53. Aprendi a ser responsável no meu dever
Em julho de 2021, fui escolhida como líder da igreja. Eu pensei: “Poder assumir uma responsabilidade tão importante aos mais de sessenta anos é realmente exaltação de Deus”. Resolvi dar o meu melhor nesse dever. Então, mergulhei no dever, participando de reuniões de grupo, resolvendo problemas dos irmãos, e me mantendo ocupada todos os dias. Após um tempo, os diversos aspectos do trabalho da igreja começaram a mostrar algumas melhorias, e fiquei muito feliz. Em agosto do ano seguinte, fui escolhida como pregadora e fiquei responsável pelo trabalho de duas igrejas. Eu pensei: “Já estou ocupada o suficiente com uma igreja, e agora serei responsável por outra. Isso não vai me deixar ainda mais exausta? Meu corpo aguentará seguir assim? Além disso, o trabalho na outra igreja não está dando muito resultado, então terei ainda mais com que me preocupar!”. Após pensar bem, concluí que não queria aceitar esse dever. Eu pensei: “Que desculpa posso usar para recusar? Talvez eu possa dizer que estou velha demais, e que não tenho energia ou força para ser responsável por outra igreja e que o trabalho será atrasado, e então sugerir que encontrem alguém mais jovem”. Mas pensar dessa forma me deixou um pouco inquieta. Eu não estaria apenas me esquivando do meu dever? Com as palavras na ponta da língua, decidi me calar. Então aceitei o dever de pregadora.
Depois disso, cada hora do meu dia era preenchida com arranjos, e às vezes eu até precisava comer correndo e fazer as coisas de qualquer jeito. Em toda essa correria, não pude deixar de pensar: “Já estou velha, será que meu corpo aguenta assim? E se eu desmaiar de exaustão? As duas igrejas têm líderes, e eles são bastante proativos em acompanhar o trabalho. Com a cooperação deles, eu não precisaria acompanhar as coisas tão de perto. Eu deveria descansar mais. Na minha idade, eu deveria tirar tempo para cuidar de mim mesma. Será que ficar tão preocupada o tempo todo não vai me fazer parecer mais velha?”. Com isso em mente, dei um suspiro de alívio, pensando: “Se eu tivesse feito isso antes, não teria ficado tão ocupada. Talvez eu simplesmente não saiba como programar as coisas! Contanto que eu arranje as coisas adequadamente, esse dever não será tão pesado quanto imaginei”. Depois disso, passei a acompanhar menos o trabalho evangelístico e de rega. Quando chegava em casa depois das reuniões, eu não pensava muito no trabalho, acreditando que os líderes da igreja estavam acompanhando. Eu apenas assistia a vídeos de testemunhos experienciais e respondia às perguntas dos irmãos, sentindo-me muito menos pressionada, e pensando em como preparar alimentos saborosos e nutritivos para melhorar minha saúde. Sem eu perceber, um mês se passou. Fui até as igrejas para dar uma olhada no trabalho, só para descobrir que nenhuma das igrejas havia ganhado novos fiéis naquele mês. Fiquei chocada ao ouvir essa notícia, pensando: “O que está acontecendo? Os líderes de igreja têm cooperado bastante, então por que o trabalho evangelístico não obteve nenhum resultado? Meu trabalho como líder de igreja não era tão ineficaz antes!”. Rapidamente, vim para diante de Deus para orar: “Deus, não houve resultados no trabalho evangelístico de nenhuma das igrejas neste mês, e não sei onde está o problema. Por favor, guia-me para eu encontrar a razão disso”. Após orar, percebi que estava vivendo em prol da carne recentemente, pensando apenas em comer bem, beber bem e descansar, sem nenhum senso de fardo em relação ao meu dever. Eu não estava investigando nem resolvendo os problemas do trabalho em tempo hábil, e eu era diretamente responsável pela falta de resultados no trabalho! Então, corri para falar com os líderes de igreja e resumir os motivos. Descobri que, embora os líderes de igreja tivessem implementado o trabalho, eles apenas delegaram tarefas, e não tinham feito nenhum acompanhamento ou supervisão, o que significava que o trabalho não tinha sido totalmente implementado. Isso ficou particularmente evidente no trabalho evangelístico, onde os irmãos viviam tendo dificuldades, e os líderes da igreja viam isso como dificuldades reais e não sabiam como resolvê-las. Após entender a situação, percebi que havia sido negligente em meus deveres, então me abri com eles sobre meu estado recente e comuniquei prontamente aos líderes de igreja como acompanhar o trabalho, não ousando mais adiar.
Mais tarde, li esta passagem das palavras de Deus: “Os líderes e os obreiros deveriam inspecionar ativamente o trabalho de cada equipe, verificar a situação dos membros de cada equipe, se há descrentes ali apenas para fazer número ou descrentes espalhando negatividade e noções para perturbar o trabalho da igreja e, uma vez descobertos, esses indivíduos deveriam ser completamente expostos e removidos. Esse é o trabalho que os líderes e os obreiros deveriam realizar; eles não deveriam ser passivos, não deveriam esperar por ordens e pedidos com insistência do alto para agir, nem deveriam fazer algo apenas quando os irmãos clamarem por isso. Em seu trabalho, líderes e obreiros deveriam considerar as intenções de Deus e ser leais a Ele. O melhor jeito de eles se comportarem é reconhecer e resolver problemas proativamente. Eles não devem permanecer passivos, especialmente quando têm estas palavras e comunhão atuais para usar como base para suas ações. Eles deveriam tomar a iniciativa de resolver os problemas e as dificuldades atuais completamente comunicando a verdade e fazer bem seu trabalho exatamente como deveriam fazê-lo. Deveriam acompanhar o progresso do trabalho pronta e proativamente; eles não podem sempre esperar por ordens e pedidos com insistência do alto para relutantemente entrar em ação. Se os líderes e os obreiros são sempre negativos e passivos e não fazem trabalho real, eles são indignos de servir como líderes e obreiros e deveriam ser dispensados e redesignados. Há muitos líderes e obreiros agora que são muito passivos no trabalho. Eles sempre só fazem um pouco de trabalho depois que o alto envia ordens e os pressiona; caso contrário, eles ficam desleixados e procrastinam. […] Depois que o alto arranja o trabalho, eles ficam ocupados por um tempo, mas depois que esse pouquinho de trabalho é concluído, eles não sabem o que fazer em seguida porque não entendem quais deveres deveriam desempenhar. Eles nunca têm clareza sobre o trabalho que se enquadra no escopo das responsabilidades dos líderes e dos obreiros que eles deveriam realizar; a seu ver, não há trabalho que precise ser feito. O que acontece quando as pessoas não acham que exista algum trabalho a ser feito? (Elas não assumem um fardo.) Falando mais acuradamente, elas não assumem um fardo; elas também são muito preguiçosas e cobiçam conforto, fazem o máximo de pausas possível sempre que podem, e tentam evitar qualquer tarefa adicional. Muitas vezes, essas pessoas preguiçosas pensam: ‘Por que eu deveria me preocupar tanto? A preocupação excessiva só me faz envelhecer mais rápido. Que benefício terei por fazer isso e por ficar correndo tanto por aí e me esgotando tanto? O que acontecerá se eu tiver um esgotamento e ficar doente? Não tenho dinheiro para pagar o tratamento. E quem cuidará de mim quando eu envelhecer?’. Essas pessoas preguiçosas são realmente passivas e retrógradas assim. Elas não têm um pingo da verdade e não conseguem ver nada com clareza. São claramente um monte de pessoas confusas, não são? São todas confusas; são alheias à verdade e não se interessam por ela, como, então, podem ser salvas? Por que as pessoas são sempre indisciplinadas e preguiçosas, como se fossem mortos-vivos? Isso toca na questão de sua natureza. Existe um tipo de preguiça na natureza humana. Não importa que tarefa estejam fazendo, elas sempre precisam que alguém as supervisione e inste. Às vezes, as pessoas dão atenção à carne, cobiçam o conforto físico, e sempre retêm algo para si mesmas — essas pessoas estão cheias de intenções diabólicas e esquemas astutos; são, realmente, pessoas que não prestam nem um pouco. Elas sempre fazem menos do que seu melhor, não importa que dever importante desempenhem. Isso é irresponsável e desleal” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (26)”). Vi que Deus exige que líderes e obreiros acompanhem ativamente o trabalho, resolvam problemas proativamente e garantam a implementação de diversos itens de trabalho. Essa é a responsabilidade de líderes e obreiros. Lembrei-me de quando fui escolhida pela primeira vez como líder de igreja. Eu tinha senso de responsabilidade e fardo para com o meu dever, e também sentia a orientação de Deus ao desempenhar meu dever. Eu conseguia identificar e resolver problemas no trabalho, e me sentia realizada e vivia com um senso de segurança. Depois de me tornar responsável pelo trabalho de duas igrejas, fiquei ocupada todos os dias, e me preocupava que, dada a minha idade, esse nível de esforço pudesse ser demais para o meu corpo, por isso fiquei relutante em desempenhar esse dever. Vendo que os líderes de igreja estavam implementando o trabalho, aproveitei a situação e pensei que, com os líderes trabalhando nas coisas, eu poderia acompanhar menos, e os líderes superiores não saberiam. Apenas me concentrei em comer, beber e cuidar do meu corpo, e, como resultado, depois de um mês, não houve resultados no trabalho evangelístico de nenhuma das igrejas. Eu não havia atrasado o trabalho? Inicialmente, meu calibre era mediano e eu não tinha talentos especiais, e eu realmente não era digna de um dever tão importante. Deus havia me exaltado com a oportunidade de treinar, mas eu não soube valorizar isso. Eu não desempenhei meu dever corretamente, estava sempre considerando e me entregando à minha carne, e havia sido irresponsável em meu dever. Eu era simplesmente preguiçosa e não tinha lealdade alguma. Pensei em Noé, que também era muito velho quando aceitou a comissão de Deus, mas não levou em conta seu corpo nem suas dificuldades. Ele trabalhou diligentemente todos os dias, pregando o evangelho enquanto construía a arca, e não importava o quanto fosse cansativo ou difícil, ele permanecia firme. Ele guardou a comissão de Deus em seu coração, e depois que Deus o instruiu a construir a arca, ele era focado e teve senso de responsabilidade, e apenas fez as coisas como Deus lhe disse. Por fim, ele completou a comissão de Deus e recebeu Sua aprovação. Também pensei em alguns irmãos idosos da igreja, alguns deles têm mais de oitenta anos e ainda pregam o evangelho. Eu tinha apenas sessenta anos e gozava de boa saúde. O escopo das duas igrejas não era grande, e não me deixaria doente ou faria com que desmaiasse de exaustão. Mas eu não estava disposta a suportar nem mesmo aqueles fardos dentro da minha capacidade. Comparada a eles, eu estava realmente envergonhada! Orei a Deus, dizendo: “Deus, sou capaz de desempenhar esse dever graças à Tua exaltação e graça, no entanto, tenho sido negligente e elusiva, e causei danos ao trabalho da igreja. Tenho sido verdadeiramente carente de humanidade! Isso é Tu me revelando e me salvando, e estou disposta a me arrepender. Se eu continuar a me refestelar nos confortos físicos, que Teu castigo e disciplina recaiam sobre mim!”.
Em seguida, busquei as palavras de Deus que eram relevantes com relação ao meu estado de indulgência física. Li duas passagens das palavras de Deus: “A carne do homem é como a cobra: sua substância é prejudicar sua vida — e quando ela consegue completamente o que quer, você entrega sua vida. A carne pertence a Satanás. Nela, sempre há desejos extravagantes; ela só pensa em si mesma, sempre deseja tranquilidade e quer se entregar ao conforto, chafurdar na preguiça e ociosidade e, tendo satisfeito isso até certo ponto, você acabará sendo engolido por ela. Ou seja, se você a satisfizer desta vez, ela pedirá que você a satisfaça de novo na próxima vez. A carne sempre tem desejos extravagantes, novas exigências e aproveita que você cede a ela para fazer com que você a acalente ainda mais e viva entre seus confortos — e se você nunca puder vencê-la, acabará arruinando a si mesmo. Se você pode ganhar vida diante de Deus e qual será o seu desfecho final depende de como você realiza sua rebelião contra a carne. Deus salvou, escolheu e predestinou você, mas se, hoje, você não estiver disposto a satisfazê-Lo, não estiver disposto a praticar a verdade, não estiver disposto a se rebelar contra a própria carne com um coração que verdadeiramente ama a Deus, por fim, você arruinará a si mesmo e assim suportará uma dor extrema. Se você sempre ceder à carne, Satanás gradualmente o engolirá e o deixará sem vida ou sem o toque do Espírito, até que chegue o dia em que você estará completamente escuro por dentro. Quando viver na escuridão, você terá sido levado cativo por Satanás, não terá mais Deus em seu coração e, nesse momento, negará a existência de Deus e O abandonará” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Apenas amando a Deus é que verdadeiramente se crê em Deus”). “Até que as pessoas tenham experimentado a obra de Deus e compreendido a verdade, é a natureza de Satanás que assume o controle e as domina por dentro. […] A filosofia e a lógica de Satanás se tornaram a vida das pessoas. Não importa o que as pessoas busquem, elas o fazem para si mesmas — e assim só vivem para si mesmas. ‘Cada um por si e o demônio pega quem fica por último’ — essa é a filosofia de vida do homem e representa também a natureza humana. Essas palavras já se tornaram a natureza da humanidade corrupta e são o retrato verdadeiro da natureza satânica da humanidade corrupta. Essa natureza satânica já se tornou a base para a existência da humanidade corrupta. Durante vários milênios, a humanidade corrupta viveu segundo esse veneno de Satanás, até o dia atual” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como trilhar a senda de Pedro”). Através da exposição às palavras de Deus, passei a compreender o mal e as consequências de entregar-se à carne. Quanto mais a pessoa se entrega e aprecia a carne, maiores se tornam seus desejos, levando, por fim, à própria ruína. Eu vivia de acordo com estas filosofias satânicas: “cada um por si e o demônio pega quem fica por último”, “a vida é curta. Desfrute enquanto pode”, e “a vida é só questão de comer e se vestir bem”. Elas distorceram meus pensamentos e pontos de vista, levando-me a pensar que a vida não deveria ser cansativa demais, que o conforto carnal e a indulgência física são a verdadeira felicidade e a base de uma boa vida. Tendo a chance, eu só pensava na minha carne. Era assim que eu vivia antes de passar a acreditar em Deus, sentindo que ficar sentada na cama comendo frutas e sementes e assistindo à TV era o epítome de uma vida agradável, por isso eu evitava o trabalho, se possível, e descansava sempre que tinha tempo. Às vezes, eu via pessoas idosas sentadas embaixo de árvores, relaxando e se abanando, e eu sentia muita inveja, desejando poder viver assim algum dia. Depois de acreditar em Deus, eu ficava chateada sempre que o meu dever me deixava ocupada, sempre temendo a adversidade e a exaustão, e não querendo assumir muitas preocupações. Eu era negligente com meu dever e não tinha senso de responsabilidade. Eu era realmente egoísta, desprezível, carente de humanidade e indigna de viver perante Deus! Durante aquele período, comi e bebi bem e cuidei bem do meu corpo, mas atrasei o trabalho da igreja. Isso era fazer o mal! Vi que viver segundo o caráter satânico egoísta e desprezível e focar a indulgência física leva as pessoas a se tornar cada vez mais preguiçosas, a evitar fazer trabalho real, e, por fim, tornar-se falsos líderes e obreiros que são revelados e eliminados. Quando percebi essas coisas, orei a Deus e me arrependi: “Deus, não cumpri bem o meu dever, estou em dívida Contigo e sentido com os irmãos. Agora entendo o dano e as consequências de se entregar à carne, e não desejo mais me entregar a ela e atrasar o trabalho da igreja novamente”.
Depois disso, li outra passagem das palavras de Deus: “Qual é o valor da vida de uma pessoa? É simplesmente se deixar levar por prazeres carnais como comer, beber e entreter-se? (Não, não é.) Então, qual é? Por favor, contem-Me seus pensamentos. (Cumprir o dever de um ser criado, isso é o mínimo que uma pessoa deve alcançar na vida.) Isso está correto. Diga-Me, se as ações e pensamentos diários de uma pessoa por toda a vida dela forem apenas focados em evitar a doença e a morte, em manter seu corpo saudável e livre de doenças, e em lutar por longevidade, esse é o valor que a vida de uma pessoa deveria ter? (Não, não é.) Esse não é o valor que a vida de uma pessoa deveria ter. Então, qual é o valor que a vida de uma pessoa deveria ter? Ainda agora, alguém mencionou cumprir o dever de um ser criado, que é um aspecto específico. Há mais alguma coisa? Contem-Me as aspirações que vocês normalmente têm enquanto oram ou estabelecem resolução. (Submeter-nos aos arranjos e orquestrações que Deus fez para nós.) (Desempenhar bem o papel que Deus atribuiu a nós e cumprir nossa missão e responsabilidade.) Algo mais? Sob um aspecto, trata-se de cumprir o dever de um ser criado. Sob outro aspecto, trata-se de fazer o melhor que puder dentro de sua habilidade e capacidade, pelo menos alcançar um ponto em que sua consciência não o acuse, em que você possa estar em paz com sua consciência e ser comprovadamente aceitável aos olhos dos outros. Dando um passo adiante, por toda a sua vida, independentemente da família em que nasceu, de sua formação acadêmica ou de seu calibre, você deve ter alguns entendimentos dos princípios que as pessoas devem compreender na vida. Por exemplo, que tipo de senda as pessoas deveriam trilhar, como elas deveriam viver e como levar uma vida significativa, você deve ao menos explorar um pouco do verdadeiro valor da vida. Essa vida não pode ser vivida em vão, e não se pode vir a esta terra em vão. Sob outro aspecto, durante seu tempo de vida, você deve cumprir sua missão; isso é o mais importante. Não falaremos sobre concluir uma grande missão, dever ou responsabilidade, mas, no mínimo, você deve realizar algo. […] Quando uma pessoa vem a este mundo, não é para o deleite da carne, nem para comer, beber e se divertir. Não se deve viver para essas coisas; esse não é o valor da vida humana, nem é a senda correta. O valor da vida humana e a senda correta a seguir envolvem realizar algo valioso e concluir um ou múltiplos trabalhos de valor. Isso não é chamado de carreira; é chamado de senda correta, e também é chamado de tarefa apropriada. Diga-Me, vale a pena para uma pessoa pagar o preço a fim de concluir algum trabalho de valor, levar uma vida significativa e valiosa e buscar e obter a verdade? Se você deseja verdadeiramente buscar um entendimento da verdade, enveredar pela senda correta na vida, cumprir bem o seu dever e levar uma vida significativa e valiosa, então você não hesitará em dar toda a sua energia, pagar todos os preços e dar todo o seu tempo e a extensão de seus dias. Se você experienciar alguma doença durante esse período, isso não importará, ela não o esmagará. Isso não é muito superior a uma vida inteira de tranquilidade, liberdade e ociosidade, nutrindo o corpo físico a ponto de deixá-lo bem nutrido e saudável e alcançando por fim a longevidade? (Sim.) Qual dessas duas opções é uma vida valiosa? Qual delas pode trazer conforto e ausência de arrependimentos para as pessoas quando elas se depararem com a morte bem lá no final? (Levar uma vida significativa.) Levar uma vida significativa. Isso significa que, em seu coração, você terá ganhado algo e será confortado. O que dizer sobre aqueles que são bem nutridos e mantêm a pele rosada até a morte? Eles não buscam uma vida significativa, então como se sentem quando morrem? (Como se tivessem vivido em vão.) Estas três palavras são incisivas: viver em vão” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (6)”). Das palavras de Deus, entendi que somente cumprindo o dever de um ser criado é possível viver uma vida valiosa e significativa. Essa também é a escolha mais correta. Eu havia cuidado bem de mim mesma, mas não estava desempenhando bem meu dever. Eu não estava apenas desperdiçando minha vida dessa forma? Quando chegar o dia de encarar minha morte, só me restarão arrependimentos e remorso. Assim como as pessoas seculares, que, apesar de desfrutarem de mais prazeres físicos e viverem confortavelmente, não entendem o valor ou o significado da vida e vivem sem direção ou propósito. Eu havia encontrado a senda certa na vida e sabia como viver, e não queria mais viver em prol da minha carne daquela maneira. Eu queria desempenhar bem o meu dever, ter uma vida valiosa e significativa e não viver minha vida em vão. Na verdade, ao treinar nos deveres de líder e pregadora e ao me comunicar mais com os irmãos para implementar o trabalho, ganhei uma compreensão mais clara de verdades que antes não conseguia entender. Embora houvesse alguma exaustão física e adversidade, não parecia que eu estava sofrendo muito, e ser capaz de dar o meu melhor em meu dever me fazia sentir alicerçada e realizada. Por meio da colaboração real e da confiança em Deus, muitas dificuldades foram resolvidas sem que eu sequer percebesse, e com o desempenho do meu dever também produzindo resultados, a alegria veio ao meu coração. Somente rebelando-me contra a minha carne e fazendo trabalho real, meu coração poderia se encher de alegria e ter um verdadeiro senso de estabilidade e paz. Quando entendi essas coisas, meu coração se sentiu mais luminoso e alicerçado.
Li outra passagem das palavras de Deus: “Não importa que trabalho importante um líder ou obreiro faça e qual seja a natureza desse trabalho, sua prioridade absoluta é entender e captar como o trabalho está indo. Ele deve estar no local, em pessoa, para acompanhar as coisas e fazer perguntas, obtendo informações de primeira mão. Não pode simplesmente confiar em boatos ou escutar os relatos de outras pessoas. Em vez disso, deve observar com os próprios olhos a situação do pessoal e como o trabalho está progredindo e entender quais dificuldades existem, se alguma área está contrariando as exigências do alto, se existem violações dos princípios, se existem perturbações ou interrupções, se existe falta de equipamento necessário ou de recursos instrucionais relacionados no que diz respeito ao trabalho profissional — ele deve estar a par de tudo isso. Não importam quantos relatos ouça ou quanto capte de boatos, nada disso supera uma visita pessoal; é mais preciso e confiável que veja as coisas com os próprios olhos. Uma vez que tenha se familiarizado com todos os aspectos da situação, ele terá uma boa ideia daquilo que está acontecendo. Sobretudo, ele deve ter um entendimento claro e preciso de quem tem bom calibre e é digno de ser cultivado, pois só isso lhe permite cultivar e usar as pessoas acuradamente, o que é crucial se os líderes e obreiros quiserem fazer bem seu trabalho. Líderes e obreiros deveriam ter uma senda e princípios para cultivar e treinar pessoas de calibre bom. Além disso, deveriam ter uma compreensão e um entendimento dos vários tipos de problemas e dificuldades que existem no trabalho da igreja e saber como resolvê-los, também deveriam ter ideias e sugestões próprias sobre como o trabalho deve progredir ou suas expectativas futuras. Se eles forem capazes de falar com clareza sobre tais coisas até de olhos fechados, sem qualquer dúvida ou receio, será muito mais fácil executar o trabalho. E ao trabalhar desse modo, o líder estará cumprindo suas responsabilidades, não estará? Eles devem estar bem cientes de como resolver os problemas mencionados acima no trabalho e devem ponderar com frequência sobre essas coisas. Quando encontram dificuldades, devem se comunicar e discutir esses assuntos com todos, buscando a verdade para resolver os problemas. Ao fazer trabalho real com os dois pés plantados firmemente no chão dessa maneira, não haverá dificuldades que não possam ser resolvidas” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (4)”). Das palavras de Deus, entendi que um líder realmente bom lida com o trabalho da casa de Deus de forma conscienciosa e responsável, não se entrega à carne, prioriza os interesses da casa de Deus em todas as coisas e desempenha seus deveres de acordo com os arranjos de trabalho. Sempre que surgem dificuldades em uma tarefa, ele busca a verdade com os irmãos para resolvê-las. Enquanto líder e obreiro, para fazer um bom trabalho, é preciso ir, de fato, em campo, examinar e acompanhar o trabalho em detalhes, e descobrir e resolver os problemas prontamente, ao invés de apenas emitir ordens ou ouvir relatórios. Esse tipo de abordagem não trará bons resultados. Pensei em como havia desempenhado meu dever, entregando-me à carne e apenas fazendo o básico, sem analisar detalhes ou resolver problemas, mesmo quando os identificava. Eu não estava cumprindo as responsabilidades de líder, e era apenas uma falsa líder que desfrutava dos benefícios do status, fazendo com que Deus me odiasse e detestasse. Depois disso, comecei a passar tempo em campo, examinando e resolvendo problemas, analisando em detalhes as dificuldades de receptores potenciais do evangelho e comunicando soluções. Após um período de colaboração, os resultados de vários itens do trabalho da igreja melhoraram um pouco.
Mais tarde, assumi a responsabilidade por várias outras igrejas, concentrando-me principalmente no trabalho evangelístico, e ficava ocupada de manhã cedo até tarde da noite quase todos os dias. Às vezes eu pensava: “Estou ficando velha e minha pressão arterial está um pouco alta, será que meu corpo aguentará se continuar assim?”. Ao ver que os diáconos evangelistas e os líderes de grupo estavam colaborando, não quis mais acompanhar os detalhes, para que eu pudesse poupar minha carne de ficar tão exausta. Nesse momento, lembrei-me destas palavras de Deus: “Com seu dever e o que é seu para fazer, e, mais importante que isso, com a comissão dada por Deus e sua obrigação, bem como um trabalho importante que vai além de seu dever, mas que precisa de você para fazê-lo, o trabalho que é arranjado para você e que você é chamado pelo nome a fazer — você deveria pagar o preço, por mais difícil que seja. Mesmo que você precise se aplicar ao máximo, mesmo que a perseguição deva surgir e mesmo que isso coloque sua vida em risco, você não deve se ressentir do custo, mas oferecer sua lealdade e se submeter até a morte. É assim que a busca da verdade se manifesta na realidade, seu dispêndio real e sua prática real” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Por que o homem deve buscar a verdade”). Orei a Deus em meu coração: “Deus, estou tentada a me entregar à minha carne novamente, e sei que, se fizer meu dever dessa maneira, isso atrasará o trabalho. Não quero atender à minha carne, e estou disposta a me esforçar para atender a Tuas exigências e padrões e fazer todo o meu esforço. Por favor, guia-me!”. Então, eu me juntei, e, junto com os irmãos, comuniquei e discuti os problemas no trabalho evangelístico em detalhes. Com todos colaborando com um só coração e uma só mente, os resultados do trabalho evangelístico tiveram um aumento notável em comparação com o mês anterior. Quando parei de pensar em meus interesses carnais e dediquei meu coração ao meu dever, não me senti tão cansada, e senti satisfação e alegria em meu coração. Graças a Deus por Sua orientação!