Não sou mais exigente com meu dever
Quando comecei a crer em Deus, percebi como os irmãos que eram líderes frequentemente comunicavam as palavras de Deus às pessoas para que elas resolvessem seus problemas e os irmãos estavam dispostos a procurá-los para discutir suas preocupações. Isso me deixava com muita inveja deles, e eu achava que desempenhar um dever como esse lhes proporcionava respeito e admiração aonde quer que fossem. Quanto aos deveres de hospedagem e de assuntos gerais, eu acreditava que os irmãos que os desempenhavam ficavam apenas mourejando nos bastidores, não conseguiam se destacar, não eram vistos pelos outros e ninguém os admirava. Pensei que seria ótimo se eu pudesse desempenhar um dever que me permitisse ter destaque e ser admirada no futuro. Mais tarde, fui escolhida como líder de igreja, e os irmãos nas reuniões que eu presidia eram todos muito afetuosos comigo. Era ótimo ver como eles me olhavam com inveja, e eu me sentia acima dos demais. Desempenhar um dever de liderança era mais estressante e envolvia muito mais trabalho, mas não importava o quanto sofresse ou quão cansada estivesse, eu nunca recuava ou reclamava. Algum tempo depois, por causa do meu baixo calibre e por eu não ter lidado com os assuntos de acordo com os princípios — frequentemente agindo com base em minhas opiniões e me apegando a regulamentos — e ter causado prejuízos ao trabalho da igreja, fui dispensada. Após minha dispensa, meu líder veio até mim e perguntou se eu estaria disposta a desempenhar um dever em assuntos gerais. Fiquei um pouco resistente e pensei: “O trabalho de assuntos gerais é apenas lidar com tarefas diversas na igreja, é só um trabalho básico e manual. Se os outros irmãos descobrirem que estou desempenhando um dever como esse, o que vão pensar de mim? Será que eles pensarão que estou desempenhando um dever desses porque não tenho a verdade realidade?”. No entanto, sabendo que a designação de um dever era uma comissão de Deus e deveria ser aceita e submetida, concordei com relutância.
Mais tarde, ao sair para desempenhar meu dever, muitas vezes eu encontrava irmãos que já conhecia. Quando me perguntavam que dever eu estava desempenhando, eu tinha vergonha de lhes contar, com medo de que me desprezassem se soubessem que eu estava desempenhando um dever em assuntos gerais. Mas o que eu mais temia de fato aconteceu. Certa vez, fui até a casa de uma irmã para pegar emprestada a scooter dela e, enquanto conversávamos, mencionei que estava desempenhando um dever em assuntos gerais. Ela ficou surpresa e perguntou: “Por que você está em assuntos gerais agora? Pensei que estivesse desempenhando um dever na área de textos!”. Eu me senti incrivelmente desconfortável e mudei de assunto de propósito, conversando com ela sobre banalidades. E saí o mais rápido possível. A caminho de casa, fiquei repetindo em minha mente a expressão de choque da irmã quando soube que eu estava em assuntos gerais. Eu me senti péssima e fiquei imaginando o que a irmã pensaria de mim. Será que ela pensaria que eu tinha sido designada para aquele dever por não ter a verdade realidade e meu calibre ser baixo? Será que ela me desprezaria? Isso me deixou ainda mais resistente em relação àquele dever. Às vezes, eu enrolava para entregar cartas urgentes e não as levava aos meus irmãos em tempo hábil. Às vezes, eu esquecia coisas e meus irmãos me podavam por eu ser perfunctória e irresponsável, e me advertiam para ser mais diligente em meu dever e pensar mais nele. Diante dessa situação, eu não só deixei de fazer uma autorreflexão, como até me tornei mais resistente ao dever. Lembrei-me de quando eu era líder, os obreiros de assuntos gerais me entregavam livros das palavras de Deus e cartas, mas agora a situação tinha se invertido e era eu quem recebia a tarefa de levar recados e entregar coisas a outros irmãos. Senti que meu status havia despencado de repente e fui ficando cada vez mais infeliz e oprimida.
Certa manhã, minha bateria acabou enquanto eu dirigia minha scooter elétrica e fui obrigada a empurrá-la manualmente. Enquanto a empurrava, acidentalmente liguei o acelerador e ela disparou para a frente, fazendo com que eu caísse em cima dela sem tempo de reagir. Bati com a boca na borda dianteira da scooter, o que fez com que alguns dentes meus ficassem moles além de me deixar com hematomas no rosto e me causar um ferimento no meu pé. Depois de voltar para casa, orei a Deus: “Ó Deus! Recentemente, tenho resistido muito ao meu dever em assuntos gerais e não sei como resolver esse problema. Por favor, guia-me para que eu me conheça e consiga me submeter”. Depois da oração, li duas passagens das palavras de Deus que diziam: “Na casa de Deus, há menção constante de aceitar a comissão de Deus e desempenhar adequadamente o dever. Como o dever passa a existir? Falando de modo geral, ele passa a existir como resultado da obra de gerenciamento de Deus de trazer a salvação para a humanidade; falando de modo específico, na medida em que a obra de gerenciamento de Deus se desdobra entre a humanidade, surgem vários trabalhos que requerem que as pessoas cooperem e os completem. Isso fez surgirem responsabilidades e missões para as pessoas cumprirem, e essas responsabilidades e missões são os deveres que Deus concede à humanidade. Na casa de Deus, as diferentes tarefas que requerem a cooperação das pessoas são os deveres que elas deveriam desempenhar. Então, há diferenças entre os deveres quanto a serem melhores e piores, nobres e humildes ou grandes e pequenos? Tais diferenças não existem; contanto que algo tenha a ver com a obra de gerenciamento de Deus, seja uma exigência do trabalho de Sua casa, e seja exigido pela divulgação do evangelho de Deus, então é um dever da pessoa” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é o desempenho adequado do dever?”). “Seja qual for o seu dever, não discrimine entre alto e baixo. Suponha que você diga: ‘Embora essa tarefa seja uma comissão de Deus e a obra da casa de Deus, se eu a fizer, as pessoas podem me olhar com desprezo. Os outros recebem um trabalho que lhes permite destacar-se. Foi-me dada essa tarefa que não deixa eu me destacar e só me faz me exaurir nos bastidores, isso é injusto! Não desempenharei esse dever. Meu dever tem de ser aquele que me põe em destaque na frente dos outros e me permite ganhar renome para mim — e mesmo se eu não ganhar renome para mim nem me destacar, ainda tenho de me beneficiar disso e me sentir fisicamente em paz’. Essa é uma atitude aceitável? Ser seletivo é não aceitar de Deus as coisas; é fazer escolhas de acordo com as suas preferências. Isso é não aceitar o seu dever; é recusar o seu dever, uma manifestação da sua rebeldia para com Deus. Essa seletividade é adulterada por seus desejos e preferências individuais. Quando você leva em consideração seu benefício próprio, sua reputação e assim por diante, a sua atitude para com o dever não é submissa” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é o desempenho adequado do dever?”). As palavras de Deus foram uma exposição clara do estado em que me encontrava. Vi que minha atitude e minha visão em relação a meu dever estavam erradas. Eu fazia distinção entre deveres altos e baixos, separando-os em graus e classificações. Achava que ser líder ou desempenhar um dever na área de textos tornava uma pessoa superior às demais e lhe permitia conquistar a admiração e o respeito dos outros. Não importava o quanto eu sofresse ou me sentisse cansada em um dever como esse, eu estava muito disposta a desempenhá-lo. Quanto aos deveres que exigiam trabalho manual e não permitiam que eu me distinguisse e fosse vista, eu não estava disposta a desempenhá-los, pois achava que tais deveres eram claramente muito humildes e que as pessoas me desprezariam por desempenhá-los. Sob a influência desses pontos de vista falaciosos, quando meu líder me designou um dever de assuntos gerais, achei que esse era um dever inferior e que prejudicaria minha reputação, por isso fui resistente e não quis me submeter, e agi de forma perfunctória e irresponsável no dever. Como minhas opiniões eram ridículas! Tendo em vista o quanto eu estava corrompida e o quanto meu calibre era baixo, foi somente com a exaltação e a graça de Deus que pude desempenhar um dever em Sua casa, mas não considerei Suas intenções de forma alguma, não sabia como retribuir Seu amor, só levava em conta meus interesses e minha reputação e simplesmente agia como queria em meu dever, usando-o para atender a meus interesses. Onde estava minha humanidade? Deus certamente detestava tal conduta!
Um dia, encontrei esta passagem das palavras de Deus: “Qual atitude você deve ter para com o seu dever? Primeiro, você não deve analisá-lo, tentando descobrir quem o designou a você; ao contrário, deve aceitá-lo de Deus, como um dever confiado a você por Deus, e deve obedecer aos arranjos e orquestrações de Deus, e aceitar seu dever de Deus. Segundo, não discrimine entre alto e baixo, e não se preocupe com a natureza dele, se lhe deixa se destacar ou não, se é feito em público ou nos bastidores. Não considere essas coisas. Existe também outra atitude: submissão e cooperação ativa” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é o desempenho adequado do dever?”). Ao ler as palavras de Deus, aprendi que nossos deveres são uma comissão de Deus e que temos a obrigação e a responsabilidade de cumpri-los. Independentemente de o dever permitir que nos destaquemos e sejamos vistos, e de ganharmos o respeito e a admiração dos outros, como seres criados, devemos aceitar tais deveres e nos submeter e mostrar nossa máxima lealdade. Esse é o tipo de atitude que devemos ter em nossos deveres e a razão que todos nós devemos possuir. Refleti sobre como os assuntos gerais podem não ser um dever chamativo, mas esse é um aspecto indispensável do trabalho da casa de Deus. Se não tivéssemos pessoas entregando livros e cartas, nossos irmãos não seriam capazes de ler as palavras de Deus em tempo hábil e certos projetos não seriam concluídos a tempo, o que afetaria o trabalho da igreja. Como eu havia sido designada para um dever de assuntos gerais, deveria ter assumido a responsabilidade de concluir as tarefas que me foram designadas. Ao perceber isso, finalmente me dispus a aceitar e a me submeter. Independentemente de ser ou não respeitada pelos outros, eu ainda faria o melhor para cumprir meu dever. Depois disso, coloquei toda a minha energia e meu pensamento no dever. Todos os dias, quando chegava a hora de enviar e receber cartas, eu as verificava cuidadosamente e me dedicava de coração ao meu trabalho. Quando a irmã com quem eu fazia parceria tinha de sair para cuidar de outro trabalho, eu ajudava ativamente a encaminhar as coisas para ela e me esforçava para desempenhar bem meu trabalho. Sentia-me particularmente à vontade trabalhando dessa forma diligente e detalhada. Quando outros irmãos me perguntavam que dever eu estava desempenhando, eu afirmava abertamente que estava trabalhando em assuntos gerais e não me sentia mais envergonhada.
Em junho de 2019, meu líder me procurou para perguntar se eu estaria disposta a hospedar algumas irmãs. Pensei comigo mesma: “Estou disposta a aceitar um dever, mas se os irmãos mais próximos descobrirem que estou passando meus dias lavando louça e cozinhando comida como anfitriã, o que vão pensar de mim? Será que vão me desprezar?”. Apressei-me a recomendar a irmã Wang Yun, dizendo que eu achava que ela seria mais adequada para desempenhar esse dever, mas o líder respondeu que a irmã Wang Yun tinha adoecido recentemente e não era adequada. Percebi que esse dever havia chegado até mim por meio da soberania e dos arranjos de Deus, então parei de tentar adiá-lo. Durante meu tempo como anfitriã, notei que as irmãs frequentemente comunicavam habilidades e conhecimentos relevantes para seus deveres e o que tinham ganhado com suas experiências. Quando a supervisora delas chegava, ela também comunicava seu trabalho às irmãs. Eu tinha inveja delas por serem capazes de desempenhar um dever como esse enquanto eu estava presa a manter a segurança do ambiente de minha casa ou a preparar comida na cozinha. Esse sentimento de inferioridade me deixava muito infeliz. Às vezes, minha mente divagava enquanto eu preparava a comida e eu colocava muito sal ou me esquecia completamente de colocar. Algumas das irmãs não podiam comer comida apimentada, então uma delas gentilmente me perguntou se eu poderia separar um pouco da comida antes de colocar pimenta. Concordei com o pedido dela, mas em minha mente eu pensei: “Quando eu era líder, era eu quem dava as ordens. Agora que estou desempenhando um dever de hospedagem, não só não consigo conquistar o respeito alheio, como tenho de seguir as ordens de outras pessoas”. Isso me deixa mal-humorada e oprimida. Às vezes, quando as irmãs estavam ocupadas com seus deveres, elas me pediam para ajudá-las a comprar vários produtos do dia a dia, o que me fazia sentir como se eu estivesse recebendo ordens e estivesse ali só para resolver coisas Mais tarde, percebi que me encontrava em um estado ruim, mas eu ainda vivia naquele estado, sem querer. Eu me sentia péssima e parecia que meu coração havia se afastado de Deus.
Um dia, li duas passagens das palavras de Deus que diziam: “Nascido numa terra tão imunda, o homem vem sendo gravemente empesteado pela sociedade, influenciado pela ética feudal e instruído nos ‘institutos da mais elevada aprendizagem’. O pensamento retrógrado, a moralidade corrupta, a visão mesquinha da vida, a filosofia desprezível para os tratos mundanos, uma existência absolutamente sem valor, estilo de vida e costumes depravados, todas essas coisas invadiram severamente o coração do homem e atacaram e comprometeram gravemente a sua consciência. Como consequência, o homem está cada vez mais distante de Deus e cada vez mais se opõe a Ele” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Ter um caráter inalterado é estar em inimizade contra Deus”). “Satanás corrompe as pessoas por meio da educação e da influência de governos nacionais, dos famosos e grandes. Suas palavras diabólicas têm se tornado a vida e natureza do homem. ‘Cada um por si e o demônio pega quem fica por último’ é um ditado satânico popular que tem sido plantado em cada um e isso tem se tornado a vida do homem. Existem outros dizeres das filosofias para os tratos mundanos que também são assim. Satanás usa a cultura tradicional de cada nação para educar, desorientar e corromper as pessoas, fazendo com que a humanidade caia e afunde em um abismo de destruição sem limites, e no fim, as pessoas são destruídas por Deus por servirem a Satanás e resistirem a Deus. […] Ainda existem muitos venenos satânicos na vida, na conduta e no comportamento das pessoas. Por exemplo, suas filosofias para os tratos mundanos, suas maneiras de fazer as coisas e suas máximas estão todas repletas dos venenos do grande dragão vermelho, e todos esses vêm de Satanás. Assim, todas as coisas que fluem pelos ossos e sangue das pessoas são de Satanás” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como conhecer a natureza do homem”). Por meio da leitura das palavras de Deus, percebi o que estava na raiz de minha distinção entre deveres altos e baixos, separando-os em graus e classificações — eu havia sido profundamente inculcada com venenos satânicos e fora corrompida por eles como “cada um por si e o demônio pega quem fica por último”, “aqueles que trabalham com a mente governam os outros e aqueles que trabalham com as mãos são governados pelos outros”, e “o homem luta para subir; a água flui para baixo”. Eu vivia de acordo com esses venenos satânicos, buscando fama, ganho, status e respeito. Achava que somente viver dessa forma era digno e honroso. Também pensava nos deveres da casa de Deus em termos da filosofia e dos pontos de vista satânicos, acreditando que os deveres que exigiam habilidade e talento, como ser um líder, trabalhar com textos e produzir vídeos, eram respeitados pelas pessoas, enquanto os deveres de trabalho manual, como hospedar e cuidar de assuntos gerais, eram inferiores. Influenciada por pontos de vista falaciosos, tornei-me perfunctória em meu dever, e sem foco, muitas vezes esquecia de enviar cartas e atrasava o trabalho, tudo porque achava que o dever não era respeitado. A comida que eu preparava era muito sem sal ou muito salgada e eu não considerava se as irmãs conseguiriam comê-la ou não, preferindo apenas fazê-la como eu queria. Quando as irmãs me pediam para comprar coisas para elas, eu achava que estavam me tratando como uma ajudante e procrastinava de propósito. Vi que os venenos satânicos já haviam se enraizado profundamente em meu coração e se tornado minha natureza, fazendo com que eu ficasse egoísta, desprezível e sem humanidade. Eu tratava meu dever como uma forma de obter status e reputação e queria usá-lo como uma oportunidade de ganhar o respeito e os aplausos dos irmãos. Eu estava enganando e resistindo a Deus! Percebi que me encontrava em um estado muito perigoso, por isso orei a Deus arrependida: “Ó Deus, não quero mais buscar a fama, o ganho e o status. Estou pronta para me arrepender perante Ti. Por favor, guia-me para encontrar uma senda de prática”.
Depois disso, descobri duas passagens das palavras de Deus: “Todos são iguais perante a verdade, e não há distinções de idade ou de humildade e nobreza para aqueles que desempenham seus deveres na casa de Deus. Todos são iguais perante seu dever, apenas fazem trabalhos diferentes. Não há distinção entre eles com base em quem tem mais senioridade. Perante a verdade, todos devem manter um coração humilde, submisso e receptivo. As pessoas devem possuir essa razão e essa atitude” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 8”). “Quando Deus exige que as pessoas cumpram bem o dever, Ele não está lhes pedindo que completem certo número de tarefas ou que realizem algum empreendimento grande, nem que desempenhem alguma grande empreitada. O que Deus quer é que as pessoas sejam capazes de fazer tudo o que puderem de maneira realista e de viver em concordância com Suas palavras. Deus não precisa de que você seja grande ou nobre, nem de que realize milagres, nem quer Ele ver surpresas agradáveis em você. Ele não precisa de tais coisas. Tudo de que Deus precisa é que você pratique resolutamente de acordo com as palavras Dele. Quando você ouvir as palavras de Deus, faça o que você entendeu, execute o que compreendeu, lembre-se bem do que ouviu e, então, quando chegar a hora de praticar, faça-o de acordo com as palavras de Deus. Permita que elas se tornem sua vida, suas realidades e o que você vive. Dessa forma, Deus ficará satisfeito. […] Desempenhar seu dever não é difícil, nem é difícil fazer isso com lealdade e num padrão aceitável. Você não precisa sacrificar sua vida nem fazer algo especial ou difícil, você só precisa seguir as palavras e instruções de Deus honesta e resolutamente, não acrescentando suas ideias ou administrando uma operação própria, mas trilhando a senda de buscar a verdade. Se as pessoas conseguirem fazer isso, basicamente, elas terão uma semelhança humana. Quando elas tiverem a submissão verdadeira a Deus e se tornarem pessoas honestas, elas possuirão a semelhança de um verdadeiro ser humano” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). Na verdade, não importa o dever que desempenhamos na casa de Deus, seja ele de liderança, seja da área de textos seja servir como anfitrião ou trabalhar em assuntos gerais, trata-se apenas de trabalhos diferentes e nenhum deles é superior ou inferior ao outro. Independentemente do dever que desempenhamos, todos estamos aceitando a comissão de Deus e servindo em nossa função como seres criados. Deus não teria uma opinião particularmente elevada sobre uma pessoa só porque ela tem talento, habilidades ou desempenha um dever especial. Da mesma forma, Ele não desprezaria uma pessoa simplesmente por ela desempenhar um dever menos chamativo. O que importa para Deus é se as pessoas buscam a verdade ao desempenhar seus deveres e se elas se submetem e são leais neles. A igreja havia me designado para servir como anfitriã, portanto essa era uma responsabilidade e um dever a cumprir. Independentemente de as pessoas terem a mim em alta conta, eu deveria aceitar e me submeter — essa era a razão que eu deveria ter. Pensei na miríade de coisas que Deus criou, sejam elas grandes ou pequenas, todas elas existem de acordo com a soberania e a ordenação de Deus e servem a qualquer função que Deus lhes tenha atribuído. Uma pequena folha de grama não compara sua altura com a de uma árvore imponente, nem compete com as flores para ver qual é a mais bonita; simplesmente cumpre sua função em obediência. Se pudesse ser como aquela folha de grama, submetendo-me à soberania e aos arranjos de Deus, comportando-me de maneira realista e buscando cumprir meu papel como um ser criado, eu não sofreria tanto por não alcançar o status. Além disso, ser líder na casa de Deus não tem a ver apenas com dar ordens às pessoas, como eu acreditava, exige que a pessoa seja uma servidora de todas as pessoas, comunicando a verdade para ajudar os irmãos, resolvendo seus problemas reais com a entrada na vida e guiando-os para a realidade das palavras de Deus. O dever de hospedagem também não é um dever inferior — ele exige que a pessoa desempenhe seu dever de manter o ambiente de hospedagem para que os irmãos possam desempenhar seu dever em paz. Cada um de nós faz sua parte em nossa função para expandir o evangelho do reino. Ao perceber tudo isso, tive uma sensação de liberação. A casa de Deus designa pessoas para desempenhar deveres com base em suas habilidades, seu calibre e sua estatura. Eu já havia servido antes em deveres de liderança e de texto, mas meu calibre era insuficiente, eu não estava à altura das tarefas e não era adequada para aquelas funções. No entanto, eu não me entendia de fato, sempre me valorizava muito e buscava o respeito dos outros. Como eu estava sendo irracional! A igreja me designou para desempenhar um dever de hospedagem com base em meu calibre e no ambiente de minha casa — esse dever era muito adequado para mim. Eu não era altamente respeitada por meu papel de anfitriã, mas o dever revelou minhas visões equivocadas sobre a busca e meu caráter corrupto, e me estimulou a buscar a verdade e a ganhar algum entendimento de mim mesma. Essa é a coisa mais valiosa que eu poderia ganhar com esse dever. Do fundo do coração, agradeci a Deus por ter orquestrado esse ambiente para me purificar e me transformar, e me dispus a me submeter a Suas orquestrações e a seus arranjos, cumprindo meu dever de hospedagem para retribuir Seu amor.
Mais tarde, comecei a buscar entrar em princípios na maneira como preparava o alimento para as irmãs, considerando que tipo de refeição seria mais benéfica para a saúde delas. Quando não estavam ocupadas, elas me ajudavam nas tarefas domésticas e não me davam ordens como se eu fosse inferior. Quando eu encontrava dificuldades em meu dever, elas se comunicavam comigo pacientemente e me apoiavam e todas nós desempenhávamos nosso papel em nossas funções. Dessa forma, comecei a ter um relacionamento mais harmonioso com as irmãs, e fiquei feliz em me dispor a desempenhar meu dever. Esses ganhos e mudanças foram o resultado do julgamento e do castigo das palavras de Deus.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.