Como as verdades domésticas deveriam ser consideradas

13 de Março de 2024

Por Wang Han, Saipan

Em novembro de 2017, fui eleita líder da igreja. Quando comecei a me reunir ou discutir com os irmãos, eu conseguia compartilhar minhas opiniões, e minha comunhão tinha certa luz. Os irmãos pensavam muito bem de mim e falavam comigo com respeito. Então, eu senti que era valorizada e fiquei bastante satisfeita comigo. Após um período, notei que minha parceira, a irmã Wendy, era bastante franca ao falar comigo, e às vezes apontava meus problemas diretamente quando os observava. Por exemplo, quando eu não considerei os assuntos gerais da igreja, ela trouxe isso à tona e me disse para focar nisso. Mas eu achei que passei vergonha, e então disse que focaria nisso dali em diante, para não dar uma má impressão aos outros. Só que eu era bem deficiente nessa área — ou não conseguia pensar em certas coisas, ou, se pensava, não sabia como fazer. Mais tarde, quando Wendy trazia isso à tona às vezes, eu alegava que focaria nisso dali em diante, mas, na verdade, eu pensava: “Todos sempre disseram que eu suporto um fardo no meu dever, e agora Wendy me faz essa crítica. O que será que os outros vão pensar de mim agora?”. Senti que Wendy estava de olho nos meus problemas, que ela me menosprezava, e por isso tive vontade de evitá-la. Às vezes, quando discutíamos o trabalho e eu apresentava uma ideia, Wendy era direta e dizia que não a achava adequada. Às vezes, o tom dela era inapropriado, e ela me colocava numa situação difícil. Eu a achava agressiva demais; ela não ligava para minha dignidade. Eu achava que ela tinha humanidade ruim e era difícil de lidar. Em algumas ocasiões, tentei conversar com Wendy ou chamá-la para comer quando ela estava ao telefone, mas Wendy não respondia imediatamente, o que me convencia ainda mais de que ela tinha humanidade ruim e era muito fria, então eu tinha ainda menos vontade de interagir com ela. Eu fazia parceria muito mais fácil com as outras duas irmãs. Eu podia sentir que elas pensavam muito bem de mim, quando falávamos sobre o trabalho ou nossos estados atuais, e elas falavam comigo com respeito. Quando tinham problemas, vinham sempre me pedir conselhos, e raramente apontavam meus problemas. Eu ficava tão tranquila sempre que conversava com elas ou discutia o trabalho. Quanto mais interagia com elas, mais eu achava Wendy difícil de lidar, e apenas me mantinha o mais longe possível dela. Na verdade, percebi que Wendy estava disposta a trabalhar comigo, ela me procurava para discutir as coisas, mas eu apenas respondia de forma superficial e não estava realmente disposta a me aproximar dela, porque achava que a humanidade dela era ruim. Às vezes, pensamentos maldosos me ocorriam: “Seria melhor se Wendy não estivesse no nosso grupo, então ninguém implicaria com meus defeitos”. Lembro-me de uma vez, durante a eleição anual de líderes de igreja; eu acompanhei de perto os resultados da eleição de Wendy. Eu pensei comigo: “Não há como ela ser eleita, com essa humanidade ruim”. Mas, para a minha surpresa, todos diziam que ela suportava um fardo no dever e era muito responsável. Ninguém dizia nada sobre ela ter problemas graves com sua humanidade. A liderança superior também dizia que Wendy era uma pessoa correta. Eu fiquei tão confusa: “Então, ninguém ganhou discernimento sobre a Wendy? Ela é tão arrogante e adora expor as fraquezas dos outros — sinais claros de humanidade ruim”. Eu realmente não queria ser parceira dela de novo, mas, quando os resultados saíram, nós duas fomos eleitas líderes. Eu me senti tão sobrecarregada ao pensar que teria que me associar com a Wendy dali em diante. Depois disso, raramente eu procurava a Wendy para discutir o trabalho. Era mais a Wendy que vinha até mim, e eu adiava as reuniões o máximo possível. Eu só discutia com ela quando não podia mais adiar e não estava disposta a me abrir com ela e dizer o que estava no meu coração.

Uma vez, dois irmãos relataram um problema com a Wendy. Eles disseram que ela raramente se comunicava sobre a entrada na vida e parecia focar mais no trabalho. Eu notei que, desde que tinha começado a parceria com a Wendy, ela raramente falava sobre entrada na vida, e não se comunicava proativamente durante as reuniões. Sem me dar ao trabalho de entender sua situação real ou me comunicar com ela, eu imediatamente trouxe esse problema para dois diáconos. Por fora, eu estava apenas discutindo o problema dela, mas, na realidade, o que eu estava dizendo era: “A Wendy é líder de igreja e, se ela apenas se concentra no trabalho e não enfatiza a comunhão da verdade para resolver problemas, ela não é adequada para esse papel”. Nessa hora, eu estava falando a serviço das minhas intenções privadas. Os diáconos concordaram comigo que a Wendy não valorizava a entrada na vida e não era adequada para ser líder de igreja. Além disso, eu lhes disse: “A Wendy é bastante dominadora, e ela não considera os sentimentos dos outros quando fala, o que pode ser constrangedor”. Assim que eu disse isso, outra irmã interveio para dizer que a Wendy tinha mencionado as deficiências dela e ela ficou muito incomodada. Isso provou ainda mais para mim que a Wendy tinha um problema com sua humanidade. Então eu disse: “A Wendy tem humanidade ruim e é bastante fria”. E mencionei alguns exemplos para eles. Embora eu me sentisse um pouco culpada ao dizer isso, quando considerei como Wendy me restringiu, tive certeza de que havia um problema com ela. Depois de ouvir o que eu tinha a dizer, os dois diáconos também concordaram que a Wendy tinha humanidade ruim. Eles também criticavam a Wendy em particular, como eu fazia e, quando fazíamos reuniões pela internet, mandávamos mensagens uns para os outros enquanto a Wendy se comunicava, dizendo quão pobre era sua entrada na vida e sua comunhão. Uma vez, um diácono e outra irmã vieram conversar sobre meu estado no momento. Quando me perguntaram como estava minha parceria com a Wendy, eu disse: “Ela é bem dominadora, tem um tom impróprio e, às vezes, ela me ignora quando falo com ela. Ela parece ser bem fria, e eu me sinto constrangida por ela”. Nessa época, essas duas irmãs não tinham discernimento sobre mim e disseram que buscariam com a líder superior. Afinal, dado que a Wendy era líder da igreja, qualquer problema que ela tivesse influenciaria o trabalho da igreja. Depois de ouvir isso, pensei: “Se ela for substituída pela líder superior, não terei que ser parceira dela de novo”. No dia seguinte, fizemos uma reunião com a líder superior, e eu mencionei muitos problemas da Wendy. Mencionei a entrada na vida e a humanidade ruins e que eu me sentia constrangida por ela. As outras duas irmãs acrescentaram comentários. A líder superior ficou um pouco surpresa ao ouvir tudo isso — disse que conhecia a Wendy e não tinha percebido que ela era assim. Ela prometeu investigar a questão mais a fundo.

Poucos dias depois, a líder superior me informou de que, com base em como lidei com a Wendy, juntei gente contra ela, tentei miná-la em segredo, julguei-a e não fiz um papel positivo, ficou claro que eu tinha humanidade ruim, que não valia a pena me cultivar, e que, segundo os princípios, eu devia ser substituída. Eu fiquei chocada — não imaginava que as coisas terminariam desse jeito. “Juntar gente”, “minar em segredo”, “julgar”, “humanidade ruim”, “não vale a pena cultivar”, essas caracterizações me atingiram em cheio. Eu não podia acreditar, muito menos estava disposta a aceitar. Eu não conseguia entender: desde que eu era pequena, sempre fui bem vista pelos outros. Como era possível que agora estavam dizendo que eu tinha humanidade ruim? Eu ouvi errado? Esse processo de ser exposta e dissecada foi como um pesadelo, e fiquei terrivelmente agoniada.

Depois de ser substituída, eu não quis encarar o que aconteceu. Não conseguia aceitar essa crítica à minha humanidade, não achava que eu era esse tipo de pessoa e não me incomodava em refletir sobre mim mesma. Ao discutir a minha substituição, eu minimizei a gravidade da situação, disse que as pessoas sempre disseram que eu tinha humanidade boa, e era gentil e compreensiva. Eu queria dizer que tudo aquilo tinha sido apenas um acidente e não refletia minha verdadeira natureza. Depois disso, em várias ocasiões, minha líder considerou me atribuir um dever importante, mas acabou mudando de ideia, devido à minha humanidade pobre. Isso fez eu me sentir péssima, e eu supliquei a Deus, chorando: “Ó Deus, realmente não há salvação para mim? Minha humanidade é realmente tão ruim? Por favor, guia-me para eu me conhecer. Estou disposta a refletir”. Depois de orar, me deparei com esta passagem das palavras de Deus: “Em quais assuntos do seu dia a dia vocês têm um coração que teme a Deus? E em quais assuntos vocês não têm? Vocês são capazes de odiar alguém quando ele ofende você ou impacta seus interesses? E quando você odeia alguém, você é capaz de puni-lo e de se vingar? (Sim.) Então você é muito assustador! Se você não tem um coração que teme a Deus e é capaz de fazer coisas malignas, então esse seu caráter cruel é severo demais! Amor e ódio são coisas que a humanidade normal deveria possuir, mas você deve diferenciar claramente entre aquilo que você ama e aquilo que você odeia. Em seu coração, você deve amar a Deus, amar a verdade, amar coisas positivas e amar seus irmãos e irmãs, enquanto deve odiar o diabo Satanás, odiar coisas negativas, odiar anticristos e odiar pessoas malignas. Se você fosse capaz de oprimir e de se vingar de seus irmãos e irmãs por ódio, isso seria muito assustador, e esse é o caráter de uma pessoa maligna. Algumas pessoas simplesmente têm pensamentos e ideias odiosos — ideias malignas, mas nunca cometeriam nenhum mal. Essas não são pessoas malignas, porque quando algo acontece, elas são capazes de buscar a verdade e prestam atenção aos princípios em como se comportam e lidam com as coisas. Quando interagem com os outros, elas não exigem mais deles do que deveriam; quando se dão bem com uma pessoa, elas continuarão interagindo com ela; se não se dão bem, elas não continuarão. Isso mal afeta o cumprimento de seu dever e sua entrada na vida. Deus está em seu coração e elas têm um coração que teme a Deus. Não estão dispostas a ofender Deus, e têm medo de fazê-lo. Embora possam abrigar certos pensamentos e ideias incorretos, elas são capazes de os rejeitar ou de os abandonar. Elas exercem restrição em suas ações e não professam uma palavra sequer que seja imprópria ou que ofenda a Deus. Alguém que fala e age desse jeito é alguém que tem princípios e pratica a verdade. Sua personalidade pode ser incompatível com a de outra pessoa e você pode não gostar dele, mas quando trabalha com ele, você permanece imparcial e não desabafa suas frustrações em fazer seu dever nem descarrega suas frustrações nos interesses da família de Deus; você pode lidar com os assuntos de acordo com os princípios. Isso é uma manifestação de quê? É uma manifestação de ter um coração que teme razoavelmente a Deus. Se você tiver um pouco mais do que isso, quando vir que outra pessoa tem algumas inadequações ou fraquezas, então, mesmo que ela o tenha ofendido ou tenha um preconceito contra você, você ainda é capaz de tratá-la corretamente e de ajudá-la com amor. Isso significa que há amor em você, que você é uma pessoa que possui humanidade, que você é alguém que é bondoso e que consegue praticar a verdade, e que você é uma pessoa honesta que possui as verdades realidades e que você é alguém que tem um coração que teme a Deus. Se você ainda tem estatura baixa, mas tem uma vontade e está disposto a buscar a verdade e se esforçar para fazer coisas de acordo com os princípios, e se você é capaz de lidar com as coisas e de agir em relação aos outros com princípios, então isso também conta como ter um coração que teme um pouco a Deus; isso é o mais fundamental. Se você não consegue nem alcançar isso e não consegue se conter, então você está em grande perigo e é bem assustador. Se lhe dessem um cargo, você poderia punir as pessoas e dificultar sua vida; você seria propenso a se tornar um anticristo a qualquer momento(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “As cinco condições que devem ser satisfeitas para se iniciar a trilha certa da crença em Deus”). Através das palavras de Deus, aprendi que pessoas que têm um coração que teme a Deus não falam nem agem de modo frívolo. Mesmo que outras pessoas ameacem seus interesses, elas não atacam, nem ostracizam as pessoas, por medo de ofender a Deus. Deus não tem lugar no coração daqueles que não O temem, e assim eles fazem e dizem o que lhes agrada. Eles punem e se vingam de qualquer um que ameace seus interesses. Deus diz que isso é o caráter de uma pessoa má. Esta frase, “o caráter de uma pessoa maligna”, realmente me atingiu e diversas cenas das minhas interações com a Wendy inundaram a minha mente. Ela falava de forma relativamente franca e muitas vezes me dava conselhos e apontava minhas deficiências no meu dever, o que me fazia sentir humilhada. Por isso, achei que a Wendy tinha humanidade ruim e era difícil de lidar. Às vezes, quando a Wendy não respondia imediatamente quando eu falava com ela, eu ficava ainda mais convencida de que ela tinha humanidade ruim, e passei a gostar menos ainda dela. Quando ouvi alguém dizer que ela não se concentrava na entrada na vida, eu não investiguei o contexto e não considerei a conduta constante dela, e apenas aproveitei a oportunidade para contar isso aos meus parceiros. Eu disse a eles que a Wendy se concentra no trabalho, e não na entrada na vida e, portanto, não é adequada para servir como líder. Eu queria atraí-los para o meu lado para isolar a Wendy. Pensando bem, a Wendy estava sob muita pressão como supervisora do trabalho de evangelho da igreja. Ela tinha muito trabalho para acompanhar e às vezes ficava agitada quando havia problemas no trabalho e eles não obtinham resultados. Só falar sobre o trabalho e não se concentrar em comunicar os princípios da verdade foi um desvio em seu dever. Isso não significava que ela não era adequada para o dever. Mas eu julguei a Wendy com a intenção de que ela fosse substituída para que eu não tivesse mais que ser parceira dela. Eu não estava tentando puni-la? Além disso, todo mundo fica de mau humor às vezes. Quem é que vive alegre o tempo todo? Afinal, a Wendy estava ocupada com o trabalho, então era normal que ela não tivesse tempo para prestar atenção em mim, era compreensível. Mas eu fiz um grande alarde do fato de que ela me ignorou, e concluí que ela tinha humanidade ruim e era fria demais. Isso não estava de acordo com a realidade — eu a rotulei às cegas com um adjetivo infundado e a condenei. Além disso, espalhei essas ideias para as outras irmãs, o que fez com que elas tivessem preconceitos cada vez maiores em relação à Wendy. E elas me seguiram ao julgá-la pelas costas e pararam de se concentrar em seus deveres. Meu caráter devia ser muito perverso para eu ter feito essas coisas. Quando as ações e as palavras da Wendy ameaçaram meus interesses e reputação, eu a condenei, ataquei e me vinguei dela. Eu vi que eu não tinha o menor temor de Deus no meu coração. Como líder de igreja, não só falhei em me associar bem com meus irmãos e cumprir meu dever de acordo com os princípios, como até tomei a liderança ao fazer o mal e perturbar o trabalho da igreja. Eu realmente não era digna de cumprir um dever tão importante. Eu achava que tinha humanidade ótima, que era gentil e compreensiva, mas isso era apenas porque as outras pessoas não haviam ameaçado meus interesses. Assim que isso aconteceu, minha natureza perversa foi exposta e eu pude julgar, atacar e me vingar das pessoas. Só ao perceber isso eu vi que tinha humanidade ruim. Foi com a justiça de Deus que fui substituída, eu merecia esse destino. Depois disso, me abri para os meus irmãos, dissequei as intenções por trás das minhas ações e compartilhei minhas reflexões e meu conhecimento de mim mesma. Todos os irmãos me encorajaram. Eles disseram: “Você pode ganhar autoconhecimento através da substituição, isso é uma coisa boa!”. Ganhei algum conhecimento de mim mesma através dessa experiência e me senti menos deprimida. Além disso, pude aceitar ser exposta, até certo grau. Eu orei a Deus: “Ó Deus, eu realmente fiz o mal. Daqui para a frente, estou disposta a me arrepender”. Depois disso, quando revelava meu caráter corrupto ao interagir com os outros, eu orava a Deus, refletia sobre mim mesma, e me esforçava para manter uma parceria em harmonia com os outros. Também comecei a buscar mais seriamente no meu dever, e meus dias ficaram plenos e ricos. Depois de apenas alguns dias, minha líder superior veio até mim e disse que, no passado, eu era muito arrogante, não aceitava os conselhos dos outros e não tratava as pessoas de acordo com os princípios, mas, depois de ser substituída, aprendi a refletir sobre mim e me conhecer, então todos concordaram em me deixar retornar ao meu papel como líder. Fiquei tão surpresa quando ouvi isso. Não imaginava que teria outra chance de servir como líder. Não consegui expressar como estava emocionada e cheia de gratidão a Deus. Ao mesmo tempo, fiquei tão arrependida por tudo o que fiz no passado. Orei a Deus no meu coração e resolvi me arrepender, não repetir meus erros passados, ter boa parceria com os outros e dar tudo de mim no meu dever. Mais tarde, refleti sobre mim mesma novamente: “Por que eu não consegui deixar de lado meu preconceito contra a Wendy antes e até a julguei pelas costas e a prejudiquei?”. Uma vez, durante as devoções, me deparei com uma passagem das palavras de Deus que dizia: “Primeiro, com os anticristos, quando se trata de tratamento e poda, eles são incapazes de aceitar. E há razões pelas quais eles são incapazes de aceitá-los, a principal sendo que, quando eles são tratados e podados, eles acham que foram envergonhados, que perderam reputação, status e dignidade, que ficaram incapazes de erguer a cabeça no grupo. Essas coisas têm um efeito no seu coração: eles detestam aceitar poda e tratamento e acham que quem quer que os pode e lide com eles está de marcação com eles e é seu inimigo. Essa é a atitude dos anticristos quando eles são podados e tratados. Disso vocês podem ter certeza. Na verdade, é na poda e no tratamento que mais se expõe se alguém consegue aceitar a verdade e se alguém é realmente obediente. O fato de que os anticristos resistem tanto à poda e ao tratamento basta para mostrar que eles estão fartos da verdade e não a aceitam nem um pouco. Isso, então, é o ponto crucial do problema. Seu orgulho não é o ponto crucial da questão; a essência do problema é não aceitar a verdade. Quando eles são podados e tratados, os anticristos exigem que isso seja feito num tom e com uma atitude agradável. Se o tom do executor for sério e sua atitude for severa, um anticristo será resistente, desafiador e ficará furioso. Ele ignora se o que foi exposto nele é correto ou se é um fato, e ele não reflete sobre onde ele errou nem se ele deveria aceitar a verdade. Ele só pensa em se sua vaidade e seu orgulho foram afetados. Os anticristos são totalmente incapazes de reconhecer que a poda e o tratamento são úteis para as pessoas, que são amorosos e salvíficos, que beneficiam as pessoas. Nem isso eles conseguem ver. Isso não é um pouco indiscriminado e insensato por parte deles? Assim, quando é confrontado com a poda e o tratamento, que caráter um anticristo emana? Sem dúvida alguma, esse caráter está farto da verdade, assim como é arrogante e intransigente. Isso revela que a natureza essência dos anticristos é a de estar farto da verdade e de odiá-la(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 8”). Deus revela como os anticristos ficam preocupados demais com proteger seu status e reputação e, quando enfrentam poda e tratamento, não refletem sobre si mesmos nem se conhecem, em vez disso, resistem, negam e pensam que as outras pessoas estão contra eles. Eles até atacam e se vingam das pessoas — todos esses comportamentos são manifestações de seus caracteres, que estão fartos da verdade e a odeiam. Aplicando a revelação das palavras de Deus à minha situação, eu vi que julgar, minar, atacar e me vingar da Wendy, tudo isso foram manifestações do meu caráter de anticristo. Quando eu estava associada a Wendy, ela costumava me dar conselhos e apontar minhas deficiências, mas não estava lidando comigo. Eu não refletia sobre se o que a Wendy dizia era verdade, se eu tinha feito algo errado ou o que eu poderia aprender com o que ela dizia. Em vez disso, eu sempre apenas a encarava, pensava que ela estava contra mim e me menosprezava. Eu até concluí que ela tinha humanidade ruim. Eu não reconhecia meus problemas. Na época, eu estava servindo como líder de igreja e dividia meu tempo supervisionando assuntos gerais, mas por achar que não era versada em assuntos gerais, não me incomodei em gerenciar ou perguntar sobre esse trabalho, nem procurei outros que eram habilidosos nessa área para obter ajuda. Eu estava falhando em fazer um trabalho prático — Wendy estava certa em trazer isso à tona! Quando a Wendy apontou desvios no meu trabalho e me deu algumas sugestões, ela estava me ajudando a melhorar. No entanto, eu só considerei reputação e status e achei que ela estava questionando minhas habilidades. Eu até levei seus lembretes e sua assistência para o lado pessoal, e procurei me vingar dela reunindo pessoas ao meu lado, e fazendo com que elas julgassem e ostracizassem Wendy comigo, e tudo isso foi prejudicial à Wendy. Isso também criou uma atmosfera contenciosa que impediu a todos de se concentrar no dever e prejudicou o trabalho da igreja. Eu não estava apenas fazendo o papel de Satanás? Eu realmente devia ser amaldiçoada e punida! Pensei em como algumas características clássicas de malfeitores e anticristos que foram expulsos da igreja eram estar fartos da verdade e odiá-la, falhar em aceitar situações de Deus, ficar obcecados com pessoas que ameaçavam seus interesses e pensar que essas pessoas estavam contra eles, ficar implicando com cada gesto e criticando, e falhar em refletir e ganhar autoconhecimento quando os outros sempre os lembravam, ajudavam ou lidavam com eles e os podavam. Além disso, eles odiavam quem tentava corrigi-los e os atacavam e ostracizavam, perturbando aqueles ao seu redor, interrompendo o trabalho da igreja e, finalmente, fazendo tanto mal que foram expulsos. Essas são todas consequências de não aceitar a verdade e estar farto dela — eles receberam o que mereciam! Dadas essas características, eu não estava apenas agindo como um malfeitor e um anticristo? Percebi que eu era realmente corrupta e tinha humanidade ruim. Senti muito medo, eu estava numa situação terrivelmente precária e, se eu não me arrependesse, Deus me odiaria e expulsaria. Eu tinha que aproveitar a chance de me arrepender e fazer o meu melhor para buscar a verdade, abordar situações com um coração que teme a Deus, buscar a verdade, refletir sobre mim e me conhecer, ser prudente no que eu falava e estabelecer boas intenções nas minhas interações. Eu vim diante de Deus em oração e disse que pararia de agir como antes, e que estava disposta a aceitar o escrutínio de Deus e me arrepender de verdade.

Mais tarde, me deparei com outra passagem das palavras de Deus, que me ajudou a entender como julgar a humanidade de uma pessoa e como tratar pessoas que falam francamente e me aconselham. Deus diz: “Você precisa se aproximar de pessoas que possam falar-lhe com sinceridade; ter pessoas assim ao seu lado é muito vantajoso para você. Em especial, ter ao seu redor pessoas tão boas como aquelas que, quando descobrem um problema com você, têm a coragem de repreendê-lo e expô-lo, pode evitar que você se desvie. Elas não se importam com seu status e, no momento em que descobrem que você fez algo contra as verdades princípios, elas repreendem você como deveriam, e o expõem como deveriam. Somente essas pessoas são pessoas íntegras, pessoas que têm senso de retidão e, não importa como elas o exponham e repreendam, tudo isso é uma ajuda para você, e tudo isso é para supervisionar você e incentivá-lo adiante. Você precisa se aproximar dessas pessoas; tendo essas pessoas ao seu lado, ajudando-o, você fica relativamente mais seguro — é isso que significa ter a proteção de Deus. Ter pessoas que entendem a verdade e defendem os princípios ao seu lado todos os dias, supervisionando você, é muito benéfico para que você cumpra bem seu dever e seu trabalho. [...] Quando você fizer algo que vá contra os princípios, eles vão expor você, dar sugestões e apontar seus problemas e falhas com franqueza e honestidade; eles não tentarão ajudá-lo a manter sua reputação, nem mesmo lhe darão a chance de evitar ser constrangido na frente de várias pessoas. Como você deve tratar essas pessoas? Você deve puni-las ou se aproximar delas? (Aproximar delas.) Isso mesmo. Você deve abrir o coração e se comunicar com elas, dizendo: ‘A sugestão que você me deu estava certa. Nessa época, eu estava cheio de vaidade e desejo de status. Achei que, apesar de eu ter sido líder por tantos anos, você não apenas não tentou me ajudar a manter minha reputação, como também apontou meus problemas na frente de várias pessoas, e por isso eu não pude aceitar. Agora, porém, percebo que o que eu fiz realmente estava em desacordo com os princípios e a verdade, e que eu não deveria ter feito aquilo. Para que serve ter a posição de líder? Não é esse o meu dever? Todos nós estamos cumprindo nosso dever e somos todos iguais em status. A única diferença é que eu assumo um pouco mais de responsabilidade, só isso. Se você descobrir algum problema no futuro, diga o que deve dizer, e não haverá ressentimentos entre nós. Se divergirmos em nosso entendimento da verdade, poderemos nos comunicar. Na casa de Deus e diante de Deus e da verdade, estaremos unidos, não afastados’. Essa é uma atitude de prática e amor à verdade. O que você deve fazer se quiser deixar de lado a senda dos anticristos? Você deve tomar a iniciativa de se aproximar de pessoas que amam a verdade, pessoas que são íntegras, aproximar-se de pessoas que possam lhe dar sugestões, que possam lhe falar com sinceridade e repreendê-lo quando descobrirem um problema e, especialmente, pessoas que possam podar e lidar com você quando descobrirem um problema — essas são as pessoas mais benéficas para você, e você deve valorizá-las. Se excluir e boicotar essas pessoas boas, você perderá a proteção de Deus, e os desastres virão, aos poucos, até você. Ao se aproximar de pessoas boas e de pessoas que entendem a verdade, você terá paz e alegria, e poderá manter os desastres à distância; ao se aproximar de pessoas vis, pessoas sem vergonha e pessoas que o bajulam, você estará em perigo. Não apenas você será facilmente enganado e ludibriado, como os desastres poderão recair sobre você a qualquer momento. Você precisa saber que tipo de pessoa pode beneficiá-lo, ou seja, pessoas que podem alertá-lo quando você fizer algo errado ou quando se exaltar e der testemunho de si mesmo e enganar os outros. Pessoas como essas podem beneficiá-lo ao máximo, e aproximar-se dessas pessoas é a senda correta a ser seguida(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Quatro: Eles se exaltam e dão testemunho de si mesmos”). Por meio das palavras de Deus, percebi que pessoas com senso de justiça que defendem a verdade princípio podem apontar quando seus irmãos têm problemas ou deficiências, e podem lidar, podar, expor e dissecar pessoas quando elas agem contra os princípios, tais pessoas têm boa humanidade, e eu deveria me aproximar delas. Se alguém é amoroso por fora, se dá bem com as pessoas, não ofende ninguém e é bem quisto, mas, quando observa algo acontecendo que não está de acordo com os princípios ou prejudica os interesses da igreja escolhe proteger seus relacionamentos e não se manifesta, não expõe nem interrompe o problema, essa pessoa é egoísta e enganadora e não está protegendo os interesses da casa de Deus. Pensei em como eu sempre julgava a humanidade das pessoas com base em serem amáveis, e se falavam de uma maneira que preservava a dignidade das pessoas, mas esse julgamento não estava de acordo com a verdade. Percebi que era justo a Wendy sempre apontar meus problemas e deficiências. Apesar de Wendy falar de uma maneira muito direta, ela falava a verdade e sabia apontar meus problemas, isso me ajudaria a cumprir meu dever e melhorar minha entrada na vida. Eu deveria passar mais tempo com ela e ouvir suas sugestões. Depois disso, pedi desculpas à Wendy. Eu sabia que o dano que tinha lhe causado era irremediável, mas, se tivesse outra chance de ser parceira dela, eu valorizaria a oportunidade.

Mais tarde, fiquei como parceira do irmão Leonard. Leonard tinha um bom calibre e era bastante responsável em seu dever. Se ele me via me desviando no meu dever, ele apontava isso na frente dos outros. No início, apesar de me sentir um pouco constrangida, consegui aceitar as críticas dele como uma lição de Deus. Mas com o tempo, o padrão continuou, e comecei a ficar um pouco farta disso. Às vezes, Leonard era um pouco desdenhoso em sua crítica, e encontrava falhas no meu trabalho. Eu me sentia tão envergonhada, como se ele tivesse me visto por dentro, e eu não quis mais ser parceira dele. Achei-o muito arrogante, e seu tom de voz era inaceitável. Algumas vezes, ao discutir minha parceria com os outros, eu quis falar mal de Leonard, mas assim que ia dizer algo eu percebia que estava errada — certamente, havia muito em que eu podia entrar nas críticas de Leonard. Então, orei a Deus, estabeleci boas intenções e busquei como ser parceira do Leonard de uma maneira que estivesse de acordo com a vontade de Deus. Eu não podia julgar Leonard com más intenções. Mais tarde, me deparei com uma passagem das palavras de Deus que foi muito útil para mim. “Quando você descobre que está cometendo algum erro ou um caráter corrupto seu transborda, se você é capaz de se abrir e se comunicar com as pessoas, isso ajuda aqueles à sua volta a ficar de olho em você. Certamente, é necessário aceitar supervisão, mas o principal é orar a Deus e confiar Nele, submetendo-se a uma reflexão constante. Especialmente quando você tiver seguido o caminho errado ou feito algo errado, ou quando estiver prestes a agir ou decidir alguma coisa por si mesmo, e alguém próximo mencionar isso e alertar você, você deve aceitar isso e apressar-se a refletir sobre si mesmo, e admitir o seu erro, e corrigi-lo. Isso pode impedi-lo de embarcar na senda dos anticristos. Se houver alguém ajudando e alertando você dessa forma, você não será preservado sem que o perceba? Será — essa é a sua preservação(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). As palavras de Deus me lembraram de que ter alguém ao meu lado com senso de justiça que tinha a confiança de falar diretamente e apontar prontamente minhas deficiências era uma forma de proteção, que isso me impediria de me desviar, e era o amor de Deus. A coisa certa a fazer era aceitar a situação! Durante esse período, eu me contentava apenas em fazer algum trabalho superficial, mas não pagava um preço, fazendo trabalho substancial de regar recém-convertidos. Os frequentes lembretes de Leonard me tornaram um pouco mais pragmática em meu dever. Eu também havia ganhado muito com as sendas de prática que Leonard havia me contado. Percebi que a ajuda e os conselhos dele eram realmente valiosos. Já que eu não possuía a verdade, ainda tinha caracteres corruptos graves e podia errar a qualquer momento, ter Leonard para me vigiar era um verdadeiro impulso e me impediria de fazer muito mal. Percebendo isso, me senti pronta para resolver os desvios em meu dever e ganhei uma atitude melhor em relação aos conselhos de Leonard. Enviei-lhe uma mensagem que dizia: “Daqui para a frente, por favor, me avise se você notar algo problemático em mim. Talvez eu me sinta um pouco constrangida, mas seria útil para mim”. Lembrando de tudo, agora, Deus colocou muitas pessoas assim ao meu lado nestes últimos anos, mas eu sempre quis evitá-las porque achava que eram difíceis de lidar. Na verdade, era eu que era ruim em julgar as pessoas, não sabia como avaliar ou tratar as pessoas, e assim, inconscientemente, perdi oportunidades de aprender com meus parceiros. Quando Deus mais uma vez orquestrou essa situação, finalmente eu entendi Sua vontade, pude tratar os outros com princípio e me senti muito mais aliviada! Eu agradeci a Deus no meu coração!

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