19. Como resolver sentimentos de inferioridade

Por Xia Ke, China

Desde jovem, nunca tive muito jeito com as palavras, ao passo que minha irmã era eloquente e articulada, e todos os vizinhos gostavam dela. Por isso, eu tinha receio de sair com ela e, sempre que cruzava com pessoas, tentava encontrar maneiras de evitá-las. Quando meus colegas de classe me convidavam para falar no palco da escola, eu achava que não tinha muito jeito com as palavras e ficava com medo de fazer papel de boba, por isso, recusava o convite na hora. Sempre que eu via outras pessoas que se expressavam melhor do que eu e lidavam com as tarefas com determinação e ousadia, eu sentia inveja. Achava que me faltava eloquência e meu calibre era baixo, o que fazia eu me sentir muito inferior.

Em agosto de 2020, passei a crer em Deus Todo-Poderoso. Depois disso, tornei-me uma líder de igreja. No início, era capaz de resolver alguns problemas reais, enquanto participava de reuniões com os irmãos. Posteriormente, o irmão Chen Yi e eu começamos a fazer o trabalho da igreja juntos. Em uma reunião, conversamos sobre como cooperar para melhorar a eficácia do trabalho evangelístico. Ao ouvir o irmão Chen Yi comunicando os detalhes com muita clareza e coerência, senti inveja, achando que não conseguiria comunicar tão bem quanto ele. Depois da comunhão do irmão Chen Yi, o líder superior me disse: “Você também deve compartilhar sua comunhão”. Fiquei muito nervosa e pensei: “Minha habilidade de organizar palavras é ruim. Que opinião vão ter de mim se minha comunhão não for boa? Talvez eu deva simplesmente pular essa etapa. Mas não há desculpa para não compartilhar”. Então, fiz uma breve comunhão. Depois que falei, ninguém teve nenhuma reação e o clima ficou estranho. Naquele momento, desejei poder simplesmente desaparecer em um buraco no chão, e queria sair daquele lugar o mais rápido possível. Depois disso, quando eu trabalhava com Chen Yi, via como ele era articulado e determinado no trabalho, por isso eu falava menos durante nossa cooperação. Mesmo quando dizia algo, eu me sentia extremamente constrangida. Nem ousava apontar os desvios ou problemas que via em nosso trabalho, achando que meu calibre era baixo demais para oferecer boas sugestões. Quando me comparava com Chen Yi, eu sentia que estava muito atrás e era simplesmente incapaz de fazer um bom trabalho como líder. Mais tarde, quando fui a um grupo para implementar o trabalho evangelístico, fiquei sabendo que alguns irmãos estavam presos a algumas dificuldades. Inicialmente, eu pretendia me comunicar com eles para resolver seus problemas, mas depois pensei: “Chen Yi já foi responsável por esse grupo. Não tenho o calibre nem a capacidade de comunhão de Chen Yi, e também me falta a abordagem que Chen Yi tem em seu trabalho. Como todos me verão se minha comunhão não for bem-sucedida? Talvez eu não deva compartilhar”. Quando pensei nisso, decidi não comunicar. Naquela época, sempre que me deparava com problemas, eu me retraía e não comunicava quando deveria, o que fez com que alguns problemas ficassem sem solução por muito tempo. O trabalho evangelístico foi afetado e o estado dos irmãos não era bom. Naquela ocasião, determinei que eu tinha baixo calibre e era incapaz de desempenhar o dever de uma líder, e reclamei no coração sobre por que Deus não havia me dado um alto calibre. Mais tarde, os líderes se comunicaram comigo para me ajudar, mas eu não consegui aceitar, e meu estado não se reverteu. No final, fui dispensada.

Um dia, li uma passagem das palavras de Deus, e só então tive algum entendimento do meu estado. Deus Todo-Poderoso diz: “Não importa o que lhes aconteça, quando encontram alguma dificuldade, os covardes recuam. Por que fazem isso? Um motivo é que isso é causado por seu sentimento de inferioridade. Por se sentirem inferiores, não se atrevem a ir à frente das pessoas, nem sequer conseguem assumir as obrigações e as responsabilidades que deveriam assumir, nem conseguem assumir o que de fato são capazes de alcançar dentro da própria capacidade e do próprio calibre e no escopo da experiência da própria humanidade. Esse sentimento de inferioridade afeta todos os aspectos de sua humanidade, afeta sua personalidade e, claro, também afeta sua índole. Quando estão rodeados de outras pessoas, eles raramente expressam as próprias opiniões e você quase nunca os ouve esclarecer o próprio ponto de vista ou a própria opinião. Quando encontram uma questão, eles não ousam falar, mas, em vez disso, recuam e fogem sempre. Quando há poucas pessoas, sentem-se valentes o suficiente para se sentar entre elas, mas, quando há muitas pessoas, eles procuram um canto e se dirigem para onde a iluminação seja fraca, não ousando ficar entre as outras pessoas. Toda vez que sentem que gostariam de dizer algo de forma positiva e ativa, de expressar os próprios pontos de vista e opiniões para mostrar que o que pensam é certo, eles nem mesmo têm a coragem de fazê-lo. Toda vez que têm tais ideias, seu sentimento de inferioridade se manifesta todo de uma vez só e os controla, sufoca, dizendo-lhes: ‘Não diga nada, você não serve. Não expresse suas opiniões, só guarde suas ideias para si. Se houver algo em seu coração que você de fato queira dizer, apenas o anote no computador e rumine-o só. Você não precisa deixar que alguém saiba disso. E se você disser algo errado? Seria tão constrangedor!’. Essa voz continua dizendo para você não fazer isso, não fazer aquilo, não dizer isso, não dizer aquilo, fazendo com que você engula cada palavra que queira dizer. Quando há algo que queira dizer, que há muito tempo tem revolvido seu coração, você bate em retirada e não ousa dizê-lo, ou então se sente constrangido em dizê-lo, acreditando que não deveria fazê-lo, e que, se o fizer, sentirá como se tivesse quebrado alguma regra ou violado a lei. E quando, um dia, você expressa ativamente o próprio ponto de vista, no fundo você se sente incomparavelmente perturbado e inquieto. Mesmo que esse sentimento de grande inquietação desapareça aos poucos, seu sentimento de inferioridade abafa lentamente as ideias, as intenções e os planos que você tem de querer falar, de querer expressar as próprias opiniões, de querer ser uma pessoa normal e querer ser apenas como todos os outros. Quem não entende acha que você é uma pessoa de poucas palavras, quieta, de personalidade tímida, que não gosta de se destacar na multidão. Quando fala na frente de muitas outras pessoas, você se sente constrangida e seu rosto fica vermelho; você é uma pessoa um tanto introvertida e, na realidade, só você sabe que se sente inferior(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (1)”). Graças às palavras de Deus, entendi que as pessoas, quando estão presas a sentimentos de inferioridade, tornam-se negativas e desanimadas, sem determinação de se esforçar para progredir. Elas se tornam fracas e se esquivam de tudo o que fazem, deixando até mesmo de cumprir as responsabilidades e obrigações que lhes cabem. Elas veem problemas e desvios e querem expressar suas opiniões ou oferecer sugestões, mas não têm coragem, determinam-se incapazes e se entregam ao desânimo. Esse era exatamente o meu estado. Desde pequena, eu via minha irmã ser articulada e eficiente em tudo o que fazia, enquanto eu era desajeitada e falava pouco. Eu me sentia muito inferior e, muitas vezes, preferia evitar situações, temendo que minhas deficiências fossem expostas e eu me sentisse humilhada. Depois que passei a crer em Deus, quando desempenhava meu dever ao lado daqueles que eram articulados e determinados no trabalho, eu ficava muito passiva. Determinei que tinha baixo calibre e era incapaz de assumir o trabalho, e vivia com sentimentos de inferioridade. Não ousava me comunicar quando deveria, e muitas vezes engolia as opiniões que deveria expressar quando estava prestes a compartilhá-las. Refletindo sobre meu tempo de trabalho com Chen Yi, quando discutia como cooperar no trabalho evangelístico, inicialmente, eu tinha algumas ideias, mas, ao ver como ele era articulado, eu me sentia inadequada e não queria compartilhar. Conseguia identificar alguns problemas no trabalho e tinha vontade de apontá-los, mas, ao pensar que não sabia falar tão bem quanto ele, depois de refletir um pouco, acabava não expressando minhas visões. Quando fui à igreja para implementar o trabalho e identifiquei problemas, não me comuniquei para resolvê-los, o que fez com que o trabalho não progredisse. Eu vivia constantemente com sentimentos de inferioridade, e meu estado só piorava cada vez mais. Não conseguia cumprir os deveres que me cabiam e me sentia totalmente inútil. Não só minha vida era prejudicada, mas meu dever também era postergado. Ao perceber a gravidade do problema, eu quis reverter rapidamente esse estado.

Durante um devocional, percebi que a razão pela qual eu achava que tinha um calibre baixo era o fato de ter sido influenciada pela opinião dos outros sobre a minha falta de habilidade para me comunicar, e isso foi causado por minha incapacidade de ver as coisas com base nas palavras de Deus. Como, então, uma pessoa deve medir seu calibre para saber se ele é alto ou baixo? Procurei as palavras de Deus sobre esse aspecto. Deus Todo-Poderoso diz: “Assim, como você pode avaliar e conhecer a si mesmo com precisão e se livrar do sentimento de inferioridade? Você deve tomar as palavras de Deus como base para ganhar conhecimento de si mesmo, para aprender como são sua humanidade, seu calibre e talento e que pontos fortes você tem. Por exemplo, suponha que você costumava gostar de cantar e cantava bem, mas algumas pessoas ficavam criticando e menosprezando você, dizendo que você não tinha ouvido para música e que seu canto era desafinado, então agora você sente que não consegue cantar bem e não ousa mais fazê-lo na frente dos outros. Porque aquele povo mundano, aquelas pessoas confusas e medíocres fizeram avaliações e julgamentos imprecisos sobre você, os direitos que sua humanidade merece foram tolhidos, e seu talento foi sufocado. Como resultado, você não se atreve a cantar uma música e só tem coragem suficiente para se soltar e cantar em voz alta quando não há ninguém por perto ou quando você está sozinho. Como é comum você se sentir tão terrivelmente reprimido, quando não está só, você não se atreve a cantar uma música; só ousa cantar quando está sozinho, aproveitando o momento em que pode cantar alto e claro, e que momento maravilhoso e libertador é esse! Não é verdade? Por causa do mal que as pessoas lhe fizeram, você não sabe ou não consegue ver claramente o que de fato pode fazer, no que é bom e no que não é bom. Nesse tipo de situação, você precisa fazer uma avaliação correta e tomar a medida correta de si mesmo de acordo com as palavras de Deus. Você deve estabelecer o que aprendeu e onde estão seus pontos fortes e sair e fazer tudo que puder; quanto às coisas que você não pode fazer, suas falhas e deficiências, você deveria refletir sobre elas e conhecê-las, também deveria avaliar com precisão e saber qual é seu calibre, se é bom ou ruim. Se não conseguir entender ou ganhar um conhecimento claro dos próprios problemas, então peça às pessoas que o cercam, que tenham entendimento, para fazer uma avaliação de você. Seja exato ou não o que disserem, pelo menos isso lhe dará algo para referenciar e considerar, e capacitará você a ter um julgamento básico ou uma caracterização de si mesmo. Você pode então resolver o problema essencial das emoções negativas, como a inferioridade, e gradualmente emergir delas. Tais sentimentos de inferioridade são fáceis de resolver se a pessoa puder discerni-los, despertar para eles e buscar a verdade(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (1)”). “Como medimos o calibre das pessoas? A maneira adequada de fazer isso é observar a atitude delas diante da verdade e se elas conseguem ou não compreendê-la. Algumas pessoas conseguem aprender rapidamente algumas especializações, mas quando ouvem a verdade, ficam confusas e pegam no sono. Elas ficam desnorteadas em seu coração, não absorvem nada do que ouvem, nem entendem o que estão ouvindo — o calibre baixo é assim. Quando você diz para algumas pessoas que elas têm um calibre baixo, elas discordam. Elas acham que o fato de serem muito instruídas e bem-informadas significa que têm um calibre alto. Uma boa instrução demonstra alto calibre? Não, não demonstra. Como o calibre das pessoas deve ser medido? Ele deve ser medido com base no grau em que elas compreendem as palavras de Deus e a verdade. Essa é a maneira mais precisa de fazer isso. Algumas pessoas são eloquentes, perspicazes e especialmente hábeis em lidar com as outras pessoas — mas nunca conseguem entender nada dos sermões quando os ouvem, e não compreendem as palavras de Deus quando as leem. Quando falam sobre seu testemunho experiencial, elas sempre falam palavras e doutrinas, revelando-se meras amadoras e causando nos outros a impressão de que não têm entendimento espiritual. São pessoas de baixo calibre(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Para cumprir bem seu dever, é absolutamente crucial entender a verdade”). Graças às palavras de Deus, vi que a medida do calibre de uma pessoa depende principalmente de ela conseguir compreender a verdade, de conhecer a si mesma e entender as intenções de Deus por meio de Suas palavras, e de conseguir encontrar sendas de prática com base nas palavras de Deus, quando confrontada com situações da vida real. Pessoas de calibre alto, depois de ouvir as palavras de Deus, conseguem captar os princípios e os pontos-chave, em vez de apenas compreender algumas palavras ou regulamentos. Elas têm suas próprias visões, opiniões e soluções para as situações com que se deparam, e conseguem praticar com precisão, de acordo com as palavras de Deus, sem desvios. Mas eu acreditava que as pessoas de alto calibre eram aquelas que eram articuladas e determinadas no trabalho. Como eu achava que minha capacidade de me expressar era ruim e que me faltava determinação no trabalho, eu me considerava uma pessoa de baixo calibre e permanecia presa em um estado de me sentir inferior e negativa, determinando-me incapaz. Só agora percebia que minha visão sobre essas questões estava incorreta. Pensei em Paulo, que tinha dons e eloquência, pregou o evangelho em grande parte da Europa e escreveu muitas epístolas, mas não tinha a capacidade de compreender a verdade. Ele não tinha entendimento do Senhor Jesus e lhe faltava um conhecimento verdadeiro de seu próprio caráter corrupto. Ele só sabia falar muitas doutrinas espirituais, e até testemunhou descaradamente que para ele viver era cristo e, por fim, foi eliminado por Deus. Isso mostra que ele não era uma pessoa de alto calibre. Minha avaliação de meu próprio calibre não se baseava em verdades princípios, mas em minhas noções e imaginações, portanto, era imprecisa. Agora, olhando para trás, eu era capaz de compreender as palavras de Deus, refletir sobre mim mesma e me entender à luz delas. Também conseguia reconhecer alguns problemas no trabalho e os estados dos irmãos, saber como me comunicar para resolver esses problemas, e também encontrar algumas sendas de prática nas palavras de Deus. Embora minha capacidade de trabalho fosse um tanto deficiente e minha habilidade de comunicação não fosse tão boa, quando cooperava atentamente e me empenhava ao máximo para desempenhar minha parte, conseguia alcançar alguns resultados no desempenho de meu dever. Os irmãos também avaliaram que meu calibre era mediano, mas que eu conseguia compreender as palavras de Deus. Eles observaram que, diante de situações, eu prestava atenção à autorreflexão e ao aprendizado de lições, e tinha algum discernimento. Além disso, quando me atribuíam uma tarefa, eu era diligente e cooperativa, e conseguia alcançar alguns resultados. Refletindo sobre isso, fui capaz de ver a mim mesma da maneira correta. Eu estava presa e constrangida por sentimentos de inferioridade, incapaz de ver corretamente minhas deficiências. Eu havia determinado cegamente que tinha baixo calibre e era incapaz de assumir o trabalho e, ao viver nesse estado, deixei de desempenhar o papel que me cabia e, ao desempenhar meu dever, não fui capaz de fazer a diferença, como se eu fosse um peso morto. Não só não me arrependia das perdas que trazia para o meu dever, como reclamava que Deus não havia me dado um alto calibre. Eu abordava meu dever com negatividade e negligência. Era realmente rebelde! Na verdade, o calibre que Deus me deu era suficiente. Eu não podia mais viver em um estado de inferioridade. Precisava me arrepender perante Deus, concentrar-me na busca de princípios em meu dever e trabalhar em harmonia com meus irmãos. Quando fosse necessário compartilhar minhas visões, eu deveria compartilhar o máximo que entendesse. Eu precisava trazer à tona o que Deus havia me concedido. Mesmo que meu compartilhamento tivesse falhas, eu poderia resumir as questões depois. Não deveria ser negativa nem negligente, fazendo com que Deus ficasse desapontado. Depois disso, a igreja arranjou para que eu ajudasse os líderes no trabalho de limpeza da igreja. Embora eu tivesse muitas deficiências, não estava mais constrangida por causa do meu baixo calibre.

Mais tarde, refleti sobre por que me sentia inferior quando via outros com mais eloquência e capacidade de trabalho do que eu. Que caráter corrupto estava envolvido nisso? Um dia, li estas palavras de Deus: “Para os anticristos, reputação e status são sua vida e seu objetivo vitalício. Em tudo que fazem, sua primeira consideração é: ‘O que acontecerá com meu status? E com a minha reputação? Fazer isso me dará uma boa reputação? Elevará meu status na mente das pessoas?’. Essa é a primeira coisa em que eles pensam, e é prova suficiente de que eles têm o caráter e a essência de um anticristo; é por isso consideram as coisas desse jeito. Pode-se dizer que, para os anticristos, reputação e status não são uma exigência adicional, muito menos coisas que são externas a eles de que podem abrir mão. São parte da natureza dos anticristos, estão em seus ossos, em seu sangue, são inatos para eles. Os anticristos não são indiferentes a se possuem reputação e status; essa não é sua atitude. Qual, então, é sua atitude? Reputação e status estão intimamente conectados a seu dia a dia, a seu estado diário, ao que buscam diariamente. E assim, para os anticristos, status e reputação são sua vida. Não importa como vivam, não importa o ambiente em que vivam, não importa o trabalho que façam, não importa o que busquem, quais sejam seus objetivos, qual seja a direção de sua vida, tudo gira em torno de ter boa reputação e status elevado. E esse objetivo não muda; eles nunca conseguem deixar essas coisas de lado. Essa é a face verdadeira dos anticristos e sua essência(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). Graças às palavras de Deus, entendi que os anticristos prezam particularmente sua reputação e seu status. Seus estados de vida e suas buscas diárias estão todos relacionados à reputação e ao status. Não importa o lugar ou a ocasião, eles nunca desistem de buscar reputação e status. Refleti sobre o fato de eu ter agido da mesma forma. Desde que tinha assumido meu dever, sempre que via outras pessoas trabalhando com determinação e comunicando com habilidade, eu me sentia inferior a elas. Assim, vivia com sentimentos de inferioridade, delimitando-me negativamente. Eu tinha medo de expor minhas inadequações e me sentir humilhada, e não tinha nenhuma atitude proativa em minha cooperação com os deveres. Eu vivia sob os venenos satânicos de “um homem deixa seu nome onde quer que passe, assim como um ganso deixa seu grito onde quer que voe” e “as pessoas precisam de seu orgulho assim como uma árvore precisa de sua casca”, preocupando-me principalmente com a opinião dos outros. Ao trabalhar com Chen Yi e ver que ele era melhor do que eu em todos os aspectos, eu temi ser menosprezada. Durante as reuniões, eu tentava comunicar o mínimo possível, ou não comunicava nada. Mesmo quando notava desvios ou problemas no trabalho que precisavam ser resolvidos em tempo hábil, eu evitava comunicá-los, temendo que minha comunhão não fosse tão boa quanto a de Chen Yi e me fizesse parecer incompetente. Como líder da igreja, eu só me preocupava com se meu orgulho seria prejudicado, em vez de me concentrar no trabalho da igreja em si. Ao descobrir problemas, eu os deixava de lado e não os resolvia prontamente, o que gerava atrasos no trabalho. Eu era realmente egoísta! Deus havia me elevado para desempenhar o dever de uma líder para que eu pudesse buscar a verdade, fazer minha parte integralmente e defender o trabalho da igreja. No entanto, em vez de refletir sobre como cumprir minhas responsabilidades como líder, eu estava preocupada em como evitar constrangimento em todas as situações. Sempre que meu orgulho estava em risco, eu ficava negativa e me delimitava negativamente, reclamando que Deus não havia me dado um alto calibre. Eu até perdia a motivação para desempenhar meus deveres. Vi que eu estava sem consciência e razão. Na verdade, os resultados ruins que tive antes, ao desempenhar meus deveres, não se deviam inteiramente à questão do calibre. O principal problema era que eu estava vivendo sob um caráter corrupto, protegendo constantemente minha reputação e meu status. Eu protegia meu orgulho mesmo que isso significasse atrasar o trabalho da igreja. Eu não tinha nenhum coração temente a Deus, tratava minha reputação e meu status como se fossem minha vida. Eu estava trilhando a senda dos anticristos. Se eu não me arrependesse e mudasse, certamente seria abominada e eliminada por Deus.

Li outra passagem das palavras de Deus e encontrei uma senda de prática. Deus Todo-Poderoso diz: “Não faça as coisas sempre pelo seu bem e não considere constantemente seus interesses; não considere os interesses do homem, e não pense em seu orgulho, reputação e status. Primeiro, você precisa considerar os interesses da casa de Deus, e fazer deles sua prioridade. Você deve ser atencioso para com as intenções de Deus e começar por contemplar se houve ou não impurezas no desempenho do seu dever, se você foi leal, cumpriu suas responsabilidades, e deu tudo de si, e também se você tem pensado ou não, de todo o coração, sobre seu dever e o trabalho da igreja. Você deve considerar essas coisas. Se refletir sobre elas com frequência e entendê-las, será mais fácil, para você, cumprir bem seu dever. Se seu calibre é baixo, se sua experiência é superficial ou se você não é competente em seu trabalho profissional, pode haver alguns erros ou deficiências em seu trabalho, e talvez você não obtenha bons resultados — mas você terá feito seu melhor. Não satisfaça seus desejos egoístas ou suas preferências. Em vez disso, dê consideração constante ao trabalho da igreja e aos interesses da casa de Deus. Embora você possa não alcançar bons resultados em seu dever, seu coração terá sido retificado; se, além disso, você conseguir buscar a verdade para resolver os problemas em seu dever, você estará à altura do padrão no desempenho do seu dever, e, ao mesmo tempo, será capaz de entrar na verdade realidade. É isso que significa possuir testemunho(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). Graças às palavras de Deus, entendi que, ao desempenhar nosso dever, devemos fazer tudo diante de Deus e aceitar Seu escrutínio. Quando coisas acontecem, devemos dar prioridade a proteger o trabalho da igreja, deixar de lado nosso orgulho e fazer o máximo para cumprir o que nos cabe. Somente assim estaremos alinhados com as intenções de Deus. Quando trabalhava com irmãos que eram eloquentes e determinados no trabalho, eu deveria cooperar com eles em harmonia, aprender com seus pontos fortes para compensar meus pontos fracos, e trabalhar junto com eles para desempenharmos bem nossos deveres. Ao perceber isso, senti meu coração iluminado. Depois disso, ao desempenhar meu dever, eu me concentrava em definir minhas intenções corretamente. Comunicava tanto quanto entendia, não mais constrangida por preocupações com meu orgulho ou meu calibre limitado, e o trabalho de limpeza da igreja começou a melhorar gradualmente. Pouco tempo depois, fui novamente eleita líder de igreja.

Depois de algum tempo, a líder superior e eu fomos fazer uma reunião com os líderes de equipe, e ela me pediu para presidi-la. Pensei em como a líder era eloquente, determinada e capaz de encontrar rapidamente as palavras apropriadas de Deus para resolver os estados dos irmãos, ao passo que eu tinha dificuldade com isso. Minhas habilidades de comunicação eram fracas e eu não era uma boa oradora, por isso me preocupava com a visão que os outros teriam de mim se eu não lidasse bem com a reunião. Logo percebi que estava mais uma vez presa a sentimentos de inferioridade, preocupando-me com meu orgulho. Então, orei a Deus: “Deus, vejo que caí novamente em sentimentos de inferioridade porque os outros são mais eloquentes do que eu. Por favor, guia-me. Não quero ser constrangida pela vaidade e pelo orgulho. Estou disposta a concentrar o coração em meu dever e fazer o melhor para cooperar”. Depois de orar, pensei nas palavras de Deus: “As funções não são as mesmas. Existe um só corpo. Cada qual cumpre seu dever, cada qual em seu lugar e fazendo o melhor — para cada centelha há um raio de luz — e buscando maturidade na vida. Dessa maneira, Eu ficarei satisfeito(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 21”). Deus concedeu a cada pessoa diferentes dons e pontos fortes. Embora eu não tenha um alto calibre, quando coopero sinceramente com Deus, posso receber Sua orientação. Hoje, enquanto trabalhava ao lado da líder, deveria aprender com seus pontos fortes, e não me deixar constranger por meu orgulho ou meu status. Deveria me esforçar ao máximo para apresentar minha parte de acordo com o que entendo e, dessa forma, eu poderia desempenhar bem o meu dever. Ao perceber isso, não fui mais constrangida por meu orgulho e me senti muito mais liberta. Encontrei uma passagem das palavras de Deus que se adequava particularmente ao estado dos líderes de equipe, e compartilhei meu próprio entendimento experiencial. O estado negativo dos líderes de equipe foi revertido. Depois disso, durante as reuniões, eu compartilhava tudo o que entendia, sem me preocupar com o que os outros pensavam de mim, mas participando ativamente. Consegui tratar corretamente minhas deficiências e não me delimitar. Agora, minha libertação da escravidão dos sentimentos de inferioridade é o resultado da orientação das palavras de Deus.

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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