98. Lições aprendidas após atacar os outros por vingança
Em 2021, irmã Sofia e eu éramos responsáveis pela produção de vídeos da igreja. Como ela tinha mais experiência e conhecimento técnico, eu a procurava para buscar comunhão sempre que enfrentava problemas ou dificuldades. Uma vez, quando eu estava trabalhando em um vídeo, cometi um erro bem básico e ela veio me ajudar a resolvê-lo assim que ficou sabendo. Enquanto trabalhava no vídeo, ela me perguntou: “Você já vem fazendo vídeos há algum tempo, como pôde errar em algo tão simples?”. Senti uma certa resistência interna — ela me questionava sem fazer rodeios, como se eu não tivesse realmente nenhuma habilidade. Será que se achava melhor do que eu e estava me atacando de propósito? Eu corrigi o problema mais tarde, mas fiz isso com uma atitude de rebeldia. Alguns dias depois, alguns irmãos tiveram problemas semelhantes. Ao resumir os problemas de trabalho numa reunião, Sofia usou meu erro como exemplo para análise. Eu senti uma resistência ainda maior a ela e pensei: “Sou um dos supervisores, afinal de contas, então o que todos vão pensar de mim se você ficar falando dos meus erros na frente de todo mundo? Ainda vão me respeitar? Está parecendo que você quer me deixar constrangido de propósito”. Depois disso, não quis mais falar com ela e evitei procurar sua ajuda quando enfrentava algum problema. Em nossas discussões de trabalho, eu ia embora tão logo terminávamos, sem querer trocar uma palavra a mais com ela. Quando ela me procurava para conversarmos sobre o estado um do outro, eu me forçava a dizer alguma coisa para contentá-la, mas não via a hora de terminar a conversa.
Posteriormente, fui dispensado da minha posição porque buscava fama e status em vez de fazer trabalho real. Um tempo depois, Sofia me perguntou sobre o meu estado e eu me abri em comunhão sobre minhas reflexões e entendimento desde minha dispensa. Achei que ela me confortaria e encorajaria, mas, para minha surpresa, ela disse: “Você tem sido mais proativo em seu dever ultimamente, mas seu entendimento é superficial. Você não refletiu sobre a raiz dos seus fracassos nem a entendeu. Conversei sobre isso com outra irmã e ela concordou”. Foi constrangedor ouvi-la expor meus problemas de modo tão direto. Eu pensei: “Você não está dando a mínima para meus sentimentos. Está falando sobre isso na frente dos irmãos para tentar prejudicar minha imagem?”. Eu fiquei cheio de resistência depois disso e não absorvi mais nada do que ela disse. Dei uma resposta sucinta, mas fiquei com muita raiva. Já que ela queria me tratar daquele jeito, pensei, eu a faria provar do seu próprio remédio assim que tivesse uma chance. A partir de então, fora as coisas que tínhamos de discutir sobre o trabalho, evitei ao máximo falar com ela. Eu não queria nem mais ouvir a voz dela.
Certa tarde, uma irmã me enviou uma mensagem em nosso grupo de bate-papo, dizendo que precisava falar comigo urgentemente. Eu estava trabalhando num vídeo e não vi a mensagem a tempo, o que atrasou nosso trabalho. Sofia descobriu e ligou para perguntar por que eu não tinha respondido à mensagem antes, depois disse: “Vejo que você continua com o mesmo problema. Você demora para responder às mensagens e, às vezes, não conseguimos encontrá-lo. Esse projeto da qual está encarregado é muito importante — não o atrase mais…”. Mas eu estava de fato muito resistente e pensei: “Fui irresponsável no meu dever antes, porque só me concentrava em meu próprio trabalho, mas, depois de ser dispensado, eu procurei mudar as coisas. Ao me dizer isso você não está negando todo o meu empenho mais recente? Não está me menosprezando e achando que eu não busco a verdade?”. Meu preconceito contra ela só cresceu. Às vezes, quando eu via uma mensagem dela sobre o trabalho, não queria nem responder. Não demorou muito e a líder pediu-nos que escrevêssemos uma avaliação sobre Sofia. Senti que aquela era minha chance. Ela estava sempre me expondo, mas, dessa vez, eu exporia seus problemas para que ela soubesse o que era se sentir humilhado. Então fiz uma lista de todos os problemas dela e me concentrei em como ela ignorava meus sentimentos em suas ações e palavras, além das maneiras pelas quais ela não fazia trabalho real. Depois que leu nossas avaliações, a líder apontou os problemas para Sofia e ela fez um esforço consciente para mudar. Mas, mesmo assim, eu não consegui deixar de lado meu preconceito contra ela. Então, mais uma vez, aproveitei a chance de comunicar as palavras de Deus numa reunião para dar vazão ao preconceito e às opiniões que eu tinha contra ela. Durante essa reunião, tínhamos comunicado comportamentos relacionados a constranger os outros e eu pensei em como Sofia não considerava meus sentimentos em nada do que dizia, por isso eu queria repreendê-la para que todos vissem que ela apresentava muitos problemas também, e não era melhor do que eu. Eu a expus sutilmente, dizendo: “Alguém pode ser supervisor e ter conhecimento técnico, mas mesmo assim ser desrespeitoso no modo como fala e aponta os problemas dos outros. Às vezes, essa pessoa pode até assumir um tom bem crítico, dizendo que isso e aquilo está errado com a outra pessoa, o que pode constrangê-la em seu dever. Isso também é constranger as pessoas e perturba indiretamente a vida da igreja. Também precisamos ter discernimento sobre esse tipo de pessoa”. Achei que tinha desabafado, mas a sala ficou em silêncio por alguns minutos — ninguém comunicou mais nada. Eu fiquei preocupado — não sabia se minha comunhão tinha sido apropriada. Mas então pensei que tudo que eu havia dito era verdade, portanto não tinha nada de impróprio. Não pensei mais a respeito.
Para minha surpresa, alguns dias depois a líder me chamou para comunicar que eu tinha julgado Sofia de forma velada naquela reunião, e que isso era atacá-la e condená-la. Que isso podia magoá-la e fazer com que alguns irmãos ficassem do meu lado, virando-se contra Sofia e não cooperando com seu trabalho. Isso debilitava e interrompia. Eu fiquei muito nervoso e com medo quando ouvi a dissecação da líder. Sabia que as palavras de Deus dizem que condenar e dissecar alguém casualmente numa reunião perturba e interrompe a vida da igreja, e que é cometer o mal. Sabia que a natureza dessa questão era grave. Quando nossa conversa acabou, logo encontrei algumas palavras de Deus relevantes. As palavras de Deus diziam: “O fenômeno de alguém ser arbitrariamente condenado, rotulado e atormentado ocorre com frequência em toda igreja. Por exemplo, algumas pessoas nutrem um preconceito contra certo líder ou obreiro para se vingar, fazem comentários sobre ele pelas costas, expondo e dissecando-o sob o pretexto de comunicar a verdade. A intenção e os propósitos por trás de tais ações estão errados. Se alguém realmente comunica a verdade para dar testemunho de Deus e beneficiar os outros, ele deve comunicar suas experiências verdadeiras e beneficiar os outros dissecando e conhecendo a si mesmo. Tal prática produz resultados melhores, e o povo escolhido de Deus a aprovará. Se a comunhão de alguém expõe, ataca e menospreza outra pessoa numa tentativa de atacá-la ou se vingar dela, a intenção da comunhão está errada, é injustificada, odiada por Deus e não é edificante para os irmãos e irmãs. Se a intenção de alguém é condenar os outros ou atormentá-los, ele é uma pessoa maligna e está cometendo o mal. Todo o povo escolhido de Deus deveria ter discernimento quando se trata de pessoas malignas. Se alguém deliberadamente ataca, expõe ou menospreza as pessoas teimosamente, ele deveria receber ajuda amorosa, comunhão e dissecção ou poda. Se ele é incapaz de aceitar a verdade e, com teimosia, se recusa a corrigir seus modos, isso é uma questão totalmente diferente. Quando se trata de pessoas malignas que condenam, rotulam e atormentam os outros arbitrariamente com frequência, elas deveriam ser totalmente expostas para que todos aprendam a discerni-las, e então elas deveriam ser restringidas ou expulsas da igreja. Isso é essencial, pois tais pessoas perturbam a vida de igreja e o trabalho de igreja, e é provável que elas desorientem as pessoas e tragam caos para a igreja” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (15)”). “Ataque e retaliação são tipos de ação e revelação que vêm de uma natureza satânica maliciosa. São, também, tipos de caráter corrupto. As pessoas pensam assim: ‘Se você for grosseiro comigo, eu serei injusto com você! Se você não me trata com dignidade, por que eu o trataria com dignidade?’. Que tipo de pensamento é esse? Não é uma maneira retaliativa de pensar? Nas visões de uma pessoa comum, essa não é uma perspectiva válida? Ela não faz sentido? ‘Não atacarei a menos que eu seja atacado; se eu for atacado, certamente contra-atacarei’, e ‘Prove seu próprio remédio’ — os não crentes dizem tais coisas com frequência; em seu meio, todas elas são lógicas convincentes e se adaptam completamente às noções humanas. No entanto, como aqueles que acreditam em Deus e buscam a verdade devem ver essas palavras? São corretas, essas ideias? (Não.) Por que não são corretas? Como devem ser discernidas? Onde essas coisas se originam? (Em Satanás.) Elas provêm de Satanás, disso não há dúvida. De quais caracteres de Satanás elas provêm? Elas provêm da natureza maliciosa de Satanás; contêm veneno e contêm a face verdadeira de Satanás em toda a sua malícia e fealdade. Elas contêm esse tipo de natureza essência. Qual é o aspecto das perspectivas, dos pensamentos, revelações, fala e até das ações que contêm esse tipo de natureza essência? Sem dúvida alguma, é o caráter corrupto do homem — é o caráter de Satanás. Essas coisas satânicas estão alinhadas com as palavras de Deus? Estão alinhadas com a verdade? Elas têm um fundamento nas palavras de Deus? (Não.) São as ações que os seguidores de Deus devem realizar e os pensamentos e pontos de vista que deveriam possuir? Esses pensamentos e cursos de ação estão alinhados com a verdade? (Não.) Vendo que essas coisas não estão alinhadas com a verdade, elas estão alinhadas com a consciência e a razão da humanidade normal? (Não.)” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só resolver o caráter corrupto pode causar uma transformação real”). Quando comparei o modo como eu me comportava com o que as palavras de Deus expunham, fiquei com muito medo. Em minhas interações com Sofia, quando ela usou meu erro no trabalho como exemplo e analisou-o na frente de todo mundo, eu me senti humilhado, odiei-a e não quis mais falar com ela. Em nossas discussões de trabalho, eu simplesmente a ignorava. Quando ela viu meus problemas e apontou sem rodeios minhas deficiências, chegando até a conversar com outra supervisora sobre meus problemas, fiquei tão furioso! Achei que, num instante, ela tinha arruinado a boa imagem que eu tinha construído com tanto esforço, e senti uma resistência tão grande que nem queria mais ouvir a voz dela. Quando ela mencionou que eu não tinha respondido às mensagens a tempo e me alertou para não atrasar o trabalho como antes, achei que ela estava me delimitando, negando que eu tinha mudado e dificultando deliberadamente as coisas para mim. Então eu estava dando vazão à minha frustração por meio do meu dever, não respondendo a ela de propósito. Meu preconceito contra Sofia foi só aumentando; eu me enchi de ressentimento contra ela. Quando a líder nos pediu para escrever a avaliação, abusei da oportunidade para expressar uma queixa pessoal, ressaltando as falhas dela para que a líder a podasse ou até a dispensasse, e eu pudesse desafogar minha frustração. Querendo me vingar dela, aproveitei a oportunidade de comunicar as palavras de Deus para julgá-la por ter uma humanidade ruim, levar os outros a discerni-la e isolá-la, e dar vazão à minha ira. Eu vi que eu tinha revelado um caráter cruel. Sabia que, ao apontar meus problemas, Sofia estava sendo responsável pelo trabalho da igreja e me ajudando a conhecer a mim mesmo, mas eu estava longe de aceitar ou me submeter a isso. Eu tive um ataque de raiva e usei meu dever para dar vazão à minha frustração, chegando até a usar minha comunhão das palavras de Deus para atacá-la e reprimi-la. Ao fazer isso, eu estava tentando formar uma panelinha, perturbando e interrompendo a vida da igreja. Só porque algumas palavras de Sofia tinham ferido meu orgulho, eu a ataquei, querendo vingança e buscando puni-la. Eu era tão terrível! As palavras de Deus dizem: “Se os crentes são tão casuais e irrestritos em sua fala e conduta como são os não crentes, então eles são ainda mais perversos que os não crentes; são demônios arquetípicos” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Um alerta para aqueles que não praticam a verdade”). Eu tinha comido e bebido tanto das palavras de Deus, mas não conseguia nem aceitar algumas sugestões para me corrigir. Eu era de fato um crente? Sempre segui estas filosofias satânicas: “Se você for indelicado, não serei justo”, e “Não atacarei a menos que eu seja atacado; se eu for atacado, certamente contra-atacarei”. Eu estava dando vazão ao meu descontentamento, sem ter um coração temente a Deus. O que eu estava vivendo era um caráter corrupto satânico, sem absolutamente nenhuma semelhança humana. Eu estava me sentindo muito culpado e aborrecido, por isso orei a Deus, querendo me arrepender e me livrar do meu preconceito contra Sofia. Por alguns dias, quando tinha algum tempo livre, eu refletia sobre a razão por que tínhamos convivido bem no início e agora ela me irritava tanto. Eu sabia que ela estava falando a verdade ao me podar — talvez seu tom fosse rude, mas não era nada de mais. Por que eu não conseguia aceitar e por que era capaz até de atacá-la por vingança?
Em minha busca, vi uma passagem das palavras de Deus: “Quando anticristos se deparam com poda, muitas vezes, eles demonstram forte resistência, e depois começam a tentar de tudo para argumentar em defesa própria e usam sofismas e eloquência para desorientar as pessoas. Isso é bem comum. A manifestação de anticristos que se recusam a aceitar a verdade expõe completamente a sua natureza satânica de odiar e ser avesso à verdade. Eles pertencem totalmente à espécie de Satanás. Não importa o que os anticristos façam, seu caráter e sua essência são desnudados. Principalmente na casa de Deus, tudo que eles fazem vai contra a verdade, é condenado por Deus e é um ato maligno que resiste a Deus, e todas essas coisas que eles fazem confirmam plenamente que os anticristos são satanases e demônios. Portanto, eles definitivamente não estão felizes e certamente não se mostram dispostos quando se trata de aceitar poda, mas, além de resistir e se opor, eles odeiam também a poda, odeiam aqueles que os podam, e odeiam aqueles que expõem sua natureza essência e que expõem seus feitos malignos. Os anticristos acham que qualquer um que os expõe está simplesmente dificultando a vida deles, por isso competem e lutam com quem quer que os exponha. Devido a esse tipo de natureza dos anticristos, eles nunca serão bondosos para com qualquer um que os pode, tampouco tolerarão ou suportarão qualquer pessoa que o faça, muito menos sentirão gratidão ou elogiarão essa pessoa. Ao contrário, se alguém os podar e os fizer perder dignidade e reputação, eles cultivarão ódio no coração contra essa pessoa e procurarão uma oportunidade para se vingar dela. Que ódio eles têm pelos outros! Isto é o que eles pensam e o que dirão abertamente na frente dos outros: ‘Hoje você me podou; bem, agora a nossa rixa está escrita na pedra. Você segue o seu caminho, e eu seguirei o meu, mas juro que eu me vingarei! Se você confessar a sua culpa, se curvar a cabeça, se ajoelhar e implorar, eu o perdoarei, caso contrário, nunca deixarei isso passar!’. Não importa o que os anticristos digam ou façam, eles nunca veem sua poda por alguém gentilmente, ou a ajuda sincera de alguém, como a chegada do amor e da salvação de Deus. Em vez disso, veem isso como um sinal de humilhação e como o momento em que mais foram envergonhados. Isso mostra que os anticristos não aceitam nem um pouco a verdade, que deles é um caráter de ser avesso à verdade e odiá-la” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 8”). As palavras de Deus me mostraram que a atitude dos anticristos em relação à poda é rejeitá-la completamente, é argumentar contra ela, é ser provocativo e até ver a pessoa que os podou como seu inimigo e buscar oportunidades para atacar e se vingar. Eles têm aversão à verdade e a odeiam por natureza; nunca a aceitarão. O que Sofia disse sobre meus problemas e desvios no meu trabalho era a mais pura verdade, por isso, não importava o tom de sua voz ou que método tinha empregado, ela queria me ajudar a conhecer a mim mesma, não tinha nenhuma intenção de me alvejar. Era evidente que eu não estava sendo consciencioso ou prático em meu dever, nem estava assumindo a responsabilidade pelo andamento do trabalho, o que resultou em alguns problemas nos nossos vídeos. Sofia estava analisando e dissecando esses problemas, para que não repetíssemos os mesmos erros e mantivéssemos nosso progresso no trabalho como um todo. Ela também percebeu que meu autoconhecimento depois da minha dispensa tinha sido muito superficial, e, por gentileza, tinha me mostrado isso. Era para me ajudar a conhecer a mim mesmo e a me arrepender verdadeiramente. Apesar de apontar meus problemas e me ajudar repetidas vezes, eu não só não agradeci, como achei que ela queria intencionalmente me envergonhar e ferir minha dignidade. Fiquei muito ressentido e comecei a tratá-la como inimiga, fazendo o possível para encontrar oportunidades de vingança. Até incitei os outros a isolá-la e rejeitá-la. Meus atos eram os de um anticristo. Anticristos saboreiam qualquer bajulação e adoram todos que os elogiam. Mas quanto mais honesta uma pessoa é, mais eles a reprimem e punem. Qualquer um que os ofende ou prejudica seus interesses sofre as consequências, e eles não descansam enquanto essa pessoa não implora por perdão. Isso causa perturbações e prejuízos ao trabalho da igreja e à entrada na vida dos outros. Eles acabam eliminados por Deus para sempre por cometerem tanto mal e por ofenderem o caráter de Deus. O que Sofia disse feriu meu senso de reputação e status, por isso eu quis me vingar. Parecia que a única maneira de me apaziguar seria puni-la até que ela reconhecesse seu erro e parasse de me “provocar”. Eu era realmente malicioso! Tinha aversão à verdade e estava na senda de um anticristo. Se eu não mudasse meu caráter de anticristo, quando recebesse uma posição, eu sabia que cometeria ainda mais males, puniria e reprimiria ainda mais pessoas e acabaria amaldiçoado e punido por Deus. Eu podia ver que as consequências eram realmente assustadoras. Por isso orei a Deus, buscando uma senda de prática e entrada.
Mais tarde, li isto nas palavras de Deus: “Se você for alguém que teme a Deus e evita o mal, você sentirá que precisa da supervisão do povo escolhido de Deus e, mais do que isso, que precisa da ajuda dele. Se você for uma pessoa maligna e estiver de consciência pesada, você temerá ser supervisionado e tentará evitar; isso é inevitável. Portanto, não há dúvida de que todos os que resistem e se sentem avessos à supervisão do povo escolhido de Deus têm algo a esconder e definitivamente não são pessoas honestas; ninguém teme a supervisão mais do que as pessoas enganosas. Então, que atitude os líderes e os obreiros devem adotar em relação a ser supervisionado pelo povo escolhido de Deus? Deve ser negatividade, cautela, resistência e ressentimento ou obediência às orquestrações e aos arranjos de Deus e aceitação humilde? (Aceitação humilde.) A que se refere a aceitação humilde? Significa aceitar tudo de Deus, buscar a verdade, adotar a atitude correta e não ser impetuoso. Se alguém realmente descobre um problema em você e o aponta para você, ajudando-o a discerni-lo e entendê-lo, auxiliando-o a resolver esse problema, ele está sendo responsável para com você e responsável para com o trabalho da casa de Deus e a entrada na vida do povo escolhido de Deus; essa é a coisa certa a fazer e é perfeitamente natural e justificada. Caso haja pessoas que consideram a supervisão da igreja como tendo sua origem em Satanás e em intenções maliciosas, elas são diabos e satanases. Com tal natureza diabólica, elas certamente não aceitariam o escrutínio de Deus. Se alguém realmente ama a verdade, ele terá o entendimento correto da supervisão do povo escolhido de Deus, será capaz de considerá-la como sendo feita por amor, como vindo de Deus, e será capaz de aceitá-la de Deus. Com certeza, não será impetuoso, nem agirá por impulso, muito menos haverá resistência, cautela ou suspeita em seu coração. A atitude mais correta para abordar a supervisão do povo escolhido de Deus é a seguinte: quaisquer palavras, ações, supervisão, observação ou correção — até a poda — que sejam úteis para você devem ser aceitas de Deus; não seja impetuoso. Ser impetuoso vem dos malignos, de Satanás, não vem de Deus, e não é a atitude que as pessoas devem ter em relação à verdade” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (7)”). As palavras de Deus me mostraram que não há malícia quando irmãos apontam meus problemas e desvios. Eles não estão debochando de mim, mas estão sendo responsáveis pelo trabalho da igreja e pela minha entrada na vida. Por mais que eu entendesse ou não os problemas que mencionavam, eu deveria aceitar isso de Deus, primeiro aceitando e me submetendo, sem ficar pensando nas coisas ou sendo temperamental e vingativo. Mesmo se eu não conseguisse entender completamente as coisas que diziam, eu devia orar a Deus e continuar refletindo ou procurar irmãos experientes para comunhão. Essa é a atitude para aceitar a verdade. Lembrei-me de ter exposto Sofia indiretamente numa reunião — alguns irmãos que não conheciam a realidade na ocasião poderiam ter ficado contra ela, o que poderia ter impactado sua cooperação com ela em seus deveres. Então, numa reunião eu me abri e dissequei minhas ações com base nas palavras de Deus, de modo que os outros tivessem discernimento do que eu tinha feito. Mais tarde, Sofia me procurou para falar sobre o trabalho, e eu me abri com ela sobre o meu preconceito, meu caráter que tinha aversão à verdade, assim como meus motivos maliciosos. Eu vi que ela não parecia me culpar nem me odiar nem um pouco. Senti tanta vergonha! Depois disso, Sofia e eu conseguimos conviver muito melhor. Quando ela mencionava meus problemas, eu não me importava tanto com o tom de sua voz — sabia que, se era bom para o meu dever, eu precisava aceitar isso, antes de mais nada. Às vezes, eu carecia de conhecimento no momento, mas orava a Deus e renunciava a mim mesmo, sem me importar com minha reputação e sem me defender, e aos poucos chegava a um entendimento. Ao trabalhar com ela desse jeito, com o tempo consegui relaxar muito mais.
Posteriormente, trabalhei num vídeo às pressas para cumprir o prazo, mas sem buscar princípios. Por causa dos problemas resultantes, o trabalho teve que ser refeito. Outra supervisora, a irmã Nora, me enviou uma mensagem particular, pedindo que eu corrigisse o vídeo, e eu pensei que a coisa estava resolvida. Mas então me surpreendi ao ver que, numa reunião de trabalho, meus erros foram analisados mais uma vez. Achei que ela falar sobre mim na frente de todos daquele jeito era constrangedor! Comecei a desenvolver um preconceito contra Nora, como se ela estivesse fazendo tempestade em copo d’água, sem levar em consideração a minha dignidade. Eu queria encontrar uma razão para me defender, para proteger minha reputação na frente de todos. Mas então percebi que meu estado era incorreto e de imediato orei a Deus para me rebelar contra mim mesmo. Depois da oração, eu me acalmei um pouco. Pensei: o trabalho precisava ser refeito porque eu deixei de lado a qualidade para ganhar tempo. A irmã estava comunicando isso para me alertar, para que eu refletisse sobre minha atitude para com meu dever. Ao mesmo tempo, os irmãos também poderiam usar isso como alerta para não cometerem o mesmo erro. Ela estava protegendo os interesses da igreja. Se eu inventasse desculpas e me justificasse para salvar minha reputação, e ficasse contra Nora, isso não seria ter aversão à verdade e se recusar a aceitá-la? Eu sabia que não devia agir com base em um caráter corrompido. Por isso, eu me abri comunicando a todos os detalhes dos erros que tinha cometido. Quando terminei, eles compartilharam maneiras úteis de abordar esses tipos de problema, e, a partir daí, segui suas sugestões ao produzir os vídeos e evitei cometer os mesmos erros. Experimentei de verdade que aceitar as sugestões dos irmãos pode evitar transtornos desnecessários e aumentar a eficiência. Também pode me ajudar a conhecer a mim mesmo e aumentar a eficiência do trabalho. Além disso, também pode me ajudar a me conhecer e ser benéfico para a minha entrada na vida.
Por meio disso, experimentei verdadeiramente que é importante ter uma atitude de submissão à poda. Se o que os outros dizem está certo e alinhado com a verdade, devo deixar meu orgulho de lado e aceitar isso incondicionalmente. Mas se eu só rejeitar com teimosia e resistir à poda, e criar preconceitos ou até atacar os outros por vingança, esse é o comportamento de uma pessoa maligna e de um anticristo, e serei condenado e eliminado por Deus se não me arrepender. Antes, quase ninguém havia apontado meus problemas de forma tão direta, e eu não conhecia a mim mesmo. Achava que tinha boa humanidade e podia aceitar a verdade. Agora vejo que eu tenho aversão à verdade e não tenho boa humanidade. O que ganhei e aprendi hoje se deve ao julgamento e à exposição das palavras de Deus. Graças a Deus!