O que significa buscar a verdade (14) Parte três
No que diz respeito às afirmações sobre a conduta moral na cultura tradicional, na última vez, Eu comuniquei que “cada pessoa é responsável pelo destino de seu país”. Hoje falarei subsequentemente sobre “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. Exatamente como a frase anterior, “o sucesso e o fracasso das coisas dependem das pessoas”, sobre a qual falei, essa frase também é, obviamente, o ponto de vista dos não crentes. O ponto de vista dos não crentes prevalece entre as pessoas e se ouve por toda parte. A partir do momento em que as pessoas começam a falar, elas aprendem das pessoas, dos não crentes, de Satanás e do mundo todos os tipos de ditados. Isso começa com a educação inicial, quando as pessoas são ensinadas por seus pais e familiares como se comportar, o que dizer, que ética devem ter, que tipo de pensamentos e caráter devem ter etc. Mesmo após entrarem na sociedade, os indivíduos ainda aceitam inconscientemente a doutrinação de várias doutrinas e teorias de Satanás. “Faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” é instilado em cada pessoa pela família ou sociedade como uma das condutas morais que as pessoas devem ter. Se você tem essa conduta moral, as pessoas dizem que você é nobre, honrável, que você tem integridade e que é estimado e altamente respeitado pela sociedade. Já que a frase “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” vem de pessoas e de Satanás, ela se torna o objeto que dissecamos e discernimos e, ainda mais, o objeto que abandonamos. Por que discernimos e abandonamos essa frase? Examinemos primeiro se essa frase é correta e se uma pessoa que a segue está correta. É realmente nobre ser uma pessoa que tem o caráter moral de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”? Tal pessoa possui a verdade realidade? Ela tem a humanidade e os princípios de conduta que Deus disse que os seres criados deveriam ter? Todos vocês entendem a frase “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”? Primeiro expliquem em palavras próprias o que essa frase significa. (Significa que, quando alguém lhe confiar uma tarefa, você não deveria poupar esforços para completá-la.) Não deveria ser assim? Se alguém lhe confiar uma tarefa, ele não o tem em alta estima? Ele o tem em alta estima, acredita em você e acredita que você é confiável. Assim, não importa o que as pessoas peçam para você fazer, você deveria concordar e fazê-lo bem e completamente de acordo com as exigências delas, para que elas fiquem felizes e satisfeitas. Ao fazê-lo, você é uma pessoa boa. A implicação é que, se a pessoa que lhe confiou uma tarefa está satisfeita, isso determina se você é considerado uma pessoa boa. Isso pode ser explicado dessa forma? (Sim.) Portanto, não é fácil ser visto como uma pessoa boa aos olhos dos outros e ser reconhecido pela sociedade? (Sim.) O que significa que é “fácil”? Significa que o padrão é muito baixo e nem um pouco nobre. Se você satisfizer o padrão moral de “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”, você será considerado uma pessoa com caráter ético em tais assuntos. Implicitamente, significa que você merece a confiança das pessoas, sua confiança de lidar com tarefas, que você é uma pessoa respeitável e que você é uma pessoa boa. Esse é o significado dessa afirmação. Vocês não acham? Vocês têm alguma objeção aos padrões de julgamento e avaliação da frase “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”? Se vocês conseguirem fornecer um exemplo que refute essa afirmação e exponha sua falácia, ou seja, se vocês conseguirem usar um caso real para provar sua incorreção, então essa afirmação não se sustentará. Agora, em teoria, vocês já podem acreditar que essa afirmação é definitivamente incorreta porque ela não é a verdade e não vem de Deus. Como vocês podem usar os fatos para derrubar essa afirmação? Por exemplo, se você estiver ocupado demais para ir ao supermercado hoje, você pode confiar isso a seu vizinho, para que ele o faça por você. Você pode dizer-lhe exatamente que comida ele deve comprar, quanto ele deve comprar e quando ele deve comprá-la. Mais tarde, o vizinho faz as compras de acordo com seu pedido e as entrega pontualmente. Isso é considerado “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”? Isso é considerado ser respeitável? Isso mal é levantar um dedo. Ser capaz de ajudar alguém a comprar algo é considerado ter alto caráter moral? (Não é.) No que diz respeito a se ele faz coisas más ou não e que caráter ele tem, isso tem qualquer coisa a ver com sua capacidade de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”? Se uma pessoa consegue fazer o melhor para realizar algo pequeno que as pessoas lhe confiaram, ela possui um padrão de caráter moral? Ser capaz de realizar uma tarefa tão pequena prova que ela realmente é uma pessoa de alto caráter moral? Algumas pessoas dizem: “Essa pessoa é muito confiável. Sempre que pedem que ela entregue algo, não importa o que nem quanto seja, ela sempre volta com aquilo. Ela é confiável e tem bom caráter moral”. É assim que ela é percebida e avaliada pelos outros. Tal avaliação é apropriada? (Não, não é.) Vocês dois são vizinhos. Normalmente, vizinhos não se voltam uns contra os outros nem se prejudicam porque se cruzam regularmente. Se há conflitos, fica difícil interagir mais tarde. Talvez o vizinho o tenha ajudado por levar isso em consideração. Também é possível que fazer esse pequeno favor fosse conveniente para ele, não fosse uma tarefa difícil, e ele não sofresse nenhuma perda. Além do mais, isso o ajudaria a deixar uma boa impressão e a ganhar uma boa reputação, o que o beneficia. Além disso, ao ajudá-lo com favores pequenos, não é conveniente para ele pedir favores a você no futuro? Talvez ele lhe peça um favor grande no futuro, e você será obrigado a fazê-lo. Essa pessoa está mantendo abertas suas opções? Quando as pessoas ajudam umas às outras, interagem e lidam umas com as outras, existe um propósito. Se elas veem você como não tendo utilidade e não pedirão sua ajuda mais tarde, elas podem não o ajudar com esse favor. É possível que você tenha médicos, advogados, funcionários do governo ou indivíduos com status social em sua família, o que, de alguma forma, seria útil para essa pessoa. Ela pode ajudar você para manter suas opções abertas. Talvez ela use você em algum momento no futuro ou, no mínimo, considere conveniente emprestar ferramentas do seu lar. Às vezes, você lhe confia favores pequenos e, depois de alguns dias, ela vem à sua casa para emprestar coisas. As pessoas não levantarão um dedo, a não ser que haja alguma vantagem nisso para elas! Veja como, quando você lhes pediu um favor, elas concordaram prontamente com um sorriso no rosto e, aparentemente, sem pensar; mas, na verdade, elas fizeram cálculos cuidadosos, pois os pensamentos de ninguém são simples. Uma vez, fui a um lugar para consertar Minhas roupas. A senhora idosa que consertava as roupas tinha uma filha que estava voltando para seu país natal. Seu vizinho tinha um carro, assim a senhora idosa confiou a esse vizinho que ele levasse sua filha ao aeroporto para que ela não tivesse que pagar um táxi. O vizinho concordou, e a senhora idosa ficou encantada. No entanto, esse vizinho não era tão simples. Ele não queria fazer isso de graça. Depois de concordar, ele ficou ali, lentamente pegou uma peça de roupa e disse: “Você acha que minhas roupas podem ser consertadas?”. A senhora idosa ficou perplexa, e sua expressão parecia dizer: “Por que essa pessoa está se aproveitando de uma coisa tão pequena? Ele concordou tão prontamente, mas, como parece, ele não quer fazer isso de graça”. A senhora idosa reagiu rapidamente e, após um ou dois segundos, ela disse: “OK, deixe aí, vou consertar isso para você”. Sem nem falar em dinheiro. Veja como enviar alguém para realizar uma tarefa simples é compensado pelo conserto de uma peça de roupa. Isso não significa que ninguém sai perdendo? Interação interpessoal é algo simples? (Não, não é.) Nada é simples. Nesta sociedade humana, cada indivíduo tem uma mentalidade transacional, e todos se engajam em transações. Todos fazem exigências aos outros, e todos eles querem lucrar à custa de outras pessoas sem sofrer nenhuma perda pessoalmente. Algumas pessoas dizem: “Entre aqueles que ‘fazem o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’ há também muitos que não buscam lucrar à custa de outras pessoas. Elas simplesmente procuram fazer o melhor para lidar bem com as coisas, essas pessoas realmente possuem essa virtude”. Essa afirmação é incorreta. Mesmo que não busquem riqueza, bens materiais nem qualquer tipo de benefício, elas buscam renome. O que é esse “renome”? Significa: “Eu aceitei a confiança das pessoas para lidar com suas tarefas. Não importa se a pessoa que me encarregou esteja presente ou não, contanto que eu faça o melhor para lidar bem com isso, eu terei uma boa reputação. Pelo menos, algumas pessoas saberão que eu sou uma pessoa boa, uma pessoa de alto caráter moral e que merece ser imitada. Posso ocupar um lugar entre as pessoas e deixar uma boa reputação num grupo de pessoas. Isso também vale a pena!”. Outras pessoas dizem: “‘Faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram’, e já que as pessoas nos encarregaram, estejam elas presentes ou não, nós deveríamos lidar bem com suas tarefas e fazer isso até o fim. Mesmo que não consigamos deixar um legado duradouro, pelo menos, elas não podem nos criticar pelas nossas costas dizendo que não temos credibilidade. Não podemos permitir que gerações futuras sejam discriminadas e sofram esse tipo de injustiça total”. O que elas estão buscando? Ainda estão buscando renome. Algumas pessoas dão muita importância a riqueza e bens, enquanto outras valorizam o renome. O que significa “renome”? Quais são as expressões específicas de “renome” entre as pessoas? É ser chamado uma pessoa boa, de alto caráter moral, um paradigma, uma pessoa virtuosa ou um santo. Existem até algumas pessoas que, por causa de uma única questão em que foram bem-sucedidas ao “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” e por terem esse tipo de caráter moral, são eternamente elogiadas, e seus descendentes se beneficiam com seu renome. Como vê, isso é muito mais valioso do que os pequenos benefícios que elas podem obter atualmente. Portanto, o ponto de partida para qualquer um que obedece a esse suposto padrão moral de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” não é tão simples assim. Ele não está só buscando cumprir suas obrigações e responsabilidades como indivíduo, ao contrário, ele obedece ao padrão ou por ganho pessoal ou por reputação, seja para esta vida, seja para a próxima vida. É claro, também existem aqueles que desejam evitar ser criticados pelas costas e evitar infâmia. Em suma, o ponto de partida para as pessoas fazerem esse tipo de coisa não é simples, na verdade, não é um ponto de partida a partir da perspectiva de humanidade nem é um ponto de partida a partir da responsabilidade social da humanidade. Analisando isso a partir da intenção e do ponto de partida das pessoas fazerem tais coisas, as pessoas que se agarram à frase “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” de forma alguma têm um propósito descomplicado.
Acabamos de dissecar a afirmação sobre a conduta moral “Faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” a partir das intenções e do propósito das pessoas ao fazerem as coisas e a partir das ambições e dos desejos das pessoas. Esse é um aspecto. Sob outro aspecto, “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” contém outro erro. Qual é? As pessoas veem o comportamento de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” como infinitamente nobre, mas não sabem que não conseguem discernir se as coisas que lhes foram confiadas por outros são justas ou injustas. Se a tarefa que alguém lhe confia é muito comum, algo que pode ser realizado facilmente, algo que não vale a pena mencionar, então fidelidade não entra nisso, porque, quando as pessoas lidam umas com as outras e conseguem conviver umas com as outras, é normal confiar tarefas umas às outras. É tão fácil quanto levantar um dedo. Está fora de questão se o caráter moral de alguém é nobre ou se é inferior. Não chega nesse nível. No entanto, se a tarefa que alguém confia a você é de grande importância, uma tarefa grande como uma que envolve vida e morte, destino ou o futuro e você a trata igual a um assunto comum, fazendo o melhor para lidar bem com ela sem discernimento, isso é onde podem surgir os problemas. Que tipo de problemas? Se a tarefa que lhe foi confiada é correta, sensata, justa, positiva e não causa nenhum dano nem prejuízo aos outros nem tem nenhum impacto negativo sobre a humanidade, então aceitar a tarefa e fazer o melhor para lidar fielmente com ela está em ordem. Essa é uma responsabilidade que você deveria cumprir e é um princípio ao qual deveria obedecer. No entanto, se a tarefa que você aceita é injusta e causará danos, perturbação, destruição ou até mesmo a perda de vida aos outros ou à humanidade, e você ainda faz o melhor para lidar com ela fielmente, então o que isso diz sobre seu caráter moral? Ele é bom ou mau? (É mau.) De que jeito é mau? Algumas pessoas seguem uma pessoa injusta ou fazem amizade com ela, e ambas se consideram amigas próximas. Elas não se importam se esse amigo é bom ou mau; contanto que seja uma tarefa que lhes foi confiada por seu amigo, elas farão o melhor para lidar bem com ela. Se o amigo pede que matem alguém, elas o matarão, se ele pedir que elas prejudiquem alguém, elas o prejudicarão, e se ele pedir que elas destruam algo, elas farão isso. Contanto que seja uma tarefa que lhes foi confiada por seu amigo, elas o farão sem discernimento nem deliberação. Elas acreditam que estão executando a alegação “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. O que isso diz sobre sua humanidade e seu caráter moral? É bom ou mau? (É mau.) Até as pessoas más podem “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”, mas todos os tipos de tarefas que outras pessoas lhes confiaram e que elas fazem o melhor para completar bem são coisas malignas e negativas. Se o que outras pessoas lhe confiaram é para prejudicar pessoas, matar pessoas, roubar os bens de outras pessoas, vingar-se ou quebrar a lei, isso é correto? (Não, não é correto.) Todas essas são coisas que prejudicam as pessoas, são feitos malignos e crimes. Se alguém lhe confia uma tarefa maligna e você ainda adere ao princípio da cultura tradicional de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”, dizendo: “Já que você confiou isso a mim, isso significa que você confia em mim, tem alta estima por mim e trata-me como um dos seus, como amigo e não como estranho. Portanto, farei o melhor para lidar fielmente com qualquer coisa que você me tenha confiado. Juro pela minha vida lidar bem com o que você me confiar e jamais voltarei atrás”, então que tipo de pessoa é essa? Não é um verdadeiro patife? (Sim.) É um grande patife. Como, então, você deveria tratar as coisas do tipo “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”? Se alguém lhe confia uma tarefa simples, algo muito comum na interação com pessoas, então, mesmo que você a cumpra, não se pode dizer se seu caráter moral é nobre ou não. Se alguém lhe confia uma tarefa muito importante e grande, então você precisa discernir se ela é positiva ou negativa e se é algo que seu calibre pode alcançar. Se não é algo que você possa alcançar, você faz o que pode. Se é uma tarefa negativa, uma tarefa que quebre a lei, prejudique os interesses ou a vida dos outros ou até mesmo destrua as perspectivas e o futuro dos outros e ainda assim você adere ao padrão moral de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”, você é um patife. Com base nessas perspectivas, o princípio que as pessoas deveriam seguir ao aceitar as tarefas que lhes foram confiadas não deveria ser “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. Essa afirmação não é correta, ela apresenta brechas e problemas significativos e desorienta as pessoas em grande medida. Depois de aceitarem essa afirmação, muitas pessoas a usarão sem nenhuma pergunta para avaliar a conduta moral dos outros e, é claro, para avaliar a si mesmas e restringir a própria moralidade. No entanto, elas não sabem quem no mundo é digno de confiar tarefas aos outros, e pouquíssimas pessoas confiam tarefas aos outros que são justas, positivas, benéficas para outros, valiosas e trazem prosperidade para a humanidade. Não existe nenhuma. Portanto, se você usar o padrão de “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” para avaliar a qualidade da moralidade de uma pessoa, ele não só contém dúvidas e problemas demais para resistir ao escrutínio, mas ele também instila conceitos errados nas pessoas e princípios errados e a direção errada para lidar com tais questões, desorientando, paralisando e desviando o pensamento das pessoas. Portanto, não importa como você analise ou disseque essa afirmação, não há valor em sua existência, não é algo que as pessoas deveriam praticar, e ela não beneficia as pessoas de forma alguma.
A frase “faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” contém também outro erro. Sob outro ponto de vista, àqueles indivíduos malignos que querem usar, manipular e controlar os outros, àqueles com interesses pessoais e àqueles com status e poder na sociedade, essa afirmação dá uma oportunidade de explorar e uma desculpa para usar, manipular e controlar os outros. Ela os capacita a usar as pessoas estrategicamente para lidar com as tarefas para eles. Aqueles que não fazem tarefas para eles nem fazem o melhor para eles são definidos como pessoas que não podem ser encarregadas pelos outros e não conseguem fazer o melhor para lidar fielmente com tarefas. São rotulados como indivíduos de caráter moral inferior indignos de confiança, que não merecem ser tidos em alta estima nem respeitados e que são de status baixo na sociedade. Tais pessoas são deixadas de lado. Por exemplo, se seu chefe lhe confia uma tarefa e você pondera: “Já que meu chefe mencionou isso, preciso concordar, não importa o que seja. Não importa quão difícil seja, mesmo que signifique que eu tenha de passar por perigo e dificuldades, preciso fazê-lo”, então você concorda. De um lado, ele é seu chefe, e você não ousa recusar. De outro, ele o pressiona com frequência, dizendo: “Só aqueles que fazem o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram são colegas bons”. Ele instilou em você esse conceito já cedo, inoculando você de antemão para prepará-lo mentalmente. Quando ele fizer qualquer pedido, você se sente obrigado pela sua honra a obedecer e não pode recusar; caso contrário, as coisas não terminarão bem para você. Portanto, você precisa usar toda a sua energia para fazer coisas para ele. Mesmo que não seja fácil lidar com isso, você precisa achar um jeito de completá-lo. Você precisa usar conexões, usar meios desonestos e gastar dinheiro com presentes. No fim, quando a tarefa foi completada, você não pode mencionar o dinheiro gasto nem fazer qualquer exigência. E precisa dizer: “As pessoas deveriam fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram. Você me tem em alta estima e valoriza-me muito, por isso preciso fazer tudo que puder para lidar bem com essa tarefa”. Na realidade, só você sabe quanta adversidade e dificuldade você suportou. Se você for bem-sucedido ao fazer isso, as pessoas dirão que você tem alto caráter moral. Mas se você falhar, as pessoas o menosprezarão e desprezarão, e você sofrerá seu desdém. Não importa a que classe social ou grupo étnico você pertença, contanto que alguém lhe confie uma tarefa, você precisa fazer o melhor e não poupar esforços e não pode recusar. Por que isso é assim? Como diz o ditado: “Faça o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. Já que você aceitou a comissão de alguém, você precisa lidar com ela fielmente até o fim e garantir que a tarefa seja completada com sucesso, bem, integralmente e de forma que a outra pessoa a aprove, e então prestar contas a ela. Mesmo que ela não faça perguntas a respeito, você não pode poupar esforços ao lidar com isso. Algumas pessoas praticamente não têm nenhum relacionamento com você, como, por exemplo, parentes distantes em sua família mais afastada. Eles veem que você tem um bom emprego na sociedade, ou status e prestígio, ou algum talento, por isso eles lhe confiam isso ou aquilo. Está tudo bem se você recusar? Na verdade, não há problema nenhum, mas devido aos complexos relacionamentos sociais entre os humanos e a pressão da opinião pública influenciada pela ideia de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”, quando esse tipo de pessoa com o qual você praticamente não tem nenhum relacionamento pede que você faça coisas por ele, você precisa fazer tudo. É claro, você pode escolher não fazer. Desse jeito, você só ofende uma pessoa ou perde o relacionamento com alguns parentes, ou você pode ser excluído por alguns dos parentes. Mas repito: o que importa? Na verdade, não importa. Você não vive com eles, e seu destino não está nas mãos deles. Por que, então, você não pode simplesmente recusar-se a fazê-lo? Uma das razões inevitáveis é que a opinião pública de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” o prende e oprime. Isto é, em qualquer comunidade social, muitas vezes, você é refém do padrão moral e da opinião pública para “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram”. O fato de você fazer o melhor para lidar fielmente com tarefas não é questão de cumprir uma responsabilidade social nem de cumprir os deveres e as responsabilidades de um ser criado. Ao contrário, você é refém das afirmações de padrões morais e das correntes invisíveis da opinião social. Por que você está propenso a se tornar refém delas? Um aspecto é que você não consegue distinguir se essas afirmações morais transmitidas pelos seus ancestrais são corretas nem se as pessoas deveriam obedecer a elas. Outro aspecto é que você carece da força e da coragem para se livrar da pressão social e da opinião pública geradas por essa cultura tradicional. Como resultado, você não consegue se libertar de suas correntes nem de sua influência sobre você. Outra razão é que, em qualquer comunidade ou grupo na sociedade, as pessoas querem ser consideradas pelos outros como sendo de alto caráter moral, uma pessoa boa, uma pessoa confiável, digna de confiança e alguém que é digno de ser encarregado com tarefas. Todas elas querem estabelecer uma imagem desse tipo que ganhe respeito e que leve os outros a acreditarem que eles são indivíduos dignos, de carne e osso com sentimentos e lealdade e não pessoas de sangue frio ou estranhos. Se você quer se integrar na sociedade e ser aceito e aprovado por eles, você precisa primeiro fazer com que eles reconheçam você como uma pessoa de alto caráter moral, como alguém com integridade e credibilidade. Assim, não importa que tipo de pedido você receba, você faz o melhor para satisfazê-los, para deixá-los felizes e então receber elogios deles de que você é uma pessoa confiável de alto caráter moral e que as pessoas estão dispostas a se associar com você. Desse jeito, você tem um senso de presença na vida. Se você conseguir ser aprovado pela sociedade, pelas multidões e por seus colegas e amigos, você terá uma vida especialmente benéfica e satisfatória. No entanto, se você viver de maneira diferente, se seus pensamentos e pontos de vista divergirem dos deles, se sua senda na vida for diferente da deles, se ninguém disser que você tem um caráter moral alto, que você é confiável e digno de ser encarregado com assuntos e tem dignidade, e se todos eles abandonarem e isolarem você, então você terá uma vida deprimida e triste. Por que você se sente deprimido e triste? É porque sua autoestima sofreu um golpe. De onde vem sua autoestima? Ela vem da aprovação e aceitação pela sociedade e pelas multidões. Se elas não o aceitarem nem minimamente, se elas não o aprovarem, se elas não o elogiarem nem o apreciarem e se elas não olharem para você com admiração, afeto ou estima, então você achará que não tem nenhuma dignidade na vida. Você se sente inútil, sem nenhum senso de presença. Você não sabe onde se encontra seu valor e, no fim, não sabe como viver. Sua vida fica deprimida e atormentada. Você sempre tenta fazer com que as pessoas o aceitem, tentando se integrar nas multidões e na sociedade. Portanto, aderir ao padrão moral de “fazer o melhor para lidar fielmente com o que as outras pessoas lhe confiaram” é uma questão muito importante para qualquer um que vive em tal ambiente social. É também um sinal importante para avaliar o caráter moral de uma pessoa e se ela pode ser aceita pelos outros. Mas esse padrão de avaliação é correto? Definitivamente não. Na verdade, pode até ser chamado de absurdo.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.