61. Agora eu sei como trabalhar bem com os outros
Eu estava trabalhando com design na igreja havia alguns anos e, no decurso do dever, aos poucos, dominei alguns princípios do design gráfico e ganhei alguma experiência. A maioria das pessoas também comentava que eu tinha uma atitude diligente em relação ao meu dever, o que me fazia sentir muito bem comigo mesmo. Em fevereiro de 2022, devido às necessidades de trabalho, a igreja arranjou para que a irmã Valerie e eu cooperássemos no trabalho de design. Depois de um tempo, descobri que ela era um pouco descuidada em seu dever e não captava muito bem os princípios, e, às vezes, também cometia alguns erros gritantes, o que significava que alguns designs tinham de ser retrabalhados e revisados. Comecei a menosprezá-la. Achava que havia muitos problemas em seu dever, que ela não era tão meticulosa quanto eu, nem tão hábil em aplicar os princípios de forma flexível. Além disso, ela aceitava a maioria das sugestões que eu fazia no trabalho praticamente sem discordar muito, e isso me fazia me sentir melhor sobre mim mesmo. Depois disso, sempre que havia questões que precisavam ser discutidas, eu não queria mais pedir conselhos a ela. Mesmo que às vezes ela compartilhasse seus pensamentos, eu simplesmente não a ouvia e ficava insistindo que minha opinião estava correta e que ela deveria seguir minha orientação.
Eu lembro que, uma vez, Valerie e eu tivemos opiniões diferentes sobre o conceito de um design. Eu achava que seu conceito era muito simples e não chamaria a atenção das pessoas, e que, em vez disso, deveríamos usar meu conceito. Continuei explicando como minha ideia era inovadora e não apenas um clichê, e como sua perspectiva era inadequada. Quando ela tentou explicar seu raciocínio, pensei comigo mesmo: “Já fiz mais designs do que você e entendo melhor os princípios, portanto seria mais acurado fazer as coisas do meu jeito”. Então, eu simplesmente a interrompi e comecei a insistir em meu ponto de vista novamente. Mesmo assim, ela não concordou com minha sugestão e disse que gostaria de consultar outros irmãos. Perdi um pouco a paciência, pensando: “O que há para perguntar? Essa não é uma questão difícil; você poderia simplesmente seguir minha sugestão, não poderia?”. Mas, para minha surpresa, depois de consultar os outros, a maioria deles julgou a questão de acordo com os princípios, e achou que o conceito e a perspectiva de Valerie eram mais adequados. Embora não fossem tão inovadores, estavam mais alinhados com o tema. Ao ouvir isso, senti-me um pouco envergonhado, e não conseguia acreditar que seu conceito era realmente melhor do que o meu. Em outra ocasião, pedi ajuda a Valerie para ajustar as cores em um design e lhe disse como fazer os ajustes. Mais tarde, percebi que ela não seguiu o método que lhe ensinei. Em vez disso, ela usou um método que considerava melhor. Fiquei muito irritado quando vi isso, e perguntei a ela em um tom de pressão: “Por que você não seguiu meu método? Sempre usamos esse método para ajuste de cores; e se houver um problema com seus ajustes?”. Ela respondeu rapidamente: “Não sou muito boa com o método que você mencionou, então usei o método com o qual estou mais familiarizada”. Eu queria continuar a criticá-la, mas percebi que estava falando com a cabeça quente, então parei.
Um dia, ela compartilhou seu estado recente, e disse: “Sempre me sinto inferior ao desempenhar meu dever com você e sempre tenho medo de que, se eu não fizer as coisas do seu jeito, você vai me criticar. Como da última vez, quando fiz o ajuste de cor do meu jeito, apenas para tornar as coisas mais rápidas e fáceis, sinceramente, fiquei muito assustada quando você me questionou”. Fiquei profundamente angustiado quando ouvi isso. Eu nunca imaginei que ela realmente tivesse medo de cooperar comigo. Mais tarde, percebi também que muitas vezes havia problemas com os quais ela poderia ter lidado facilmente sozinha, porém ela ainda vinha me perguntar primeiro, e só se atrevia a lidar com as coisas depois que eu aprovava. Percebi que havia um problema em nossa cooperação, então, orei a Deus, pedindo que Ele me esclarecesse para que eu me conhecesse. Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus: “Como o termo ‘cooperação’ deve ser explicado e praticado? (Discutindo as coisas quando elas surgirem.) Sim, essa é uma maneira de praticar. O que mais? (Compensar os pontos fracos de um com os pontos fortes do outro, supervisionando um ao outro.) Isso se encaixa perfeitamente; praticar dessa forma é cooperar em harmonia. Há mais alguma coisa? Solicitar a opinião do outro quando as coisas acontecem — não é cooperação? (Sim.) Se uma pessoa comunica sua opinião e a outra pessoa comunica a sua e, no final, elas simplesmente aceitam a comunhão da primeira pessoa, por que agir sem se envolver? Isso não é cooperação —, está desalinhado com os princípios e não produz os resultados da cooperação. Se você fala sem parar, como uma metralhadora, e não dá chance aos outros que gostariam de falar, e não ouve os outros, mesmo depois de ter apresentado todas as suas ideias, isso é discussão? Isso é comunicar? Isso é agir sem se envolver — não é cooperação. O que é cooperação, então? É quando você, depois de apresentar suas ideias e decisões, pode solicitar as opiniões e pontos de vista dos outros e, em seguida, comparar suas declarações e pontos de vista com os deles, e algumas pessoas exercem discernimento sobre elas em conjunto e buscam os princípios, chegando assim a um entendimento comum e determinando a senda correta de prática. Isso é o que significa discutir e comunicar — isso é o que significa ‘cooperação’” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Depois de ler as palavras de Deus, entendi que cooperar de verdade é ser capaz de discutir os assuntos juntos, complementar as qualidades e as fraquezas uns dos outros, buscar juntos as verdades princípios e desempenhar nossos deveres de acordo com as exigências de Deus. Essa é a verdadeira cooperação. Refletindo sobre nosso tempo juntos até então, embora Valerie e eu tenhamos desempenhado nossos deveres juntos, não cooperei verdadeiramente com ela. Achava que era mais diligente na maneira de fazer as coisas e que entendia melhor do que ela, por isso eu sempre a menosprezava, e minhas palavras e ações eram cheias de desdém por ela. Quando discutíamos os problemas, eu raramente tomava a iniciativa de pedir seu conselho, e mesmo quando o fazia, simplesmente agia sem me envolver, já tendo decidido que eu estava certo e me recusando completamente a aceitar suas ideias. Cheguei a perder todo o senso de razão e a interrompi, criticando-a em tom de urgência, apenas querendo que ela seguisse minha orientação. Em meu dever, eu era sempre egocêntrico e dominador; nunca havia nenhuma discussão ou complementação mútua com Valerie, e tudo sempre era feito do meu jeito. Por isso, depois de trabalharmos juntos por algum tempo, ela ficou tão constrangida que não ousava lidar com os problemas por conta própria, sempre com medo de que eu a repreendesse, se não fizesse as coisas do meu jeito. Vi que não havia nenhuma cooperação harmoniosa entre mim e ela, e que tudo o que eu fiz foi constrangê-la e prejudicá-la. Senti-me muito culpado e procurei encontrar uma solução para meu problema.
Um dia, durante meus devocionais, li algumas passagens em que Deus expõe os anticristos e ganhei algum entendimento de meu estado. Deus Todo-Poderoso diz: “Por fora, pode parecer que alguns anticristos têm assistentes ou parceiros, mas o fato é que, quando algo acontece, por mais que os outros estejam certos, os anticristos nunca ouvem o que eles têm a dizer. Eles nem mesmo levam em conta, muito menos discutem ou comunicam isso. Não dão atenção alguma, como se os outros nem existissem. Quando os anticristos ouvem o que os outros têm a dizer, estão apenas agindo sem se envolver ou fazendo uma encenação para os outros testemunharem. Mas quando chega o momento da decisão final, são os anticristos que dão as ordens; as palavras de todos os demais são um desperdício, elas não contam. Por exemplo, quando duas pessoas são responsáveis por algo, e uma delas tem a essência de um anticristo, o que essa pessoa exibe? Não importa o que seja, ela e apenas ela é a pessoa que faz as coisas acontecerem, que faz as perguntas, que resolve as coisas, e que arranja uma solução. E, na maioria das vezes, mantém seu parceiro completamente no escuro. O que seu parceiro é aos seus olhos? Não é seu substituto, mas simplesmente decoração de vitrine. Aos olhos do anticristo, seu parceiro simplesmente não existe. Sempre que há um problema, o anticristo pensa nisso, e, uma vez que tenha tomado uma decisão sobre o curso de ação, ele informa todos os demais de que é assim que isso será feito, e ninguém pode questionar. Qual é a essência de sua cooperação com outros? Fundamentalmente, é ter a última palavra, nunca discutir problemas com mais ninguém, assumir responsabilidade exclusiva pelo trabalho e transformar seus parceiros em decoração de vitrine” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). “A primeira manifestação do fato de os anticristos fazerem com que os outros se submetam apenas a eles, não à verdade nem a Deus, é que eles não são capazes de cooperar com ninguém. Alguns podem dizer: ‘Não ser capaz de cooperar com ninguém não é o mesmo que fazer com que os outros se submetam apenas a eles’. Não ser capaz de cooperar com ninguém significa que eles não prestam atenção às palavras de ninguém nem solicitam sugestões de ninguém — eles nem mesmo buscam as intenções de Deus ou as verdades princípios. Simplesmente agem e se comportam de acordo com a própria vontade. O que está implícito nisso? São eles que reinam em seu trabalho, não a verdade, não Deus. Portanto, o princípio de seu trabalho é fazer com que os outros atentem para o que eles dizem e os tratem como se fossem a verdade, como se eles fossem Deus” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Depois de ler as palavras de Deus, senti-me profundamente envergonhado. O princípio pelo qual os anticristos trabalham é o de exercer, eles mesmos, o poder, fazendo com que os outros se submetam a eles, em vez de se submeterem a Deus e às verdades princípios. Ao refletir sobre minha cooperação com Valerie, percebi que estava revelando o mesmo caráter. Superficialmente, parecia que Valerie e eu estávamos cooperando em nossos deveres juntos, mas, na verdade, em meu coração, eu a considerava apenas uma seguidora. Eu a fazia obedecer a todas as minhas decisões e se adequar às minhas ideias, como se ela estivesse desempenhando seu dever para mim. Quando ela oferecia sugestões, eu não procurava entender se elas estavam alinhadas com as verdades princípios ou se tinham mérito; apenas continuava insistindo que meus pontos de vista estavam corretos. Quando ela queria consultar outras pessoas para obter princípios relevantes, eu perdia a paciência, achando que isso era totalmente desnecessário. Um crente deve honrar a Deus como grandioso, buscar Suas intenções em todas as coisas e submeter-se às Suas palavras e às verdades princípios. Mas eu era muito arrogante e presunçoso. Não apenas falhava em buscar as verdades princípios quando me deparava com questões, mas também sempre queria que os outros se submetessem a mim e seguissem minha orientação. Eu tratava minhas próprias ideias como verdades princípios para os outros seguirem e obedecerem, e essa é a senda de um anticristo! Quando os irmãos cooperam em seus deveres, é para ajudar e complementar uns aos outros, bem como supervisionar e refrear uns aos outros, para que os desvios nos deveres sejam minimizados ao máximo, e para todos nós agirmos de acordo com as verdades princípios, alcançando os melhores resultados para o trabalho da igreja. Mas eu não cooperava com os outros. Isso não só levou a um desempenho ruim dos deveres, como também me tornou propenso a violar os princípios, interromper e perturbar o trabalho. Pensei em alguns dos anticristos que foram expulsos da igreja por serem arrogantes, convencidos e agirem arbitrariamente, sempre exigindo que os outros se submetessem a eles em vez de buscar a verdade e se submeter a Deus. Por isso, eles interromperam e perturbaram o trabalho da igreja, causaram muitos danos e constrangimentos aos irmãos e, no final, foram expulsos e eliminados por sua recusa absoluta em se arrepender. Se eu ainda não me arrependesse, meu desfecho seria o mesmo que o desses anticristos — eliminação e punição. Esses pensamentos me assustavam e eu não queria continuar nessa senda errada, então, rapidamente orei a Deus, pedindo que Ele me guiasse para entender a mim mesmo. Eu queria me arrepender diante de Deus.
Nos dias seguintes, fiquei me perguntando: “Por que não consigo cooperar harmoniosamente com os outros? Qual é a raiz desse problema?”. Um dia, li uma passagem das palavras de Deus e ganhei algum entendimento de meus problemas. Deus Todo-Poderoso diz: “Se, em seu coração, você realmente entender a verdade, você saberá como praticar a verdade e submeter-se a Deus e naturalmente começará a trilhar a senda de buscar a verdade. Se a senda que você trilha for a correta e estiver de acordo com as intenções de Deus, então a obra do Espírito Santo não o abandonará — nesse caso você correrá menos risco de trair a Deus. Sem a verdade, é fácil praticar o mal, e você o praticará a despeito de si mesmo. Por exemplo, se você tem um caráter arrogante e convencido, então ser ordenado a abster-se de se opor a Deus não faz diferença nenhuma, você não pode impedir, está fora de seu controle. Você não o faria de propósito; você o faria sob o domínio de sua natureza arrogante e convencida. Sua arrogância e convencimento fariam com que você desprezasse a Deus e O visse como um ser sem importância; fariam você se exaltar, e se colocar sempre na vitrine; levariam você a desprezar os outros, não deixariam ninguém em seu coração além de você mesmo; roubariam o lugar de Deus em seu coração e, no fim, levariam você a se sentar no lugar de Deus e a exigir que as pessoas se submetessem a você e a fazer com que você venerasse seus próprios pensamentos, ideias e noções como a verdade. Tanto mal é feito pelas pessoas sob o domínio da natureza arrogante e convencida delas!” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter”). Depois de ler as palavras de Deus, entendi que a raiz de minha incapacidade de cooperar de maneira harmoniosa com a Valerie era principalmente minha natureza arrogante demais. Eu vivia de acordo com o veneno de Satanás que diz “eu reino soberano em todo o universo” e sempre me via como superior. Quando meu dever produziu alguns resultados, comecei a me considerar especial e a menosprezá-la em todos os aspectos, como se ninguém mais fosse tão bom quanto eu. Ao desempenhar meu dever com esse tipo de caráter, fiquei muito autoconfiante, crendo até que todas as minhas opiniões estavam corretas, e muitas vezes eu orientava o dever girando em torno de mim, agindo arbitrariamente sem buscar nem um pouco as intenções de Deus. Ao discutir questões com Valerie, eu sempre queria que ela fizesse as coisas do meu jeito, e quando ela não fazia, eu queria perder a paciência, repreendê-la e reprimi-la, forçando-a a obedecer, o que a deixava constrangida por mim e com medo de cooperar comigo. Quanto mais eu pensava sobre isso, mais assustador parecia, e finalmente percebi que meu caráter arrogante me havia feito perder minha humanidade, minha razão e meu coração temente a Deus, o que me tornou cruel. Sem saber, isso também afetou o trabalho da igreja, e se eu não resolvesse esse caráter arrogante, estaria realmente em perigo. Nesse momento, percebi que a origem de minha arrogância era o fato de eu sempre me achar melhor do que os outros. Mas será que eu era realmente tão bom assim? Deus diz: “Para desempenhar seu dever adequadamente, não importa há quantos anos você acredita em Deus, quantos deveres desempenhou, nem quantas contribuições você fez na casa de Deus, muito menos importa o quanto você seja experiente em seu dever. A principal coisa que Deus olha é a senda que uma pessoa trilha. Em outras palavras, Ele olha para a atitude de alguém em relação à verdade e aos princípios, à direção, à origem e aos pontos de partida por trás das ações das pessoas. Deus Se concentra nessas coisas; são elas que determinam a senda que você trilha. […] Não importa em que área você tem um dom ou uma especialidade, nem onde você tem algum conhecimento vocacional, usar essas coisas ao desempenhar seu dever é muito adequado — é o único jeito de desempenhar bem seu dever. Um lado é se valer de consciência e razão para desempenhar seu dever, e o outro é que você deve buscar a verdade para resolver seu caráter corrupto. Você ganha entrada na vida desempenhando seu dever dessa maneira, e você se torna capaz de desempenhar seu dever adequadamente” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é o desempenho adequado do dever?”). Pelas palavras de Deus, percebi que o fato de uma pessoa desempenhar seu dever de acordo com o padrão não depende de há quanto tempo ela o desempenhe ou de quanta experiência ela tenha, e que o mais importante é que a pessoa esteja na senda certa, buscando a verdade para resolver seu caráter corrupto e agindo de acordo com os princípios. Eu sempre menosprezava Valerie e não conseguia cooperar harmoniosamente com ela, principalmente porque eu achava que entendia o trabalho melhor do que ela, que eu tinha mais experiência e era mais meticuloso em meu dever. De fato, essas coisas podiam melhorar a eficácia do meu dever até certo ponto, mas essas coisas não são a verdade. Além disso, em diferentes contextos, o conhecimento técnico e a experiência que tenho podem nem sempre ser aplicáveis. Por exemplo, quando estava trabalhando com Valerie, às vezes, eu julgava como lidar com as coisas com base em minha experiência, mas como eu era arrogante, presunçoso e não estava buscando as verdades princípios, o que acabei fazendo não foi apropriado. Embora tivesse deficiências, ao buscar os princípios, ela ainda era capaz de identificar problemas. Percebi então que eu não era melhor do que os outros, e que minha arrogância e presunção anteriores eram realmente irracionais! Agora eu entendo que somente cooperando, complementando uns aos outros, buscando a verdade juntos e agindo de acordo com os princípios podemos desempenhar bem nossos deveres.
Mais tarde, ao cooperar novamente com Valerie em um design, conscientemente, pedi primeiro a opinião dela, e quando ela expressou suas opiniões, pude ouvir atentamente. Depois de algum tempo, descobri que Valerie tinha qualidades e que valia a pena aprender com elas, que ela era capaz de aceitar as sugestões dos outros e se concentrar na busca da verdade, e que essas eram qualidades que eu não possuía. Nesse momento, percebi que ter uma pessoa assim para cooperar e que pode complementar minhas deficiências em meu dever é realmente maravilhoso. Ao mesmo tempo, aprendi a lidar adequadamente com as deficiências de Valerie, e tentava me comunicar com ela e ajudá-la a entender os princípios que ela não captava. Eu também lhe falava sobre os métodos que havia descoberto para melhorar a eficácia do trabalho. Nossa cooperação melhorou gradualmente, e a eficácia geral de nossos deveres também aumentou. Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus: “Que efeito essa cooperação harmoniosa alcançará? O efeito é enorme. Você ganhará coisas que nunca teve antes, que são a luz da verdade e as realidades da vida; você descobrirá os méritos dos outros e aprenderá com os pontos fortes deles. E há mais uma coisa: você vê as outras pessoas como estúpidas, imbecis, tolas e inferiores a você, mas quando você ouvir as opiniões delas ou quando as outras pessoas se abrirem com você, sem querer, você descobrirá que ninguém é tão ordinário quanto você pensa, que todos podem oferecer pensamentos e ideias diferentes, e que todos têm seus méritos. Se você aprende a cooperar harmoniosamente, mais do que apenas ajudá-lo a aprender com os pontos fortes dos outros, isso pode revelar sua arrogância e presunção e impedi-lo de imaginar que você é inteligente. Quando deixar de se achar mais esperto e melhor do que todos os outros, você deixará de viver nesse estado narcisista e de autovalorização. E isso o protegerá, não é mesmo? Essa é a lição que você deve aprender e esse é o benefício que você deve ganhar ao cooperar com os outros” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Quanto mais lia as palavras de Deus, mais me dava conta de como são práticas. Aprender a cooperar com os outros em nossos deveres não só permite que o trabalho alcance melhores resultados como ajuda a compensar minhas deficiências, mas também me permite reconhecer mais acuradamente minhas habilidades, impedindo-me de agir de acordo com minhas próprias ideias e causar perdas no trabalho da igreja. Isso foi benéfico tanto para o trabalho da igreja quanto para mim mesmo.
Um tempo depois, eu enviei um design completo ao irmão Camden para sua revisão. Para minha surpresa, ele disse que o design geral parecia um pouco escuro. Então conversei com ele sobre minhas considerações, mas ele não aceitou minha opinião e continuou dizendo que o design geral era muito escuro, até mesmo sugerindo que eu voltasse e avaliasse novamente de acordo com os princípios ou perguntasse a outros irmãos se eles notaram o mesmo problema. Pensei comigo mesmo: “Eu sou o especialista em design aqui, então quem sabe melhor, você ou eu? Já avaliei o projeto de acordo com os princípios, então como poderia haver um problema? E me pedir para consultar outras pessoas? Eu realmente acho que não há necessidade disso!”. Eu queria muito refutá-lo. Mas aí percebi que estava revelando um caráter arrogante de novo, então rapidamente orei a Deus em meu coração, pedindo a Ele que me impedisse de agir de acordo com meu caráter corrupto novamente, e dizendo que eu estava disposto a me colocar de lado e buscar as verdades princípios. Depois de orar, de repente me lembrei das palavras de Deus: “Se alguém dá uma sugestão, você precisa primeiro aceitá-la, e então permitir que todos confirmem a senda correta para praticar. Se ninguém tiver problemas com ela, você pode, então, determinar o jeito mais apropriado de fazer as coisas e agir dessa maneira. Se um problema é descoberto, você deve pedir a opinião de todos, e todos vocês deveriam buscar a verdade e se comunicar sobre isso juntos, e, assim, vocês ganharão o esclarecimento do Espírito Santo. Quando seu coração for iluminado, e vocês tiverem uma senda melhor, os resultados que alcançarão serão melhores do que antes. Isso não é a orientação de Deus? É uma coisa maravilhosa! Se conseguir evitar ser presunçoso, se conseguir abrir mão de suas imaginações e ideias, e se conseguir ouvir as opiniões corretas dos outros, você será capaz de obter o esclarecimento do Espírito Santo. Seu coração será iluminado, e você será capaz de encontrar a senda correta. Você terá um caminho adiante, e, quando colocá-lo em prática, ele definitivamente estará de acordo com a verdade. Por meio de tal prática e experiência, você aprenderá a praticar a verdade, e, ao mesmo tempo, aprenderá algo novo sobre essa área de trabalho. Isso não é algo bom?” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só vivendo frequentemente diante de Deus pode-se ter um relacionamento normal com Ele”). Refletindo sobre as palavras de Deus, ganhei uma senda clara de prática. Quando as coisas acontecem, não posso ser totalmente autoconfiante, e devo considerar sinceramente as sugestões dos outros, buscar as verdades princípios e praticar de acordo com as exigências de Deus. Só então poderei desempenhar bem meu dever. Mesmo se a sugestão vier de uma pessoa que não é especialista, devo considerar se a questão existe, em vez de apenas resistir e me recusar a aceitá-lo. Então, rapidamente consultei o supervisor. Por meio da busca e da comunhão, finalmente percebi que havia entendido mal o tema e que a questão levantada por Camden realmente existia.
Depois dessa experiência, percebi que a cooperação harmoniosa é indispensável no desempenho do dever, e que ouvir mais as sugestões dos outros não apenas beneficia o trabalho da igreja, mas também compensa minhas próprias deficiências em meu dever. Todos têm qualidades e fraquezas, e somente complementando os pontos fortes uns dos outros e cooperando harmoniosamente juntos poderemos desempenhar bem nossos deveres. Como Deus diz: “A cooperação entre os irmãos é um processo de compensar as fraquezas de um com os pontos fortes do outro. Você usa sua força para compensar as deficiências dos outros, e os outros usam os pontos fortes deles para compensar as insuficiências que você tem. Isso é o que significa compensar as próprias fraquezas com as forças dos outros e cooperar harmoniosamente. Somente cooperando em harmonia, as pessoas podem ser abençoadas perante Deus, e quanto mais disso uma pessoa experimentar, mais realidade possuirá e a sua senda se torna mais clara na medida em que a trilha, e ela fica cada vez mais tranquila” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Sobre a cooperação harmoniosa”).