e este hospital não quer admiti-la. Não sei o que fazer. Ó Deus! Todas as coisas estão em Tuas mãos, e peço que abras um caminho para nós!” Após orar, lembrei-me claramente das palavras de Deus: “O coração e o espírito do homem são guardados na mão de Deus, tudo de sua vida é observado pelos olhos de Deus. Não importa se você acredita nisso ou não, todas as coisas, vivas ou mortas, vão se transformar, mudar, se renovar e desaparecer de acordo com os pensamentos de Deus. Tal é a maneira pela qual Deus preside sobre todas as coisas” (“Deus é a fonte da vida do homem”). Sim! Deus é o soberano de todas as coisas, e os pensamentos e as ideias de cada pessoa estão em Suas mãos. Se os médicos tratariam ou não a minha filha, se, quando a tratassem, a minha filha estaria ou não em perigo mortal – tudo isso cabia a Deus. Eu devia acreditar e obedecer à soberania e aos arranjos de Deus e confiar a Ele a minha filha. Com o esclarecimento e a orientação das palavras de Deus, eu não me senti mais tão ansiosa e me dispus a confiar em Deus e a aguardar Seus arranjos.
Meia hora depois, o médico que tinha vindo antes veio novamente e, vendo que ainda estávamos ali, ele perguntou o que estava acontecendo. Após ouvir que todos os outros hospitais por perto estavam lotados, ele ficou parado por um momento e então nos disse de repente: “Venham, apressem-se e tragam sua filha para o corredor. Eu lhe darei algum tratamento básico”. Naquele momento, lágrimas de emoção turvaram meus olhos. Eu sabia que não era porque o médico possuía alguma ética médica, mas porque Deus tinha ouvido minha oração e tinha levado o médico a tratar minha filha. Era um ato de Deus! Fiquei agradecendo a Deus no meu coração, e eu realmente vim a apreciar que Deus sempre está do nosso lado como nosso suporte constante!
As palavras de Deus me dão fé enquanto a vida da minha filha está por um fio
Quando o médico examinou minha filha de forma rudimentar, ele viu que ela continuava sangrando na parte inferior do corpo e pediu que a levássemos às pressas para o departamento ginecológico. Quando o especialista de lá a examinou, ele arranjou que fosse operada imediatamente. Depois da cirurgia, chamaram o departamento ortopédico e os instruíram a preparar um leito para ela o mais rápido possível. Quando minha filha chegou no departamento ortopédico, já era depois das onze da noite. O médico do departamento ortopédico consultou com um especialista torácico e um especialista em medicina interna, então ele chamou a mim e meu marido para seu escritório. Ele disse que nossa filha estava em estado crítico. Seus ossos não tinham sido danificados seriamente, mas seus pulmões tinham sido comprimidos severamente, o que tinha causado seu inchaço e inflamação, que era a razão pela qual ela estava tendo tantas dificuldades de respirar. Ele disse que, já que a inflamação e o inchaço levam tempo para diminuir, os próximos três dias seriam os mais perigosos para a nossa filha. Ela poderia morrer a qualquer momento, e o médico pediu que nos preparássemos para o pior. Quando ouvi o médico dizer que nossa filha poderia morrer a qualquer momento, meu coração se partiu de dor, e eu não quis ouvir mais nada. Com olhos cheios de lágrimas, eu me virei e voltei correndo para a enfermaria. Apertei a mão da minha filha com tanta força, temendo que ela poderia me deixar a qualquer momento. Ao vê-la deitada na cama, inconsciente e com respiração fraca, lembrei-me de cada cintilar e sorriso dela desde sua infância, e foi uma agonia. Enquanto me agarrava à sua mão, soluços me assolavam, e o medo inundou cada nervo do meu corpo. Pensei comigo mesma: “Realmente não existe esperança? Realmente virei minha filha morrer antes de mim?” Desesperada, clamei a Deus incessantemente em meu coração, dizendo: “Ó Deus! O médico diz que minha filha pode morrer a qualquer momento, e estou com tanto medo! Ó Deus! Peço que me guies para enfrentar esta situação…”
Depois de orar, algumas palavras de um hino das palavras de Deus me vieram claramente à mente: “A fé é como uma ponte de um tronco só: aqueles que se agarram abjetamente à vida terão dificuldade para cruzá-la, mas aqueles que estão prontos para se sacrificar podem atravessá-la de pé firme e sem preocupação. Se o homem abriga pensamentos tímidos e temerosos, isso é porque Satanás o enganou, temendo que cruzemos a ponte da fé para entrar em Deus” (“Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos”). O esclarecimento e a orientação das palavras de Deus me permitiram entender que eu estava sentindo todo esse medo e dor porque eu não tinha fé em Deus e que eu não acreditava realmente que Deus administra tudo que tem a ver com o homem, incluindo vida e morte. Portanto, eu estava involuntariamente vivendo em medo e terror, eu tinha caído nos truques de Satanás e feita de tola por Satanás. Mesmo sabendo que Deus detém toda soberania sobre todas as coisas, eu entendia e reconhecia esse fato apenas em teoria e não tinha vindo a compreender a soberania de Deus através de experiências reais. Por isso, quando ouvi o médico dizer que minha filha podia morrer a qualquer momento, eu me tornei incrivelmente temerosa, acreditando que cabia ao médico se minha filha viveria ou não. Se ele tinha dito que minha filha podia perder sua vida, assim eu pensava, então minha filha não tinha como escapar desse infortúnio. Mas quando refleti sobre isso com cuidado, quando minha filha foi atingida pelo carro, ela ficou presa em baixo dele, e as pessoas em sua volta não souberam o que fazer, foi a proteção de Deus que lhe permitira rastejar milagrosamente de baixo do carro; quando os médicos não quiseram tratar minha filha, por meio de orações e clamando a Deus, Deus tinha mudado a opinião do médico e o levado a tratar minha filha. Por meio desses atos, Deus tinha me mostrado Sua autoridade e poder, capacitando-me assim a ver Sua onipotência e soberania e Seus atos maravilhosos. Todas as coisas são orquestradas e arranjadas por Deus, e Ele segura em Suas mãos o destino, a vida e a morte do homem. Deus, e não os médicos, tem a última palavra em todas as coisas. Como minha fé pôde ser tão pequena ao ponto de acreditar naquilo que o médico tinha dito e de ser enganada por Satanás? Eu tinha sido tão ignorante! Naquele momento, percebi que Deus tinha permitido tudo aquilo a fim de aperfeiçoar a minha fé Nele, a fim de me levar a acreditar que Deus governa todas as coisas, independentemente da situação que eu experimentasse, e a fim de me tornar verdadeiramente obediente a Deus. Apenas assim eu seria capaz de discernir e combater os truques de Satanás e de não ser enganada por Satanás e viver em dor e medo. Uma vez que entendi a vontade de Deus, eu fiz uma oração de obediência a Deus: não importava o que acontecesse com minha filha, eu desejava obedecer à soberania e aos arranjos de Deus e abordá-los corretamente. Aos poucos, meu coração se sentiu mais à vontade.
O estado da minha filha piora, e eu caio em desespero
Mais ou menos às quatro da tarde, minha filha de repente começou a ter dificuldades de respirar, sua aparência ficou cada vez pior. Rapidamente, meu marido notificou o médico. Quando o médico e um especialista vieram correndo, eles disseram que, em breve, minha filha deixaria de respirar. Eles disseram que precisariam fazer uma incisão e abrir suas vias aéreas imediatamente e usar um respirador para ajudá-la a respirar, caso contrário ela morreria. Fiquei tão nervosa ao ouvir isso e temia que, se ela não se recuperasse após a abertura de suas vias respiratórias, eles teriam que inserir um tubo de respiração pelo resto de sua vida. Mas para garantir que minha filha tivesse alguma esperança de sobreviver, meu marido e eu concordamos com o procedimento. O procedimento levou mais de meia hora. O médico disse: “Esta é a nossa última chance. Se ela não conseguir respirar com o respirador, não há mais nada que possamos fazer por ela”. Minha ansiedade voltou quando o médico disse isso, e eu temia que minha filha poderia sofrer outra piora. Naquele dia, meu marido e eu ficamos de vigília ao lado da nossa filha e observamos cuidadosamente a sua respiração, e não ousávamos relaxar nossa vigilância em momento algum.
Por volta das onze da noite, a respiração da nossa filha se acelerou. Ela abriu os olhos e estendeu sua mão, pedindo, através de gestos, que eu lhe desse papel e caneta. No papel, ela escreveu: “Mamãe, não consigo respirar. Acho que posso morrer”. Após escrever isso, sua mão relaxou, e ela perdeu a consciência. Não conseguimos acordá-la por mais que tentássemos, e meu marido correu para chamar o médico. Chorando, fiquei chamando a minha filha. Após pouco tempo, especialistas em ortopedia e dos departamentos torácico e de otorrinolaringologia vieram. Eles cercaram minha filha e a examinaram. Depois foram para um escritório para discutir seu caso. Eu deitei minha cabeça ao lado dela em luto. Naquele momento, eu quis estar no lugar dela naquela cama hospitalar para não ter que ver minha filha em tamanho sofrimento.
20 minutos depois, meu marido voltou, e seus olhos estavam vermelhos. Sem vigor, ele disse: “Os médicos dizem que nossa filha não sobreviverá e que devemos ir para casa”. Ao ver meu marido tão fraco e impotente e ao olhar para minha filha inconsciente, meu coração de repente se encheu de uma convicção forte: nossa filha não morrerá – Deus a salvará! Então disse ao meu marido com voz forte: “Não podemos ir para casa agora!” Mais tarde, o médico de plantão teve uma conversa comigo e me aconselhou, dizendo: “Todos nós discutimos o caso e não conseguimos imaginar uma maneira de salvá-la. Sua filha não pode ser salva. Vocês deveriam ir para casa!” Quando ouvi o médico dizer isso, de repente, estas palavras de Deus me vieram à mente: “Enquanto você ainda tiver um sopro de vida, Deus não o deixará morrer” (“Capítulo 6” das Declarações de Cristo no princípio). Eu acreditava que Deus possui esse tipo de autoridade e poder e que Ele administra o destino da humanidade e a nossa vida e morte. Cabia a Deus se nossa filha viveria ou morreria, e as palavras do médico não importavam. Por isso, independentemente do conselho do médico, eu respondi com firmeza: “Ainda não estamos no fim. Não podemos ir para casa”. E exigi que os médicos tentassem salvá-la novamente. Devido à minha insistência, os médicos não tiveram escolha senão pegar um tubo de aspiração de expectoração de mais ou menos 40 cm de comprimento e o inseriram na via aérea da minha filha pela incisão. Usando uma máquina elétrica, os médicos aspiraram expectoração quatro vezes e, inesperadamente, a respiração da minha filha ficou mais fácil, e ela abriu os olhos lentamente. Tomada de alegria, agarrei sua mãe e agradeci a Deus. Mas o médico disse: “No estado atual, mesmo que sua respiração tenha melhorado, sua filha não sobreviverá à noite. Creio que vocês devam ir para casa antes que isso aconteça”. Ao dizer isso, ele balançou a cabeça e saiu. Eu não reparei naquilo que ele tinha dito. Minha filha estava respirando, e isso encheu meu coração de fé em Deus, então, cantei alguns hinos em voz suave para ela: “Cântico de amar a Deus sem arrependimentos” e “Fé verdadeira traz testemunho”. Quando me ouviu cantar, ela caiu no sono e passou a noite em paz.
Inesperadamente, às sete da manhã seguinte, a respiração da minha filha acelerou novamente, e ela parecia estar em muita dor e angústia. Ela estendeu a mão, pedindo papel e caneta. Segurando a caneta, ela escreveu com dificuldades: “Papai, mamãe, está sendo difícil respirar. Sinto que não resistirei. Não creio que sobreviverei a esta manhã”. Ao ler o que ela tinha escrito, senti uma dor dilacerante no coração, e mais uma vez o desespero encheu meu coração. Eu agarrei sua mão e fiquei clamando a Deus em meu coração: “Ó Deus! Minha filha está em tanta dor, e parece que ela realmente não sobreviverá. Ó Deus! Não sei como devo encarar o que acontecerá em seguida. Imploro pela Tua ajuda”. Estas palavras de Deus me vieram à mente: “Visto que você crê em Deus e segue a Deus, deve oferecer tudo a Ele e não deve fazer escolhas nem pedidos pessoais, bem como deve alcançar a satisfação do desejo de Deus. Visto que você foi criado, deve obedecer ao Senhor que o criou, porque você inerentemente não tem domínio sobre si mesmo e não tem aptidão para controlar seu próprio destino. Visto que é uma pessoa que crê em Deus, você deve buscar santidade e mudança” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O sucesso ou o fracasso dependem da senda que o homem percorre”). Quando contemplei as palavras de Deus, compreendi que eu era um ser criado e que eu deveria ocupar o lugar de um ser criado e me submeter às orquestrações e aos arranjos do Criador. Eu não deveria fazer todos os tipos de exigências a Deus para satisfazer meus próprios desejos selvagens, pois isso era um comportamento insensato. Lembrando-me dos dias desde que soube do acidente de carro da minha filha, sempre que tinha orado a Deus, eu tinha Lhe pedido que salvasse minha filha e não a deixasse morrer. Eu vi o quanto eu tinha sido corrompida por Satanás; eu acreditava em Deus e seguia a Deus, mesmo assim não tinha um pingo de reverência ou obediência a Ele e não tinha ocupado o lugar correto de um ser criado. Em vez disso, eu tinha feito exigências insensatas a Deus e tinha pedido cegamente as Suas bênçãos e a Sua graça – eu realmente era muito arrogante, presunçosa, egoísta e detestável! Deus é o Criador, e todas as coisas estão em Suas mãos. Quando alguém nasce e morre, tudo foi pré-ordenado por Deus há muito tempo, e Ele arranja tudo. A vida da minha filha também estava nas mãos de Deus, e não importava o que Deus fizesse, Sua boa vontade estaria por trás disso. Eu devia obedecer à soberania e aos arranjos de Deus e não tomar minhas próprias decisões – estes eram a única atitude e o único senso que os seres criados deveriam ter. E assim eu fiz uma oração silenciosa a Deus e decidi: “Ó Deus! Eu desejo realmente entregar minha filha a Ti. Não importa se Tu a leves ou se a deixes, eu não me queixarei. Desejo apenas obedecer à Tua soberania e aos Teus arranjos e permaneço firme em meu testemunho de Ti”. Após orar, eu comecei a me preparar para o pior. Após conseguir controlar meus sentimentos, eu segurei a mão da minha filha e, segurando minhas lágrimas, disse a ela: “Lanlan, Deus nos dá a nossa vida. Não importa se vivemos ou morremos, devemos sempre nos submeter às orquestrações e aos arranjos de Deus. Mesmo que não tenhamos acreditado em Deus por muito tempo, somos muito sortudos em comparação com os incrédulos. Não viemos para este mundo em vão, pois ouvimos a voz de Deus e sabemos que existe um Criador em todo o universo, e sabemos que devemos adorar a Deus como pessoas vivas. Assim, independentemente do que aconteça no fim, devemos sempre agradecer a Deus e, de forma alguma, culpá-Lo. Ok?” Minha filha parecia me ouvir e compreender o que eu estava dizendo, e ela acenou com a cabeça e piscou, e duas lágrimas escorreram do canto de seus olhos. Depois disso, sua respiração foi ficando cada vez mais difícil, e ela perdeu a consciência mais uma vez. Sentada fracamente ao lado dela, fiquei olhando para a minha filha, e lágrimas caíam dos meus olhos.
Quando não parecia haver esperança, o amor de Deus não nos abandonou
Naquele momento, o médico de plantão veio e examinou o ventilador e o eletrocardiograma, depois analisou os olhos da minha filha com uma pequena lanterna, beliscou seus braços e balançou a cabeça. Com voz fria, ele disse: “Eu lhes disse que sua filha não sobreviveria à noite. Agora vocês veem que ela não sobreviverá! Suas pupilas estão dilatadas, e seu rosto está ficando roxo. Não há como salvá-la”. O médico se virou e instruiu uma enfermeira a conferir a situação da infusão da minha filha e a retirar o tubo se não estivesse mais gotejando. Então saiu sem olhar para trás. Quando ouviu o médico dizer isso, meu marido deitou sua cabeça ao lado da cabeça da nossa filha e chorou em luto, e as outras pessoas na enfermaria derramaram lágrimas de simpatia. Apesar de ter preparado minha mente para isso, ouvir o médico dizer aquelas palavras me causou grande dor e, de repente, senti como se meu coração tivesse sido esvaziado. Deitei-me ao lado da minha filha e clamei a Deus, pedindo que Ele protegesse meu coração. Naquele momento, as palavras de Deus reluziram na minha mente: “Fé e amor máximos são exigidos de nós neste estágio da obra. Podemos tropeçar ao menor descuido, pois este estágio da obra é diferente de todos os anteriores: o que Deus está aperfeiçoando é a fé da humanidade, que é invisível e intangível. O que Deus faz é converter palavras em fé, em amor e vida. As pessoas devem chegar a um ponto em que tenham suportado centenas de refinamentos e tenham fé maior que a de Jó. Elas devem suportar um sofrimento incrível e todos os tipos de tortura sem jamais abandonar a Deus. Quando são obedientes até a morte e têm grande fé em Deus, então este estágio da obra de Deus está completo” (“A senda… (8)”). As palavras de Deus me deram fé e força, e me senti como se Deus estivesse bem ali do meu lado, dizendo-me que eu devia ter muita fé Nele, que devia ser igual a Jó. Quando as provações caíram sobre Jó, ele perdeu toda sua riqueza e propriedade e todos os seus lindos filhos, e seu próprio corpo se cobriu de chagas terríveis. Mas, apesar de sofrer muita dor, ele acreditou que tudo acontece com a permissão de Deus. Não importa se recebemos bênçãos ou sofremos desastres, como seres criados precisamos ficar em nosso lugar e, independentemente daquilo que Deus faça, devemos louvor Seu santo nome, obedecer e aceitar incondicionalmente a Sua soberania e não professar nenhuma palavra de queixa. Este é o senso que um ser humano deveria ter. Por entender essas coisas, Jó confiou em sua fé, obediência e reverência a Deus e permaneceu firme em seu testemunho. Agora, eu estava sendo consolada e encorajada pelas palavras de Deus, assim, eu me ajoelhei ao lado da cama da nossa filha e orei a Deus: “Ó Deus! Encarando a morte, vejo como nós humanos somos insignificantes e lamentáveis. Reconheço a fragilidade da vida humana e ainda mais a imaturidade da minha própria estatura. Confrontada com a provação da morte iminente da minha filha, meu desejo de obedecer-Te é tão fraco. Ó Deus! Peço que Tu me impeças de queixar e que me dês a coragem para enfrentar a morte da minha filha. Quando Jó passou por provações, ele disse: ‘Jeová deu, e Jeová tirou; bendito seja o nome de Jeová’ (Jó 1:21). Desejo imitar Jó e Te obedecer de verdade…” Após orar, segurei a mão da minha filha e a olhei em silêncio. Meu coração estava muito mais calmo, e eu me senti capaz de encarar calmamente tudo que acontecesse em seguida.
Obediência traz nova esperança
Mais de dez minutos depois, percebi que o líquido ainda estava gotejando e entrando no corpo da minha filha. Isso significava que minha filha ainda estava viva! Uma nova esperança se acendeu em meu coração: minha filha ainda vive, e não podemos desistir assim. Rapidamente, pedi que a enfermeira chamasse o médico, e quando ele veio, ele disse sem paciência: “Eu já lhe disse que ela não sobreviverá. Por que ainda está aqui?” Após fazer pedidos repetidos, o médico relutantemente pegou o tubo de respiração e o inseriu na via aérea da minha filha e o usou para aspirar líquido dos pulmões da minha filha com a ajuda da máquina. Três vezes, o tubo sugou alguma expectoração e algum sangue aguado, e, de repente, minha filha abriu os olhos e, aos poucos, seu rosto voltou a ficar rosado. Excitada, segurei a mão da minha filha e agradeci a Deus em meu coração. Então, o médico se curvou e examinou o eletrocardiograma, depois fez o mesmo com o respirador e disse maravilhado: “Como é que tudo se normalizou de repente? É inconcebível!” Então olhou para o rosto da minha filha e confirmou que sua aparência estava boa. Ele levantou as duas mãos e dançou na enfermaria, dizendo com alegria: “Eu salvei Lanlan! Eu salvei Lanlan!” Quando ouviu o médico dizer isso, Lanlan estendeu sua mão, dando a entender que queria escrever algo. Eu lhe dei papel e caneta, e ela escreveu: “Deus não permitirá que eu morra enquanto me restar um suspiro. Foi predestinado no céu que eu viveria, e eu agradeço a Deus”. Quando o médico leu o que ela tinha escrito, ele saiu sem dizer uma palavra. Eu chorei, sem saber como expressar minha gratidão a Deus. Eu só pude agradecer a Deus em meu coração: “Ó Deus! Obrigada por Teu amor por mim e obrigada por salvar minha filha. Ganhei tanto ao longo destes três curtos dias. Quando estava triste e me sentindo impotente, Tu estiveste comigo o tempo todo, consolando e me encorajando com Tuas palavras, dando-me fé, corrigindo minhas visões erradas sobre a crença em Deus, capacitando-me a ser verdadeiramente obediente diante de Ti e a ver Tua onipotência e soberania e Teus atos maravilhosos! Que toda a glória seja a Ti, o único Deus verdadeiro! Amém!”
A partir daquele dia, o estado da minha filha melhorou cada vez mais, e sua via aérea se recuperou de forma excelente. Quando estava prestes a receber alta do hospital, o médico e uma enfermeira pediram que eu e minha filha escrevessem uma carta de agradecimento ao médico, mas nós nos recusamos, pois eu sabia que quem tinha dado vida à minha filha era Deus, e assim oferecemos a nossa gratidão apenas a Deus!
Após mais de um mês de recuperação em casa, minha filha pôde retomar sua vida normal e, mais tarde, começou a cumprir seu dever na igreja.
Meu coração foi levado a compreender
Já se passaram vários anos desde o desdobramento destes eventos, mas sempre que me lembro da experiência da minha filha de ser salva da beira da morte, sinto uma profunda gratidão pela maravilhosa salvação de Deus: Deus não só deu à minha filha uma nova oportunidade de viver, mas, o que é ainda mais importante, esses eventos me levaram a entender a verdade que o destino da humanidade está nas mãos de Deus. Ao mesmo tempo, entendo também que, não importa a situação que possa cair sobre nós, devemos sempre confiar e olhar para Deus com sinceridade, assumir nosso lugar correto como seres criados, obedecer à soberania e aos arranjos do Criador, abandonar nossas intenções e nossos desejos e não fazer exigências insensatas a Deus. Essa é a escolha mais sábia que podemos fazer! Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.