Julgar pelas aparências é simplesmente absurdo

30 de Julho de 2019

Por Yifan, Província de Henan

No passado, muitas vezes eu julgava as pessoas pela aparência, tendo maior consideração por pessoas encantadoras, eruditas e eloquentes. Eu acreditava que tais pessoas eram sensíveis, boas em para compreender as outras e que, no geral, eram boas e gentis. Apenas recentemente, na medida em que a realidade se revelou, vim a corrigir este modo absurdo de pensar.

Certa noite, quase ao pôr do sol, eu voltava para a casa da minha família anfitriã e encontrei um jovem trajando um terno e sapatos de couro, que falava e se portava com naturalidade e elegância. Ele também usava um par de óculos refinados, que acentuava ainda mais seus modos cultos e eruditos. A minha anfitriã nos apresentou e me informou que aquele jovem era o filho dela e que ele estava atualmente trabalhando como oficial no governo municipal de uma grande cidade. Sendo de origem pobre e tendo abandonado a escola com pouca idade, senti inveja extrema da elegância do vestuário fino dele, do charme culto, sem falar de sua formação avançada em uma renomada instituição e um emprego altamente respeitável. Na verdade, era a primeira vez que eu tinha visto alguém com tamanho encanto e erudição. Pensei comigo mesma, alguém tão culto e com status e cultura tão elevados será, sem dúvida, amável, humano e racional. Com esse pensamento em mente, comecei a tentar debater questões de fé com o jovem, mas a reação dele foi bastante contrária às minhas expectativas. Ele se levantou com um clamor e deu um soco na mesa, gritando: “Saia daqui agora! Se você não for embora nesse instante, chamarei a polícia!” Tendo dito isso, imediatamente apanhou o celular e começou a discar o número da polícia. Eu me apressei para tentar apaziguá-lo, dizendo: “Meu amigo, tenho certeza que você não pretende chamar a polícia de verdade, você deve estar brincando”. Entretanto, ele continuou obstinado e insistiu para que eu fosse embora de imediato. Eu estava totalmente estupefata e não sabia o que fazer em seguida. Olhando para o meu relógio, vi que eram quase 10 da noite, se eu fosse embora àquela hora, onde iria dormir? Naquele instante, a minha anfitriã disse: “Já está tarde, você pode ir embora amanhã”. Assim que o filho da minha anfitriã viu que eu pretendia passar a noite, ele aumentou os seus esforços, literalmente empurrando-me e enxotando-me porta afora, enquanto gritava: “Como eu poderia, um funcionário do governo e beneficiário de fundos públicos, permitir uma missionária em minha casa? Saia daqui agora!” Assim, apanhou com fúria a minha bicicleta e a arremessou contra mim e, depois, empurrou-me com a minha bicicleta porta afora. A minha anfitriã veio atrás de mim com a intenção de me levar para a casa de outra família anfitriã, mas o filho dela não deixou, puxando-a de volta para dentro e trancando a porta. Enquanto eu partia, ouvi a anfitriã gritar: “Para onde você espera que uma garota vá, tarde da noite, sozinha?” “Deixe que ela vá onde quer que seja — com a proteção do Deus dela, ela não tem nada a temer, certo?”, ele gritou em resposta, empurrando a anfitriã para dentro de casa.

Fitando com olhar vago as estrelas cintilantes no céu noturno e os brilhantes faróis dos carros que rugiam pela autoestrada, eu me senti triste e com o coração apertado. Queixas transbordaram do meu coração: se você não quer que eu more em sua casa, então tudo bem, mas não há razão para impedir que a minha anfitriã me leve para outra família anfitriã. Como você pôde ser tão desumano, tão cruel? Nem mesmo um mendigo deveria ser tratado desse modo! Não tenho ideia de onde encontrar outra família anfitriã e agora estou abandonada sem ter para onde ir na calada da noite. O que devo fazer? Com esses pensamentos matraqueando em minha mente, lágrimas me escorreram dos olhos. Naquele momento, a boa impressão que tive do encanto, conhecimento, status e cultura do filho da anfitriã desapareceu por completo. Pensei nas palavras em um sermão: “Como podemos chamar de pessoas boas de verdade aqueles que resistem ou perseguem a Deus? Desde que o homem foi corrompido por Satanás, ele se tornou um perito em disfarçar e encobrir-se com filosofia de vida. Por fora, ele se parece a uma pessoa, mas quando alguém começa a dar testemunho de Deus, a sua natureza demoníaca é revelada. Poucas pessoas se dão conta disso, então elas são com frequência cegadas e enganadas pelas trivialidades e cortesias dos outros. As palavras e a obra de Deus são o que melhor podem revelar o homem. Aqueles que não têm a verdade são meros hipócritas. Aqueles que compreendem a verdade verão essa questão com clareza. Aqueles que não compreendem a verdade não conseguem ver nada de maneira clara e, como consequência, seus pontos de vista são absurdos” (A comunhão do alto). Ponderando sobre tais palavras, fiz uma constatação imediata. De fato, a comunicação estava absolutamente certa: os corruptos são todos bons em fingir, e só porque parecem ser cultos e bem-educados por fora, isso não significa que eles são bons em substância. Apenas aqueles que amam a verdade e conseguem aceitar a verdade são pessoas boas e bondosas. Se alguém parece ser legal por fora, mas não reconhece Deus ou aceita as verdades expressadas por Deus — e é até capaz de oposição, irritação e ódio — então ele não pode ser chamado uma pessoa que é boa. Eu, porém, usava a minha própria imaginação e visão de mundo secular para julgar os outros. Sempre pensei que aqueles com conhecimento, status e cultura eram sempre humanos, racionais e compreensivos com os outros. O meu ponto de vista não podia ter sido mais absurdo. Pouco sabia eu que aqueles que não acreditam em Deus são demônios que resistem a Deus. Por fora, podem parecer cultos e encantadores, mas, por dentro, eles estão cansados da verdade e odeiam a verdade. A atitude daquele oficial do governo em relação à fé e aos crentes era um exemplo perfeito. Nas aparências, ele tinha charme, eloquência e cultura, mas assim que levantei questões de fé, ele perdeu o controle completamente. Ao me acusar, expulsar e ameaçar, ele revelou completamente a sua natureza satânica, que é hostil a Deus. Diante desses fatos, percebi que não devo avaliar as pessoas apenas pelo que existe do lado de fora; é essencial ver sua atitude em relação a Deus e em relação à verdade. Se elas não amam a verdade e não aceitam a verdade, não importa quão grande seja sua competência ou seu status, não importa quão impressionantes pareçam por fora, não importa quão cultos sejam, elas continuam não sendo verdadeiramente boas.

Através dessa experiência, compreendi que eu não estava vendo as pessoas por aquilo que realmente são, mas, em vez disso, baseava meu julgamento na aparência delas. Quão digna de pena, quão ignorante eu era! Foi revelado que, apesar de seguir Deus há muitos anos, eu ainda não compreendia a verdade, e sem dúvida ainda faltava muito para possuir a verdade. Pois apenas aqueles que têm a verdade podem distinguir as pessoas e enxergar a verdadeira natureza das situações. Aqueles que não compreendem a verdade não podem ver a verdadeira natureza de nada. No futuro, prometo me dedicar a buscar a compreensão da verdade e a posse a verdade, aprender a distinguir as pessoas e situações pela palavra de Deus, corrigir todos os meus pontos de vista absurdos e buscar me tornar alguém que seja compatível com Deus.

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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