87. Uma parceira não é uma rival
Pouco tempo atrás, aceitei a obra de Deus dos últimos dias e comecei a praticar a rega de recém-convertidos. Já que eu era animada, proativa e produzia resultados em meu dever, fui escolhida como líder de grupo. Mais tarde, tornei-me diaconisa evangelística. Meus irmãos diziam que, embora fosse jovem, eu era bastante confiável, assumia um fardo no meu dever e era responsável. Isso satisfez muito minha vaidade. Em outubro de 2020, tornei me líder de igreja. Isso me fez achar ainda mais que eu era uma pessoa confiável que buscava a verdade.
Depois de um tempo, uma líder superior arranjou que a irmã Olivia trabalhasse comigo. Enquanto eu estava apresentando a situação da igreja para ela, a líder falou sobre alguns problemas que existiam na igreja. Quando ouviu isso, Olivia disse: “Devemos encontrar logo a raiz do problema e resolvê-la. Caso contrário, isso impedirá o trabalho da igreja”. Fiquei envergonhada quando ela disse isso, pois temia que Olivia me menosprezasse porque havia esses problemas em meu trabalho. Ao longo dos dias seguintes, Olivia conheceu como os irmãos desempenhavam seus deveres na igreja. Então, na frente de vários obreiros e de meus irmãos, ela me disse: “O diácono evangelístico e vários dos líderes de grupo que conheci nos dois últimos dias não assumem um fardo. Quando recém-convertidos têm noções e dificuldades, os líderes de grupo não sabem como resolvê-los, e não os exploram ativamente, em vez disso se afundam em dificuldades. Não conseguem regar bem os recém-convertidos desse jeito”. Eu resisti um pouco quando ela disse isso porque havia vários líderes de grupo que eu me concentrava em cultivar. Ouvir Olivia falar sobre eles desse jeito fez parecer como se nenhum deles estivesse trabalhando bem. Achei que ela estava exigindo demais. Pensei: “Você acabou de chegar e não entende as especificidades da situação, mas já começou a criticar. Você quer mostrar que consegue assumir um fardo e identificar problemas? Só está tentando causar uma impressão porque é nova aqui? Se continuar investigando os problemas em meu trabalho, você não destruirá minha boa imagem aos olhos dos meus irmãos?”. Controlei minha raiva e disse: “Você está certa em relação a esses problemas. No entanto, ambos os líderes de grupo e o diácono evangelístico estão enfrentando dificuldades reais, por isso, às vezes, o trabalho de acompanhamento deixa a desejar e devemos demonstrar entendimento”. Quando ouviu isso, ela disse: “Essas dificuldades podem ser resolvidas comunicando a verdade. Se conseguirem aceitar a verdade e entender a intenção de Deus, eles assumirão um fardo e serão responsáveis em seu dever. O importante é se comunicamos a verdade para resolver esses problemas”. Fiquei ainda mais irritada, pensando: “Está dizendo que não sou capaz de resolver esses problemas através da comunhão da verdade?”. Minha opinião sobre Olivia mudou totalmente. Eu deixei de vê-la como minha parceira ou como alguém que poderia me ajudar, mas, ao contrário, como adversária. Pensei: “Se isso continuar, ela assumirá a direção no trabalho, cedo ou tarde. Eu sou a líder, e ela só está aqui para cooperar comigo. Ela é melhor do que eu em todos os sentidos e sempre me faz passar vergonha. Como posso ter dignidade desse jeito? E o que meus irmãos pensarão de mim?”. Depois disso, não quis mais trabalhar nem falar com ela.
Uma vez, numa reunião de obreiros, lemos a palavra de Deus que revela que falsos líderes não fazem trabalho real. Olivia refletiu e partilhou seu entendimento de si mesma, dizendo que estava na igreja já havia algum tempo, mas, porque não fazia nenhum trabalho real, as dificuldades dos recém-convertidos não podiam ser resolvidas a tempo. Ela disse que isso estava fazendo com que eles vivessem presos a suas dificuldades, e que não sabiam como praticar a verdade, o que estava atrasando seu crescimento na vida. Embora Olivia estivesse discutindo autoconhecimento, para mim ela parecia estar me expondo por não fazer nenhum trabalho real. Comecei a adivinhar o que ela queria dizer: “Você está falando sobre esses problemas de propósito para que todos saibam os problemas no meu trabalho, não está? Antes, os irmãos tinham uma boa impressão de mim, mas agora que você me expôs desse jeito, é como se você estivesse deliberadamente prejudicando minha imagem, não é? O que pensarão de mim agora?”. Na época, resisti muito e quis ir embora, mas achei que seria irracional fazer isso, por isso me obriguei a ficar até o fim. Naquela noite, Olivia me procurou para discutir quem suportava um fardo que poderíamos cultivar para ser líder da equipe de rega. Quando ela me perguntou isso, fiquei resistente e pensei: “Ainda sobram candidatos aptos? Você rejeitou todos os bons. Você discute abertamente os problemas que existem em nossa igreja, não só aqui, mas até na frente dos irmãos de outras igrejas. Agora outras igrejas sabem que eu não faço trabalho real. Por que não considera como me sinto, antes de falar? Acho que está me alvejando de propósito!”. Séria, eu disse: “Desde que você veio, ninguém assumiu um fardo!”. Ela me respondeu em voz baixa: “Então você acha que eu não deveria estar aqui?”. Eu percebi que tinha sido impulsiva demais, e não devia ter dito aquilo, por isso respondi “não” na hora. Ficamos em silêncio por um tempo antes de continuarmos a discutir o trabalho. Mais tarde, quando refleti sobre o que tinha dito à irmã, eu me senti um pouco culpada. O fato de que Olivia tinha descoberto problemas em nosso trabalho mostrava que ela conseguia suportar um fardo. Como eu pude falar com ela daquele jeito? Quis pedir perdão a ela no fim da discussão, mas assim que me ocupei com o trabalho, eu esqueci.
Mais tarde, quando vi que a líder superior consultava Olivia em todos os assuntos, eu me senti desconfortável: “Também sou uma líder. O que meus irmãos pensarão de mim? Dirão que sou inútil como líder e que sou desnecessária?”. Achei que Olivia estava roubando meus holofotes e fiquei com inveja dela. Pensei: “Se ela não tivesse vindo, a líder estaria discutindo o trabalho comigo”. Também refleti sobre o fato de que Olivia dominava agora todo o trabalho e que ela tinha acreditado em Deus por muito tempo e entendia mais verdades do que eu. Ela também apontou os problemas no meu trabalho na frente dos meus irmãos, por isso, eu não fazia ideia de como meus irmãos pensavam sobre mim agora. Quando pensei nessas coisas, entrei em crise. Temia que Olivia roubasse minha posição. Quanto mais pensava nisso, mais insatisfeita eu ficava, e tive desejo de me vingar dela: “Você não se importa com meus sentimentos, por isso dificultarei sua vida a partir de agora”. Uma vez, estávamos discutindo o trabalho, e quando Olivia expressou sua opinião, ela pediu o meu conselho. Eu a ignorei e critiquei seus arranjos de trabalho, dizendo que isso não ia funcionar, e aquilo não ia funcionar, para deliberadamente dificultar as coisas para ela. Uma vez, estávamos discutindo uma tarefa pela qual Olivia era responsável. Na hora, eu entendi claramente como resolver o problema, mas não quis dar nenhuma sugestão. Até pensei: “É melhor que seus arranjos falhem. Assim, todos saberão que você não consegue lidar com as coisas, e a líder verá que é um erro sempre falar com você e não comigo”. Depois disso, ela fez várias sugestões, e eu rejeitei todas elas. Quando vi que ela não sabia como resolver isso e quis que eu a aconselhasse, em segredo, fiquei encantada: “Você nem consegue arranjar esse trabalho corretamente e ainda tem a ousadia de apontar o dedo para o meu trabalho”. A líder viu que meu comportamento não estava certo e me lembrou de que eu devia trabalhar em harmonia com Olivia, caso contrário, o trabalho da igreja se atrasaria. Depois de ouvir minha líder, no fundo, me senti um pouco culpada. Quando estávamos presos em nosso trabalho, eu não assumi o fardo de resolver isso. Em vez disso, fiquei observando e tirando sarro. Eu não estava protegendo o trabalho da igreja. Quando percebi isso, ajustei minha mentalidade e participei nas discussões. Mas devido ao atraso anterior, os arranjos de trabalho foram conduzidos muito tarde.
Uma noite, a líder me procurou para apontar meus problemas. Ela disse: “Seu desejo por status e prestígio é forte demais. Você tem competido com Olivia por fama. Quando discutem o trabalho, você não aceita nenhuma opinião dela. Você refuta todas elas. Olivia se sente constrangida por você e não sabe como cooperar com você. Você precisa refletir sobre si mesma”. Depois de ouvir minha líder, fiquei muito triste e aflita: “Por que Olivia denunciou meus problemas pelas costas? Se realmente quisesse me ajudar, ela poderia ter falado comigo. Agora, a líder sabe de meus problemas e talvez me dispense”. Assim que pensei isso, eu me abri sobre meu estado para a minha líder. Até ofereci aceitar responsabilidade e renunciar, para não continuar atrasando o trabalho da igreja. Assim que falei sobre renunciar, fiquei de coração partido. Senti que estava prestes a perder meu dever. A líder comunicou-se comigo e disse: “Quanto temos problemas, não podemos evitá-los. Devemos buscar a verdade e refletir sobre nós mesmos. O fato de que Olivia consegue identificar problemas no trabalho mostra que ela assume um fardo. Isso não é benéfico para o trabalho da igreja? Por que não consegue lidar com isso corretamente? Você sempre a inveja e teme que ela a ultrapassará. Isso mostra que seu desejo por status é forte demais”. Depois da comunhão da minha líder, percebi que meu desejo por status e prestígio era realmente forte demais. Eu devia buscar a verdade para resolver meu estado. Não podia continuar a sentir-me negativa e resistente.
Depois disso, li uma passagem das palavras de Deus e ganhei algum entendimento do caráter corrupto que eu tinha mostrado. As palavras de Deus dizem: “Os anticristos acham que qualquer um que os expõe está simplesmente dificultando a vida deles, por isso competem e lutam com quem quer que os exponha. Devido a esse tipo de natureza dos anticristos, eles nunca serão bondosos para com qualquer um que os pode, tampouco tolerarão ou suportarão qualquer pessoa que o faça, muito menos sentirão gratidão ou elogiarão essa pessoa. Ao contrário, se alguém os podar e os fizer perder dignidade e reputação, eles cultivarão ódio no coração contra essa pessoa e procurarão uma oportunidade para se vingar dela. Que ódio eles têm pelos outros! Isto é o que eles pensam e o que dirão abertamente na frente dos outros: ‘Hoje você me podou; bem, agora a nossa rixa está escrita na pedra. Você segue o seu caminho, e eu seguirei o meu, mas juro que eu me vingarei! Se você confessar a sua culpa, se curvar a cabeça, se ajoelhar e implorar, eu o perdoarei, caso contrário, nunca deixarei isso passar!’. Não importa o que os anticristos digam ou façam, eles nunca veem sua poda por alguém gentilmente, ou a ajuda sincera de alguém, como a chegada do amor e da salvação de Deus. Em vez disso, veem isso como um sinal de humilhação e como o momento em que mais foram envergonhados. Isso mostra que os anticristos não aceitam nem um pouco a verdade, que deles é um caráter de ser avesso à verdade e odiá-la” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 8”). Deus revelou que, quando anticristos são podados, eles não só não o aceitam, como também começam a odiar a pessoa que os podou e querem se vingar. Vi que os anticristos não aceitam a verdade, são avessos à verdade e a odeiam. No passado, quando via a palavra “vingança”, eu achava que essa abordagem era cruel. Eu não acreditava que eu manifestava crueldade e podia fazer esse tipo de coisa. Só anticristos e pessoas malignas se vingam dos outros. Lembrei-me do meu comportamento; não era o mesmo que o dos anticristos? Quando Olivia apontou os problemas em meu trabalho na frente de obreiros e irmãos, eu achei que minha imagem estava danificada, então desenvolvi um preconceito e resistência contra ela. Durante uma reunião, Olivia percebeu que ela não fazia trabalho real com base nas palavras de Deus e eu achei que ela expunha deliberadamente problemas no meu trabalho ao discutir seu autoconhecimento, então meu preconceito contra ela só aumentou. Eu até a ataquei, dizendo que ninguém suportava mais um fardo desde a vinda dela. Quando vi que a líder sempre discutia o trabalho com ela, eu achei que meus holofotes tinham sido roubados. Para me vingar dela, eu não expressei minhas sugestões quando discutíamos o trabalho, e quando Olivia expressou seus pensamentos e sugestões, eu a critiquei e neguei, o que impediu o progresso do trabalho. Eu via minha irmã como rival. A fim de manter status e reputação, eu até a ataquei e me vinguei dela. O caráter que eu revelava não era o mesmo que o de um anticristo? Além disso, refleti sobre o fato de que ela estava apontando problemas reais no meu trabalho. Se eu tivesse buscado a verdade para refletir sobre mim mesma e reverter os desvios, os problemas poderiam ter sido resolvidos rapidamente. Isso teria sido benéfico para o nosso trabalho. Mas eu não só não aceitei, eu também quis me vingar da minha irmã. Eu não merecia ser chamada de crente em Deus!
Mais tarde, li mais duas passagens da palavra de Deus que me fizeram entender a essência e as consequências desse comportamento. As palavras de Deus dizem: “Uma das principais características da natureza dos anticristos é a maldade. O que significa ‘maldade’? Significa que eles têm uma atitude particularmente vil em relação à verdade — eles não apenas deixam de se submeter a ela e não apenas se recusam a aceitá-la, mas até condenam aqueles que os podam. Esse é o caráter maldoso dos anticristos. Os anticristos acham que quem aceita ser podado é vulnerável à intimidação, e que as pessoas que sempre podam os outros são aquelas que desejam sempre provocar e intimidar as pessoas. Assim, um anticristo resistirá a quem o podar e dificultará as coisas para essa pessoa. E quem quer que mencione as deficiências ou a corrupção de um anticristo, ou se comunique com ele sobre a verdade e as intenções de Deus, ou o faça conhecer a si mesmo, ele pensará que essa pessoa está lhe causando dificuldades e o acha desagradável. Ele odiará essa pessoa do fundo do coração e se vingará dela, tornando as coisas difíceis para ela. […] Que tipo de pessoa possui um caráter tão maldoso? Pessoas malignas. O fato é que os anticristos são pessoas malignas. Portanto, somente as pessoas malignas e os anticristos possuem esse caráter maldoso. Quando uma pessoa maldosa se depara com qualquer tipo de exortação, acusação, ensinamento ou ajuda bem-intencionados, sua atitude não é ser grata ou aceitá-la com humildade, mas, em vez disso, se enfurece de vergonha e sente extrema hostilidade, ódio, chegando até mesmo a retaliar” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 8”). “Os anticristos consideram seu status e sua reputação mais importantes do que qualquer outra coisa. Essas pessoas não são somente enganosas, astutas e perversas, mas também extremamente cruéis. O que elas fazem quando detectam que seu status está em risco, ou quando perdem seu lugar no coração das pessoas, quando perdem o apoio e o afeto dessas pessoas, quando as pessoas não os veneram nem admiram mais e eles caem em desgraça? De repente, eles mudam. Assim que perdem seu status, eles perdem a disposição de desempenhar qualquer dever, e tudo que fazem é perfunctório, e eles não têm interesse em fazer nada. Mas essa não é a pior manifestação. Qual é a pior manifestação? Assim que essas pessoas perdem seu status e ninguém as admira mais, e ninguém é desorientado por elas, surgem o ódio, a inveja e a vingança. Elas não só não têm um coração temente a Deus, mas carecem também de qualquer pingo de submissão. Além disso, no coração, elas são propensas a odiar a casa de Deus, a igreja, e os líderes e obreiros; desejam que o trabalho da igreja se depare com problemas ou venha a parar; querem rir da igreja e dos irmãos e irmãs. Também odeiam qualquer um que busque a verdade e tema a Deus. Atacam e zombam de qualquer um que seja leal no dever e esteja disposto a pagar um preço. Esse é o caráter dos anticristos — e ele não é cruel? Essas são claramente pessoas malignas; em sua essência, os anticristos são pessoas malignas” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 2”). Ver palavras como “cruel” e “pessoas malignas” foi assustador e angustiante. Eu não imaginava que essas palavras se aplicariam a mim. Minha imagem estava danificada porque Olivia apontou problemas em meu trabalho. Eu a ataquei e me vinguei dela, envergonhando-a deliberadamente quando discutíamos o trabalho, e buscando falhas em seus arranjos de trabalho. Eu nem expliquei nada quando sabia como resolver um problema dela no trabalho, pois queria envergonhá-la e rir dela. Quando a líder me expôs e me podou, eu não só não refleti sobre mim mesma, como a odiei por denunciar meus problemas. Eu era negativa e resistente, descarregando minha raiva no meu dever, e até quis renunciar e deixar de desempenhar o meu dever. O que eu manifestava era igual a um anticristo, um caráter cruel! Eu acreditava em “não atacarei a menos que seja atacada” e em “se você for grosseiro comigo, eu serei injusto com você”. Quando alguém afetava meus interesses e minha imagem, eu o odiava, o atacava e me vingava dele. Lembrei-me de um tempo antes de crer em Deus, quando tive um conflito com uma amiga, e ela falou mal de mim para outra pessoa. Eu me irritei muito e pensei: “Se você for grosseiro comigo, eu serei injusto com você”. Furtivamente, eu disse a essa mesma outra pessoa: “Como você pode ser tão estúpida? O que está fazendo, sendo tão bondosa com ela? Você nem sabe que ela está falando coisas ruins sobre você pelas costas!”. Achei que eu seria fraca se não contra-atacasse após ser assediada. Viver segundo essas filosofias me tornou egoísta e cruel, distorceu meu raciocínio e me tornou incapaz de discernir o bem e o mal. Quando reconheci isso, eu me achei terrível. Se eu não tratasse da minha crueldade, eu cometeria mais mal e então seria detestada e rejeitada por Deus, e eliminada por Ele! Orei a Deus em silêncio: “Deus, através do julgamento e da revelação de Tua palavra, posso ver que minha humanidade é pobre e que sou muito cruel. Quero me arrepender e praticar a verdade, para me mudar. Por favor, guia-me”.
Mais tarde, li na palavra de Deus: “Quando alguém passa um pouco de tempo supervisionando ou observando você ou chega a entendê-lo num nível profundo, tentando ter uma conversa franca com você e descobrir como anda seu estado durante esse tempo, e mesmo quando a atitude dele é um pouco mais dura e ele poda, disciplina e repreende você um pouco, tudo isso acontece porque ele tem uma atitude conscienciosa e responsável em relação ao trabalho da casa de Deus. Você não deve ter nenhum pensamento nem emoção negativo em relação a isso. O que significa quando você consegue aceitar quando os outros o supervisionam, observam e tentam entender você? Significa que, em seu coração, você aceita o escrutínio de Deus. Se você não aceita a supervisão, a observação e as tentativas de entender você — se você resiste a tudo isso — você é capaz de aceitar o escrutínio de Deus? O escrutínio de Deus é mais detalhado, aprofundado e correto do que quando as pessoas tentam entender você; as exigências de Deus são mais específicas, exatas e aprofundadas do que isso. Se você não consegue aceitar ser supervisionado pelo povo escolhido de Deus, suas alegações de que você consegue aceitar o escrutínio de Deus não são palavras vazias? Para você ser capaz de aceitar o escrutínio e a inspeção de Deus, você deve primeiro aceitar ser supervisionado pela casa de Deus, pelos líderes e obreiros ou pelos irmãos” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (7)”). “Não importa que problemas tenha ou que corrupção revele, você deve sempre refletir sobre e conhecer a si mesmo à luz das palavras de Deus ou pedir aos irmãos que apontem essas coisas para você. O mais importante é que você aceite o escrutínio de Deus, venha para diante Dele e peça que Ele o esclareça e ilumine. Não importa o método que você use, descobrir os problemas logo no início e então resolvê-los é o efeito alcançado pela autorreflexão, e essa é a melhor coisa que você pode fazer. Você não deve esperar até que Deus o tenha revelado e eliminado para sentir remorso, pois será tarde demais para se arrepender!” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item sete: Eles são perversos, insidiosos e enganosos (parte 1)”). Foi só depois de ler as palavras de Deus que percebi que a supervisão e a orientação que meus irmãos me dão se deve ao fato de serem sérios e responsáveis com o trabalho. Eu deveria aceitar isso de Deus e aprender a aceitar e obedecer. Só isso é aceitar o escrutínio de Deus e ter um coração temente a Deus. Quando minha irmã descobriu meus problemas e os apontou para mim, ela quis me ajudar. Minha experiência de vida era superficial demais. Os recém-convertidos tinham problemas em seus deveres, mas eu não conseguia comunicar a verdade para resolvê-los, e, muitas vezes, eu só arranjava trabalho para concluí-lo e me contentava com isso, sem acompanhá-lo ou dar assistência. O trabalho não tinha alcançado nenhum resultado. Eu não entendia os princípios para arranjar pessoal, e era difícil evitar a inabilidade de algumas pessoas. Olivia entendia alguma verdade e podia ver alguns assuntos claramente, de modo que, se tivéssemos cooperado no trabalho, isso não teria só ajudado o trabalho, mas eu poderia, também, ter aprendido com ela e melhorado. Só então entendi por que Deus exige que cooperemos em nossos deveres, em vez de fazer tudo sozinhos. É porque as pessoas têm caracteres corruptos e muitos defeitos. Precisamos supervisionar, guiar e ajudar uns aos outros. Esse é o único jeito de evitar erros. Pensando nisso, me senti muito culpada. Eu não podia mais viver para status e prestígio. Devia aprender a renunciar a mim mesma, a aceitar a supervisão e orientação dos outros, cooperar com minha irmã, buscar a verdade e resolver os problemas com ela, e desempenhar corretamente o meu dever.
Depois disso, fui enviada para outra igreja para desempenhar meu dever. Ao ser separada de Olivia, senti muito remorso. Em silêncio, orei a Deus, dizendo que, a partir de agora, eu queria desempenhar meu dever corretamente e me concentrar em resolver meus caracteres corruptos. Uma vez, pedi à irmã Esther, que era responsável pela rega, que me contasse como estavam indo as reuniões dos recém-convertidos. Esther me deu alguns conselhos: “Você sempre vai a reuniões diferentes e raramente participa das reuniões dos recém-convertidos, assim, parece que a líder está ausente. Nenhum dos irmãos conhece você. Isso dificulta, para você, acompanhar corretamente o trabalho deles, ou resolver seus estados e dificuldades”. Ouvir isso me deixou perplexa, e senti que estava ficando vermelha. Pensei: “Como você pode me chamar de líder ausente? Você quer dizer que não faço trabalho real e que sou inútil? Você é dura demais! Não é que eu não esteja trabalhando. Estou acompanhando outro trabalho. Já que você é responsável por esse grupo, você deveria assumir a responsabilidade por ele. Não preciso fazer tudo. Se os líderes superiores ouvirem o que você disse, eles não pensarão que não faço trabalho real? Assim não vai dar. Devo encontrar alguns desvios em seu trabalho”. Quando pensei isso, percebi que meu estado era incorreto. Minha irmã estava apontando problemas no meu trabalho e, em vez de aceitar e refletir, eu achei que ela era dura demais e quis encontrar problemas no trabalho dela para refutá-la. Eu estava me recusando a aceitar a verdade e tentando me vingar dela. Imediatamente, orei a Deus em silêncio: “Deus, Esther apontou um problema para mim, e eu resisti, em meu coração, o que contraria Tua intenção. Desejo aceitar, obedecer e refletir sobre mim mesma”. Depois de orar, eu refleti e percebi que eu realmente tinha um problema. Eu dependia demais de Esther. Achava que, com ela sendo responsável pela rega dos recém-convertidos, eu poderia relaxar, então usei uma abordagem de não intervir. Como líder de igreja, eu raramente me informava sobre os estados reais e as dificuldades dos recém-convertidos. Eu não estava cumprindo minhas responsabilidades. Isso era uma manifestação de não fazer trabalho real. Depois disso, eu disse a Esther: “Eu não tinha percebido que havia esse problema, mas quero mudá-lo”. Mais tarde, entrei em contato com os recém-convertidos e participei de suas reuniões e ofereci comunhão para resolver seus estados. Desempenhando meu dever desse jeito, eu me senti muito à vontade.
Por meio dessa experiência, percebi que, ao praticar de acordo com a palavra de Deus e aprender a aceitar a supervisão, orientação e poda dos meus irmãos, eu podia alcançar alguma mudança. Graças a Deus!