58. As consequências da autopreservação

Por Xiaowei, China

A irmã Guan Xin foi transferida para acompanhar o trabalho da nossa igreja em 2019. Eu a tinha conhecido dois anos antes e, ao interagir com ela dessa vez, ela estava exatamente igual. Nas reuniões, ela sempre falava palavras e doutrinas, não experiências ou entendimento das palavras de Deus. Quando via os outros com problemas no trabalho, ela não comunicava a verdade para resolver as coisas, só os repreendia e dava bronca neles. Isso não só não dava aos irmãos uma senda de prática, como os deixava reprimidos. Quando alguns não conseguiam mudar seus estados negativos de imediato, Guan Xin os delimitava e repreendia, deixava os irmãos constrangidos, e alguns perdiam a confiança para desempenhar um dever. Muitas vezes, ela fazia um espetáculo de como tinha desistido de emprego e família, sofrido e pago um preço, e muitos membros mais novos da igreja que careciam de discernimento a admiravam muito. Nessa época, o trabalho da igreja não estava indo bem, e os irmãos não estavam em estados bons. Mais tarde, descobri que Li Xiao, a diaconisa evangelista, não estava assumindo um fardo no dever nem fazendo nenhum trabalho real. Ela não mudou nem após muita comunhão e poda, e até ficou negativa e resistiu. Isso estava atrasando o nosso trabalho evangelístico, e ela devia ser substituída. Conversei com Guan Xin sobre esses problemas. Mas ela achou difícil encontrar um bom candidato para o cargo e insistiu em não a substituir. Ela até me perguntou em voz alta: “Desde que descobriu os problemas de Li Xiao, quantas vezes tentou ajudá-la com amor? Você cumpriu suas responsabilidades? Não seja tão arrogante e não tire conclusões sobre outros de forma tão casual!”. Eu pensei: “A ajuda amorosa é para pessoas que aceitam a verdade. Alguém que não aceita nenhuma comunhão e mudança deve ser substituído imediatamente. Isso está alinhado aos princípios”. No início, insisti no meu ponto de vista, mas Guan Xin se recusou a concordar, o que me deixou ansiosa e nós começamos a discutir. Alguns outros irmãos presentes me aconselharam a não tentar superar os outros, e eu me senti um pouco constrangida por isso. Ninguém tinha discernimento daquilo que ela dizia, então, se eu insistisse em dispensar Li Xiao, eles poderiam dizer que eu era arrogante e presunçosa, que eu perturbava e interrompia o trabalho da igreja. Diante disso, eu me calei.

Depois disso, devíamos eleger um líder superior, e pediram que sugeríssemos candidatos apropriados. Alguns dos irmãos queriam sugerir Guan Xin. Eu pensei que ela tendia a fazer as coisas do jeito dela sem buscar os princípios e que só falava palavras e doutrinas e não conseguia resolver os problemas reais dos outros. Ela não era uma boa candidata. Eu deveria comunicar para que os outros ganhassem discernimento. Mas Guan Xin e eu tivemos um conflito sobre a dispensa da diaconisa evangelista, e os outros achavam que eu queria sair como vencedora. Se eu dissesse que Guan Xin não era uma boa candidata agora, eles diriam que eu estava usando essa chance para me vingar dela e impedi-la? Pensei: “Tudo bem, então. Quanto menos problemas, melhor. Eles podem eleger Guan Xin se quiserem — basta eu não votar nela”. Mas quando chegou a hora de escrever as avaliações, fiquei preocupada. Todos tinham coisas boas a dizer sobre Guan Xin, então, se eu escrevesse a minha opinião honesta, a líder saberia que eu estava ciente de que ela não era uma boa candidata, mas que eu não estava comunicando a verdade aos outros nem sugerindo candidatos alinhados com os princípios. A líder diria que eu não estava defendendo o trabalho da igreja? Ela deixaria de me cultivar? Eu estava entre a cruz e a espada. Decidi seguir o fluxo. Então, na minha avaliação, só escrevi sobre os aspectos positivos de Guan Xin e, sem sinceridade, disse que ela buscava a verdade, tinha humanidade boa, era amorosa com os outros e, quando via corrupção em nós, encontrava palavras de Deus relevantes para nos ajudar. Depois de escrever a avaliação, senti que desanimei, e a minha consciência me acusou. Quando lia as palavras de Deus depois disso, eu não ganhava nenhum esclarecimento, e o meu dever me esgotava, mas eu não refleti sobre mim mesma. Além disso, eu me agarrava à minha ideia de sorte. Com tantos candidatos, era improvável que ela fosse eleita. Se não fosse eleita, a minha avaliação falsa não viria à luz. Mais tarde, eu soube que Guan Xin foi eleita como líder superior. Fiquei chocada e me senti muito incomodada. As pessoas foram desorientadas por todas as nossas avaliações positivas? Mas eu não tinha coragem para contar a verdade à líder, por isso me consolei dizendo que, se Guan Xin não fosse apta para a liderança, Deus a revelaria. Foi o que pensei, mas continuei me sentindo incomodada.

Um mês depois, uma líder escreveu uma carta, pedindo que escrevêssemos avaliações sobre Guan Xin de novo. Entendi que muito provavelmente tinham surgido problemas no dever dela como líder superior. Fiquei com medo, e vi, também, que a líder citava algumas das palavras de Deus na carta dela. Deus diz: “Quando digo ‘seguir o caminho de Deus’, a que se refere o ‘caminho de Deus’? Significa temer a Deus e evitar o mal. E o que é temer a Deus e evitar o mal? Quando você faz sua avaliação de alguém, por exemplo — isso está relacionado a temer a Deus e evitar o mal. Como você o avalia? (Devemos ser honestos, justos e imparciais, e nossas palavras não devem se basear em nossos sentimentos.) Quando você diz exatamente o que pensa e exatamente o que viu, você está sendo honesto. Em primeiro lugar, a prática de ser honesto está alinhada a seguir o caminho de Deus. Isso é o que Deus ensina às pessoas; esse é o caminho de Deus. Qual é o caminho de Deus? Temer a Deus e evitar o mal. Ser honesto não faz parte de temer a Deus e evitar o mal? E não é seguir o caminho de Deus? (Sim, é.) Se você não é honesto, o que você viu, o que você pensa não é igual ao que sai da sua boca. Alguém lhe pergunta: ‘Qual é sua opinião sobre essa pessoa? Ela é responsável no trabalho da igreja?’. E você responde: ‘Ele é ótimo. Ele é mais responsável do que eu, seu calibre é melhor do que o meu, e sua humanidade também é boa. É uma pessoa madura e estável’. Mas é isso que você está pensando no coração? O que você realmente vê é que, embora essa pessoa tenha calibre, ela não é confiável, bem enganosa e muito calculista. Isso é o que você está realmente pensando em sua mente, mas quando chega a hora de falar, ocorre a você que ‘não posso dizer a verdade. Não devo ofender ninguém’, então, rapidamente, você diz algo diferente e escolhe coisas legais para dizer sobre ela, mas nada daquilo que você diz é o que você realmente pensa; é tudo mentira e falso. Isso indica que você segue o caminho de Deus? Não. Você seguiu o caminho de Satanás, o caminho dos demônios. Qual é o caminho de Deus? É a verdade, é a base segundo a qual as pessoas deveriam se comportar e é o caminho de temer a Deus e evitar o mal. Embora você esteja falando a outra pessoa, Deus também está ouvindo; Ele está observando e escrutinando seu coração. As pessoas ouvem o que você diz, mas Deus escrutina o seu coração. As pessoas são capazes de escrutinar o coração do homem? Na melhor das hipóteses, as pessoas podem ver que você não está dizendo a verdade; elas conseguem ver o que está na superfície, mas só Deus pode ver dentro das profundezas do seu coração. Só Deus pode ver o que você está pensando, o que está planejando e os pequenos esquemas, os modos traiçoeiros e os pensamentos ativos que você tem no coração. Quando Deus vê que você não está dizendo a verdade, qual é Sua opinião e avaliação de você? Que você não seguiu o caminho de Deus nesse assunto, porque você não disse a verdade. Se você estivesse praticando de acordo com as exigências de Deus, você deveria ter dito a verdade: ‘Ela é uma pessoa com calibre, mas é inconfiável’. Não importa se sua avaliação foi correta, ela teria sido honesta e teria vindo do coração, e é o ponto de vista, a posição que você deveria ter expressado. Mas você não fez isso — então você estava seguindo o caminho de Deus? (Não.) Se você não diz a verdade, o que adianta você ressaltar que você está seguindo o caminho de Deus e satisfazendo a Deus? Deus ouve os chavões que você grita? Deus observa como você grita, quão alto você grita e quão forte é sua vontade? Ele observa quantas vezes você grita? Não são essas as coisas que Ele observa. Deus vê se você pratica a verdade e as escolhas que você faz e como você pratica a verdade quando eventos o acometem. Se você escolher manter relacionamentos, manter seus interesses próprios e sua imagem, se tudo girar em torno de autopreservação, e Deus vir que esses são o ponto de vista e a atitude que você adota quando um evento o acomete, então Ele fará uma avaliação sua: Ele dirá que você não é alguém que segue o caminho Dele(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus despertaram alguns sentimentos em mim. Eu nunca tinha tratado avaliações como algo muito importante nem buscado as verdades que eu devia praticar nessa questão. Eu nunca pensei em se eu tinha motivações incorretas ou revelação de corrupção ao escrever a avaliação, se eu tinha um coração temente a Deus e a avaliava objetivamente. A essa altura, eu entendi que escrever uma avaliação tem a ver com se alguém tem um coração temente a Deus, se ele defende o trabalho da igreja. Estávamos elegendo um líder superior, o que envolvia o trabalho de várias igrejas e a entrada na vida dos irmãos. Escrever uma avaliação injusta, com palavras falsas, podia desorientar as pessoas, e eleger uma pessoa inapropriada podia interromper o trabalho da igreja, prejudicando a entrada na vida dos irmãos. Eu sabia que Guan Xin não era uma boa candidata para a liderança superior, mas, a fim de manter status e nome, temendo que os outros dissessem que eu estava me vingando dela, oprimindo-a, eu não disse nada. Eu poderia ter escrito uma avaliação honesta e relatado as circunstâncias reais de Guan Xin, mas eu temia que a líder diria que eu tinha discernimento, mas não o compartilhava com os outros, que eu não estava defendendo o trabalho da igreja, o que a levaria a ter uma imagem negativa de mim. Então recorri a meios astutos, escrevi coisas na minha avaliação que contradiziam os fatos. Descrevi Guan Xin como alguém que buscava a verdade e fazia trabalho real. O que eu escrevi não foi nem um pouco genuíno. Eu fui tão escorregadia e enganosa! Deus exige que sejamos honestos, falemos de acordo com os fatos e corretamente. Mas eu menti num assunto tão importante como eleger um líder. Eu não tinha nenhum coração temente a Deus. Eu estava vivendo uma natureza satânica e demoníaca. O diabo começou assim, mentindo. Eu estava contrariando os fatos, mentindo, e isso era uma natureza demoníaca! Eu não considerei o trabalho da igreja, e escrevi uma avaliação que violava os fatos, desencaminhando os irmãos, de modo que elegeram a pessoa errada. Isso foi interromper e perturbar o trabalho da igreja. Perceber isso foi assustador para mim.

Mais tarde, li esta passagem das palavras de Deus: “Quando a verdade se tornar vida em você, quando você observar alguém que blasfema contra Deus, que não tem temor de Deus e que é perfunctório ao desempenhar o dever, ou que interrompe e perturba o trabalho da igreja, você responderá de acordo com as verdades princípios e será capaz de identificá-lo e expô-lo conforme necessário. Se a verdade não se tornar sua vida e você ainda viver em seu caráter satânico, quando encontrar pessoas malignas e diabos que causam interrupções e perturbações no trabalho da casa de Deus, você fará vista grossa e se fingirá de surdo; você as ignorará sem ser repreendido por sua consciência. Você até achará que qualquer um que cause perturbações ao trabalho da igreja não tem nada a ver com você. Não importa quanto o trabalho da igreja e os interesses da casa de Deus sofram, você não se importa, não intervém nem se sente culpado — o que faz de você alguém que não tem consciência nem razão, um descrente, um labutador. Você come o que é de Deus, bebe o que é de Deus, e desfruta tudo o que vem de Deus, mas acha que qualquer dano aos interesses da casa de Deus não está relacionado a você — o que faz de você um traidor que morde a mão que o alimenta. Se você não protege os interesses da casa de Deus, você é mesmo humano? Isso é um demônio que se insinuou na igreja. Você finge acreditar em Deus, finge ser um escolhido e quer se aproveitar da casa de Deus. Você não vive a vida de um ser humano, é mais como um demônio que como uma pessoa, e é claramente um dos descrentes(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). A exposição das palavras de Deus foi pungente. Eu era o traidor que mordia a mão que o alimentava, do qual Deus falava. Eu estava comendo e bebendo as palavras de Deus, desfrutando de todo o Seu sustento, mas não estava defendendo o trabalho da igreja. Em vez disso, estava agindo em nome dos meus interesses, não estava praticando verdades que eu conhecia muito bem, o que acabou desencaminhando os outros a eleger uma falsa líder. Isso não era prejudicar o trabalho da igreja e os outros irmãos? Quanto mais pensava nisso, mais eu me odiava por ser tão enganosa e vil. Eu só queria proteger a mim mesma, não o trabalho da igreja. Eu não era uma crente verdadeira. Eu me senti sombria e abalada em meu coração. Eu não era esclarecida pelas palavras de Deus e não estava realizando nada no meu dever. Deus estava escondendo Sua face de mim. Se eu continuasse sendo uma traidora impenitente, eu seria detestada e rejeitada e eliminada por Deus. Eu senti o caráter justo de Deus, que não tolera ofensa humana, e me odiei por não praticar a verdade e deixar transgressões. Então orei a Deus, pronta para me arrepender e praticar a verdade, para compensar a minha transgressão!

Mais tarde, li esta passagem das palavras de Deus: “Para todos que desempenham um dever, por mais profundo ou raso que seja seu entendimento da verdade, a maneira mais simples de praticar entrar na verdade realidade é pensar nos interesses da casa de Deus em tudo e abrir mão de desejos egoístas, intenções, motivos, orgulho e status pessoais. Coloque os interesses da casa de Deus em primeiro lugar — isso é o mínimo que se deve fazer. Se uma pessoa que desempenha um dever não consegue fazer nem mesmo isso, como se pode dizer que ela está desempenhando seu dever? Isso não é desempenhar o dever. Você deveria primeiro pensar nos interesses da casa de Deus, considerar as intenções de Deus e considerar o trabalho da igreja. Coloque essas coisas acima de tudo; só depois disso você pode pensar sobre a estabilidade de seu status ou sobre como os outros o consideram. Vocês não acham que isso fica um pouco mais fácil quando vocês o dividem em dois passos e fazem algumas concessões? Se praticar assim por algum tempo, você vai achar que satisfazer a Deus não é algo tão difícil. Além disso, você deve ser capaz de cumprir suas responsabilidades, desempenhar seu dever e suas obrigações, e deixar de lado seus desejos egoístas, seus motivos e intenções; você deveria demonstrar consideração pelas intenções de Deus e colocar em primeiro lugar os interesses da casa de Deus, o trabalho da igreja e o dever que é para você desempenhar. Após experimentar isso por algum tempo, você sentirá que essa é uma boa maneira de se comportar. É viver franca e honestamente, e não ser uma pessoa baixa, vil; é viver justa e honradamente, em vez de ser desprezível, baixo e inútil. Você achará que é assim que uma pessoa deveria agir e a imagem que ela deveria viver. Aos poucos, seu desejo de satisfazer seus interesses diminuirá(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). Eu encontrei uma senda de prática nas palavras de Deus. Sempre devemos colocar o trabalho da igreja em primeiro lugar, e quando nossos interesses entram em conflito com o trabalho da igreja, devemos nos rebelar contra nós mesmos, abrir mão dos nossos interesses e priorizar nosso dever e responsabilidades. Dessa vez, fui requisitada a reescrever a avaliação, e eu estava disposta a me arrepender diante de Deus. Eu não podia considerar o que os outros pensariam de mim nem continuar me protegendo. Eu devia escrever a verdade e ser honesta. Eu me abri com os irmãos depois disso. Eu lhes contei da corrupção que eu tinha mostrado, da minha autorreflexão e do meu aprendizado. Comuniquei, também, os princípios para eleger líderes, que devemos escolher pessoas que buscam a verdade, que têm boa humanidade e conseguem fazer trabalho real. Comparando isso com o comportamento de Guan Xin, todos ganharam discernimento e se dispuseram a escrever novas avaliações. E eu escrevi uma avaliação correta com base no comportamento consistente de Guan Xin. Colocar isso em prática me deu uma sensação de tranquilidade.

Depois disso, a líder me enviou uma carta, dizendo que Guan Xin tinha sido dispensada. Ela disse também que, enquanto Guan Xin estava nesse cargo, ela foi arrogante, autocrática e não cooperou, o que impediu muitos dos projetos da igreja. E ela usou sua posição para constranger e oprimir os outros, o que os fez cair em negatividade… Para mim, as coisas que a carta dizia eram como um tapa na cara, um após o outro. Meu rosto ardia, e minha mente deu um branco. Eu só sabia que tinha ofendido Deus e que eu tinha uma parte nos malfeitos de uma falsa líder. Ela já tinha se comportado assim, e eu tinha discernimento disso, mas eu não só não a expus e denunciei, como permiti que os outros irmãos a sugerissem como líder superior. Eu percebi que eu não tinha responsabilidade pelo trabalho da igreja. Eu estava secretamente ajudando uma falsa líder a cometer o mal e a piorar as coisas. Até inventei desculpas para mim mesma por não praticar a verdade. Pensei que, mesmo que não relatasse o que eu sabia, Deus o revelaria. Deus traz tudo à luz, mas eu deveria cumprir meus próprios deveres, expondo falsos líderes e defendendo o trabalho da igreja. Mas eu só esperei passivamente, deixando de cumprir meu dever e minha responsabilidade. Isso prejudicou seriamente o trabalho da igreja e a entrada na vida dos irmãos. Quanto mais pensava nisso, pior eu me sentia. Eu sabia que a minha transgressão não podia ser reparada. Na minha dor, vim para diante de Deus em oração e arrependimento. Além disso, eu queria saber por que eu protegia meus interesses assim que deparava com um problema. Qual era a raiz do problema? Eu li esta passagem nos meus devocionais: “Até que as pessoas tenham experimentado a obra de Deus e compreendido a verdade, é a natureza de Satanás que assume o controle e as domina por dentro. O que, especificamente, essa natureza acarreta? Por exemplo, por que você é egoísta? Por que protege a própria posição? Por que você tem sentimentos tão fortes? Por que aprecia aquelas coisas injustas? Por que gosta daqueles males? Qual é a base para sua afeição por tais coisas? De onde vêm essas coisas? Por que você fica tão feliz em aceitá-las? A esta altura, vocês todos vieram a entender que a razão principal por trás de todas essas coisas é que o veneno de Satanás está dentro do homem. Então, qual é o veneno de Satanás? Como isso pode ser expresso? Por exemplo, se você pergunta: ‘Como as pessoas deveriam viver? Para que deveriam viver?’, as pessoas responderão: ‘Cada um por si e o demônio pega quem fica por último’. Esse simples provérbio expressa a raiz exata do problema. A filosofia e a lógica de Satanás se tornaram a vida das pessoas. Não importa o que as pessoas busquem, elas o fazem para si mesmas — e assim só vivem para si mesmas. ‘Cada um por si e o demônio pega quem fica por último’ — essa é a filosofia de vida do homem e representa também a natureza humana. Essas palavras já se tornaram a natureza da humanidade corrupta e são o retrato verdadeiro da natureza satânica da humanidade corrupta. Essa natureza satânica já se tornou a base para a existência da humanidade corrupta. Durante vários milênios, a humanidade corrupta viveu segundo esse veneno de Satanás, até o dia atual(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como trilhar a senda de Pedro”). As palavras de Deus me mostraram que, embora eu fosse crente, eu não tratava a verdade das palavras de Deus como meu padrão para minhas ações e meu comportamento. Eu ainda vivia de acordo com conceitos de Satanás, como “cada um por si e o demônio pega quem fica por último”, “lucro vem em primeiro lugar” e “pessoas sensatas sabem se proteger e evitam cometer erros”. Eu vivia com base nesses venenos satânicos. Achava que as pessoas deviam pensar em si mesmas na vida e aprender a proteger seus interesses, para que não fossem prejudicadas. Esse é o único jeito de ser inteligente, de não sofrer danos. Mas por meio dessa lição, eu vi que viver segundo esses venenos satânicos podia proteger meus interesses temporariamente, mas me levava a desistir do padrão mínimo de um ser humano. Eu me tornei egoísta, enganosa e vil e até violei minha consciência, sendo desonesta. Eu me tornei alguém sem índole nem dignidade, que não era digna de confiança e que, no fim, prejudicou a vida dos irmãos e perturbou seriamente o trabalho da igreja, cometendo uma transgressão que eu jamais poderia compensar. Eu odiava quanto Satanás tinha me corrompido, que eu não tinha consciência e não era digna de viver diante de Deus. E essa experiência me mostrou que eu não conhecia Deus, que eu não acreditava que Ele escrutina todas as coisas. Eu temia que, se eu comunicasse aos outros o meu discernimento de Guan Xin, eles pensariam que eu estava tentando me vingar, oprimindo-a intencionalmente. Mas, na casa de Deus, a verdade impera, e Deus escrutina tudo. Contanto que o meu coração estivesse no lugar certo e eu agisse de acordo com as verdades princípios, os outros me apoiariam quando entendessem a verdade. Mesmo se alguém me entendesse errado no início, Deus escrutinaria meu coração e minha consciência estaria limpa. Entender isso me deixou muito mais em paz, e decidi que, no futuro, eu defenderia os princípios.

Depois disso, lembrei-me de Li Xiao, a diaconisa evangelista que nunca aceitava a verdade e não assumia um fardo no dever. Com base nos princípios, ela deveria ser dispensada. Compartilhei meus pensamentos com alguns outros diáconos. Os diáconos disseram: “Se a dispensarmos agora, não teremos um substituto adequado na igreja. Devemos ajudá-la e apoiá-la, por ora”. Eu pensei que já tinha ajudado e apoiado ela várias vezes, mas ela não aceitou. Se continuasse servindo como diaconisa evangelista, ela atrasaria o trabalho ainda mais. Mas era verdade que não havia substitutos apropriados na igreja para ela. E se todos discordassem, mas eu insistisse, eles não diriam que eu era arrogante e presunçosa demais? Por um tempo, eu não soube o que fazer, então vim para diante de Deus em oração e busca. Depois de orar, percebi que eu estava protegendo meus interesses de novo. Eu devia defender as verdades princípios no meu dever — eu não podia confundir o certo e o errado. Com base nos princípios, Li Xiao era uma falsa obreira. Se a mantivéssemos nesse cargo, o trabalho evangelístico seria impactado. Eu não podia me recusar a lidar com isso por medo de que os outros diriam que eu era arrogante — tinha que defender os princípios. Então comuniquei as verdades relevantes aos meus parceiros, e eles concordaram em dispensar a diaconisa evangelista. Depois disso, a líder superior arranjou que uma irmã de outra igreja assumisse o nosso trabalho evangelístico. Ela tinha um fardo no dever e captava alguns princípios. Aos poucos, nosso trabalho evangelístico entrou nos trilhos. Além disso, senti que finalmente eu pude colocar alguma verdade em prática e me senti em paz e à vontade.

Anterior: 57. Por que eu não conseguia praticar a verdade?

Próximo: 59. A decisão de largar a escola

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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