27. A razão pela qual eu não aceito supervisão
Eu vinha regando recém-convertidos na igreja havia mais de um ano. Ao longo do meu dever, aos poucos, dominei alguns princípios, e minha rega também melhorou. Achava que eu tinha alguma experiência nesse dever e que, sem ajuda, conseguiria regar bem os recém-convertidos. Quando tinham problemas e dificuldades, eu conseguia ajudá-los buscando a verdade, por isso achava que já sabia cumprir bem o meu dever. Achava que não precisava de orientação e que não havia necessidade de supervisionar e acompanhar o meu trabalho. Assim, não aceitava a supervisão e os conselhos dos meus irmãos e não fornecia muitos detalhes sobre a situação específica dos recém-convertidos. Fazia meu trabalho sob os meus termos.
Um dia, Pheolie, a supervisora, me perguntou sobre alguns recém-convertidos e também me fez algumas perguntas. Por exemplo, como eu os notificava sobre reuniões? Por que esse ou aquele irmão não participou das reuniões? Eu comungava com os recém-convertidos para entender seus estados ou dificuldades? Quando ouvia essas perguntas, eu resistia muito. Pensava: “Ela acha que estou cumprindo meu dever sem responsabilidade? Ela não confia em mim?”. Eu era muito insolente, eu revelava meu caráter corrupto e queria ignorá-la. Ela me perguntou se os recém-convertidos tinham interesse em vir às reuniões, e eu respondi que sim e não forneci nenhum detalhe. Ela me perguntou como eu os notificava sobre as reuniões, e eu lhe disse que enviava mensagens de texto, mas não expliquei em detalhe como os notificava, quais dificuldades enfrentavam e assim em diante. Então ela me perguntou quais aspectos da verdade eu comungava, e, sem paciência, eu disse que sabia comungar com os recém-convertidos, mas não fornecia detalhes sobre o que eu dizia, como eles reagiam ou que perguntas eles tinham. Ela não ficou satisfeita com minha resposta e quis saber mais sobre como eu ajudava e apoiava esses recém-convertidos. Achei que ela estava me subestimando, como se não soubesse fazer o meu dever, e isso me deixou muito incomodado. Uma vez, ela percebeu que eu não considerava os sentimentos dos recém-convertidos, por isso ela disse: “Você deve se colocar na situação dos recém-convertidos. Se fosse um recém-convertido, você ficaria feliz com essas palavras? Você iria querer responder a elas?”. As palavras dela me irritaram. Eu disse que entendia, mas, no fundo, não aceitei. Não achava que meu jeito de falar com os recém-convertidos era um problema. Em meu coração, eu disse a mim mesmo: “Sei como levar esses recém-convertidos a participarem das reuniões, farei isso do meu jeito”. Em outro momento, ela me perguntou como eu comungava com os recém-convertidos, e eu disse que enviava mensagens. Ela pediu que eu ligasse para eles, pois ligações eram mais diretas, facilitavam entender os problemas reais e ajudavam a estabelecer laços. Mas, na época, eu não aceitei e achei que meu método era melhor. Eu estava satisfeito enviando mensagens e não quis ouvi-la. Em nossas discussões, eu não queria mais falar, então permanecia em silêncio ou respondia sucintamente. Descobri que, quando alguém queria falar comigo sobre minha rega dos recém-convertidos, Eu ficava muito negativo e atormentado. Achava que estava rindo de mim, me menosprezando, e eu achava que eu era inútil, uma pessoa que não sabia cumprir seu dever ou que era inconfiável. Achava que eu estava cumprindo bem o meu dever, que eu sabia regar recém-convertidos, que eu tinha meus métodos de acompanhamento e que eu era mais talentoso do que a supervisora, por isso não conseguia aceitar seus conselhos. Embora concordasse verbalmente, raramente eu praticava o que prometia e me concentrava em regar e comungar com os recém-convertidos sob meus termos.
Durante uma reunião, li as palavras de Deus e finalmente ganhei algum entendimento de mim mesmo. Deus diz: “Algumas pessoas não aceitam poda nem tratamento. Em seu coração, elas sabem claramente que o que os outros dizem se conforma à verdade, mas não aceitam. Essas pessoas são tão arrogantes e hipócritas! E por que digo que são arrogantes? Porque, se não aceitam poda nem tratamento, elas não obedecem — e se não obedecem, elas não são arrogantes? Elas acham que suas ações são boas, e acham que não fizeram nada de errado — o que significa que elas não conhecem a si mesmas; isso é arrogância” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Uma natureza arrogante está na raiz da resistência do homem a Deus”). “Que ninguém se considere perfeito, ou distinto e nobre, ou distinto dos outros; tudo isso é causado pelo caráter arrogante e pela ignorância do homem. Sempre considerar-se distinto — isso é causado por um caráter arrogante; nunca ser capaz de aceitar seus defeitos e nunca ser capaz de enfrentar seus erros e falhas — isso é causado por um caráter arrogante; nunca permitir que outros sejam superiores a você ou que sejam melhores do que você — isso é causado por um caráter arrogante; nunca permitir que os outros sejam superiores ou mais fortes do que você — isso é causado por um caráter arrogante; nunca permitir que os outros tenham pensamentos, sugestões e pontos de vista melhores do que você, e, quando eles têm, tornar-se negativo, não desejar falar, sentir-se angustiado e desanimado e ficar chateado — tudo isso é causado por um caráter arrogante. Um caráter arrogante pode fazer você proteger a sua reputação, incapaz de aceitar a orientação dos outros, incapaz de enfrentar os próprios defeitos e incapaz de aceitar as próprias falhas e erros. Mais do que isso, quando alguém é melhor do que você, isso pode causar ódio e ciúme em seu coração, e você pode se sentir constrangido, a ponto de não desejar cumprir seu dever e se tornar um desleixado na execução. Um caráter arrogante pode fazer com que esses comportamentos e práticas surjam em você. Se vocês forem capazes, aos poucos, de se aprofundar em todos esses detalhes, alcançar avanços neles e ganhar entendimento deles; e se vocês forem capazes de gradativamente abandonar esses pensamentos, e abandonar essas noções e pontos de vista equivocados, e até mesmo comportamentos equivocados, e não forem limitados por eles; e se, no cumprimento de seu dever, vocês forem capazes de encontrar o local certo para vocês, e agirem de acordo com princípios e cumprirem o dever que vocês podem e deveriam executar; então, com o tempo, vocês serão capazes de desempenhar melhor suas tarefas. Isso é entrada na realidade da verdade. Se você puder entrar na realidade da verdade, parecerá aos outros que você tem uma semelhança humana, e as pessoas dirão: ‘Essa pessoa se conduz de acordo com sua estação, e ela está cumprindo seu dever de maneira fundamentada. Ela não confia na naturalidade, em cabeça quente, ou em seu caráter satânico e corrupto para cumprir seu dever. Ela age com restrição, tem um coração que reverencia a Deus, tem amor pela verdade, e seu comportamento e expressões revelam que ela abandonou a própria carne e suas preferências’. Como é maravilhoso se comportar assim! Nas ocasiões em que outras pessoas mencionam suas deficiências, você não somente é capaz de aceitá-las, mas também é otimista, e enfrenta suas deficiências e falhas com equilíbrio. Seu estado de espírito é bastante normal, livre de extremos, livre do sangue quente. Não é isso que é ter uma semelhança humana? Somente tais pessoas têm bom senso” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). No passado, eu achava que não era arrogante, mas, por meio das revelações da palavra de Deus, vi que eu era muito arrogante. Quando a supervisora me falava de alguns bons jeitos de regar os recém-convertidos, eu não conseguia aceitar. Quando ela me perguntava como eu os regava, eu ficava calado ou respondia sucintamente, pois não queria perder reputação nem que os outros vissem minhas inadequações na rega dos recém-convertidos. Queria que os outros vissem que estava tudo bem comigo, que não havia nada de errado em meu dever e que eu conseguia cumprir meu dever sem supervisão ou ajuda de outros. Eu era arrogante demais. Também achava que era mais talentoso do que a irmã que me supervisionava, que eu sabia regar os recém-convertidos, que eu tinha meus próprios métodos e que eles funcionavam bem, por isso relutava em aceitar as sugestões dela. No fundo do coração, eu acreditava que, se aceitasse seu conselho, isso significaria que ela era mais hábil do que eu. Isso seria vergonhoso. O que os outros pensariam de mim? Assim, por fora, concordei com as sugestões dela, mas raramente as praticava. Meu caráter arrogante me mantinha longe da verdade, me impedia de aceitar o conselho de outros e fazia com que me agarres às minhas opiniões. Isso era rebeldia contra Deus. Depois disso, eu me acalmei e refleti sobre a sugestão da irmã. Achei que ela tinha razão e que valeria a pena tentar. Assim, liguei para os recém-convertidos. Achei que era mais fácil me comunicar com eles e entender seus problemas pelo telefone e ajudá-los prontamente. Quando coloquei a sugestão dela em prática e vi que meu trabalho de rega se tornou mais eficiente, fiquei muito envergonhado. Nessa questão, vi que, embora tivesse cumprido meu dever por muito tempo, eu ainda tinha muitas deficiências. Sem a ajuda e orientação da minha irmã, os resultados do meu trabalho não teriam melhorado. Também percebi que eu não era melhor do que os outros e que não conseguia cumprir bem o meu dever sozinho.
Um dia, a supervisora me perguntou sobre a situação de um recém-convertido e por que ele tinha faltado a várias reuniões. Quando expliquei, ela fez algumas outras perguntas, pedindo mais detalhes sobre como eu cumpria meu dever. Eu me senti constrangido e resisti muito. Eu não queria responder a nenhuma pergunta dela, pois não queria aceitar sua supervisão e perguntas sobre meu trabalho. Percebi que esse era novamente o meu caráter corrupto, então orei a Deus no meu coração e pedi Seu esclarecimento e orientação para que aprendesse a obedecer a tais ambientes, reconhecesse minha corrupção e aceitasse a supervisão e orientação dos outros. Depois disso, li algumas das palavras de Deus. “Os anticristos proíbem o envolvimento, investigações e a supervisão de qualquer pessoa, e essa proibição se manifesta de várias formas. Uma é a recusa, pura e simples. ‘Pare de interferir, de fazer perguntas e de me supervisionar quando trabalho. Qualquer trabalho que eu faça é responsabilidade minha, tenho uma ideia de como fazê-lo e não preciso de ninguém que me administre!’. Isso é recusa pura. Outra manifestação é a aparência de ser receptivo, dizendo: ‘OK, comunguemos um pouco e vejamos como o trabalho deve ser feito’, mas quando os outros realmente começam a fazer perguntas e tentam descobrir mais sobre seu trabalho, ou quando apontam alguns problemas e fazem algumas sugestões, qual é a atitude deles? (Eles não são receptivos.) Correto — eles simplesmente se recusam a aceitar, inventam pretextos e desculpas para rejeitar as sugestões dos outros, transformam o certo no errado, mas, na verdade, em seu coração, eles sabem que estão forçando a lógica, que estão falando absurdos, que isso é conjetura, que suas palavras não têm nada da realidade daquilo que as outras pessoas dizem. Mesmo assim, a fim de proteger seu status — e sabendo muito bem que estão errados e que as outras pessoas estão certas —, eles transformam o acerto das outras pessoas em erro, e seu próprio erro em acerto, e continuam a executar, não permitindo que coisas corretas e alinhadas com a verdade sejam implementadas ou introduzidas onde eles estão. […] Qual é o seu objetivo? É impedir que as pessoas interfiram, investiguem ou supervisionem, e fazer com que os irmãos e irmãs pensem que seu modo de agir é justificado, correto, que está alinhado com os arranjos de trabalho da casa de Deus e de acordo com os princípios de ação, que, como líderes, eles estão obedecendo aos princípios. Só poucas pessoas na igreja entendem a verdade; a maioria é, sem dúvida, incapaz de discernimento, não consegue ver esses anticristos pelo que eles realmente são e naturalmente é seduzida por eles” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: parte 2”). “Quando Satanás age, ele não permite a interferência de mais ninguém, ele deseja ter a última palavra em tudo que faz e controlar tudo, e ninguém pode supervisionar nem investigar. Se alguém interfere ou intervém, isso é ainda menos permissível. É assim que um anticristo age; não importa o que ele faça, ninguém pode investigar nada, e não importa como ele opere nos bastidores, ninguém pode interferir. Esse é o comportamento de um anticristo. Ele age desse jeito porque tem um caráter extremamente arrogante e carece totalmente de senso. Ele carece completamente de obediência e não permite que ninguém o supervisione ou inspecione seu trabalho. Essas são verdadeiramente as ações de um demônio, que são completamente diferentes daquelas de uma pessoa normal. Qualquer um que trabalha requer a cooperação dos outros, precisa da assistência, das sugestões e da cooperação de outras pessoas, e mesmo que haja alguém que supervisione ou observe, isso não é algo ruim, é necessário. Se erros ocorrem numa localidade e eles são identificados pelas pessoas que observam e são prontamente consertados, isso não é uma ajuda ótima? E assim, quando pessoas inteligentes fazem as coisas, elas gostam de ser supervisionadas, observadas e questionadas por outras pessoas. Se, por acaso, ocorre um erro e essas pessoas são capazes de apontá-lo e o erro pode ser consertado prontamente, isso não é um benefício inesperado? Ninguém neste mundo não precisa da ajuda dos outros. Só pessoas autistas ou depressivas gostam de ficar sozinhas. Quando as pessoas sofrem de autismo ou depressão, elas não são mais normais. Não conseguem mais se controlar. Se a mente e o senso das pessoas são normais e elas só não querem se comunicar com os outros, se não querem que outras pessoas saibam nada do que fazem, se querem fazer em segredo, às escondidas, em privado, operando nos bastidores, e não ouvem nada do que os outros dizem, então tais pessoas são anticristos, não são? Isso é um anticristo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: parte 2”). Senti que essas palavras eram o julgamento de Deus para mim. Percebi que eu me comportava como Deus revela. Era muito difícil para mim aceitar o conselho e a supervisão de outros no meu dever. Mesmo quando tinha dificuldades, eu nunca as expunha nem informava os outros, pois achava que, já que esse trabalho tinha sido dado a mim, eu era responsável, eu tinha a última palavra e conseguia fazê-lo sozinho. Achava que eu sabia cumprir meu dever e não precisava de um supervisor nem que alguém me monitorasse ou aconselhasse. Via o conselho dos outros como condenação das minhas inadequações ou como questionamento das minhas habilidades, por isso não queria ouvi-lo. Agora, vi que isso era arrogância e tolice. Não era a razão que uma humanidade normal deveria possuir. Minha natureza arrogante me levava a obedecer a ninguém e a nunca aceitar a supervisão e o conselho de outros. Eu sempre queria ter a última palavra e regar os recém-convertidos de acordo com minha vontade. No passado, eu acompanhava os recém-convertidos do meu jeito, que era simplesmente enviar mensagens e raramente falar com eles. Quando alguns recém-convertidos não me respondiam, eu os descartava e continuava a me reunir com aqueles que queriam se comunicar comigo, e, como resultado, alguns recém-convertidos não eram regados a tempo. Recém-convertidos são muito frágeis e podem recuar e deixar de crer a qualquer momento e alguns até abandonam o grupo de reuniões. Minhas ações não eram iguais às de um anticristo? Anticristos não gostam de ser supervisionados por outros e nunca aceitam conselhos de outros. Querem controlar tudo sozinhos, fazer as coisas do jeito deles ou de acordo com suas opiniões, não obedecem a ninguém e não cooperam com os outros para trabalharem bem. Vi que eu estava trilhando a senda de um anticristo e fiquei com medo. Se continuasse assim, eu seria odiado por Deus. Não há valor na vida daqueles que são odiados por Deus e que são inimigos aos olhos de Deus. A palavra de Deus também me mostrou que todos têm suas falhas e deficiências, por isso precisamos do conselho e da ajuda de outros. Devemos cooperar com as pessoas para cumprirmos bem o nosso dever. A supervisora estava me ajudando ao acompanhar meu trabalho e fazer sugestões. Também vi que era útil quando pratiquei isso, mas não quis aceitar e, assim, prejudiquei o trabalho da igreja. Era um assunto muito sério.
Depois disso, li algumas das palavras de Deus. “Quando alguém passa um pouco de tempo monitorando ou observando você, ou faz perguntas detalhadas, tentando ter uma conversa franca com você e descobrir como anda seu estado durante esse tempo, e mesmo quando a atitude dele é um pouco mais dura e ele lida com você e poda você um pouco e o disciplina e repreende, tudo isso acontece porque ele tem uma atitude conscienciosa e responsável em relação ao trabalho da casa de Deus. Você não deve ter pensamentos nem sentimentos negativos em relação a isso. O que significa o fato de você conseguir aceitar supervisão, observação e interrogatório dos outros? Significa que, em seu coração, você aceita o escrutínio de Deus. Se você não aceita sua supervisão, observação e interrogatório — se você resiste a tudo isso — você é capaz de aceitar o escrutínio de Deus? O escrutínio de Deus é mais detalhado, aprofundado e correto do que a investigação das pessoas; o que Deus pede é mais específico, exato e aprofundado do que isso. Portanto, se você não consegue aceitar ser monitorado pelos escolhidos de Deus, suas alegações de que você consegue aceitar o escrutínio de Deus não são palavras vazias? Para você ser capaz de aceitar o escrutínio e a inspeção de Deus, você deve primeiro ser capaz de aceitar o monitoramento feito pela casa de Deus, pelos líderes e obreiros e pelos irmãos e irmãs” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros). “Se você tiver um coração que teme a Deus, então, naturalmente, você será capaz de receber o escrutínio de Deus, mas você deve também aprender a aceitar a supervisão do povo escolhido de Deus, o que requer que você tenha tolerância e aceitação. Se você vê alguém supervisionando você, inspecionando o seu trabalho ou verificando você sem o seu conhecimento, e se você fica irritado, trata essa pessoa como um inimigo e a despreza, e até a ataca e a trata como um traidor, querendo que ela desapareça, isso é encrenca. Isso não é extremamente vil? Qual é a diferença entre isso e um diabo? Isso é tratar as pessoas com justiça? Se você trilha a senda certa e age do jeito certo, o que você tem a temer de pessoas que o verificam? Há algo à espreita em seu coração. Se, em seu coração, você sabe que tem um problema, você deve aceitar o julgamento e o castigo de Deus. Isso é sensato. Se você sabe que tem um problema, mas não permite que ninguém o supervisione, inspecione o seu trabalho ou investigue o seu problema, você é bastante insensato, você está se revoltando e resistindo a Deus, e, nesse caso, seu problema é ainda mais sério. Se o povo escolhido de Deus discernir que você é um malfeitor ou um incrédulo, as consequências serão ainda mais problemáticas. Portanto, aqueles que são capazes de aceitar a supervisão, o exame e a inspeção dos outros são os mais sensatos de todos, eles têm tolerância e humanidade normal. Quando você descobre que está cometendo algum erro ou um caráter corrupto seu transborda, se você é capaz de se abrir e se comunicar com as pessoas, isso ajuda aqueles à sua volta a ficar de olho em você. Certamente, é necessário aceitar supervisão, mas o principal é orar a Deus e confiar Nele, submetendo-se a uma reflexão constante. Especialmente quando você tiver seguido o caminho errado ou feito algo errado, ou quando estiver prestes a tomar uma medida ditatorial e unilateral e alguém próximo mencionar isso e alertar você, você deve aceitar isso e apressar-se a refletir sobre si mesmo, e admitir o seu erro, e corrigi-lo. Isso pode impedi-lo de embarcar na senda dos anticristos. Se houver alguém ajudando e alertando você dessa forma, você não será preservado sem que o perceba? Será — essa é a sua preservação” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). A palavra de Deus esclarece a importância e os benefícios da supervisão por outros. Antes, eu não entendia os benefícios de ser supervisionado, o que me levou a resistir àqueles que me supervisionavam. Achava que estavam tentando controlar meu trabalho ou que estavam me desdenhando. Na minha mente, se alguém me perguntava sobre meu trabalho, eu achava que eles acreditavam que eu era irresponsável e incapaz e que não conseguia cumprir o meu dever tão bem como os outros. Por isso resistia muito à supervisão por outros. Mas a palavra de Deus me mostrou que minha opinião estava errada e não concordava com a verdade. Eu tinha algumas deficiências no meu trabalho e precisava da ajuda dos meus irmãos para melhorar, mas eu me recusava a aceitar supervisão. Desse jeito, como conseguiria corrigir os erros no meu trabalho e fazer um trabalho melhor? Era muito importante que meus irmãos perguntassem sobre meu trabalho, pois estavam suportando o fardo do trabalho e cumprindo seu dever. Eu não deveria ter uma atitude de silêncio e rejeição. Devia me abrir e contar-lhes minhas dificuldades e a situação real no meu trabalho. Isso seria melhor para o trabalho da igreja. Aceitando supervisão, posso ver minhas deficiências e refletir sobre se eu cumpro meu dever de acordo com os princípios. Agora, entendo a vontade de Deus. O fato de outros supervisionarem e verificarem meu trabalho pode me impedir de enganar, arruinar ou desistir de recém-convertidos por causa dos meus desejos. Isso é realmente a proteção de Deus para mim.
Li outra passagem da palavra de Deus: “Vocês acham que alguém é perfeito? Não importa quão fortes as pessoas sejam ou quão capazes e talentosas, elas ainda assim não são perfeitas. As pessoas devem reconhecer isso; é fato. Essa é também a atitude que as pessoas devem ter para com seus méritos e pontos fortes ou falhas; essa é a racionalidade que as pessoas deveriam possuir. Com tal racionalidade, você pode lidar adequadamente com seus próprios pontos fortes e fraquezas, assim também com os de outros, e isso irá capacitá-lo a trabalhar junto a eles harmoniosamente. Se você entendeu esse aspecto da verdade e pode entrar nesse aspecto da realidade da verdade, então você pode se relacionar harmoniosamente com seus irmãos e irmãs, valendo-se dos pontos fortes uns dos outros para compensar quaisquer fraquezas que você tenha. Dessa forma, não importa que dever você esteja cumprindo ou o que esteja fazendo, você sempre ficará melhor no que faz e terá a bênção de Deus” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Por meio da palavra de Deus, entendi que todos têm seus pontos fortes e fraquezas e que não existem pessoas perfeitas neste mundo. Não importa quão fortes sejam, as pessoas têm deficiências e precisam da ajuda de outros. Não importa que dever cumpramos na igreja, ele é inseparável da ajuda e cooperação dos outros. Fomos tão corrompidos por Satanás que sempre agimos segundo nossos caracteres corruptos, por isso precisamos dos lembretes e da supervisão dos nossos irmãos para não nos desviarmos dos princípios e para reduzirmos nossos erros. Quando outros me procuravam para entender meus problemas no trabalho, eu devia ter usado isso como chance de melhorar e aprender com seus pontos fortes para compensar minhas fraquezas. Isso teria ajudado a mim e o trabalho da igreja. Vi claramente que eu não era melhor do que ninguém, incluindo a irmã que supervisionava meu trabalho. Eu devia aceitar a orientação e o conselho dos outros, corrigir meus erros e desvios e ousar revelar minhas fraquezas e buscar a ajuda de outros. Essa é uma pessoa com razão e humanidade normais. Sabendo disso, comecei a renunciar às minhas opiniões. Deixei de achar que podia regar recém-convertidos sem supervisão. Em vez disso, senti que eu tinha muitas deficiências e que não era perfeito. Depois disso, comecei a aceitar o conselho da minha irmã, e quando ela fazia perguntas ou queria saber algo sobre os estados dos recém-convertidos, eu discutia isso abertamente e lhe fornecia detalhes. Assim, eu me tornei mais eficiente em meu dever.
Um dia, minha irmã me perguntou sobre a situação dos recém-convertidos. Eu respondi às suas perguntas sem reservas e forneci detalhes sobre as razões pelas quais alguns participavam irregularmente. Ela me lembrou de alguns pontos-chave, e eu os anotei e executei. Vi que era muito bom aceitar conselhos de outros. Às vezes, quando ela apontava minhas deficiências, eu não conseguia aceitar imediatamente, mas entendi que ela estava me ajudando, por isso não devia ser negativo e resistir. Eu devia vir para diante de Deus para orar e buscar, o que era benéfico para mim e para o trabalho da igreja. Minha responsabilidade é regar bem os recém-convertidos para estabelecer um fundamento no caminho verdadeiro, e eu estou disposto a aceitar a supervisão de outros e a cumprir bem o meu dever.