36. Gerenciar um negócio honesto deixou de ser difícil

Por An Xin, China

Em 2011, meu marido e eu gerenciávamos um açougue no mercado. Queríamos ganhar dinheiro administrando o negócio honestamente. Conduzíamos nossos negócios com integridade, nunca nos envolvíamos em fraudes e tínhamos preços fixos para todos os clientes. Não nos importava o quanto vendêssemos, desde que estivéssemos em paz. Quando os clientes perguntavam se os produtos eram frescos ou congelados, eu lhes dizia a verdade, que era carne que tinha acabado de descongelar. Assim que os clientes ouviam isso, davam meia-volta e iam embora. Depois de um tempo, nosso negócio não melhorou. Vendo que as vendas estavam fraquejando, meu marido disse, impotente: “Se não ganharmos nenhum dinheiro até o fim do ano, deveríamos vender o ponto”. Ao ouvir meu marido dizer isso, fiquei muito chateada. “Emprestamos 200.000 yuans do banco para manter o negócio, e precisamos quitar a dívida em três anos. Acrescente os custos como a câmara frigorífica, as licenças e o combustível para o veículo, e todas essas despesas somam cerca de 200 yuans por dia. Temos filhos pequenos em casa, e cada coisinha, desde as despesas diárias até as necessidades das crianças, requer dinheiro. O que faremos se o negócio não der certo?” Às vezes, os clientes faziam perguntas sobre os produtos em nossa banca e depois corriam para um de nossos concorrentes para comprar os produtos dele. Eu não conseguia entender por quê: “A carne é descongelada em ambos os lugares, então por que compram os produtos de nossos concorrentes?”. Para ganharmos dinheiro, meu marido e eu fomos aprender com nossos concorrentes. Eles disseram: “Eu digo aos clientes que nossa carne é fresca. Por que vocês diriam a verdade? Vocês são uns tolos se fazem isso. Estamos no negócio para ganhar dinheiro. É isso que interessa. Vocês acham que as pessoas os elogiarão por serem honestos? O que podem comprar com elogios? Dinheiro na mão e comida na mesa — só isso importa”. Depois de ouvir isso, fiquei insegura: “Será que essa é realmente a coisa certa a fazer? E se os clientes descobrirem que foram enganados e voltarem para causar problemas?”. Mas vi que os produtos de nossos concorrentes estavam sendo vendidos como pão quente e que eles estavam ganhando mais dinheiro, e sua vida estava prosperando. Embora fôssemos honestos nos negócios, não conseguíamos vender nada e não estávamos ganhando dinheiro. Além disso, ainda tínhamos muitas dívidas para pagar, então achei que não podíamos mais nos dar ao luxo de ser tão honestos e rígidos e que o mais importante era encontrarmos um jeito de ganhar dinheiro e viver bem.

Um dia, quando meu marido e eu estávamos trabalhando, uma mulher elegante, na casa dos quarenta anos, com cabelos cacheados, aproximou-se da banca e perguntou: “Quanto custam as costelas?”. Eu respondi: “Meio quilo sai por 11 yuans”. A mulher parou por um momento e disse: “A qualidade das costelas é boa; você pode fazer um preço um pouco melhor? Quero comprar várias centenas de quilos de uma só vez, e, se possível, poderia cortá-las em pedaços menores para mim? Se tudo estiver certinho, farei minhas compras com você no futuro”. Meu marido disse rapidamente: “Claro! Se você comprar mais, eu lhe darei um desconto de um yuan em cada meio quilo”. As palavras do meu marido me chocaram, porque a margem de lucro de meio quilo de costela já era muito pequena, e com um desconto de um yuan, quase não sobrava lucro. A mulher, um pouco preocupada, disse: “Quero que as costelas sejam de boa qualidade. Se forem ruins, eu as devolverei”. Meu marido lhe deu todas as garantias. Depois que a cliente foi embora, eu disse a meu marido, infeliz: “Com um lucro tão baixo, não importa o quanto vendermos, mal ganharemos dinheiro!”. Ele riu baixinho e me disse: “Eu sei como podemos ganhar dinheiro. Outro dia, vi um de nossos concorrentes cortar costelas em pedaços pequenos, e depois misturá-las com costelas de porcos velhos ou que haviam morrido, e, uma vez misturadas, não dá para perceber a diferença. Pense um pouco: por que eles ainda têm tantos clientes, mesmo que suas costelas sejam de baixa qualidade? É porque são baratas. Quantos clientes realmente se importam com qualidade hoje em dia? Se você não der um desconto a essa senhora, ela vai procurar outro comerciante”. Continuei preocupada e disse a meu marido: “E se você processar centenas de quilos de costelas, e ela as devolver assim que perceber que não são boas?”. Confiante, ele me respondeu: “Não se preocupe com isso, vou processar algumas boas e depois acrescentar um pouco de costelas baratas, e ninguém perceberá”. Quando meu marido disse isso, pensei comigo: “Nunca tivemos um cliente tão grande. Será que não podemos misturar ingredientes falsos para ganhar dinheiro?”. Então, concordei com a proposta do meu marido. Processamos as costelas, e a senhora veio buscá-las. Meu coração estava saltando do peito, eu a observava atentamente, e as palmas de minhas mãos suavam. Para minha surpresa, quando a senhora as inspecionou com cuidado, ela não encontrou um único problema. Dali em diante, ela continuou a pedir nossas costelas, continuamos a usar o mesmo método, e o dinheiro continuou entrando. Pensei comigo: “Não me surpreende que as pessoas digam: ‘Não importa aonde você vá, os compradores nunca são tão espertos quanto os vendedores’. É preciso ter uma mente aguçada para fazer negócios, caso contrário, como as pessoas poderiam ganhar tanto dinheiro?”.

À medida que o final do ano se aproximava, nossa banca estava lotada de pessoas que vinham comprar nossos produtos. Pé de porco era muito procurado na época do Ano-Novo, mas como o preço dos pés dianteiros era muito alto, tínhamos que vender os pés traseiros como se fossem dianteiros. No início, os clientes me perguntavam: “Esses são pés dianteiros, senhora?”. Eu ficava muito nervosa quando os clientes faziam essa pergunta. Se eu dissesse que eram dianteiros, estaria mentindo para eles, mas se dissesse a verdade, não comprariam de nós. Eu não tinha coragem de olhar nos olhos dos clientes e simplesmente respondia: “Todos eles são dianteiros, você pode comprá-los sem medo”. Quando eu dizia isso, os clientes compravam alguns. Só quando saíam eu soltava um longo suspiro de alívio. Mas, certa vez, um cliente ficou desconfiado e perguntou: “Como é que você tem tantos pés dianteiros? Eu soube que está difícil encontrá-los”. Meu coração deu um salto, e me apressei a explicar: “Mais porcos são abatidos na época do Ano-Novo, portanto há mais pés dianteiros no mercado”. O cliente continuou a perguntar: “Dizem que os pés dianteiros têm sete articulações, mas por que os seus não têm?”. Quando ele disse isso, meu coração ficou entalado na garganta, e pensei: “Essa pessoa sabe muito sobre pés de porcos, talvez eu deva dizer a ele que esses são pés traseiros. Mas se eu disser a verdade, não vou acabar passando vergonha?”. Para encobrir minha mentira, forcei-me a dizer: “Hoje em dia, eles usam motosserras para cortar os pés, e as articulações são cortadas durante o abate”. Ele acabou acreditando em mim e comprou alguns pés. Embora estivéssemos ganhando dinheiro, no coração, eu sabia que era inaceitável ganhar dinheiro com mentiras, e temia que, se continuasse a enganar os clientes descaradamente, eles poderiam voltar e causar problemas se descobrissem que estavam sendo trapaceados. Mas, depois de um tempo, quando nenhum cliente voltou para criar caso, dei um suspiro de alívio. Também me lembrei de que não éramos apenas nós que fazíamos isso, que nossos concorrentes faziam o mesmo, e, aos poucos, fui me sentindo cada vez mais à vontade mentindo.

Em março de 2013, aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Durante uma reunião, vi os irmãos refletindo sobre si mesmos por meio da exposição das palavras de Deus e comunicando a corrupção que revelavam. Pensei comigo: “Por que eles sempre expõem seu lado feio e contam a todos as coisas de que mais se envergonham? Isso não é tolice?”. Naquela época, eu não entendia o que os irmãos faziam. Mas depois de acreditar em Deus por mais tempo, finalmente entendi que o objetivo da obra de Deus dos últimos dias é purificar e mudar as pessoas por meio de Suas palavras, e que só poderemos ser salvos por Deus se nos livrarmos de nossos caracteres corruptos. Mais tarde, li as palavras de Deus: “Ser honesto significa entregar o coração a Deus, ser genuíno com Ele em todas as coisas, ser aberto com Ele em todas as coisas, nunca esconder os fatos, nunca tentar enganar quem está acima e abaixo de você e não fazer as coisas apenas para conseguir o favor de Deus. Resumindo, ser honesto é ser puro em suas ações e palavras e não enganar nem a Deus nem aos homens(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Três admoestações”). Depois de ler as palavras de Deus, entendi que Ele exige que as pessoas sejam honestas, puras em suas ações e palavras, sem enganação, e verdadeiras. Mas, em meu coração, as exigências de Deus se chocavam com minha realidade. Eu sabia que deveria ser uma pessoa honesta, mas achava que, se não enganasse as pessoas em meu negócio, eu perderia todos os meus clientes. Como, então, ganharia dinheiro? Antes, eu vendia muito menos porque dizia a verdade, e se continuasse com o mesmo rigor de antes, nosso negócio certamente fracassaria. Achei que tudo ficaria bem se não mentisse nem enganasse nas reuniões ou no dia a dia. E, pensando dessa forma, foi assim que agi.

Entre os produtos de carne que vendíamos, o pernil bovino saía muito, mas seu custo era muito alto, dava um lucro de apenas um ou dois yuans por meio quilo, em comparação, o custo da tíbia da porca era muito menor. Porque as porcas são criadas por mais tempo, por fora, a tíbia da porca, embora seja menor do que a bovina, não difere muito em outros aspectos. Por isso, algumas pessoas no mercado vendiam carne de porca como se fosse bovina, e nós fizemos o mesmo. Alguns dos responsáveis pelas compras para os restaurantes ficaram intrigados e perguntaram: “Por que você está vendendo o pernil bovino por um preço tão baixo?”. Quando perguntavam isso, eu respondia com a maior calma do mundo: “É a carne de bezerros. Eles foram criados por pouco tempo e depois abatidos, por isso são mais baratos”. Quando ouviam essa explicação, os responsáveis pelas compras para os restaurantes compravam um pouco, em quantidades diferentes, mas, ao dizer isso, meu coração palpitava, pois temia que eles fizessem outra pergunta que eu não conseguisse responder. Se descobrissem que eu os enganava e me denunciassem, provavelmente minha licença comercial seria revogada. Se eu fosse multada, perderíamos todo o dinheiro ganho, e talvez eu até fosse presa. Alguns restaurantes exigiam nota fiscal, então eu escrevia apenas “pernil” no recibo, e não “pernil bovino”, para me safar. Quando as autoridades de vigilância sanitária vinham inspecionar o mercado, eu fechava mais cedo para evitar a inspeção. Depois de cada mentira que contava, eu me sentia desconfortável, porque tinha ouvido falar que comer esse tipo de carne de porca poderia prejudicar a saúde. Eu me sentia presa em um dilema, pois sabia muito bem que mentir era errado e que fazer negócios assim era inaceitável, mas estávamos ganhando muito dinheiro dessa forma e eu não queria abrir mão disso. Lembrei-me de como eu costumava comparar os preços ao comprar coisas, mas agora eu simplesmente comprava tudo o que precisava. Meus pais também haviam se beneficiado muito com isso, e meu sogro dizia feliz: “Vocês dois estão indo tão bem! Parece que são os verdadeiros provedores da nossa família!”. Ao ouvir isso, não podia deixar de sorrir, e pensava comigo: “Ter dinheiro é ótimo, mas se você quer uma carteira cheia, precisa ter uma mente aguçada”. Para continuar ganhando dinheiro, continuei a enganar as pessoas. Até que, finalmente, aconteceu algo que me fez mudar meu comportamento.

Certa manhã, um de nossos clientes regulares me perguntou com uma expressão severa: “Essa tripa que você me deu ontem não estava fresca, estava?”. Meu coração palpitou. A tripa que eu lhe havia vendido ontem era sobra do dia anterior e definitivamente não estava fresca, mas, se eu contasse a verdade, ele ficaria furioso. E se ele nunca mais comprasse de nós? Às pressas, respondi: “Estava fresca”. O cliente não disse nada depois de ouvir isso e simplesmente deu meia-volta e foi embora. Enquanto ele se afastava, eu me senti culpada e triste. Ele era nosso cliente havia muito tempo, mas eu o havia enganado para obter lucro. Eu era realmente imoral! Não fui honesta, e ele provavelmente nunca mais confiaria em mim. Dito e feito, no dia seguinte, esse cliente foi fazer suas compras em outra banca. Ao ver isso, fiquei cheia de arrependimento e percebi que essa situação havia sido permitida por Deus. Deus escrutina os recônditos mais profundos do coração das pessoas. Como meus pensamentos, intenções e cada uma de minhas ações poderiam escapar do olhar de Deus? Então, comecei a refletir sobre mim mesma.

Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus: “No passado, as pessoas administravam seus negócios de uma forma que ninguém era enganado; vendiam seus produtos com o mesmo preço, não importando quem estivesse comprando. Não se transmitem aqui alguns elementos de boa consciência e humanidade? Quando as pessoas conduziam seus negócios dessa forma, de boa fé, podemos ver que elas ainda tinham alguma consciência e alguma humanidade naquele tempo. Mas com a exigência crescente de dinheiro pelo homem, as pessoas, inadvertidamente, vieram a amar o dinheiro, o ganho e o prazer mais e mais. As pessoas não priorizam o dinheiro mais do que costumavam fazer? Quando as pessoas veem o dinheiro como muito importante, elas inadvertidamente começam a dar menos importância à sua reputação, sua fama, seu bom nome e sua integridade, não é? Quando você se envolve com negócios, você vê os outros enganando as pessoas para enriquecer. Embora o dinheiro ganho seja mal ganho, eles ficam cada vez mais ricos. Ver tudo o que a família deles desfruta o aborrece: ‘Nós também fazemos negócios, mas eles ficaram ricos. Por que não posso ganhar muito dinheiro? Não aguento isso — tenho de encontrar uma maneira de ganhar mais dinheiro’. Depois disso, tudo em que você pensa é como fazer uma fortuna para si. Uma vez que tiver desistido da crença de que ‘o dinheiro deve ser ganho com consciência, sem enganar ninguém’, então, movido por interesses próprios, seu jeito de pensar muda gradualmente, assim como os princípios por trás de suas ações. Quando engana alguém a primeira vez, você se sente repreendido pela consciência, e seu coração lhe diz: ‘Quando isso acabar, essa será a última vez que eu engano alguém. Enganar as pessoas sempre resultará em castigo!’. Essa é a função da consciência humana — fazê-lo sentir escrúpulos e repreender você, de modo que não pareça natural quando você engana alguém. Mas, após ter enganado alguém com sucesso, você vê que agora tem mais dinheiro do que tinha antes, e você acha que esse método pode ser muito benéfico para você. Apesar da dor enfadonha em seu coração, você ainda sente vontade de se parabenizar pelo seu sucesso e você se sente um tanto satisfeito consigo mesmo. Pela primeira vez, você aprova o seu próprio comportamento, seus próprios modos enganosos. Uma vez que o homem foi contaminado por essa trapaça, é o mesmo que alguém que se envolve com jogos de azar e, então, se torna um apostador. Em sua inconsciência, você dá sua aprovação ao próprio comportamento trapaceador e o aceita. Inconscientemente, você assume a trapaça como um comportamento comercial legítimo e o meio mais útil para sua sobrevivência e seu sustento; você acha que, fazendo isso, pode ganhar uma fortuna rapidamente. Isso é um processo: no princípio desse processo, as pessoas não conseguem aceitar esse tipo de comportamento e desprezam esse comportamento e prática. Então começam a vivenciar esse comportamento pessoalmente, experimentando-o à sua própria maneira, e seu coração começa a se transformar gradativamente. Que tipo de transformação é essa? É uma aprovação e admissão dessa tendência, dessa ideia inculcado em você pela tendência social. Sem perceber, se você não engana as pessoas quando está fazendo negócios com elas, você sente que fica na pior; se você não engana as pessoas, sente como se tivesse perdido algo. Sem o saber, essa trapaça torna-se sua própria alma, sua espinha dorsal e um tipo indispensável de comportamento que é um princípio na sua vida. Depois que o homem aceitou esse comportamento e esse modo de pensar, isso não causou uma mudança no coração dele? Seu coração mudou, então sua integridade mudou também? Sua humanidade mudou? Sua consciência mudou? Do coração aos pensamentos, do seu interior para fora, todo o seu ser mudou, e isso é uma mudança qualitativa. Essa mudança o afasta cada vez mais de Deus, e você se torna cada vez mais intimamente alinhado com Satanás, você se torna mais e mais igual a Satanás, tendo como resultado que a corrupção de Satanás faz de você um demônio(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único VI”). As palavras de Deus são tão verdadeiras. No passado, as pessoas faziam negócios honestamente e sem enganação, e os preços eram fixos. Hoje em dia, elas têm uma demanda crescente por dinheiro e lucros para desfrutar de uma vida melhor e não se preocupam mais com integridade ou reputação. Em vez disso, tornaram-se insaciavelmente gananciosas e motivadas por lucro, ousando fazer qualquer coisa por dinheiro. Para manter os alimentos frescos, as pessoas borrifam conservantes nas bananas, encharcam lichias com produtos químicos e pulverizam ou encharcam vegetais como aipo, brotos de alho, inhame e cogumelos com conservantes. Embora essas frutas e legumes brilhem por fora, eles estão cheios de produtos químicos. É nojento comê-los. As empresas usam esses métodos apenas para ganhar dinheiro. Elas não se importam nem um pouco se essas coisas prejudicam ou não a saúde das pessoas. Como essas empresas têm alguma consciência? Nesta sociedade materialista, as pessoas adoram o dinheiro e são movidas pelo lucro. Elas vivem com o veneno satânico de que “o dinheiro move o mundo” e só querem ganhar mais dinheiro, fazendo o que for preciso para obter lucros maiores. O desejo cresce cada vez mais, como uma bola de neve, e, no fim, as pessoas se tornam insaciavelmente gananciosas e deixam de se importar com reputação, credibilidade ou integridade. Essas pessoas perderam a base da conduta pessoal e já nem podem ser chamadas de seres humanos. São simplesmente diabos vivos! Lembrei-me de quando administrava meu negócio com honestidade. Nunca enganava ninguém, mantinha preços fixos e podia dizer que ganhava dinheiro confiando em minha consciência. Mas, ao fazer isso, eu não conseguia reter clientes nem ganhar dinheiro. Então, observei meus concorrentes, que vendiam os mesmos produtos, mas ganhavam dinheiro mentindo. Aos poucos, comecei a ter pensamentos desonestos. No início, quando mentia, eu sentia um desconforto em minha consciência. Tinha medo de que as pessoas descobrissem e me expusessem, e sempre ficava apavorada depois de mentir. Mais tarde, motivada pelo lucro, a mentira se tornou um hábito regular. Eu achava que, independentemente dos métodos ou meios que usasse, o segredo era ganhar dinheiro fazendo com que os clientes comprassem meus produtos. Dizem que “não importa se um gato é branco ou preto, contanto que pegue ratos, ele é um bom gato” e somente quando se tem dinheiro em mãos é que se pode colocar comida na mesa. Eu vendia pés traseiros como dianteiros para obter lucro, e trocava carne bovina por carne de porca para enganar os clientes. Cheguei a vender restos de tripas de porco do dia anterior para um cliente regular, e, quando ele me questionou, não admiti meu erro. Em prol de meus próprios interesses, enganei meus clientes repetidas vezes. Deus exige que tenhamos humanidade e consciência, mas eu violava Suas exigências para os humanos. Eu não tinha consciência alguma e até achava difícil dizer a verdade. As pessoas agem, e o Céu observa. Deus determina nosso desfecho com base em nossas ações. Eu só faria com que Ele me odiasse se continuasse sendo astuta e enganosa. Deus ama as pessoas honestas e odeia as enganosas. Eu não podia mais viver de maneira enganosa. Então, orei a Deus no coração: “Deus, sei que Tu queres que sejamos honestos, mas eu sempre falhei em praticar a verdade. Por favor, guia-me a me rebelar contra minha carne e a viver de acordo com Tuas palavras”.

Mais tarde, quando alguns dos responsáveis pelas compras para os restaurantes voltaram para comprar carne bovina, fiquei dividida e pensei: “Se eu lhes disser que é carne de porca, eles deixarão de comprar de nós? Será que me culparão por ter mentido para eles antes?”. Eu ainda queria dizer que era carne de bezerro, mas percebi que seria errado continuar mentindo. Então eu disse: “Na verdade, é carne de porca, por isso é mais barata”. Os compradores sorriram, não disseram nada e foram embora. Depois disso, meu marido ficou com raiva e me repreendeu: “Por que você disse a verdade? Agora que eles sabem que a carne bovina é falsa, com certeza não comprarão da nossa mão novamente”. Honestamente, eu também temia que contar a verdade afetasse os negócios, mas eu acreditava em Deus e, portanto, não podia mais enganar as pessoas, e se venderíamos mais ou menos, isso dependia de Deus. Eu disse ao meu marido: “Quer eles comprem conosco ou não, devemos dizer a verdade. Estamos sempre enganando as pessoas, mas como você se justificará quando descobrirem que a carne bovina é falsa? É errado enganar as pessoas. De qualquer forma, vou dizer a verdade. Não posso mais mentir e enganar as pessoas”. Meu marido olhou para mim, mas não disse mais nada. Mas o que eu não esperava era que, mais tarde, um dos responsáveis pelas compras para os restaurantes me dissesse: “Na verdade, nós sabemos que não é carne bovina, caso contrário, como poderia ser tão barata? Embora a carne de porca também seja saborosa, que é desfiada fica diferente da bovina. Para ganhar dinheiro, temos que vender carne suína como se fosse carne bovina, mas eu não esperava que você dissesse a verdade”. Depois de ouvir isso, tive certeza de que praticar de acordo com as palavras de Deus era a coisa certa a fazer e experimentei a doçura de ser uma pessoa honesta. Mais tarde, os pés que eu vendia eram frescos e comprados por atacado da fábrica de processamento de carne. O pacote completo de pés era uma mistura de pés dianteiros e traseiros. Durante o Ano-Novo, os clientes vieram até a banca e me perguntaram: “Todos eles são pés dianteiros?”. Eu hesitei por um momento e pensei: “Se eles comprarem apenas os pés dianteiros, será difícil vender os traseiros, então direi que todos são pés dianteiros frescos”, mas imediatamente rejeitei esse pensamento e me admoestei por dentro: “Deus escrutina cada palavra e ação minha, e devo falar a verdade”. Então, eu lhes disse a verdade e também lhes mostrei como identificar os pés dianteiros, e eles conseguiram diferenciá-los usando meu método. Mas alguns clientes não acreditaram em mim e perguntaram: “Você não está nos enganando, está?”. Com total sinceridade, eu lhes disse: “Se eu estivesse enganando vocês, não lhes mostraria como identificar os pés dianteiros e simplesmente lhes diria que todos são dianteiros”. Depois de ouvir isso, todos compraram bastante. Enquanto eu observava os clientes se afastarem, senti muita tranquilidade no coração.

Mais tarde, li as palavras de Deus: “Qual é o significado de Deus exigir que as pessoas sejam honestas, sem qualquer egoísmo, intentos, obstinação, adulteração, sem um lado obscuro? É permitir que as pessoas sejam purificadas de seus caracteres corruptos, que alcancem gradualmente a santidade, que vivam na luz, que vivam mais livremente e aliviadas, que se encham de prazer e transbordem de alegria e paz — essas são as pessoas mais abençoadas de todas. O objetivo de Deus é aperfeiçoar as pessoas, para que possam desfrutar da maior de todas as bênçãos. Se você se tornar uma pessoa assim, que benefícios Deus pode obter de você? Deus tem segundas intenções? Ele lucra com isso? (Não.) Então, se uma pessoa é honesta, quem é o maior beneficiário disso? (A própria pessoa.) Que benefícios e vantagens uma pessoa pode receber com isso? (Seu coração estará livre e aliviado, e sua vida se tornará cada vez mais fácil; ela terá cada vez mais a confiança dos outros à medida que interage com eles, e terá relacionamentos normais com as outras pessoas.) O que mais? (Quando as pessoas se comportarem de acordo com as palavras e exigências de Deus, elas não estarão mais sofrendo; em vez disso, viverão relaxadas, felizes e em paz.) Esse sentimento é bastante real. Então, qual é o propósito de Deus em salvar o homem? (Transformar e purificar as pessoas, para que, no final, Ele possa ganhá-las.) Qual é a consequência de ser ganho por Deus? É obter a destinação maravilhosa prometida por Deus. Então, quem é o maior beneficiário disso? (O homem.) O homem é o maior beneficiário!(A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “O homem é o maior beneficiário do plano de gerenciamento de Deus”). Na comunhão, Deus revelou o significado e o propósito de Sua exigência de que as pessoas sejam honestas. O propósito dessa exigência é permitir que elas se livrem de sua corrupção e sejam salvas por Deus, vivam de acordo com as exigências do Criador e vivam com retidão e dignidade. As palavras de Deus fizeram com que me sentisse muito culpada, e pensei em como eu havia usado mentiras e enganos para ganhar dinheiro no passado. Embora eu tivesse ganhado algum dinheiro, minha consciência estava incomodada, e eu tinha de continuar encobrindo mentiras com mais mentiras, o que era exaustivo. Meus nervos estavam constantemente à flor da pele, e sempre temia que, um dia, minhas mentiras fossem reveladas e os clientes viessem causar problemas. Uma pessoa só pode realmente viver na luz e ter paz e segurança em seu coração se ela praticar de acordo com as palavras de Deus e for honesta. Os produtos que recebemos agora são carne bovina de alta qualidade. Às vezes, os clientes vêm à minha banca para comprar carne de boi barata, e eu lhes digo que a carne que vendíamos antes era falsa e prejudicava a saúde, e que não a vendemos mais. Além disso, se um produto não for fresco e do mesmo dia, eu digo a verdade aos clientes, e eles não se importam, dizendo que não há problema, desde que não esteja estragado, e continuam comprando. Ao fazer negócios dessa forma, meu coração se sente à vontade.

Depois de passar por isso, aprendi que falar a verdade e praticar a honestidade traz tranquilidade e prazer ao nosso coração, e que isso é algo que dinheiro não pode comprar. Foram as palavras de Deus que me transformaram de uma empresária que visava ao lucro em alguém que opera com integridade. Graças a Deus!

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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