78. Como a astúcia me prejudicou
Uma vez, quando estávamos revisando o nosso trabalho, um líder de igreja apontou que o nosso trabalho evangelístico não estava indo bem na época, e pediu que eu explicasse o motivo. Somente então eu percebi que a nossa produtividade tinha diminuído. Depois da reunião, corri analisar a questão, e descobri que a nossa produtividade tinha caído pela metade em comparação com o mês anterior. Isso me deixou bem angustiada: “Se continuarmos assim, indo tão mal, será que eu serei dispensada? Assim não dá — tenho que descobrir qual é o problema e elevar a nossa produtividade de novo”. Então falei com cada irmão, um por um; perguntei sobre os problemas e as dificuldades no dever. Nas reuniões, eu comunicava especificamente esses problemas e pedia que os irmãos que estavam indo bem compartilhassem suas experiências. Ao longo dos dias seguintes, começamos a melhorar bastante, e eu finalmente consegui acalmar meu coração: “Se as coisas seguirem deste jeito, vamos nos sair um pouco melhor do que no mês passado. Se eu continuar assim, não cometer nenhum mal nem causar interrupção, poderei ficar na igreja e não serei eliminada”. Depois disso, minha tensão começou a passar. Perto do fim do mês, notei que os resultados do nosso trabalho estavam iguais aos do mês anterior. Pensei: “Se formos bem este mês, teremos que melhorar mais ainda no mês que vem para parecer que estou progredindo. Isso significa esforçar-se ainda mais. Preciso me pressionar desse jeito? Afinal, já fomos bem este mês — não serei dispensada ou eliminada”. Quando pensei nisso desse jeito, relaxei totalmente. Ao desempenhar meu dever, só agi sem me envolver, fui complacente, e parei de acompanhar nosso trabalho de perto. Quando os irmãos mencionavam dificuldades, eu não comunicava para resolvê-las. Às vezes, quando via alguns deles violando os princípios no dever, eu não fazia nada. Só pensava que eram problemas individuais, e que tudo ficaria bem se isso não impactasse a nossa eficácia geral. Às vezes, eu notava que meus irmãos estavam ficando preguiçosos no dever e careciam de senso de urgência. Eu sabia que isso era um problema que devia ser abordado, mas assim que lembrava que estávamos obtendo resultados razoáveis, eu achava que relaxar era normal, e fazia que não via. Quando vivia nesse estado, eu sentia uma verdadeira escuridão espiritual. Eu não estava recebendo esclarecimento nem iluminação das palavras de Deus. Não estava, também, descobrindo problemas no meu trabalho — até ficava com sono e cochilava quando resumíamos o trabalho. Somente quando vi que a nossa produtividade estava diminuindo eu comecei a entrar em pânico — então corri investigar com os irmãos onde estávamos errando.
Então ouvi uma irmã dizer, numa reunião: “Quando algumas pessoas percebem que não andam desempenhando bem seu dever, elas temem ser reatribuídas ou dispensadas. É então que elas começam a se esforçar mais. Mas assim que obtêm alguns resultados, elas passam a cobiçar conforto e largam seu fardo. Esse é um jeito astuto de desempenhar o dever — é comportamento enganoso”. Isso gerou alguns sentimentos em mim. Eu tive que refletir sobre mim mesma: quando a nossa produtividade diminuía, eu juntava energia porque temia ser reatribuída ou dispensada. Queria obter resultados melhores. Quando obtinha resultados melhores ou eles não mudavam, eu cobiçava conforto e, no meu dever, agia sem me envolver e enrolava. Achava que isso bastava pra obter resultados consistentes todos os meses e não ser dispensada. Isso não era ser astuta e escorregadia? Eu percebi que toda vez que eu encontrava esse tipo de situação, o que eu expunha e como me comportava eram o mesmo. A essa altura, fiquei com medo.
Durante meus devocionais, eu li as palavras de Deus: “Atualmente, não existem muitas oportunidades de desempenhar um dever, portanto você deve agarrá-las quando puder. É precisamente quando é confrontado com um dever que você deve se empenhar; é então que você deve se sacrificar, despender-se por Deus, e é então que é exigido que você pague o preço. Não retenha nada, não abrigue esquemas, não deixe nenhuma margem, não se dê uma saída. Se deixar alguma margem, se for calculista ou malicioso e traiçoeiro, você está fadado a fazer um trabalho ruim. Digamos que você diga: ‘Ninguém me viu agir de modo escorregadio. Que legal!’. Que tipo de pensamento é esse? Você acha que conseguiu tapar os olhos das pessoas e de Deus também? Na verdade, porém, Deus sabe o que você fez, ou não? Ele sabe. Na verdade, qualquer um que interagir com você por um tempo conhecerá sua corrupção e sua vileza, e, embora possa não dizer isso diretamente, ele fará uma avaliação sua no coração. Houve muitas pessoas que foram reveladas e eliminadas porque tantos outros passaram a entendê-las. Quando todos perceberam a essência delas, eles expuseram essas pessoas pelo que elas eram e as expulsaram. Então, tanto se buscam a verdade ou não, as pessoas deveriam cumprir bem seu dever, fazer o melhor que puderem; deveriam empregar sua consciência ao fazer coisas práticas. Você pode até ter defeitos, mas, se conseguir ser eficiente ao desempenhar seu dever, você não será eliminado. Se você acha sempre que está bem, que certamente não será eliminado, se você ainda não reflete nem tenta conhecer a si mesmo, e ignora suas tarefas adequadas, se é sempre perfunctório, então, quando o povo escolhido de Deus perder realmente a tolerância com você, ele o exporá por quem você é, e, muito provavelmente, você será eliminado. Isso acontece porque todos o perceberam, e você perdeu sua dignidade e integridade. Se ninguém confia em você, Deus poderia confiar em você? Deus escrutina o íntimo do coração do homem: Ele jamais poderia confiar numa pessoa como essa” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A entrada na vida começa com o desempenho do dever”). As palavras de Deus dizem que a atitude que as pessoas devem ter em relação ao dever é investir o coração nele e pagar um preço, dar tudo de si. Se conseguem obter resultados bons pagando um preço um pouco maior, mas elas se contêm, se contentam em alcançar só um pouco no dever, elas estão tentando enganar a Deus, e sendo astutas. Eu podia ver o meu comportamento no dever — eu me contentava em alcançar só um pouco para garantir que não seria reatribuída ou dispensada. Eu não buscava formas de resolver os problemas e as dificuldades dos irmãos. Ao resumir o nosso trabalho, eu só agia sem me envolver, e quando via alguns deles violando os princípios no dever ou sendo preguiçosos, eu achava que estava tudo bem, contanto que isso não impactasse o nosso desempenho geral. Eu fingia que não via. Claro que investir meu coração no trabalho e pagar um preço um pouco mais alto poderia melhorar nossos resultados, mas eu não queria me cansar nem me estressar, por isso trapaceava. No meu dever, eu cultivava esperteza mesquinha, tramava e enganava Deus. Isso era muito enganoso! Ao comissionar os outros, todos querem encontrar uma pessoa honesta e confiável — o tipo de pessoa com quem se pode contar e que deixa todos tranquilos. Mas se você comissionar uma pessoa que cultiva esperteza mesquinha e trapaceia, ela não só não cumprirá a tarefa, como também poderá arruiná-la. Esse tipo de pessoa não tem consciência nem razão, nem mesmo os padrões básicos de conduta. Nem de longe é digno de confiança ou de assumir qualquer coisa. Eu vi que eu era bem assim. Assumi um dever, mas não dei tudo de mim. Eu tentava enganar a Deus e era astuta. Parecia que eu estava obtendo uns resultados no meu dever, e os outros não percebiam nenhum problema, mas Deus vê tudo. Se eu continuasse sendo perfunctória por muito tempo, eu acabaria sendo revelada e eliminada por Deus. Pensei nas palavras de Deus: “O Senhor Jesus disse, certa vez: ‘Pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado’ (Mateus 13:12). Qual é o significado dessas palavras? O que elas significam é que, se você nem sequer desempenhar ou se dedicar ao seu dever ou trabalho, Deus tirará o que outrora foi seu. O que significa ‘tirar’? Como isso faz as pessoas se sentirem? Pode ser que você não alcance o que seus dons e calibre poderiam ter lhe permitido obter, e você não sinta nada, exatamente como um não crente. Isso é ter tudo tirado por Deus. Se, em seu dever, você for negligente, não pagar um preço e não for sincero, Deus tirará o que outrora era seu, Ele retirará o direito de desempenhar seu dever, Ele não lhe dará esse direito” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só uma pessoa honesta pode viver uma verdadeira semelhança humana”). Deus é justo. Eu estava sendo astuta e perfunctória no meu dever, não fazia o que devia fazer, nem o que era capaz de fazer, então eu não conseguia mais encontrar problemas óbvios, eu estava sempre com sono no meu dever, e a minha produtividade caiu. Isso era Deus revelando o caráter Dele pra mim. Vim pra diante de Deus em oração, pronta pra me arrepender e pedir que Ele me guiasse pra eu me conhecer melhor.
Então, numa reunião, eu li uma passagem das palavras de Deus que me impactou muito. As palavras de Deus dizem: “Deus ama pessoas honestas, mas odeia pessoas enganadoras e escorregadias. Se você for uma pessoa traiçoeira e tentar enganar, será que Deus não detestará você? Será que a casa de Deus simplesmente permitirá que você se safe? Mais cedo ou mais tarde, você será responsabilizado. Deus gosta de pessoas honestas e não gosta de pessoas traiçoeiras. Todos deveriam entender isso claramente e deixar de ser confusos e de fazer coisas tolas. A ignorância momentânea é desculpável, mas a recusa de aceitar a verdade é apenas obstinação. Pessoas honestas conseguem assumir responsabilidade. Não consideram os próprios ganhos e perdas, apenas protegem o trabalho e os interesses da casa de Deus. Elas têm um coração bondoso e honesto que é como uma tigela de água clara que permite ver o fundo com um único olhar. Há também transparência nas suas ações. Uma pessoa enganosa sempre trapaceia, sempre disfarça as coisas, encobre-se e se disfarça tão bem que ninguém consegue perceber como realmente ela é. As pessoas não conseguem enxergar seus pensamentos íntimos, mas Deus consegue escrutinar as coisas mais profundas no seu coração. Se Deus vir que elas não são uma pessoa honesta e que são escorregadias, que nunca aceitam a verdade, sempre se envolvem em engano contra Deus e nunca entregam seu coração a Ele, Deus não gostará delas, Ele as odiará e abandonará. Aqueles que prosperam entre os não crentes — que são eloquentes e espertos —, que tipo de pessoa são eles? Isso está claro para vocês? Qual é a essência dessas pessoas? Pode-se dizer que todas elas são extraordinariamente sagazes, são extremamente enganosas e traiçoeiras, são os verdadeiros diabos e satanases. Deus poderia salvar alguém assim? Deus detesta os diabos mais que tudo — pessoas que são enganosas e traiçoeiras. Deus definitivamente não salvará tais pessoas, então, de forma alguma sejam esse tipo de pessoa. […] Qual é a atitude de Deus em relação a pessoas que são enganosas e traiçoeiras? Ele as detesta e rejeita, Ele as coloca de lado e não lhes dá atenção, Ele as considera como pertencendo à classe dos animais. Aos olhos de Deus, tais pessoas estão meramente vestindo pele humana; em sua essência, são da mesma espécie que os diabos e satanases, são cadáveres ambulantes, e Deus nunca as salvará. Qual é o estado dessas pessoas agora? Há escuridão em seu coração, elas carecem de fé verdadeira, e não importa o que aconteça com elas, elas nunca são esclarecidas nem iluminadas. Quando confrontadas com desastre e tribulações, elas oram a Deus, mas Deus está ausente, e elas não têm ninguém em que possam confiar em seu coração. Para receber bênçãos, elas tentam apresentar um bom espetáculo, mas não conseguem evitar, pois não têm consciência nem razão; elas não poderiam ser pessoas boas nem se quisessem, não conseguiriam se controlar nem se quisessem parar de fazer coisas más, elas têm que fazer essas coisas. Elas poderiam ser capazes de conhecer a si mesmas depois de serem mandadas embora e eliminadas? Embora saibam que mereceram essa punição, elas não o dirão, e embora pareçam ser capazes de desempenhar um dever, ainda assim elas trapacearão, e o trabalho delas não terá resultados claros. Então, o que vocês dizem: essas pessoas são capazes de se arrepender de verdade? De forma alguma. Isso porque elas não possuem consciência nem razão, e não amam a verdade. Deus não salva tais pessoas traiçoeiras e malignas. Que esperança há em acreditar em Deus para uma pessoa como essa? Sua crença já é desprovida de significado, e ela está destinada a não ganhar nada com isso. Se, através da sua fé em Deus, as pessoas não buscarem a verdade, não importa há quantos anos são crentes; no final, elas nada ganharão” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (8)”). Ao ler essas palavras — “escorregadias”, “enganadoras”, “extraordinariamente sagazes”, “Deus nunca as salvará” e “ela está destinada a não ganhar nada” —, senti uma pontada no coração. Foi como se Deus estivesse me expondo e condenando. Eu sempre achei que não se deve ser franco demais, que é preciso ser calculista e ter truques escondidos na manga. Eu vivia segundo a filosofia satânica de “sempre evite sair perdendo”, ponderava se me beneficiaria antes de fazer qualquer coisa e esperava receber o maior retorno pelo menor esforço. Eu achava que era isso que tornava uma pessoa esperta. Eu continuei aplicando essa filosofia de vida depois de ganhar a minha fé. Achava que não podia ser honesta demais no meu dever ou investir toda a minha energia; isso seria tolice. Se no fim eu acabasse não sendo abençoada, isso não seria uma perda tremenda? Eu não suportava perder. Melhor me despender só um pouco, mas receber grandes bênçãos — isso é que é esperteza! Então eu investia esforço no meu dever somente quando julgava necessário, e ficava sempre medindo se o esforço seria necessário. Eu calculava o tempo todo. Quando a produtividade era alta, eu aproveitava uns dias de descanso. Mesmo quando via alguns problemas no trabalho, se eles não impactassem a nossa eficácia e eu não fosse dispensada nem eliminada, eu não tinha senso de urgência e só me deixava levar. Se estivéssemos indo mal e eu teria que arcar com as consequências, eu trabalhava muito, identificava as razões e resolvia os problemas. Assim que obtínhamos alguns resultados, a minha ansiedade acalmava, e eu começava a desfrutar de conforto e descansava um pouco. Eu era tão astuta e enganosa! Como isso era desempenhar um dever ou ser devota a Deus? Eu achava que era esperta, mas Deus vê tudo. De jeito nenhum Deus salvará pessoas que sempre são astutas no dever. Deus gosta de pessoas honestas — pessoas honestas abrem seu coração para Deus. São sinceras no dever. Cumprem suas responsabilidades e dão tudo que têm e não deixam uma saída nem consideram se serão abençoadas. Deus abençoará esse tipo de pessoa. Eu tinha sido a pessoa a cargo do trabalho evangelístico, e, por ser astuta, perfunctória e por não ligar para o progresso, eu deixei de ajudar os outros a resolver seu estado negativo e seus problemas a tempo, e fiz a produtividade do nosso trabalho diminuir. Isso não só prejudicou os irmãos, como também impediu o trabalho evangelístico da igreja. Senti muito remorso e repreensão própria quando refleti sobre isso. Orei a Deus, dizendo que estava pronta para me arrepender e jurei diante Dele que investiria toda a minha energia no meu dever a partir de então e deixaria de ser astuciosa e perfunctória.
Então li uma passagem das palavras de Deus nos meus devocionais que me ajudou a entender o significado de desempenhar um dever. As palavras de Deus dizem: “Independentemente do dever que se desempenhe, ele é a coisa mais correta que se pode fazer, a coisa mais bela e justa entre a humanidade. Como seres criados, as pessoas deveriam desempenhar seu dever, e somente assim poderão receber a aprovação do Criador. Seres criados vivem sob o domínio do Criador e aceitam tudo que é fornecido por Deus e tudo que vem de Deus, portanto, deveriam cumprir suas responsabilidades e obrigações. Isso é perfeitamente natural e justificado e foi ordenado por Deus. Isso mostra que, para as pessoas, o desempenho do dever de um ser criado é mais justo, mais lindo e mais nobre do que qualquer outra coisa feita durante a vida na terra; nada em meio à humanidade é mais significativo ou digno e nada traz maior significado e valor para a vida de uma pessoa criada do que desempenhar o dever de um ser criado. Na terra, somente o grupo de pessoas que verdadeira e sinceramente desempenham o dever de um ser criado é aquele que se submete ao Criador. Esse grupo não segue as tendências mundanas; ele se submete à liderança e à orientação de Deus, só ouve as palavras do Criador, aceita as verdades expressadas pelo Criador e vive segundo as palavras do Criador. Esse é o testemunho mais verdadeiro, mais retumbante e é o melhor testemunho de crença em Deus. Um ser criado ser capaz de cumprir o dever de ser criado, ser capaz de satisfazer o Criador, é a coisa mais linda em meio à humanidade e é algo que deve ser espalhado como uma história a ser louvada por todas as pessoas. Qualquer coisa que o Criador confia aos seres criados deve ser aceita por eles incondicionalmente; para a humanidade, isso é uma questão de felicidade e privilégio, e para todos aqueles que são capazes de cumprir o dever de um ser criado, nada é mais belo ou digno de comemoração — é algo positivo. […] Uma coisa tão bela e grandiosa é distorcida pela laia dos anticristos e transformada em uma transação, na qual solicitam coroas e recompensas da mão de Deus. Tal transação transforma algo sumamente lindo e reto em algo sumamente feio e perverso. Não é isso que fazem os anticristos? A julgar disso, os anticristos não são perversos? Eles são de fato muito perversos! Isso é uma manifestação de sua perversão” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 7”). As palavras reveladoras de Deus tiveram um impacto forte sobre mim. Em silêncio, Deus dá tudo de Si para salvar a humanidade corrupta, nutrindo-nos com tudo que precisamos e dando-nos uma chance de desempenhar um dever, para que, ao longo dele, possamos buscar a verdade e resolver nossos caracteres corruptos, submeter-nos a Deus, ser devotos a Ele e ganhar Sua salvação. Desempenhar um dever na igreja é nossa responsabilidade, nossa obrigação, e é Deus nos dando uma chance de ganhar a verdade e ser salvos. Essa é a tarefa mais maravilhosa e reta que uma pessoa pode assumir. Mas os anticristos tomam essa coisa linda e reta e a transformam em negócios, em algo transacional. Agarram-se à esperança de ser abençoados na fé e no dever. Não podem ter sinceridade, nem sofrer e pagar um preço. São descrentes e oportunistas típicos. Em vista de como eu tinha agido no meu dever, eu não era igual a eles? Eu não estava considerando as intenções de Deus no meu dever, e sempre retinha algo. Eu queria receber muito em troca do pouco que dava. Eu não estava transformando meu dever em algo transacional? Eu sempre pensava que, contanto que tivesse resultados no meu dever, pudesse ficar na igreja e não fosse dispensada ou eliminada, eu poderia ser salva. Mas finalmente eu vi que essas eram noções e imaginações minhas, que não estavam alinhadas com as palavras de Deus. Deus nunca disse que realizar um pouco no seu dever, não cometer o mal e não ser dispensado ou eliminado significa que você será salvo. Deus determina se as pessoas podem ser salvas com base em se elas buscam a verdade, se entram na verdade realidade em seu dever, e se elas resolvem seus caracteres corruptos. Não existem outros atalhos. Deus quer que as pessoas sejam genuínas. Se as pessoas são sempre astutas e perfunctórias no dever, mesmo que venham a alcançar algumas coisas, Deus as odeia. Elas acabarão sendo reveladas e eliminadas por Deus. Lembrei-me de algo que o Senhor Jesus disse: “Porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da Minha boca” (Apocalipse 3:16). Eu não estava pensando em progresso no meu dever, e estava apenas agindo sem me envolver. Esse tipo de atitude não era ser quente nem frio, mas só morno? Deus não me cuspiria da Sua boca? Saber que o caráter de Deus não tolera ofensa me deu medo. Eu fiz uma oração: “Deus, quero me arrepender. A partir de agora, darei tudo de mim no meu trabalho. Por favor, disciplina-me se eu for superficial”.
Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus que me deu uma senda de prática. Deus Todo-Poderoso diz: “Quando as pessoas desempenham seu dever, elas estão, na verdade, fazendo o que deveriam fazer. Se você o fizer diante de Deus, se desempenhar seu dever e se submeter a Deus com uma atitude de honestidade e de coração, essa atitude não será muito mais correta? Como, então, você deveria aplicar essa atitude ao seu dia a dia? Você deve fazer de ‘adorar a Deus de coração e com honestidade’ a sua realidade. Sempre que você quiser ser desleixado e simplesmente agir sem se envolver, sempre que quiser agir de modo ardiloso e ser preguiçoso, e sempre que ficar distraído ou preferir ficar se divertindo, você deveria considerar: ‘Quando me comporto dessa maneira, sou indigno de confiança? É isso que significa colocar meu coração no desempenho do meu dever? Estou sendo desleal ao fazer isso? Quando faço isso, estou falhando em estar à altura da comissão que Deus confiou a mim?’. É assim que você deveria refletir sobre si mesmo. Se você chegar a descobrir que é sempre perfunctório em seu dever, que é desleal, e que você magoou Deus, o que deveria fazer? Deveria dizer: ‘No mesmo instante, percebi que havia algo errado aqui, mas não tratei como problema; simplesmente passei por cima disso, sem cuidado. Só percebi agora que realmente andei sendo perfunctório, que não fiz jus à minha responsabilidade. Eu realmente sou desprovido de consciência e razão!’. Você encontrou o problema e veio a se conhecer um pouco — agora, então, você deve dar meia-volta! Sua atitude em relação ao desempenho do seu dever estava errada. Você foi descuidado com ele, como se fosse um trabalho extra, e você não investiu seu coração nele. Se voltar a ser perfunctório desse jeito, você deve orar a Deus e permitir que Ele o discipline e castigue. Você precisa ter esse tipo de vontade no desempenho do seu dever. Somente então você pode arrepender-se de verdade. Você só pode dar meia-volta quando sua consciência está limpa e sua atitude em relação ao desempenho de seu dever é transformada. E quando se arrepende, você deve também refletir com frequência sobre se você realmente investiu todo o seu coração ou não, toda a sua mente e toda a sua força no desempenho do seu dever; então, usando as palavras de Deus como medida e aplicando-as a si mesmo, você descobrirá quais problemas ainda se encontram no desempenho do seu dever. Ao resolver problemas constantemente desse jeito, de acordo com a palavra de Deus, você não está trazendo para a realidade o desempenho do seu dever com todo o seu coração, toda a sua mente e toda a sua força? Para desempenhar seu dever desse jeito: você já não o fez com todo o coração, com toda a mente e com toda a força?” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só na leitura frequente das palavras de Deus e na contemplação da verdade existe um caminho adiante”). As palavras de Deus me deram uma senda de prática clara. Eu devo usar meu coração e ser honesta no meu dever, estar disposta a pagar um preço, ser atenciosa e responsável, e investir toda a minha energia para desempenhar bem o meu dever e satisfazer a Deus. Além disso, quando eu quiser ser perfunctória e preguiçosa, devo orar, rebelar-me contra a carne e pedir a disciplina e o castigo de Deus. Dessa forma, não seguirei a carne.
Depois disso, segui as palavras de Deus. Considerei como desempenhar bem o meu dever e ser mais produtiva. Eu sabia que todos os irmãos na equipe tinham suas fraquezas e seus pontos fortes, então pensei em como arranjar o trabalho de todos para permitir que seus pontos fortes florescessem, e dei-lhes ajuda e orientação real nas áreas em que eram deficientes. Além disso, antes, eu achava que era supervisora — contanto que desse conta do trabalho e os outros se saíssem bem nos deveres, isso significaria que eu estava indo bem e que eu poderia aproveitar um pouco de tempo livre. Agora estabeleci o objetivo de desempenhar meu dever da melhor forma possível. Minha agenda estava lotada todos os dias, eu ficava mais ocupada do que antes, e, às vezes, eu me cansava muito, mas me sentia em paz e à vontade. E, para a minha surpresa, no mês seguinte, a nossa produtividade aumentou bastante. Fiquei muito animada. Pude ver que Deus quer que sejamos genuínos. Quando mudei minha perspectiva e desempenhei meu dever genuinamente, pude ver a orientação Dele e obter resultados no meu dever. Graças a Deus!