Não tenho mais dificuldades de colaborar bem
Nos últimos anos, tenho regado os recém-chegados de um país estrangeiro na igreja. Como eu tinha experiência com o trabalho de rega e falava um pouco do idioma deles, os irmãos frequentemente me pediam ajuda quando tinham problemas relacionados à rega dos recém-chegados, e em geral aceitavam minhas sugestões. Às vezes, os irmãos não sabiam como resolver alguns dos problemas dos recém-chegados, mas eu conseguia resolvê-los facilmente. Portanto, eu acreditava que meu calibre era bom e minhas habilidades estavam acima da média. Não demorou, e fui eleita supervisora e era responsável por fazer arranjos e tomar decisões finais sobre questões pequenas e grandes no trabalho de rega. Eu gostava muito dessa sensação.
Mais tarde, quando o número de recém-chegados que precisavam de rega aumentou, a igreja providenciou que uma irmã chamada Emily colaborasse comigo e compartilhasse a responsabilidade pelo trabalho. Em nossa primeira reunião, Emily discutiu suas ideias e opiniões sobre os problemas que existiam no trabalho de rega. Todos os irmãos concordaram com ela, mas eu me senti incomodada. Eu não tinha esperado isso, embora desempenhasse esse dever havia pouco tempo, Emily era bastante perspicaz em relação a assuntos profissionais. Antes de ela se juntar a nós, todos queriam me ouvir durante as discussões, mas agora ela havia aparecido e me roubado a cena. No futuro, quando ela tivesse passado muito tempo com os irmãos, exibindo mais de seus pontos fortes e vantagens, todos certamente a teriam em alta estima, o que colocaria em risco meu status no grupo. Quanto mais eu pensava nisso, mais preocupada ficava. Um dia, o líder revisou o trabalho conosco. Ele notou que os recém-chegados que Emily regava se reuniam normalmente, e muitos desempenhavam seus deveres, enquanto muitos dos recém-chegados que eu regava não se reuniam normalmente e poucos desempenhavam seus deveres. Ao ver essa situação, o líder pediu que eu passasse parte do trabalho pelo qual eu era responsável para Emily. Quando ouvi isso, senti uma resistência avassaladora no coração e pensei: “Embora os resultados do trabalho pelo qual sou responsável não sejam muito bons, se eu me esforçar mais, todos esses problemas melhorarão e serão resolvidos mais cedo ou mais tarde. Por que eu deveria passar meu trabalho para Emily? Se os irmãos souberem disso, o que pensarão de mim? Com certeza acharão que minhas habilidades de trabalho não estão à altura. Como eu poderia continuar no grupo? Além disso, se Emily se envolver no trabalho pelo qual sou responsável e todos começarem a ouvi-la, quem me ouvirá? Isso não me transformaria de supervisora em uma figura meramente decorativa?”. Mas o líder já havia feito esse arranjo e eu não podia rejeitá-lo de imediato, então, com relutância, atribuí algumas tarefas menos importantes a Emily. Normalmente, eu não tomava a iniciativa de me reunir com ela para discutir o trabalho e, às vezes, quando ela me enviava mensagens, eu não estava disposta a responder depois de lê-las.
Logo depois, fiquei sabendo que um irmão chamado Hunter estava em um estado ruim, então me preparei para apoiá-lo e ajudá-lo, mas, inesperadamente, Emily me disse que já havia se comunicado com Hunter. Fiquei um pouco chateada e pensei: “Sempre fui a única a me comunicar com Hunter, e agora você se comunicou com ele sem me dizer nada; não é óbvio que você está tentando competir comigo?”. Especialmente quando Hunter disse durante uma reunião que a comunhão de Emily foi muito benéfica para ele e o ajudou a entender melhor seu caráter corrupto, eu me senti extremamente desconfortável. Pensei: “Uma vez, Hunter mencionou que minhas comunhões continham muitas doutrinas, e que ele admira Emily por apontar os problemas dele na comunhão dela. Se as coisas continuarem assim, não ficará óbvio qual de nós é melhor? Certamente todos pensarão que Emily entende a verdade e tem realidade, e eles pensarão melhor dela no futuro. Isso não colocará em risco meu status no grupo?”. A partir de então, passei a ver Emily como minha maior ameaça. Passei a proteger muito o trabalho pelo qual eu era diretamente responsável e não dava a ela nenhuma chance de participar. Normalmente, o líder exigia que discutíssemos o trabalho juntas, mas eu não estava disposta a envolvê-la, achando que isso seria degradante e me faria parecer incompetente. Eu não tinha conduzido muito bem esse trabalho sem ela? Então, inventei desculpas e recusei a participação dela, dizendo ao líder que eu já havia lidado com tudo ou que os problemas não eram muito complicados e que eu poderia resolvê-los sozinha, que discutir com a Emily só atrasaria as coisas, e assim por diante. Eu inventava todo tipo de desculpa para excluí-la do meu trabalho. Certa vez, eu tinha acabado de conversar com uma irmã chamada Joan sobre sua situação no trabalho, quando Emily foi conversar com ela sobre o mesmo assunto. Joan se irritou um pouco e disse que a comunicação repetida sobre o trabalho parecia uma perda de tempo. Eu sabia muito bem que isso se devia ao fato de eu não ter me comunicado adequadamente com Emily antes, mas, em vez de refletir sobre meu problema, fiquei secretamente feliz e pensei: “Exatamente! Envolver Emily é realmente redundante. Se ninguém gostar dela, ela deixará de ser uma ameaça a meu status”. Assim, concordei com Joan e disse: “Isso realmente atrasa um pouco as coisas”. Durante as discussões de trabalho, quando alguns irmãos sugeriam que Emily se envolvesse, eu não tinha escolha senão concordar para não passar vergonha. Mas, por dentro, eu resistia muito. Eu pensei: “Emily, Emily! Agora ela é a única pessoa com quem vocês se importam. É impossível prosseguir com o trabalho sem ela? Antes de ela se juntar a nós, era eu quem tomava as decisões, e o trabalho não sofria nenhum atraso!”. Toda vez que eu ouvia os irmãos mencionarem o nome de Emily, eu ficava especialmente sensível e me perguntava se todos eles a tinham em alta conta. Assim que ela se aproximava, imediatamente eu ficava cautelosa, como um ouriço que levanta os espinhos, pronta para defender meu status a qualquer momento. Por causa dos meus esforços de obstruí-la, Emily não conseguia se integrar no trabalho de forma alguma e não fazia ideia de como colaborar comigo, o que a deixava muito chateada. Percebi que seu estado ruim tinha muito a ver comigo, e senti uma pontada de culpa. Mas pensei: “Se você não consegue se integrar, não se meta em meu trabalho. Seria bom se cada uma de nós pudesse fazer suas próprias coisas sem interferir nas da outra”. Até desejei que Deus providenciasse circunstâncias para que Emily fosse transferida para outro lugar para que eu pudesse ter paz de espírito. Durante esse tempo, eu vivia em um estado de resistência e exclusão em relação a Emily e, muitas vezes, me sentia inexplicavelmente irritada e cansada. Tornei-me cada vez mais negativa, e meu coração ficou mais sombrio. Eu orei a Deus: “Oh Deus, desde que comecei a colaborar com Emily, sempre quis competir com ela e temia que ela me ultrapassasse. Sei que esse estado não é correto, mas não consigo enxergar a essência do meu problema. Por favor, ilumina-me para que eu possa me entender”.
Um dia, li uma passagem das palavras de Deus que expunha os anticristos e ganhei algum entendimento de mim mesma. Deus Todo-Poderoso diz: “Uma das características mais óbvias da essência de um anticristo é que ele monopoliza o poder e comanda a própria ditadura: ele não ouve ninguém, não respeita ninguém e, independentemente dos pontos fortes das pessoas ou das visões corretas ou opiniões sábias que elas possam expressar ou dos métodos apropriados que possam apresentar, ele não lhes dá atenção; é como se ninguém estivesse qualificado a cooperar com ele ou a participar em qualquer coisa que ele faça. Esse é o tipo de caráter que os anticristos têm. Algumas pessoas dizem que isso é ter uma humanidade ruim — mas como poderia ser uma humanidade ruim comum? Isso é um caráter inteiramente satânico e tal caráter é extremamente cruel. Por que digo que seu caráter é extremamente cruel? Os anticristos desapropriam tudo da casa de Deus e a propriedade da igreja os tratam como propriedade pessoal, e toda ela deveria ser administrada por eles, e não permitem que ninguém mais intervenha nisso. As únicas coisas em que pensam quando fazem o trabalho da igreja são os próprios interesses, seu status e seu orgulho. Não permitem que ninguém prejudique seus interesses, muito menos permitem que qualquer um que tenha calibre ou qualquer um que seja capaz de falar de seu testemunho experiencial ameace sua reputação e status. E assim tentam minar e excluir como competidores aqueles que conseguem falar de testemunho experiencial e aqueles que conseguem comunicar a verdade e prover para o povo escolhido de Deus, e desesperadamente tentam isolar essas pessoas completamente de todos os outros, sujar completamente o nome deles e derrubá-los. Só então os anticristos ficarão em paz. […] Na verdade, essas pessoas têm um pouco de testemunho experiencial e possuem um pouco da verdade realidade. Elas têm uma humanidade relativamente boa, têm consciência e razão e são capazes de aceitar a verdade. E embora possam ter algumas falhas, deficiências e revelações ocasionais de um caráter corrupto, elas são capazes de refletir sobre si mesmas e de se arrepender. Essas pessoas são aquelas que Deus salvará e que têm esperança de ser aperfeiçoadas por Ele. Em suma, essas pessoas são adequadas para desempenhar um dever. Elas satisfazem as exigências e os princípios para desempenhar um dever. Mas os anticristos pensam: ‘De forma alguma aturarei isso. Você quer ter um papel em meu domínio, quer competir comigo. Isso é impossível; nem pense nisso. Você é mais educado do que eu, mais articulado do que eu, mais popular do que eu, e você busca a verdade com mais diligência do que eu. Se eu fosse cooperar com você e você roubasse os meus holofotes, o que eu faria?’. Eles consideram os interesses da casa de Deus? Não” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Deus expõe que os anticristos dão importância especial a status e poder e não permitem que ninguém prejudique seus interesses. Se alguém que é melhor do que eles ameaça seu status, eles suprimem e excluem essa pessoa. Ao comparar isso com meu comportamento, percebi que eu estava agindo exatamente como um anticristo. Quando vi que Emily não só comunicava a verdade e resolvia os problemas melhor do que eu, mas também era bastante perspicaz quando se tratava de nossa profissão, eu temi que colaborar com ela me impedisse de me exibir. Por isso, eu a excluí e me recusei a permitir que ela participasse do meu trabalho, tudo para proteger meu status e evitar ter que distribuir meu poder. O líder arranjou para que Emily e eu dividíssemos o trabalho e colaborássemos uma com a outra, o que foi feito tendo em vista resultados do trabalho de rega. No entanto, resisti a isso no coração. Mesmo que relutantemente concordasse em envolvê-la, só lhe dei algumas tarefas menos importantes, com medo de que, se todos a ouvissem, eu perdesse meu status no grupo. Quando o estado de Hunter estava ruim, Emily prontamente se comunicou com ele para resolver o problema, mas, em vez de ficar satisfeita, eu inventei todo tipo de desculpa para suprimi-la a fim de proteger meu status, e impedi-la de se envolver no trabalho pelo qual eu era responsável. Quando Joan criticou Emily, eu me alegrei secretamente, esperando que todos desenvolvessem preconceitos contra ela para que ela deixasse de ser uma ameaça ao meu status. Por causa da minha exclusão, Emily não pôde se envolver no trabalho pelo qual eu era responsável, o que afetou o estado dela. Não refleti sobre mim mesma, mas desejei que ela fosse embora imediatamente. Eu era tão autocrática e tinha um desejo de status tão forte. Para manter meu status e poder, eu excluía e suprimia Emily em tudo o que fazia sem pensar de forma alguma no trabalho da igreja. Eu era realmente muito egoísta e desprezível e não tinha humanidade. Meu comportamento era a manifestação exata do caráter de um anticristo!
Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus que me ajudou a entender as consequências de minhas ações. As palavras de Deus dizem: “Quando as pessoas têm caracteres satânicos, elas podem se rebelar contra Deus e se opor a Ele a qualquer momento e em qualquer lugar. As pessoas que vivem segundo caracteres satânicos podem negar, se opor e trair a Deus a qualquer hora. Os anticristos são muito estúpidos, eles não percebem isso, eles pensam assim: ‘Já foi difícil o bastante conquistar poder, por que deveria compartilhá-lo com outra pessoa? Entregá-lo aos outros significa que não restará nada para mim, não é? Como posso demonstrar meus talentos e habilidades sem poder?’. Eles não sabem que o que Deus confiou às pessoas não é poder nem status, mas um dever. Os anticristos só aceitam status e poder, deixam seus deveres de lado e não fazem trabalho real. Ao contrário, eles só buscam fama, ganho e status, e só querem tomar o poder, controlar o povo escolhido de Deus e aproveitar os benefícios do status. Fazer as coisas desse jeito é muito perigoso — isso é opor-se a Deus! Qualquer um que busca fama, ganho e status em vez de desempenhar adequadamente seu dever está brincando com fogo e com a vida. Aqueles que brincam com fogo e com a vida podem condenar-se a qualquer momento. Hoje, como líder ou obreiro, você está servindo a Deus, o que não é algo comum. Você não está fazendo coisas para alguma pessoa, muito menos está trabalhando para pagar contas e colocar comida na mesa; em vez disso, está desempenhando seu dever na igreja. E visto, sobretudo, que esse dever lhe foi comissionado por Deus, o que seu desempenho implica? Que você deve prestar contas a Deus pelo seu dever, não importa se você o desempenhe bem ou não; no fim, você deve prestar contas a Deus, deve haver um desfecho. O que você aceitou é a comissão de Deus, uma responsabilidade sagrada, portanto não importa quão importante ou insignificante seja essa responsabilidade, ela é assunto sério. Quão sério é? Numa escala menor, isso envolve se você pode ganhar a verdade nesta vida e envolve como Deus vê você. Numa escala maior, isso está diretamente relacionado a suas perspectivas e a seu destino, a seu desfecho; se cometer o mal e se opuser a Deus, você será condenado e punido. Tudo que você faz ao desempenhar seu dever é registrado por Deus, e Deus tem princípios e padrões Próprios para pontuá-lo e avaliá-lo; Deus determina seu desfecho com base em tudo que você manifesta ao desempenhar seu dever” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). As palavras de Deus explicam claramente as consequências dos anticristos que buscam status. Os anticristos não buscam a verdade, mas apenas status e reputação; eles prezam poder e status acima de tudo, agarram-se ao poder e se recusam a largá-lo, querem ser a única autoridade e não permitem que ninguém mais participe de seu trabalho. Por fim, são revelados e eliminados por resistirem a Deus. Pensando em mim, depois de ser eleita supervisora do trabalho de rega, eu tomava todas as decisões em assuntos de trabalho pequenos e grandes. Todos me procuravam para perguntar sobre seus problemas e me ouviam, e eu gostava muito dessa sensação de ser uma tomadora de decisões. Quando Emily se juntou a nós, percebi que ela se destacava mais do que eu em muitas áreas. Eu temia que todos começassem a procurá-la para resolver seus problemas, fazendo com que eu perdesse minha voz e meu poder de decisão entre eles, por isso, passei a excluí-la de todas as formas possíveis. Quer fosse o líder me pedindo para dividir o trabalho e colaborar com ela ou os irmãos querendo que ela participasse das discussões de trabalho, eu resistia a isso no coração. Até inventei desculpas para afastá-la, não permitindo que ela participasse do trabalho e querendo dominar o grupo para que os irmãos só ouvissem a mim quando tivessem problemas. A igreja havia me designado um dever tão importante, mas nunca pensei em como fazer bem o trabalho. Em vez disso, passava o tempo todo pensando em como não ser ofuscada por Emily e em como manter meu status. Meu desejo por reputação e status era muito forte. Deus diz: “Qualquer um que busca fama, ganho e status em vez de desempenhar adequadamente seu dever está brincando com fogo e com a vida. Aqueles que brincam com fogo e com a vida podem condenar-se a qualquer momento” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Ao ler as palavras de Deus, fiquei com muito medo, pois percebi que o caráter de Deus é justo e não tolera ser ofendido. Se eu continuasse buscando fama, ganho e status sem me arrepender e continuasse excluindo e atacando Emily, eu só poderia acabar ofendendo o caráter de Deus e ser revelada e eliminada. Também pensei naqueles anticristos que haviam sido expulsos da igreja. Quando alguém era melhor do que eles e representava uma ameaça a seu status, eles viam essa pessoa como um inimigo e usavam vários meios desprezíveis para suprimi-la, excluí-la e atormentá-la e alcançar seu objetivo de poder exclusivo. Por fim, eles foram expulsos da igreja por seus inúmeros atos malignos. Da mesma forma, o Partido Comunista Chinês, a fim de consolidar seu regime, quer desesperadamente que todos se curvem diante dele. Ele é implacável com aqueles que possam representar uma ameaça à sua posição e quer eliminá-los completamente, tentando manter status e poder firmemente em suas mãos para sempre. Olhando para mim mesma, minhas ações para consolidar meu status por meio da exclusão de Emily não eram de natureza igual às dos anticristos e do grande dragão vermelho? Essa constatação me assustou, e orei a Deus em arrependimento, pedindo que Ele me guiasse para resolver meus problemas.
Alguns dias depois, um repentino alerta de tufão foi emitido na região de Emily. Durante nossa reunião antes da passagem do tufão, ela se sentiu profundamente comovida e disse: “Quando ocorre um desastre, sinto que a oportunidade de desempenhar meu dever é muito preciosa. Mas não aproveitei essa oportunidade nem dei o melhor de mim para satisfazer a Deus…”. Ao ouvir isso, senti-me profundamente repreendida por mim mesma. Durante esse tempo, eu estivera competindo com Emily por fama e ganho, excluindo-a de todas as formas para manter meu status e não colaborando com ela adequadamente nem desempenhando bem meu dever. De repente, senti pena tanto de Emily quanto de Deus. Orei silenciosamente a Deus no coração: “Ó, Deus, se eu não tiver outra oportunidade de colaborar com Emily no futuro, só me restará arrependimento. Se eu pudesse começar de novo, aproveitaria a oportunidade para colaborar adequadamente com ela”. Naquela tarde, fiquei sabendo que o tufão havia passado, e que a região de Emily não havia sido afetada. Agradeci constantemente a Deus por Sua proteção.
Depois disso, orei a Deus, buscando uma senda de prática e entrada. Li as palavras de Deus que dizem: “Independentemente da direção ou da meta da sua busca, se você não refletir sobre a busca de status e reputação, e se achar muito difícil deixar essas coisas de lado, elas afetarão a sua entrada na vida. Enquanto o status tiver um lugar no seu coração, ele controlará e influenciará totalmente a direção da sua vida e os objetivos que você busca, caso em que será muito difícil para você entrar na verdade realidade, para não dizer nada sobre a conquista de mudanças no seu caráter; se, no fim, você será capaz de ganhar a aprovação de Deus é, evidentemente, algo que nem se precisa dizer. Além disso, se você nunca for capaz de renunciar à sua busca de status, isso afetará sua capacidade de desempenhar adequadamente o seu dever, o que tornará muito difícil para você se tornar um ser criado aceitável. Por que digo isso? Não há nada que Deus deteste mais do que quando as pessoas buscam status, porque a busca de status é um caráter satânico, é uma senda errada, ela nasce da corrupção de Satanás, é algo condenado por Deus e é exatamente isso que Deus julga e purifica. Não há nada que Deus deteste mais do que quando as pessoas buscam status, e, no entanto, você ainda compete teimosamente por status, você o preza e protege infalivelmente, tentando sempre tomá-lo para si mesmo. E em sua natureza, tudo isso não é antagônico a Deus? Deus não ordenou status para as pessoas; Deus provê as pessoas com a verdade, o caminho e a vida e, por fim, faz com que elas se tornem um ser criado aceitável, um ser criado pequeno e insignificante — não alguém que tem status e prestígio e é reverenciado por milhares de pessoas” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). Depois de ler as palavras de Deus, entendi que a busca por status e reputação é totalmente contrária às intenções de Deus. Quanto mais alguém busca status, mais se afasta das exigências de Deus e mais Deus o detesta. Por fim, ele resistirá cada vez mais a Deus, o que faz com que Ele o puna e elimine. Um verdadeiro ser criado deve se submeter conscientemente à soberania de Deus e desempenhar seu dever com os pés no chão para satisfazer a Deus. Essa é a busca que as pessoas devem ter. Deus me favoreceu e me deu a oportunidade de praticar o trabalho como supervisora foi para me ajudar a desempenhar meu dever adequadamente e aproveitar meus pontos fortes para fazer bem o trabalho. Não foi para me conceder poder, muito menos para permitir que eu buscasse status e reputação. Eu precisava largar minhas ambições e desejos, colaborar adequadamente com Emily e desempenhar bem meu dever.
Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus sobre como cooperar com os outros: “O que vocês acham, é difícil cooperar com as outras pessoas? Na verdade, não é. Pode-se até dizer que é fácil. Mas por que as pessoas ainda acham que é difícil? Porque elas têm caracteres corruptos. Para aqueles que possuem humanidade, consciência e razão, cooperar com os outros é relativamente fácil, e eles podem achar que isso é algo prazeroso. Isso ocorre porque não é fácil para ninguém realizar coisas por conta própria, e não importa o campo em que estejam envolvidos nem o que estejam fazendo, sempre é bom ter alguém que aponte as coisas e ofereça assistência — isso é muito mais fácil do que fazer por conta própria. Além disso, há limites para a capacidade do calibre das pessoas e aquilo que elas mesmas podem experimentar. Ninguém pode ser pau para toda obra: é impossível para uma pessoa saber tudo, ser capaz de tudo, realizar tudo — é impossível, e todos deveriam possuir essa razão. Assim, não importa o que você faça, seja aquilo importante ou não, você sempre precisará de alguém que ajude você, para lhe dar dicas e conselhos ou fazer coisas em cooperação com você. Esse é o único jeito de garantir que você fará as coisas de modo mais correto, que cometerá menos erros e que estará menos propenso a se desviar — isso é uma coisa boa” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Deus fala muito claramente sobre o significado e a importância da colaboração. Não importa o quanto uma pessoa seja capaz, ninguém é todo-poderoso; todos precisam da ajuda de outros. A colaboração permite que compensemos as deficiências uns dos outros e que não nos desviemos, o que também beneficia o trabalho da igreja. Cooperar com os outros e ouvir suas opiniões é algo que uma pessoa com humanidade e razão normais deve fazer. Ao refletir sobre mim mesma, embora eu fosse a supervisora do trabalho de rega e acreditasse ter alguma experiência e calibre, soubesse um pouco de uma língua estrangeira e parecesse ser capaz de fazer algum trabalho, eu em geral desempenhava meu dever usando minha mente e minha experiência, mas raramente buscava as verdades princípios. Confiando no pouco que tinha para fazer as coisas sozinha, minha perspectiva sobre os problemas nem sempre era precisa ou abrangente, apresentava desvios frequentes, e meus resultados de trabalho eram sempre muito ruins. Comparada a mim, Emily era de melhor calibre e compreendia melhor a verdade. Ela buscava as verdades princípios quando se deparava com problemas, e refletia sobre si mesma, compreendendo-se quando revelava corrupções. Seus pontos fortes eram exatamente o que me faltava. Deus colocou alguém melhor do que eu a meu lado para nos ajudar a complementar uma à outra e desempenhar bem nossos deveres. Isso não era benéfico apenas para o trabalho da igreja, mas também para minha própria vida. Era Deus demonstrando Seu amor por mim. Depois de entender a intenção de Deus, orei a Ele: “Ó Deus, eu sempre tinha inveja de Emily e competia com ela, até a reprimia e a ridicularizava. Agora, finalmente vejo que Tu arranjaste para que Emily trabalhasse comigo para compensar minhas falhas. Eu Te agradeço do fundo do meu coração. De agora em diante, estou disposta a cooperar adequadamente com Emily e a desempenhar bem meu dever, e deixarei de buscar status e reputação”. Após isso, tomei a iniciativa de me abrir com Emily sobre minhas revelações corruptas. Depois de nos comunicarmos, eu me senti muito mais à vontade, e ficamos um pouco mais próximas uma da outra. Após isso, ao desempenhar meu dever, eu não a via mais como uma concorrente, mas como uma ajudante. Quando havia problemas no grupo, eu proativamente me comunicava e discutia com ela. Buscávamos juntas quando não conseguíamos enxergar algo e nos comunicávamos sobre nossas percepções. Dessa forma, pudemos sentir o esclarecimento e a orientação de Deus e conseguimos resolver alguns problemas reais.
Pouco tempo depois, um irmão afetou o trabalho por ser sempre perfunctório em seu dever, e tivemos que nos comunicar com ele e dispensá-lo. Eu temia não conseguir me comunicar claramente com ele e apontar seus problemas. Achei que Emily comunicava a verdade de forma mais esclarecedora do que eu e pensei em pedir a ela que se juntasse a mim para comunicar. No entanto, eu estava apreensiva e pensei: “Se eu tomar a iniciativa de envolvê-la em meu trabalho, isso não fará com que eu pareça incompetente?”. Quando esse pensamento surgiu, percebi que meu estado não estava certo — eu estava novamente tentando proteger meu status e minha reputação. Então, orei a Deus. Li as palavras de Deus que dizem: “As pessoas obtêm resultados em quaisquer coisas nas quais se concentrem, onde quer que exerçam esforço. Se sempre se concentrar em doutrina, você somente obterá doutrina; se se concentrar em obter status e poder, seu status e seu poder talvez sejam estáveis, mas você não terá obtido a verdade, e será eliminado. Qualquer que seja o dever que você desempenha, a entrada na vida é a coisa mais importante. Você não pode relaxar com relação a isso nem pode ser negligente” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Seis indicadores de crescimento da vida”). “Somente cooperando em harmonia, as pessoas podem ser abençoadas perante Deus, e quanto mais disso uma pessoa experimentar, mais realidade possuirá e a sua senda se torna mais clara na medida em que a trilha, e ela fica cada vez mais tranquila” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Sobre a cooperação harmoniosa”). As palavras de Deus me deram uma senda clara para praticar; buscar reputação e status é uma senda de resistir a Deus e, em última análise, só pode levar à eliminação. Eu não podia continuar me preocupando se meu status era seguro e se os irmãos me tinham em alta conta. Eu deveria considerar o trabalho da igreja e fazer o que fosse benéfico para ele. Quando percebi isso, fiquei aliviada, e convidei Emily a comunicar comigo com aquele irmão. Depois da comunhão, ele ganhou algum entendimento da natureza de seus problemas. Finalmente experimentei a alegria de colaborar bem, bem como a paz e a felicidade que provêm de praticar de acordo com a verdade. Graças a Deus Todo-Poderoso!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.