Por Qingtian, China

Em 2017, eu estava fazendo vídeos na igreja e fui escolhida como a líder de equipe. Um dia, descobri que a irmã Li Min e o irmão Chen Bin haviam sido nomeados supervisores. Tive um sentimento amargo e pensei comigo mesma: “Eles não fazem vídeos há tanto tempo quanto eu, e suas habilidades não são tão boas quanto as minhas. Então, por que eles foram nomeados supervisores, e o líder nem sequer me considerou? Eu era a líder da equipe de Li Min, e agora ela está supervisionando meu trabalho. Como devo encará-la de agora em diante? Os irmãos pensarão que não sou tão boa quanto ela? Isso não fará com que eu pareça totalmente incompetente?”. Pensando nisso, fiquei muito desanimada e negativa, e não conseguia reunir energia para fazer nada. Mais tarde, em uma reunião, o líder disse que outro supervisor precisava ser escolhido e, no final, o irmã Lin Hui foi selecionado. Fiquei atônita com esse resultado. Todos com quem eu havia cooperado em meus deveres tinham sido promovidos e cultivados um após o outro, mas eu ainda estava parada no mesmo lugar. Eu não estava empacada no fundo do poço? Lin Hui não fazia vídeos havia tanto tempo quanto eu, mas agora ele tinha sido escolhido como supervisor. Eu me senti muito envergonhada. Será que era mesmo verdade que eu simplesmente não era apta? Quanto mais pensava nisso, pior eu me sentia e não conseguia parar de chorar. Então, de repente, lembrei-me do líder dizendo que Lin Hui havia obtido resultados em seu dever, e fiquei pensando: “Será que Lin Hui foi escolhido como supervisor porque seu dever produziu bons resultados? Se eu me esforçar mais e pagar um preço maior para melhorar os resultados do trabalho, talvez eu também seja promovida e cultivada. Assim, as pessoas não vão me menosprezar”. Com esse pensamento, recuperei minha motivação.

A partir de então, passei a me dedicar a fazer vídeos todos os dias, trabalhando horas extras para impulsionar o progresso. Um dia, depois de assistir aos vídeos que fizemos, o líder disse que eles estavam muito bons, e que havíamos progredido. Ele até nos deu algumas tarefas importantes para cumprir e nos pediu para terminá-las em tempo hábil. Ao ver o trabalho finalmente melhorando e que o líder estava nos valorizando, eu me senti muito feliz. Pensei que, se eu continuasse me esforçando e rapidamente produzisse mais vídeos bons, talvez eu também tivesse a chance de ser promovida e cultivada. Para acelerar as coisas, até pedi às irmãs da equipe que fizessem horas extras comigo todos os dias. Mas, como eu estava muito ansiosa pelo sucesso rápido, não busquei princípios em meus deveres, não reuni as irmãs para estudar as técnicas ou revisar os problemas no trabalho, e apenas pressionei para que o progresso fosse mais rápido. Consequentemente, a qualidade dos vídeos ficou ruim e eles precisaram ser retrabalhados várias vezes. O moral das irmãs também estava baixo. Como não havia revisão nem aprendizado, as irmãs não aprimoravam suas habilidades, e quando surgiam dificuldades em seus deveres, elas não tinham uma senda para seguir em frente, o estado delas continuava piorando e elas ficavam cada vez mais preguiçosas. Em vez de refletir sobre mim mesma ou buscar a verdade para resolver essas questões, culpei as irmãs por não produzirem bons resultados, por atrasarem o progresso em seus deveres e por afetarem minha chance de me destacar. Cheguei até a ser rude com elas. Às vezes, eu percebia que meu estado estava errado e que precisava refletir e ajustá-lo, mas quando pensava nos resultados ruins do trabalho, eu achava que, se não me esforçasse para melhorá-los, o líder certamente pensaria que eu era uma líder de equipe incompetente e que não apenas eu não seria promovida, mas poderia até ser dispensada. Quando pensava nisso, eu corria como um pião, buscando o progresso sem parar. Eu simplesmente não conseguia parar.

Por não buscar princípios em meu dever nem fazer nenhum trabalho real, causei um sério impacto no progresso do trabalho de vídeo e, pouco tempo depois, o líder me dispensou. Eu me senti um pouco injustiçada. Achei que havia pagado um alto preço em meu dever, então, por que me disseram que eu não fiz um trabalho real? Depois que fui dispensada, fiquei muito angustiada e orei a Deus: “Deus, fui dispensada e perdi a oportunidade de trabalhar com vídeos. Por favor, guia-me para entender Tua intenção”. Durante um de meus devocionais espirituais, deparei-me com uma passagem das palavras de Deus: “Não importam os ambientes que surjam — especialmente diante de adversidades e especialmente quando Deus revela ou expõe as pessoas —, a primeira coisa a fazer é vir para diante de Deus para refletir sobre si mesmas e examinar suas palavras e atos e seu caráter corrupto, em vez de examinar, estudar e julgar se as palavras e ações de Deus são certas ou erradas. Se você permanecer em sua posição correta, você saberá exatamente o que deve fazer. As pessoas têm um caráter corrupto e não entendem a verdade. Isso não é um problema muito grande. Mas quando as pessoas têm um caráter corrupto e não entendem a verdade, mas ainda assim não buscam a verdade — então elas têm um problema grande” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item dez: Eles desprezam a verdade, violam descaradamente os princípios e ignoram os arranjos da casa de Deus (parte 3)”). As palavras de Deus me fizeram entender que minha dispensa fazia parte da soberania e dos arranjos de Deus e que, embora ainda não entendesse completamente Sua intenção, eu tinha de me submeter, buscar sinceramente a verdade e refletir sobre mim mesma.

Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus e ganhei algum entendimento de meus problemas. Deus diz: “Para os anticristos, se seu status ou reputação é atacado e retirado, isso é uma questão ainda mais séria do que tentar tirar sua vida. Não importam quantos sermões ouçam nem quantas das palavras de Deus leiam, eles não sentirão tristeza nem arrependimento por nunca terem praticado a verdade e por terem seguido a senda dos anticristos, nem por possuírem a natureza essência dos anticristos. Em vez disso, eles estão sempre quebrando a cabeça para encontrar maneiras de ganhar status e aumentar sua reputação. Pode-se dizer que tudo que os anticristos fazem é feito para se exibirem na frente dos outros, e não é feito diante de Deus. Por que digo isso? Porque tais pessoas estão tão apaixonadas pelo status que o tratam como sua própria vida, como o objetivo de toda a sua vida. Ademais, por amarem tanto o status, elas nunca acreditam na existência da verdade, e pode-se dizer até que elas não abrigam crença alguma na existência de Deus. Assim, não importa como calculem para ganhar status e reputação ou como tentem usar aparências falsas para enganar a Deus e às pessoas, no fundo de seu coração, elas não têm percepção nem reprovação, muito menos qualquer ansiedade. Em sua busca consistente de status e reputação, elas também negam arbitrariamente o que Deus fez. Por que digo isso? No fundo do coração dos anticristos, eles acreditam que: ‘Todo status e reputação são conquistados por esforço próprio. Só se conquistarem uma posição firme entre as pessoas e ganharem status e reputação eles poderão usufruir das bênçãos de deus. A vida só tem valor quando as pessoas ganham poder e status absolutos. Só isso é viver como um humano. Em contraste, seria inútil viver do jeito que a palavra de deus fala — submeter-se à soberania e aos arranjos de deus em tudo, permanecer voluntariamente na posição de um ser criado e viver como uma pessoa normal — ninguém admiraria uma pessoa assim. O status, a reputação e a felicidade de uma pessoa devem ser conquistados por meio de seus esforços; é preciso lutar por eles e conquistá-los com uma atitude positiva e proativa. Ninguém mais os dará para você — ficar esperando passivamente só pode levar ao fracasso’. É assim que os anticristos calculam. Esse é o caráter dos anticristos” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). Deus expõe que, para os anticristos, a reputação e o status são sua vida. Em tudo o que fazem, só consideram como ganhar status e a estima e admiração dos outros. Não importa o quanto obstruam ou prejudiquem o trabalho da igreja, eles nunca refletem nem se arrependem. Ao refletir sobre meu próprio comportamento, vi que também me concentrava muito em reputação e status. Quando vi que os irmãos com quem eu cooperava tinham sido selecionados como supervisores, eu me senti desequilibrada. Pensei que se me esforçasse mais, pagasse um preço mais alto e produzisse bons resultados, eu também seria promovida e valorizada. Como procurava reputação e status, eu não buscava princípios em meu dever, nem organizava sessões de aprendizado para que todos aprimorassem suas habilidades. E como eu continuava pressionando todos a trabalharem até tarde da noite todos os dias por causa de meu desejo de obter resultados rápidos, os vídeos exigiram vários ajustes e o trabalho sofreu um grande atraso. Além disso, como líder de equipe, quando vi problemas no trabalho, eu deveria ter tomado a iniciativa de liderar os irmãos no resumo desses desvios e na busca das verdades princípios para resolver problemas reais. Quando as irmãs estavam em estados ruins, eu deveria ter me comunicado para ajudá-las, pois essa era minha responsabilidade. Mas não fiz nenhum trabalho real. Tudo o que me importava era obter resultados e ser admirada pelos outros. Eu não me importava nem um pouco com a entrada dos irmãos na vida nem se o trabalho da igreja sofresse perdas. Eu vivia em um estado de busca por reputação e status, e meu coração estava em trevas, opressão e dor. Para manter o ritmo, cheguei a pensar em devocionais e reflexões como uma perda de tempo, e eu continuei teimosamente me esforçando no trabalho. Não importava o quanto os outros tentassem me lembrar, eu permanecia indiferente até que fui dispensada. Vi que meu coração havia se tornado totalmente intransigente. Meu desejo por reputação e status era muito grande, fazendo com que eu fosse avessa à verdade e valorizasse a fama, o ganho e o status. A senda que eu estava trilhando era a de um anticristo. Ao perceber isso, tive uma profunda sensação de dívida, e então orei a Deus: “Deus, não quero mais viver de acordo com meu caráter corrupto. Estou disposta a me arrepender a Ti”.

Mais tarde, li mais das palavras de Deus e ganhei algum entendimento sobre a raiz de minha busca constante por reputação e status. Deus Todo-Poderoso diz: “Satanás usa a fama e o ganho para controlar os pensamentos do homem até que tudo em que as pessoas consigam pensar seja fama e ganho. Elas lutam por fama e ganho, passam por dificuldades por fama e ganho, suportam humilhação por fama e ganho, sacrificam tudo o que têm por fama e ganho e farão qualquer julgamento ou tomarão qualquer decisão para o bem de fama e ganho. Dessa forma, Satanás amarra as pessoas com grilhões invisíveis e elas não têm nem a força nem a coragem para se livrar deles. Elas, sem saber, carregam esses grilhões e caminham penosamente sempre adiante com grande dificuldade. Por causa dessa fama e ganho, a humanidade se afasta de Deus e O trai e se torna cada vez mais perversa. Dessa forma, portanto, uma geração após a outra é destruída em meio à fama e ao ganho de Satanás. Olhando agora para as ações de Satanás, seus motivos sinistros não são totalmente detestáveis? Talvez, hoje, vocês ainda não consigam perceber bem os motivos sinistros de Satanás por pensarem que não se pode viver sem fama e ganho. Vocês pensam que, se as pessoas deixarem para trás a fama e o ganho, elas não serão mais capazes de ver o caminho adiante, não serão mais capazes de ver seus objetivos, que seu futuro se tornará escuro, turvo e sombrio. Lentamente, porém, todos vocês reconhecerão um dia que fama e ganho são grilhões imensos que Satanás usa para amarrar o homem. Quando aquele dia vier, você resistirá completamente ao controle de Satanás e resistirá completamente aos grilhões que Satanás usa para amarrá-lo. Quando chegar a hora em que você desejar livrar-se de todas as coisas que Satanás tem incutido em você, você fará uma ruptura clara com Satanás e você detestará verdadeiramente tudo que Satanás trouxe para você. Só então a humanidade terá amor e anseio verdadeiro por Deus” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único VI”). Sob a exposição das palavras de Deus, ganhei algum entendimento sobre os métodos desprezíveis e as intenções perversas de Satanás de corromper as pessoas por meio da fama e do ganho. Ele usa a fama e o ganho para prender e prejudicar as pessoas, fazendo com que elas se distanciem de Deus e O traiam. Olhando para trás, percebi que, desde a infância, eu havia sido influenciada pela educação e pelo condicionamento de Satanás. Aceitei suas filosofias como “um homem deixa seu nome onde quer que passe, assim como um ganso deixa seu grito onde quer que voe” e “o homem luta para subir; a água flui para baixo” como meus lemas orientadores. Meu caráter tornou-se cada vez mais arrogante e, não importava onde estivesse, eu sempre queria ser admirada pelos outros e me recusava a ficar para trás. Lembrei que, quando estava trabalhando antes, ao ver que pessoas da minha idade, que tinham uma formação superior à minha, podiam trabalhar como funcionários de escritório na empresa, enquanto eu, devido à minha baixa escolaridade, apenas podia fazer alguns trabalhos humildes, eu não estava disposta a viver uma vida tão medíocre. Por isso, estudava muito em meu tempo livre, na esperança de um dia obter um diploma sendo autodidata, e de conseguir um bom trabalho para causar uma boa impressão na frente dos outros. Mesmo depois de encontrar Deus, eu ainda vivia de acordo com essas filosofias satânicas para os tratos mundanos. Eu achava que ser uma líder ou supervisora na igreja e ganhar a aprovação e a estima dos irmãos era a única maneira de ter uma vida significativa. Por isso, quando via irmãos sendo promovidos, sentia inveja e ciúme. Eu trabalhava duro nos vídeos, na esperança de conseguir algo rapidamente para que os líderes também me cultivassem. A fim de alcançar minhas ambições e desejos, eu não via problema em fazer com que as irmãs ficassem acordadas até tarde comigo para apressar o progresso, e quando via que minhas irmãs estavam em estados ruins, eu não só não as ajudava como também as menosprezava. Às vezes, eu até ficava com raiva e era rude com elas. Eu era realmente muito egoísta e indiferente. Em minha busca por reputação e status, eu vivia sem nenhuma semelhança humana. Não só machucava os irmãos, como também causava perdas ao trabalho da igreja. Como eu não fazia nenhum trabalho real, só buscava reputação e status e era movida pelo desejo de sucesso rápido, atrasei seriamente o progresso do trabalho de vídeo e acabei sendo dispensada. Percebi que viver de acordo com as filosofias e mentiras de Satanás e buscar proeminência apenas levaria a uma corrupção cada vez maior, à rebeldia e à resistência a Deus. No final, eu só prejudicaria a mim mesma. Olhando para trás agora, senti que minha busca anterior para me destacar e a maneira como me agarrava firmemente à reputação e ao status eram realmente tolas.

Mais tarde, li mais das palavras de Deus e pude aceitar com racionalidade o fato de não ter sido escolhida como supervisora. Deus diz: “Se você acha que é apto a ser líder, que possui talento, calibre e humanidade para a liderança, mas a casa de Deus não o promoveu e os irmãos e irmãs não o elegeram, como você deve tratar o assunto? Existe aqui uma senda de prática que você pode seguir. Você deve conhecer bem a si mesmo. Procure ver se isso se resume ao fato de você ter um problema com sua humanidade ou de que a revelação de algum aspecto de seu caráter corrupto repulsa as pessoas; ou se é que você não possui a verdade realidade e não convence os outros ou se o desempenho de seu dever não está de acordo com o padrão. Você deve refletir sobre todas essas coisas e ver onde, exatamente, você fica aquém das expectativas. […] Se você realmente tiver assumido um fardo, tiver tal senso de responsabilidade e desejar carregar um fardo, apresse-se e treine. Concentre-se na prática da verdade e venha a agir com princípios. Assim que tiver experiência de vida e puder escrever artigos testemunhais, você realmente terá crescido. E se você conseguir dar testemunho de Deus, certamente poderá ganhar a obra do Espírito Santo. Se o Espírito Santo está operando em você, isso significa que Deus olha para você com favor, e com o Espírito Santo guiando você, a sua oportunidade surgirá em breve. Você pode ter um fardo agora, mas a sua estatura é insuficiente e a sua experiência de vida é superficial demais, por isso, mesmo que se tornasse líder, você seria suscetível a cair. Você deve buscar entrada na vida, resolver primeiro os seus desejos extravagantes, ser um seguidor de bom grado e vir a se submeter sinceramente a Deus, sem palavras de queixa por qualquer coisa que Ele orquestre ou arranje. Quando você possuir essa estatura, a sua oportunidade virá. O fato de você desejar assumir um fardo pesado, de você ter esse fardo, é uma coisa boa. Mostra que você tem um coração proativo que busca progredir e que deseja considerar as intenções de Deus e seguir Sua vontade. Isso não é uma ambição, mas um fardo verdadeiro; é a responsabilidade daqueles que buscam a verdade e o objeto da sua busca. Você não tem motivos egoístas e não está em busca de seu próprio bem, mas para dar testemunho de Deus e satisfazê-Lo — isso é o que é mais abençoado por Deus, e Ele fará os arranjos adequados para você. […] A intenção de Deus é ganhar mais pessoas que possam dar testemunho Dele; é aperfeiçoar todos os que O amam e formar o quanto antes um grupo completo de pessoas que são de um só coração e de uma só mente com Ele. Portanto, na casa de Deus, todos os que buscam a verdade têm ótimas perspectivas, e as perspectivas daqueles que sinceramente amam a Deus são ilimitadas. Todos deveriam entender a intenção de Deus. É realmente algo positivo ter esse fardo, e é algo que aqueles com consciência e razão deveriam possuir, mas nem todos serão necessariamente capazes de assumir um fardo pesado. De onde vem essa discrepância? Quaisquer que sejam os seus pontos fortes ou capacidades, e por mais elevado que seja o seu QI, o que é crucial é a sua busca e a senda que você trilha” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (6)”). As palavras de Deus me fizeram entender que a igreja tem princípios para promover e cultivar supervisores para vários itens de trabalho. Não se trata de promover ou cultivar alguém somente porque ele demonstra algum entusiasmo ou tem certos dons. No mínimo, uma pessoa deveria ter um coração correto, deve ter um senso de fardo pelo seu dever e ser capaz de proteger o trabalho da igreja. Também deve possuir certo calibre e ser capaz de resolver problemas reais. Pessoas assim, quando atuam como supervisores, são benéficas para o trabalho e atendem aos critérios de promoção e cultivo. Por exemplo, Chen Bin e Lin Hui conseguiram se tornar supervisores não apenas porque eles eram eficientes em seus deveres, mas também porque tinham um senso de fardo nos deveres, eram capazes de resolver alguns problemas reais e de agir de acordo com os princípios. Se o calibre de uma pessoa for inadequado e ela não proteger o trabalho da igreja e, em vez disso, buscar apenas ganhos pessoais, então essa pessoa, caso selecionada como supervisora, apenas atrasará o trabalho da igreja e prejudicará os irmãos. Do mesmo modo eu, quando estava desempenhando meu dever, sempre buscava reputação e status, e quando meu desejo por status não era satisfeito, eu me tornava negativa, fraca e desempenhava meu dever perfunctoriamente, sem nenhuma preocupação com os interesses da igreja. Os irmãos me escolheram como a líder de equipe, mas não apenas falhei em ajudá-los em sua entrada na vida, como até os levei a violar princípios em seus deveres. Com meu tipo de humanidade, se eu fosse realmente escolhida como supervisora, acabaria na senda de um anticristo e seria eliminada por Deus. Não ter sido selecionada como supervisora era a proteção de Deus para mim. Eu realmente não me conhecia e não tinha consciência de mim mesma. Depois de entender essas coisas, meu coração se encheu de um senso de liberação.

Alguns meses depois, a igreja arranjou para que eu voltasse a fazer vídeos, e fui solicitada ensinar algumas irmãs a fazer vídeos. O líder disse que essas irmãs tinham bom calibre, e que eu poderia me concentrar em cultivá-las, então fui solicitada a dar a elas mais orientações sobre produção de vídeo. Ao ouvir isso, fiquei um pouco chateada. Senti que elas estavam sendo priorizadas para o cultivo, enquanto eu, por melhor que fosse, estava apenas desempenhando um papel de apoio. Quando pensei dessa forma, de repente percebi que meu estado não estava certo. Então procurei as palavras de Deus com relação a essa questão. Li estas palavras de Deus: “Não importa que dever você receba, não importa que dever chegue até você, seja um dever que implique grande responsabilidade ou um dever mais simples, ou mesmo que não seja muito proeminente, se você for capaz de buscar a verdade e tratar o dever de acordo com as verdades princípios, você será capaz de cumprir bem seu dever. Além disso, no processo do desempenho dos deveres, você experimentará graus variados de crescimento em sua entrada na vida e na mudança de caráter. Contudo, se você não buscar a verdade e simplesmente tratar seu dever como empreendimento próprio, uma tarefa sua, ou tratá-lo como preferência sua ou como trabalho pessoal, você terá problemas” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é o desempenho adequado do dever?”). Por meio das palavras de Deus, passei a entender Sua intenção. Não importa que dever eu esteja desempenhando, as coisas mais importantes são me concentrar em minha entrada na vida em meu dever e buscar a verdade para alcançar uma mudança de caráter. Essa é a senda correta para alguém desempenhar o dever. Era difícil conseguir essa oportunidade de desempenhar meu dever, e eu não conseguia mais pensar em minha reputação nem status. Eu tinha de considerar a intenção de Deus, assumir essa responsabilidade e confiar Nele para desempenhar bem meu dever. Depois disso, muitas vezes eu me comuniquei e tive conversas sinceras com as irmãs, e conscientemente analisava as dificuldades que elas encontravam em seus deveres. Também forneci orientação detalhada com base nas deficiências de cada pessoa. As três irmãs progrediram rapidamente em suas habilidades técnicas e, em pouco tempo, elas conseguiram fazer vídeos por conta própria. Agradeci a Deus do fundo do meu coração por Sua orientação.

Seis meses depois, também fui escolhida como supervisora, mas não fiquei convencida por causa da posição. Ao contrário, senti um pesado senso de responsabilidade. O fato de eu ter sido capaz de ter esse conhecimento e experimentar essa transformação foi resultado das palavras de Deus. Graças a Deus!