36. As palavras de Deus me libertaram do sentimento de repressão
Em maio de 2021, fui eleita líder da igreja, e fui a principal responsável pelo trabalho evangelístico e de rega. Cada tarefa exigia acompanhamento e supervisão minuciosos, e, às vezes, a liderança superior fazia arranjos detalhados para cada tarefa, e elas precisavam ser implementadas prontamente. Se o trabalho não obtivesse bons resultados, muitas vezes eu tinha de analisar os problemas e buscar as verdades princípios para resolvê-los. No início, havia muitas coisas que eu não sabia sobre esse dever, por isso tive de dedicar muito tempo para me familiarizar com elas. Senti muita pressão, mas também sabia que o fato de ser capaz de desempenhar esse dever era a exaltação e a graça de Deus para mim, portanto eu tinha de cooperar adequadamente. Cerca de dois meses depois, uma irmã com quem eu fazia parceria foi transferida, deixando apenas eu e a irmã Wang Jing para cuidar do trabalho da igreja. A carga de trabalho que costumava ser dividida entre três pessoas agora recaía apenas sobre nós duas, o que tornava o trabalho ainda mais intenso. Às vezes, justamente quando eu conseguia terminar minhas tarefas e queria relaxar, chegavam mais cartas que precisavam de uma resposta. Sempre havia trabalho a ser feito. Com o passar do tempo, comecei a me sentir exausta e a torcer para que a carga de trabalho diminuísse um pouco para que eu pudesse relaxar. Às vezes, depois de terminar tarefas externas, eu não tinha vontade de voltar rápido, e queria ficar fora um pouco mais para espairecer. Vi que tudo o que a irmã de nossa casa anfitriã tinha que fazer era cozinhar três refeições por dia, e então ela podia descansar e ler as palavras de Deus em seu tempo livre. Fiquei com muita inveja, e senti falta da época em que meu dever era uma tarefa única e eu tinha tempo para relaxar. Agora, a carga de trabalho era tão grande que, sempre que eu abria os olhos todos os dias, parecia que o trabalho já estava me encarando. Eu achava que viver dessa forma era muito difícil! Eu parecia estar desempenhando meu dever, mas, por dentro, estava cheia de resistência. Ao responder às perguntas dos meus irmãos, eu sentia que estava cumprindo tarefas como se fossem obrigações, e não me preocupava em pensar numa forma de obter melhores resultados. Eu só queria fazer as coisas rapidamente para poder descansar e relaxar. Quando havia muitas perguntas, eu ficava irritada e queria perder a paciência. Eu me sentia muito reprimida.
Certa vez, fui para casa cuidar de alguns assuntos, e, assim que cheguei, senti como se todos os meus fardos tivessem sido tirados. Não havia trabalho e eu podia fazer o que quisesse. Era tão confortável viver dessa forma! Bastava um dia para eu terminar tudo o que eu precisava fazer, mas acabei ficando por dois dias. Senti-me culpada, pois sabia que deveria ter voltado logo após terminar minhas tarefas, mas depois pensei que, como era raro eu voltar para casa, talvez eu pudesse ficar mais um dia para relaxar um pouco! Mais tarde, a irmã Wang Jing me pediu para voltar logo para cuidar de um trabalho, então não tive escolha a não ser voltar. Como sempre fui passiva e negativa em meu dever de liderança, meu estado só piorava, e eu não estava obtendo nenhum resultado em meu dever. Mesmo com a comunhão e a ajuda de meus líderes, eu não mudei e, por fim, fui dispensada. Naquela época, não refleti sobre mim mesma. Só mais tarde, quando estava desempenhando o dever de rega, encontrei uma irmã que eu já conhecia e fiquei um tanto comovida. Essa irmã havia treinado como líder por mais de um ano, tinha progredido rapidamente, e sua comunhão nas reuniões era muito prática. Vi que, embora a liderança envolvesse muitas preocupações, dificuldades e exaustão, sua vida progredia rapidamente. Mas, quanto a mim, continuei resistindo ao meu dever de liderança, e permiti que minha carne relaxasse e se sentisse confortável. Mas o que eu ganhava com isso? Se eu não mudasse essa visão de minha busca, em que sempre dava ouvidos à minha carne e temia as dificuldades e a exaustão, então, não importava quantos anos eu continuasse a crer em Deus, minha vida nunca progrediria. Pensando nisso, fiquei me perguntando: “Por que exatamente eu creio em Deus? O que realmente quero de minha fé Nele? Devo continuar seguindo esse caminho? Se eu puder me rebelar contra minha carne, suportar dificuldades, pagar um preço e desempenhar meu dever de todo o coração, não ganharei mais verdades?”.
Mais tarde, li que as palavras de Deus dizem: “Algumas pessoas são sempre superficiais e encontram maneiras de relaxar enquanto desempenham seus deveres. Às vezes, o trabalho da igreja exige pressa, no entanto, elas só desejam fazer o que quiserem. Se não se sentirem muito bem fisicamente ou se ficarem de mau humor e desanimadas por alguns dias, elas estarão relutantes em suportar dificuldade e pagar um preço para fazer o trabalho da igreja. Elas são especialmente preguiçosas e cobiçosas de conforto. Quando lhes faltar motivação, seu corpo ficará lento e elas ficarão indispostas para se mover, mas temem ser podadas pelos líderes e ser chamadas de preguiçosas pelos irmãos e irmãs, então não há nada que possam fazer exceto desempenhar relutantemente a obra com todos os demais. Elas, contudo, se sentirão muito indispostas, infelizes e relutantes em relação a isso. Elas se sentirão injustiçadas, lesadas, irritadas e exaustas. Elas querem agir com base na própria vontade, mas não ousam contrariar ou romper com os requisitos e estipulações da casa de Deus. Como resultado, uma emoção começa a emergir dentro delas com o tempo: a repressão. Uma vez que essa emoção repressiva se enraíze nelas, elas começarão a parecer gradualmente indiferentes e fracas. Como uma máquina, elas não mais terão um entendimento claro do que estiverem fazendo, mas ainda farão tudo o que lhes pedirem para fazer todos os dias, da maneira que lhes disserem para fazer. Embora aparentemente continuem a realizar suas tarefas sem parar, sem pausar, sem se afastar do ambiente onde desempenham seus deveres, no coração, elas se sentirão reprimidas e pensarão que a vida é cansativa e repleta de repressão. Seu maior desejo, no momento, é um dia não ser mais controlado pelos outros, não ser mais restringido pelas estipulações da casa de Deus e ser liberto dos arranjos da casa de Deus. Elas desejam fazer o que quiserem, quando quiserem, trabalhando um pouco, caso se sintam bem, e não trabalhando, caso não se sintam bem. Elas almejam ficar livres de qualquer culpa, de ser podadas, e de qualquer pessoa que as supervisione, monitore ou esteja encarregado delas. Elas acham que, quando esse dia chegar será um ótimo dia, e que elas se sentirão muito livres e liberadas. No entanto, elas ainda não estão dispostas a partir ou desistir; elas têm medo de que, se não desempenharem seus deveres, se realmente fizerem o que quiserem e forem livres e liberadas um dia, então elas naturalmente se afastarão de Deus, e elas têm medo de que, se Deus não as quiser mais, elas não serão capazes de ganhar qualquer bênção. Algumas pessoas se encontram em um dilema: se tentarem se queixar a seus irmãos e irmãs, acharão difícil se manifestar; se se voltarem a Deus em oração, elas se sentirão incapazes de abrir a boca; se reclamarem, sentirão que elas mesmas são culpadas; se não reclamarem, se sentirão pouco à vontade. Elas se perguntam por que sua vida parece tão repleta de repressão tão contrária à própria vontade, tão cansativa. Elas não querem viver dessa maneira, não querem estar em uníssono com todos os demais, elas desejam fazer o que quiserem, como quiserem, e elas se perguntam por que são incapazes de realizar isso. Elas costumavam sentir que estavam apenas fisicamente exaustas, mas agora seu coração se sente cansado também. Elas não entendem o que está acontecendo com elas. Digam-Me, isso não é causado por emoções repressivas? (É.)” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (5)”). Depois de ler as palavras de Deus, finalmente entendi que a razão pela qual eu me sentia tão reprimida e sofrida em meu dever de liderança não era porque o dever era trabalhoso ou exaustivo, mas porque minha mentalidade estava errada. Eu buscava constantemente o conforto e os prazeres carnais, então, quando o dever me deixava um pouco ocupada ou cansada, e minha carne não ficava satisfeita, eu me sentia reprimida e sofria. Principalmente depois que minha irmã parceira foi transferida, a carga aumentou, e sempre havia trabalho a ser feito todos os dias, por isso eu ficava irritada e queria repreender e atacar os outros. Cheguei a invejar a irmã da nossa casa anfitriã por ter um dever tão leve e fácil. Percebi que o que eu buscava não era o desempenho adequado de meu dever, mas sim o conforto físico. Eu estava constantemente mergulhada em emoções repressivas, tratava meu dever de forma desrespeitosa, não tinha senso de responsabilidade e não era nem um pouco confiável. Eu realmente tinha feito Deus me detestar!
Li outra passagem das palavras de Deus que me deu algum entendimento da raiz da minha busca pelo conforto carnal. Deus Todo-Poderoso diz: “Até que as pessoas tenham experimentado a obra de Deus e compreendido a verdade, é a natureza de Satanás que assume o controle e as domina por dentro. O que, especificamente, essa natureza acarreta? Por exemplo, por que você é egoísta? Por que protege a própria posição? Por que você tem sentimentos tão fortes? Por que aprecia aquelas coisas injustas? Por que gosta daqueles males? Qual é a base para sua afeição por tais coisas? De onde vêm essas coisas? Por que você fica tão feliz em aceitá-las? A esta altura, vocês todos vieram a entender que a razão principal por trás de todas essas coisas é que o veneno de Satanás está dentro do homem. Então, qual é o veneno de Satanás? Como isso pode ser expresso? Por exemplo, se você pergunta: ‘Como as pessoas deveriam viver? Para que deveriam viver?’, as pessoas responderão: ‘Cada um por si e o demônio pega quem fica por último’. Esse simples provérbio expressa a raiz exata do problema. A filosofia e a lógica de Satanás se tornaram a vida das pessoas. Não importa o que as pessoas busquem, elas o fazem para si mesmas — e assim só vivem para si mesmas. ‘Cada um por si e o demônio pega quem fica por último’ — essa é a filosofia de vida do homem e representa também a natureza humana. Essas palavras já se tornaram a natureza da humanidade corrupta e são o retrato verdadeiro da natureza satânica da humanidade corrupta. Essa natureza satânica já se tornou a base para a existência da humanidade corrupta. Durante vários milênios, a humanidade corrupta viveu segundo esse veneno de Satanás, até o dia atual” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como trilhar a senda de Pedro”). A partir da exposição das palavras de Deus, compreendi que minha decadência e degeneração decorriam do fato de eu sempre viver de acordo com venenos satânicos como “cada um por si e o demônio pega quem fica por último”, “a vida é só questão de comer e se vestir bem” e “a vida é curta. Desfrute enquanto pode”. Eu dava importância excessiva ao prazer físico, achando que a vida era curta, por isso tinha de me tratar bem e não deixar meu corpo passar por nenhuma dificuldade. Lembrei-me de meus exames de admissão à universidade. Enquanto os outros estudavam até tarde da noite e trabalhavam duro, eu achava o ritmo acelerado e exaustivo demais, por isso nunca ficava acordada até tarde para estudar. Para mim, tudo estava bem desde que minhas notas não caíssem. Depois que vim para a igreja para desempenhar meu dever, continuei a viver com essa mentalidade. Quando meu dever de liderança exigia que eu sofresse e pagasse um preço, e eu não podia me refestelar no conforto físico, eu me sentia muito reprimida e abatida. Minha mente se enchia de pensamentos sobre como não me cansar e como colocar meus interesses físicos em primeiro lugar, e eu ignorava completamente minhas responsabilidades e meus deveres. Embora tivesse assumido um dever tão importante, eu não estava pensando em como obter bons resultados em cada tarefa nem em como cumprir minhas responsabilidades. Eu só pensava em meu próprio conforto e saciava meus desejos carnais. Sentia-me infeliz sempre que havia alguma dificuldade extra, e queria fugir dela. Vi que eu tinha sido incrivelmente egoísta e desprezível, e completamente desprovida de consciência ou razão. Na verdade, pensando bem, embora meu corpo tenha encontrado conforto temporário, eu não havia ganhado nenhuma verdade nem desempenhado meu dever, e não tinha nenhuma integridade e dignidade. Viver assim não tinha nenhum significado ou valor. Refletindo sobre isso, eu realmente me odiei, senti-me profundamente em dívida com Deus, e não queria mais viver assim.
Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus que realmente me comoveu. Deus Todo-Poderoso diz: “Como são as pessoas que fazem bem seu trabalho? Elas são pessoas que consideram suas necessidades básicas como alimento, vestuário, abrigo e transporte de maneira simples. Contanto que essas coisas estejam dentro de um padrão normal, isso é suficiente para elas. Elas se importam mais com sua senda na vida, sua missão como seres humanos, sua perspectiva e valores de vida. O que pessoas pouco promissoras ponderam o dia todo? Elas estão sempre ponderando como relaxar, como enganar para que possam esquivar-se de responsabilidade, como comer bem e se divertir, como viver em comodidade e conforto físicos, sem considerar as questões corretas. Portanto, elas se sentem reprimidas no contexto e no ambiente do desempenho de seus deveres na casa de Deus. A casa de Deus exige que as pessoas adquiram certo conhecimento comum e profissional que se relacione com seus deveres, para que elas possam realizá-los melhor. A casa de Deus exige que as pessoas comam e bebam as palavras de Deus frequentemente para que elas possam ganhar um entendimento melhor da verdade, entrar na verdade realidade e saber quais são os princípios de toda ação. Todas essas coisas que a casa de Deus comunica e menciona se referem a tópicos, questões práticas e assim por diante, que estão no escopo da vida das pessoas e do desempenho de seus deveres, e se destinam a ajudar as pessoas a fazerem bem seu trabalho e trilhar a senda certa. Esses indivíduos que não fazem bem seu trabalho e que fazem o que quiserem não desejam fazer essas coisas adequadamente. O objetivo máximo que eles desejam alcançar fazendo o que quiserem é conforto físico, prazer e comodidade, e não ser restringidos nem lesados de forma alguma. É ser capazes de comer o suficiente daquilo que quiserem e fazer o que quiserem. É por causa da qualidade de sua humanidade e de suas buscas interiores que eles muitas vezes se sentem reprimidos. Não importa como você lhes comunique a verdade, eles não mudarão e a repressão deles não será resolvida. Eles são pessoas desse tipo; eles são simplesmente coisas que não fazem bem seu trabalho. Embora na superfície eles não pareçam ter cometido nenhum grande mal nem ser pessoas más, e embora eles pareçam ter apenas falhado em preservar os princípios e regulamentos, na realidade, sua natureza essência é que eles não fazem bem seu trabalho nem seguem a senda certa. Pessoas assim carecem de consciência e razão da humanidade normal e não podem alcançar a inteligência da humanidade normal. […] Na sociedade, quem são as pessoas que não fazem seu devido trabalho? Elas são as preguiçosas, as tolas, as folgadas, as arruaceiras, as malfeitoras e as vadias — pessoas assim. Elas não desejam aprender nenhuma nova habilidade ou aptidão e não querem buscar carreiras sérias ou encontrar um emprego para que possam sobreviver. Elas são os preguiçosos e vadios da sociedade. Elas se infiltram na igreja e depois querem conseguir algo sem o mínimo esforço e obter sua cota de bênçãos. Elas são oportunistas. Essas oportunistas nunca estão dispostas a desempenhar seus deveres. Se as coisas não saem do seu jeito, ainda que ligeiramente, elas se sentem reprimidas. Elas sempre desejam viver livremente, não querem desempenhar nenhum tipo de trabalho, e mesmo assim ainda querem comer boa comida e usar roupas bonitas, comer o que quiserem e dormir sempre que desejarem. Elas pensam que quando um dia como esse vier, certamente será maravilhoso. Elas não querem aguentar nem mesmo um pouquinho de dificuldade e desejam uma vida de prazer. Essas pessoas até acham que viver é cansativo; elas estão presas por emoções negativas. Elas muitas vezes se sentem cansadas e confusas porque não podem fazer o que quiserem. Elas não querem fazer bem seu trabalho nem lidar com os próprios assuntos. Elas não querem se manter em um trabalho e fazê-lo constantemente do começo ao fim, tratando-o como a própria profissão e dever, como sua obrigação e responsabilidade; elas não querem terminá-lo e alcançar resultados, nem o fazer no melhor padrão possível. Elas nunca pensaram desse modo. Elas só querem agir de maneira superficial e usar seu dever como meio de ganhar a vida. Quando elas enfrentam um pouco de pressão ou alguma forma de controle, ou quando se cobra delas um padrão ligeiramente mais alto ou se faz com que assumam um pouco de responsabilidade, elas se sentem incomodadas e reprimidas. Essas emoções negativas surgem dentro delas, elas sentem que viver é cansativo e ficam infelizes. Uma razão fundamental por que sentem que viver é cansativo é que as pessoas assim carecem de razão. Sua razão está prejudicada, elas passam o dia todo entregando-se a fantasias, vivendo em um sonho, nas nuvens, sempre imaginando as coisas mais loucas. É por isso que a repressão delas é muito difícil de se resolver. Elas não estão interessadas na verdade, elas são descrentes. A única coisa que podemos fazer é pedir a elas que deixem a casa de Deus, que voltem para o mundo e encontrem seu lugar de comodidade e conforto” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (5)”). Quando li as palavras de Deus falando sobre aqueles “que não fazem bem seu trabalho” ou que são “preguiçosos” e “folgados”, senti uma dor pungente e uma angústia profunda. Os preguiçosos e os folgados são as pessoas mais baixas e degeneradas. Eles passam seus dias comendo, bebendo e se divertindo e não têm objetivos sérios. Não são confiáveis em nada do que fazem, são inconsistentes e não têm senso de responsabilidade. Eu não era diferente dos folgados em minha busca. Como líder, meus pensamentos diários não se concentravam em como desempenhar bem meus deveres ou assumir minhas responsabilidades. Em vez disso, eu estava sempre pensando em como proporcionar conforto e facilidade à minha carne, e, diante da menor dificuldade, eu resistia e me sentia insatisfeita. Eu tratava meu dever como um estorvo e nem sequer considerava minhas tarefas apropriadas. Vi que eu não era digna de confiança e não tinha um coração temente a Deus. Até mesmo os não crentes acreditam em “sem dor, sem ganho” e que, para sobreviver, é preciso passar por dificuldades e pagar um preço. No entanto, eu não conseguia suportar nenhum sofrimento e reclamava ao menor desconforto. Eu não era totalmente inútil? Se eu não mudasse essa mentalidade degenerada e continuasse evitando o trabalho que me cabia fazer, eu acabaria sendo eliminada. Deus salva aqueles que creem sinceramente Nele, buscam a verdade e desempenham seus deveres com responsabilidade. Essas pessoas se concentram em seus próprios assuntos e ocupam-se de seus devidos deveres, e mesmo que estes lhes causem sofrimento ou fadiga, elas não reclamam e os desempenham de todo o coração. Daquele momento em diante, eu quis ser uma pessoa que dá atenção a seus deveres adequados.
Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus e encontrei uma senda de prática. Deus Todo-Poderoso diz: “Qual é o valor da vida de uma pessoa? É simplesmente se deixar levar por prazeres carnais como comer, beber e entreter-se? (Não, não é.) Então, qual é? […] Sob um aspecto, trata-se de cumprir o dever de um ser criado. Sob outro aspecto, trata-se de fazer o melhor que puder dentro de sua habilidade e capacidade, pelo menos alcançar um ponto em que sua consciência não o acuse, em que você possa estar em paz com sua consciência e ser comprovadamente aceitável aos olhos dos outros. Dando um passo adiante, por toda a sua vida, independentemente da família em que nasceu, de sua formação acadêmica ou de seu calibre, você deve ter alguns entendimentos dos princípios que as pessoas devem compreender na vida. Por exemplo, que tipo de senda as pessoas deveriam trilhar, como elas deveriam viver e como levar uma vida significativa, você deve ao menos explorar um pouco do verdadeiro valor da vida. Essa vida não pode ser vivida em vão, e não se pode vir a esta terra em vão. Sob outro aspecto, durante seu tempo de vida, você deve cumprir sua missão; isso é o mais importante. Não falaremos sobre concluir uma grande missão, dever ou responsabilidade, mas, no mínimo, você deve realizar algo. […] O valor da vida humana e a senda correta a seguir envolvem realizar algo valioso e concluir um ou múltiplos trabalhos de valor. Isso não é chamado de carreira; é chamado de senda correta, e também é chamado de tarefa apropriada. Diga-Me, vale a pena para uma pessoa pagar o preço a fim de concluir algum trabalho de valor, levar uma vida significativa e valiosa e buscar e obter a verdade? Se você deseja verdadeiramente buscar um entendimento da verdade, enveredar pela senda correta na vida, cumprir bem o seu dever e levar uma vida significativa e valiosa, então você não hesitará em dar toda a sua energia, pagar todos os preços e dar todo o seu tempo e a extensão de seus dias. Se você experienciar alguma doença durante esse período, isso não importará, ela não o esmagará. Isso não é muito superior a uma vida inteira de tranquilidade, liberdade e ociosidade, nutrindo o corpo físico a ponto de deixá-lo bem nutrido e saudável e alcançando por fim a longevidade? (Sim.) Qual dessas duas opções é uma vida valiosa? Qual delas pode trazer conforto e ausência de arrependimentos para as pessoas quando elas se depararem com a morte bem lá no final? (Levar uma vida significativa.) Levar uma vida significativa. Isso significa que, em seu coração, você terá ganhado algo e será confortado” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (6)”). Depois de ler as palavras de Deus, entendi o que as pessoas devem buscar para ter uma vida significativa e valiosa. A vida é muito curta, portanto devemos fazer coisas significativas neste tempo limitado. Buscar a verdade e cumprir nossos deveres são as únicas maneiras de evitar viver em vão. Quando a obra de Deus estiver concluída, não teremos arrependimentos nem sentimentos de dívida, e nosso coração se sentirá tranquilo e em paz. Refleti sobre como eu costumava viver para a minha carne. Até mesmo a menor dificuldade ou exaustão em meus deveres fazia com que eu me sentisse reprimida, resistente e insatisfeita. Eu vivia sem nenhuma semelhança humana e não estava desempenhando bem meus deveres. Tudo o que eu deixava em meu caminho eram sentimentos de culpa e dívida, e, no final, não ganhei nenhuma verdade. Eu estava realmente perdendo meu tempo! Pensei comigo mesma: “Não posso continuar vivendo tão sem rumo. É uma sorte que eu tenha a oportunidade de aceitar a obra de Deus dos últimos dias. Essa é a graça e a exaltação de Deus, e devo assumir minhas responsabilidades, aprender a me rebelar contra minha carne e me tornar uma pessoa que dá atenção a seus deveres adequados”. Com esses pensamentos em mente, meu coração ficou muito luminoso, e eu sabia o que buscar dali em diante.
Mais tarde, fui eleita novamente como líder de igreja e me senti muito grata. Também valorizei essa oportunidade e quis desempenhar meus deveres adequadamente. Depois que me tornei líder, havia muito trabalho a fazer todos os dias, e quando havia tarefas demais para lidar em meus deveres, eu ainda revelava pensamentos de consideração pela minha carne e não queria pensar profundamente sobre as coisas, mas então me lembrei das palavras de Deus: “Vale a pena para uma pessoa pagar o preço a fim de concluir algum trabalho de valor, levar uma vida significativa e valiosa e buscar e obter a verdade? Se você deseja verdadeiramente buscar um entendimento da verdade, enveredar pela senda correta na vida, cumprir bem o seu dever e levar uma vida significativa e valiosa, então você não hesitará em dar toda a sua energia, pagar todos os preços e dar todo o seu tempo e a extensão de seus dias. Se você experienciar alguma doença durante esse período, isso não importará, ela não o esmagará” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (6)”). As palavras de Deus me deram fé e força, e eu sabia que não poderia mais ser perfunctória em meus deveres apenas para satisfazer minha carne, e que o conforto físico era apenas temporário. Sabia também que não colocar todo o meu esforço em meus deveres me deixaria arrependida e com sentimentos de dívida, e essas eram coisas que nunca poderiam ser apagadas. Então, orei a Deus para me rebelar contra mim mesma, o que permitiu que meu coração ficasse mais em paz e me ajudou a cooperar com sinceridade. Comecei a pensar em como obter resultados reais em meu trabalho, e sempre que me deparava com algo que não entendia, discutia o assunto com outras pessoas e buscava as verdades princípios nas palavras de Deus. Embora desempenhar meus deveres dessa forma fosse mais trabalhoso, exigisse que eu assumisse mais preocupações e eu tivesse menos tempo para relaxar, ganhei muito mais, e minha vida se tornou cada vez mais plena. Também parei de ficar negativa e reprimida com tanta facilidade. Essa transformação em mim foi resultado das palavras de Deus. Graças a Deus!