Em que, exatamente, as pessoas têm confiado para viver? (Parte dois)
Há pouco falei principalmente sobre talentos e dons. Esses talentos e dons incluem conhecimento? Existe alguma diferença entre conhecimento e talentos? Um talento se refere a uma habilidade. Pode ser uma área em que uma pessoa se destaca mais do que outras, uma parte de seu calibre que é mais proeminente, aquilo em que ela é melhor ou uma habilidade na qual ela é relativamente competente e bem versada. Todos esses são chamados de talentos e dons. O que é conhecimento? A que, exatamente, se refere conhecimento? Se um intelectual estudou por muitos anos, leu muitos clássicos, estudou com profundidade uma determinada profissão ou área de conhecimento, obteve resultados e possui um domínio específico e profundo, isso tem alguma coisa a ver com talentos e dons? Conhecimento pode ser incluído na categoria de talentos? (Não.) Se uma pessoa usa talentos para fazer seu trabalho, é possível que ela seja uma pessoa inculta e rústica, que careça de educação avançada, não tenha lido nenhum livro famoso ou não consiga nem mesmo entender a Bíblia, mas ainda assim pode ter um pouco de calibre e ser capaz de falar com eloquência. Isso é um talento? (Sim.) Essa pessoa possui esse talento. Isso significa que ela tem conhecimento? (Não.) Então, o que significa conhecimento? Como ele é definido? Vamos colocar desta forma: se uma pessoa estudou pedagogia, por exemplo, ela tem conhecimento dessa profissão? Coisas como a forma de educar as pessoas, como transmitir conhecimento aos outros, que conhecimento transmitir e assim por diante? Ela tem conhecimento nesse campo, portanto, é um intelectual nesse campo? Ela pode ser chamada de um indivíduo talentoso que possui conhecimento nessa área? (Sim.) Vamos usar isso como exemplo: se uma pessoa é um intelectual engajado na educação, o que essa pessoa geralmente faz quando trabalha ou lidera a igreja? Quais são suas práticas habituais? Ela fala com as pessoas como um professor fala com um aluno? O tom de voz que ela usa não importa, o que importa é o que ela inspira nos outros e ensina para eles. Ela viveu segundo esse conhecimento por muitos anos, e esse conhecimento basicamente se tornou parte de sua vida, a ponto de, em todos os aspectos de seu comportamento ou de sua vida, você poder ver que ela possui esse conhecimento e vive de acordo com o conhecimento que adquiriu. É muito normal ver isso. Então, em que pessoas como essas geralmente confiam para fazer seu trabalho? No conhecimento que adquiriram. Digamos, por exemplo, que elas ouçam alguém dizer: “Não consigo ler as palavras de Deus. Eu as guardo, mas simplesmente não sei como lê-las. Como saberei o que é a verdade se não consigo ler as palavras de Deus? Como entenderei Suas intenções se não consigo ler Suas palavras?”. Elas dizem: “Eu sei como, eu tenho conhecimento, portanto, posso ajudá-lo. Este capítulo é dividido em quatro parágrafos. Normalmente, se o artigo for uma narrativa, há seis elementos: tempo, lugar, personagens, a causa do evento, o processo de desenvolvimento e a conclusão. A época em que esse capítulo da palavra de Deus foi publicado está no final — outubro de 2011. Esse é o primeiro elemento. Quanto aos personagens, este capítulo da palavra de Deus menciona ‘Eu’, portanto, a primeira pessoa é Deus, e depois Deus menciona ‘vocês’, que se refere a nós. Em seguida, disseca o estado de algumas pessoas; alguns estados são rebeldes e arrogantes, o que se refere a pessoas que são arrogantes e rebeldes, que não fazem o trabalho real, que praticam maldades, pessoas más e malignas. O curso das coisas é que as pessoas fazem coisas ruins. Há também algumas outras coisas relacionadas a diferentes aspectos”. O que vocês acham desse método de trabalho? É muito bom que elas ajudem as pessoas com tanto amor, mas qual é a base de suas ações? (Conhecimento.) Por que cito esse exemplo? Para ajudar as pessoas a entenderem mais claramente o que é conhecimento. Algumas pessoas não sabem ler a palavra de Deus, mas receberam uma instrução e talvez tenham se saído bem nas matérias de humanidades na escola, então conseguem abrir uma página da palavra de Deus, ler e dizer: “Este capítulo da palavra de Deus está tão bem expresso! Na primeira seção, Deus fala de forma direta e, na segunda, o tom revela um pouco de majestade e ira. Na terceira seção, tudo é exposto de forma específica e clara. É assim que a palavra de Deus deve ser. A quarta seção, o resumo geral, dá às pessoas a senda de prática. A palavra de Deus é perfeita!”. Sua conclusão e resumo da palavra de Deus vêm do conhecimento? (Sim.) Embora esse exemplo possa não ser muito adequado, o que Eu quero que vocês entendam ao dizer isso? Quero que vocês vejam claramente como é feio usar o conhecimento para abordar a palavra de Deus. É repugnante. Tais pessoas confiam em conhecimento para ler a palavra de Deus, então elas podem confiar na verdade para fazer as coisas? (Não.) De forma alguma.
Quais são as características de como as pessoas que vivem segundo o conhecimento fazem as coisas? Em primeiro lugar, quais são as vantagens que elas acham que possuem? Seu conhecimento e aprendizado, o fato de serem intelectuais e o fato de terem trabalhado em setores baseados em conhecimento. Os intelectuais possuem o estilo, as características e os padrões dos intelectuais quando fazem as coisas, de modo que não conseguem deixar de trazer um tipo de ar intelectual às coisas que fazem, o que faz com que as outras pessoas os admirem. É assim que os intelectuais fazem as coisas; eles sempre se concentram nesse ar intelectual. Não importa quão frágeis e gentis pareçam ser por fora, as coisas dentro deles certamente não são frágeis ou gentis, e eles sempre têm suas opiniões sobre tudo. Em tudo, eles sempre querem se exibir, usar seus artifícios mesquinhos e analisar e lidar com as coisas com base nas visões, atitudes e padrões mentais do conhecimento. A verdade é algo estranho para eles e é algo muito difícil de aceitar. Portanto, a primeira atitude de uma pessoa assim em relação à verdade é analisá-la. Qual é a base de sua análise? Conhecimento. Vou lhes dar um exemplo. As pessoas que estudaram técnicas de direção possuem conhecimento sobre direção? Independentemente de você ter estudado técnicas de direção sistematicamente em livros ou de tê-las estudado na prática e feito esse tipo de trabalho, em suma, você tem conhecimento nessa área. Independentemente de ter estudado técnicas de direção a fundo ou apenas superficialmente, se você estivesse envolvido no trabalho de direção no mundo dos não crentes, o conhecimento que você adquiriu nesse campo ou sua experiência com direção seria muito útil e valioso. No entanto, será que possuir esse tipo de conhecimento significa que você definitivamente será capaz de se sair bem no trabalho cinematográfico da casa de Deus? O conhecimento que você adquiriu pode realmente ajudá-lo a usar os filmes para testemunhar de Deus? Não necessariamente. Se você continuar enfatizando o que os livros didáticos lhe ensinaram e as regras e exigências do conhecimento do setor, você poderá cumprir bem seu dever? (Não.) Não há um ponto de discórdia ou conflito aqui? Quando as verdades princípios entram em conflito com esse aspecto do conhecimento, como você resolve isso? Você aceita seu conhecimento como seu guia ou aceita os princípios da verdade? Vocês podem garantir que cada tomada, cada cena e cada peça filmada não seja adulterada ou contenha muito pouca adulteração de seu conhecimento e que esteja completamente de acordo com os padrões e princípios exigidos pela casa de Deus? Se isso não for possível, então nenhum conhecimento que você adquiriu será útil na casa de Deus. Pensem nisso: qual é a utilidade do conhecimento? Que conhecimento é útil? Que tipo de conhecimento contradiz a verdade? O que o conhecimento traz para as pessoas? Quando as pessoas adquirem mais conhecimento, se tornam mais piedosas e possuem um coração mais temente a Deus, ou se tornam mais arrogantes e presunçosas? Depois de adquirir muito conhecimento, as pessoas se tornam complicadas, dogmáticas e arrogantes. Há algo mais fatal que elas talvez não tenham percebido: quando as pessoas dominam muito conhecimento, elas se tornam caóticas por dentro e desprovidas de princípios, e quanto mais conhecimento dominam, mais caóticas se tornam. Será que no conhecimento é possível encontrar respostas para as perguntas sobre por que as pessoas vivem e sobre o valor e o significado da existência humana? Podem ser encontradas conclusões quanto à origem e ao destino das pessoas? O conhecimento pode lhe dizer que você vem de Deus e foi criado por Deus? (Não.) Então, o que exatamente as pessoas estudam no âmbito do conhecimento? Ou que coisas, exatamente, o conhecimento instila nelas? Coisas materiais, coisas ateístas, coisas que as pessoas podem ver e coisas da mente que elas podem reconhecer, muitas das quais surgem da imaginação e simplesmente não são práticas. O conhecimento também instila, nas pessoas, filosofias, ideologias, teorias, leis naturais e assim por diante; no entanto, há muitas coisas que ele não consegue explicar claramente. Como os trovões e relâmpagos são formados, por exemplo, ou por que as estações mudam. O conhecimento pode lhe dar essas respostas verdadeiras? Por que, atualmente, o clima está mudando e ficando anormal? O conhecimento pode explicar isso claramente? Pode resolver esse problema? (Não.) Ele não pode lhe falar sobre questões relacionadas à fonte de todas as coisas, portanto não pode resolver esses problemas. Há também aqueles que perguntam: “Por que algumas pessoas voltam à vida depois de morrer?”. O conhecimento lhe deu essa resposta? (Não.) O que, então, o conhecimento diz a você? Ele informa as pessoas sobre muitos costumes e regulamentos. Por exemplo, a ideia de que as pessoas devem criar os filhos e demonstrar piedade filial para com os pais é um tipo de conhecimento sobre a vida humana. De onde vem esse conhecimento? Ele é ensinado pela cultura tradicional. O que, então, todo esse conhecimento traz para as pessoas? Qual é a essência do conhecimento? Neste mundo, há muitas pessoas que leram os clássicos, receberam um alto nível de instrução, são conhecedoras ou dominam um campo especializado de conhecimento. Então, na senda da vida, essas pessoas têm direção e objetivos corretos? Elas têm uma linha de base e princípios para sua conduta? Além disso, elas sabem adorar a Deus? (Não sabem.) Para ir um pouco além, elas entendem algum elemento da verdade? (Não, não entendem.) Então, o que é conhecimento? O que o conhecimento proporciona às pessoas? As pessoas provavelmente têm um pouco de experiência com isso. No passado, quando não possuíam conhecimento, as relações entre as pessoas eram simples — elas ainda são simples agora que as pessoas adquiriram conhecimento? O conhecimento torna as pessoas mais complicadas e impuras. Ele as torna mais carentes de humanidade normal e desprovidas de objetivos de vida. Quanto mais conhecimento as pessoas adquirem, mais distantes elas ficam de Deus. Quanto mais adquirem conhecimento, mais negam a verdade e a palavra de Deus. Quanto mais conhecimento as pessoas têm, mais extremas, teimosas e absurdas elas se tornam. E qual é o resultado? O mundo fica cada vez mais sombrio e maligno.
Acabamos de mencionar como os conflitos ou embates entre a aplicação do conhecimento e as verdades princípios devem ser resolvidos quando surgirem. O que vocês fazem quando se encontram em uma situação como essa? Alguns de vocês ofereceriam doutrina: “O que há de difícil em praticar de acordo com as verdades princípios? O que tem aí que não pode ser largado?”. Mas quando algo acontece com vocês, vocês continuam como antes, seguindo sua vontade, suas noções e imaginações e, embora possa haver momentos em que vocês gostariam de praticar a verdade e agir de acordo com os princípios, vocês simplesmente parecem ser incapazes de fazer isso, não importa o que aconteça. Todos sabem que, como uma questão de doutrina, é correto agir de acordo com as verdades princípios; sabem que o conhecimento certamente não se alinha com as verdades princípios e que, quando os dois entram em conflito ou embate, eles devem começar praticando de acordo com as verdades princípios e largando o conhecimento. Mas será que é tão simples assim, como uma questão factual? (Não.) Não, não é tão simples assim. Então, quais são as dificuldades ao praticar? Como se deve praticar para agir de acordo com as verdades princípios? Esses são problemas práticos, não são? Como devem ser resolvidos? Em primeiro lugar, é preciso se submeter. Mas as pessoas têm caracteres corruptos e, às vezes, não conseguem se submeter. Dizem: “‘Você pode levar um cavalo até a água, mas não pode forçá-lo a beber’ — tentar fazer com que eu me submeta é um caso assim, não é? O que há de errado em eu agir com base em meu conhecimento? Se você insistir que eu aja de acordo com as verdades princípios, não me submeterei”. O que você faz em momentos assim, quando um caráter rebelde está pronto para causar problemas? (Oro.) Às vezes, a oração não consegue resolver o problema. Sua atitude e mentalidade podem melhorar um pouco depois de orar, e você pode reverter parte de seu estado, mas se você não entender ou carecer de clareza sobre as verdades princípios relevantes, sua submissão pode acabar não passando de uma mera formalidade. Nesses momentos, você precisa entender a verdade, buscar as verdades relevantes e se esforçar para ser capaz de saber como o que está fazendo beneficia o trabalho da casa de Deus, o testemunho Dele e a propagação de Suas palavras. Você precisa ter clareza no coração sobre essas coisas. Seja qual for o seu dever, seja o que for que esteja fazendo, você precisa começar pensando no trabalho e nos interesses da casa de Deus, na divulgação das palavras de Deus ou no que o desempenho de seu dever deve alcançar. Isso vem em primeiro lugar. Nunca há espaço para ambiguidade quanto a isso, nem para concessões. Se fizer concessões em momentos como esse, você não desempenhará seu dever com sinceridade e não praticará a verdade — e o que é pior, é justo dizer, é que você está se envolvendo em seus próprios assuntos. Você está fazendo coisas para si mesmo em vez de desempenhar o dever de um ser criado. Se alguém quiser completar a comissão de Deus e cumprir bem o dever do homem, a verdade que ele deve entender e praticar primeiro é que ele precisa satisfazer as intenções de Deus. Você precisa ter essa visão. Desempenhar um dever não significa fazer coisas para si mesmo ou se envolver em seus próprios assuntos, muito menos significa dar testemunho de si mesmo e se promover, tampouco trata de sua fama, ganho e status. Esse não é seu objetivo. Em vez disso, trata-se de cumprir bem seu dever e dar testemunho de Deus; trata-se de assumir sua responsabilidade e satisfazer a Deus; trata-se de viver a consciência e a razão da humanidade normal, viver com a semelhança de um ser humano, viver diante de Deus. Com esse tipo de mentalidade correta, é possível superar facilmente o obstáculo de viver segundo seu conhecimento. Mesmo que alguns desafios permaneçam, eles mudarão gradualmente ao longo desse processo, e as circunstâncias mudarão para melhor. Então, qual é sua experiência atualmente? Ela está melhorando ou está estagnada? Se vocês estiverem sempre agindo segundo o conhecimento e seu cérebro e nunca buscarem as verdades princípios, vocês serão capazes de crescer na vida? Vocês chegaram a uma conclusão sobre isso? Parece que todos vocês ainda estão muito confusos sobre a questão da entrada na vida e não têm princípios específicos para isso, o que significa que lhes falta uma experiência mais profunda ou genuína dos princípios e da senda para praticar a verdade. Algumas pessoas sempre agem com seu conhecimento, não importa o que aconteça com elas. Elas só defendem algumas verdades princípios de forma abrangente em questões simples, permitindo que seu conhecimento assuma a liderança o tempo todo, com as verdades princípios subordinadas. Elas praticam dessa forma mediada e fazendo concessões; não exigem rigorosamente de si mesmas submissão total nem ação que esteja em absoluta concordância com as verdades princípios. Isso é correto da parte deles ou não? Qual é o perigo desse tipo de prática? Não é possível que ela se desvie do curso? Que resista a Deus e ofenda Seu caráter? Essa é a coisa que as pessoas mais precisam entender. Está claro para vocês agora qual é a diferença entre desempenhar um dever na casa de Deus e conseguir um emprego e sobreviver no mundo? Vocês têm uma consciência clara disso no coração? Vocês devem refletir sobre essa questão e ponderá-la com frequência. Qual é a maior diferença entre os dois? Vocês sabem? (Desempenhar um dever na casa de Deus tem a ver com ganhar a verdade e provocar uma mudança em nosso caráter corrupto; conseguir um emprego no mundo tem a ver com a vida da carne.) Você chegou bem perto, mas há uma coisa que não mencionou: desempenhar um dever na casa de Deus é viver segundo a verdade. Qual é o significado de viver segundo a verdade? Para as pessoas, é o fato de que seu caráter pode mudar e que elas podem ser salvas no final; para Deus, é o fato de que Ele pode ganhar você, um ser criado, e reconhecer que você é Sua criação. Então, de que as pessoas vivem quando conseguem um emprego no mundo? (As filosofias de Satanás.) Pelas filosofias de Satanás — tomadas coletivamente, isso significa que elas vivem segundo o caráter corrupto de Satanás. Não faz diferença se você está em busca de fama, ganho e status, ou de riqueza, ou sobrevivência — você está vivendo segundo caracteres corruptos. Quando consegue um emprego no mundo, você precisa quebrar a cabeça para tentar ganhar dinheiro. Para subir a escada da fama, do ganho e do status, você precisa depender inteiramente de coisas como competição, briga, luta, crueldade, malícia e matança — essa é a única maneira de se manter de pé. Para desempenhar um dever na casa de Deus, você precisa viver segundo as palavras de Deus e deve entender a verdade. As coisas negativas de Satanás não são apenas inúteis — elas também precisam ser largadas. Nenhuma coisa satânica é sustentável. Se alguém vive segundo as coisas satânicas, ele precisa ser julgado e castigado; se alguém vive segundo as coisas satânicas e está determinado a ser impenitente, deve ser eliminado e abandonado. Essa é a maior diferença entre desempenhar um dever na casa de Deus e conseguir um emprego no mundo.
Quando as pessoas vivem segundo seu conhecimento, em que tipo de estado estão vivendo? O que é que elas experimentam mais profundamente? Assim que aprende algo em algum domínio, você sente que é competente, que é fantástico — e, como resultado, fica limitado pelo seu conhecimento. Você adotou o conhecimento como sua vida e, quando algo acontece com você, é esse conhecimento que emerge para ditar que você faça isso e aquilo. Você gostaria de se livrar dele, mas não consegue, porque ele está gravado em seu coração e nada mais pode substituí-lo. É isso o que significa “a primeira impressão é a que fica”, por assim dizer. Há alguns conjuntos de conhecimento que seria melhor não ter estudado. É um inconveniente tê-los aprendido e um incômodo. O conhecimento abrange muitas áreas: educação, direito, literatura, matemática, medicina, biologia e assim por diante, todos eles derivados da experiência prática das pessoas. Essas são formas de conhecimento prático; as pessoas não conseguem viver sem eles e devem estudá-los. Mas há algumas formas de conhecimento que são venenosas para a humanidade — são venenos satânicos, vêm de Satanás. Tomemos como exemplo as ciências sociais, cujos ensinamentos incluem coisas como o ateísmo, o materialismo e o evolucionismo, bem como o confucionismo, o comunismo e as superstições feudais: todas essas são formas negativas de conhecimento que vêm de Satanás, e o principal propósito a que servem é o de infestar, corroer e distorcer o pensamento humano, amarrar e controlar o pensamento das pessoas, com o objetivo de corrompê-las, prejudicá-las e destruí-las. Transmitir o nome da família, por exemplo, a piedade filial, glorificar a família e a fórmula que diz: “Cultive a si mesmo, coloque a família em ordem, governe a nação e traga paz a todos” — todos esses são ensinamentos da cultura tradicional. Além disso, há as várias teorias teológicas, atuais na sociedade civil, do budismo, do taoismo e da religião moderna. Essas também estão inseridas no escopo do conhecimento. Algumas pessoas, por exemplo, serviram como pastores ou pregadores ou estudaram teologia. O que acontece quando se adquire esse conhecimento? É uma bênção ou uma maldição? (Uma maldição.) Como isso se torna uma maldição? Se essas pessoas não falam, que assim seja — mas quando abrem a boca, a doutrina religiosa sai. Elas estão sempre tentando pregar doutrinas espirituais; incutem nas pessoas os modos hipócritas dos fariseus, em vez de permitir que entendam a verdade. O conhecimento teológico se trata principalmente da teoria teológica. Qual é a característica mais notável da teoria teológica? Ela instila coisas nas pessoas que elas consideram espirituais e, uma vez que as pessoas tenham absorvido tais coisas pseudoespirituais, essa será a impressão que ficará. Mesmo que você tenha ouvido as palavras que Deus expressa, você não será capaz de entendê-las naquele momento e será constrangido pelo conhecimento e pelas teorias dos fariseus. Isso é algo muito perigoso. Não será difícil para uma pessoa como essa aceitar a verdade? Resumindo, se você viver segundo a doutrina e o conhecimento, se desempenhar seu dever e agir confiando em seus dons, talvez consiga fazer algumas coisas boas aos olhos dos outros. Mas quando está vivendo em um estado como esse, você está ciente disso? Consegue reconhecer que está vivendo segundo seu conhecimento? Consegue sentir as consequências que viver segundo o conhecimento pode trazer? Você não acaba ficando com um sentimento vazio no coração, uma sensação de que não há significado em uma vida como essa? E por que, exatamente, isso acontece? Essas perguntas devem ser esclarecidas. É nesse ponto que estamos na questão do conhecimento.
Acabamos de discutir os problemas de conhecimento e dons. Há mais uma questão: muitas pessoas vieram de sua crença inicial em Deus até o presente sem nunca descobrirem o que é a verdade ou como devem praticá-la e buscá-la. Elas têm vivido esse tempo todo com base em uma convicção ou em noções e imaginações humanas. Para simplificar, elas vivem segundo coisas que acreditam ser corretas. Andam por aí defendendo obsessivamente essas coisas e até as consideram a verdade. Acham que, se persistirem em sua prática até o fim, serão vencedoras e sobreviverão. Creem em Deus em virtude de tal noção. Podem sofrer, renunciar a suas famílias e carreiras, largar as coisas que amam — e continuam resumindo tudo em alguns regulamentos, que praticam como se fossem a verdade. Por exemplo, quando veem que alguém está passando por um momento difícil ou que a família de alguém está passando por dificuldades, elas tomam a iniciativa de estender a mão e ajudá-los. Elas perguntam por eles, cuidam deles e zelam por eles. Quando há um trabalho sujo ou exigente a ser feito, elas o fazem proativamente. Sujeira e exigências não as incomodam. Elas não são exigentes. Não discutem com os outros em suas interações com eles e fazem o possível para chegar a um acordo amigável com todos. Não brigam com os outros e aprendem a ser benevolentes e tolerantes com as pessoas, de modo que todos que passam algum tempo com elas dirão que são boas pessoas e crentes verdadeiros. Quando se trata de Deus, fazem o que Ele manda fazer e vão para onde quer que Ele as envie. Não resistem. Segundo o que elas vivem? (Zelo.) Não se trata apenas de uma forma simples de zelo — elas vivem segundo uma convicção que acreditam ser correta. Tais pessoas não entenderão a verdade nem mesmo após anos de crença em Deus, nem saberão o que é praticar a verdade, ou o que é se submeter a Deus, ou o que é satisfazer a Deus, ou o que é buscar a verdade, ou o que são as verdades princípios. Elas não saberão essas coisas. Elas nem sequer saberão o que é uma pessoa honesta ou como ser uma. Acreditam: “Tudo o que preciso fazer é viver assim e continuar seguindo. Quaisquer que sejam os sermões que a casa de Deus pregue, eu me manterei firme em meu jeito de fazer as coisas; não importa como Deus me trate, não desistirei de minha crença Nele nem O abandonarei. Consigo desempenhar qualquer dever que peçam que eu desempenhe”. Elas têm a impressão de que podem ser salvas se praticarem dessa forma. É uma pena, porém, que, apesar de não terem nenhum grande problema com sua atitude, elas não entendam nenhuma verdade, mesmo depois de ouvir sermões por tantos anos. Elas não entendem a verdade da submissão nem sabem como praticá-la, não entendem a verdade de ser uma pessoa honesta, nem a verdade de desempenhar lealmente seu dever, nem o que significa ser perfunctório. Não sabem se estão mentindo ou se são traiçoeiras. Essas pessoas não são dignas de pena? (São.) Elas vivem segundo o quê? Pode-se dizer que vivem segundo seu coração despojado e infantil? Por que isso? Porque, como elas acreditam: “Meu coração está exposto para o universo ver. Não está claro para as pessoas; elas não conseguem vê-lo — mas o Céu sabe disso”. Seu coração é “sincero” assim: ninguém consegue entendê-lo, e ele está fora do alcance de todos. Por que chamar isso de coração despojado e infantil? Porque elas têm algum tipo de humor, um sentimento, e usam esse sentimento pessoal ou esse seu pensamento positivo para interpretar o que um crente em Deus deve fazer e o que é um dever. Elas também usam esses sentimentos para codificar as exigências de Deus. Acreditam que “Deus não exige, de fato, que as pessoas façam nada, nem que tenham muita habilidade ou entendam muita verdade. Basta que alguém tenha um coração despojado e infantil. É tão simples crer em Deus — tudo o que você precisa fazer é continuar agindo com a força de um coração despojado e infantil”. No entanto, suas mentiras não param, tampouco sua resistência, sua rebeldia, suas noções, sua traição. Seja o que for que façam, elas não sentem que isso importa, mas pensam: “Tenho um coração que ama a Deus. Ninguém pode romper meu relacionamento com Deus, ninguém pode abafar meu amor por Deus e ninguém pode interferir em minha lealdade a Ele”. Que tipo de mentalidade é essa? Uma mentalidade absurda, não é? É absurda e digna de pena. Há um estado no espírito de uma pessoa assim — ressequido, empobrecido e lamentável. Por que “ressequido”? Porque, quando se deparam com uma coisa simples — por exemplo, quando contam uma mentira — elas não têm conhecimento nem percebem isso. Não sentem nenhuma autocensura; não têm nenhum tipo de sentimento. Elas seguiram a Deus até agora sem critérios rigorosos de avaliação em qualquer coisa que fizeram. Não sabem que tipo de pessoa são, nem se são traiçoeiras, nem se realmente foram capazes de ser uma pessoa honesta, nem se são capazes de se submeter às exigências de Deus. Não sabem nada disso. São tão lamentáveis assim e estão com o espírito ressequido. Por que dizer que estão com o espírito ressequido? Porque não sabem o que Deus exige delas, nem por que creem em Deus, nem que tipo de pessoa devem buscar ser. Não sabem quais atos carecem de razão ou quais atos violam as verdades princípios. Não sabem que atitude adotar com pessoas malignas e que atitude adotar com pessoas boas; não sabem com quem devem interagir ou de quem devem se aproximar. Quando se tornam negativas, nem sabem em que estados caíram. Isso é o que significa estar com o espírito ressequido. Vocês são assim? (Sim.) Não gosto de ouvi-los dizer isso, mas esse é o tipo de estado em que vocês se encontram. Vocês estão sempre emotivos, e ninguém sabe quando isso vai mudar.
O que é ser emotivo? Analisaremos um exemplo. Algumas pessoas acham que amam muito a Deus. Em particular, elas se sentem muito honradas e duplamente abençoadas por terem nascido nos últimos dias, por terem aceitado este estágio da obra de Deus e por serem capazes de ouvir Suas palavras com seus próprios ouvidos e experimentar Sua obra pessoalmente. Consequentemente, elas acham que devem encontrar alguma maneira de expressar seu coração despojado e infantil. E como fazem isso? Suas emoções vêm à tona, seu ardor está prestes a irromper, elas se tornam um pouco irracionais e suas emoções se tornam anormais. E a feiura emerge disso. Na China continental, elas viviam em um ambiente hostil à crença em Deus e viviam uma vida de opressão. Naquela época, elas tinham ardor e desejavam gritar: “Deus Todo-Poderoso, eu Te amo!”. Mas não havia lugar para fazer isso — elas não podiam, por medo de serem presas. Agora elas estão no exterior e são livres para crer; finalmente têm um lugar para dar vazão a seu coração despojado e infantil. Elas precisam expressar o quanto amam a Deus. Por isso, saem às ruas e encontram um lugar sem muitas pessoas por perto, onde podem gritar à vontade. Mas antes que consigam fazê-lo, sentem que não têm confiança para prosseguir. Olham para a cena a seu redor, e o grito não vem. O que está passando pela cabeça delas? “Isso não vai funcionar. Não basta apenas ter um coração despojado e infantil. Ainda não tenho um coração que ama a Deus. Não é de admirar que eu não tenha nada para gritar.” E assim, entristecidos e sofrendo, elas vão para casa e, em lágrimas, oram a Deus: “Ó Deus, eu não ousava gritar ‘eu Te amo’ quando estava em um ambiente que não permitia isso. Agora, estou em um ambiente onde isso é permitido, mas ainda assim não tenho confiança. Meu grito não vem. Parece que minha estatura e minha confiança são muito pequenas. Não tenho a vida”. A partir de então, oram sobre essa questão, fazem preparativos e se dedicam a ela. Com frequência, leem as palavras de Deus e se emocionam até as lágrimas com elas, e essas emoções e entusiasmo se desenvolvem e se acumulam em seu coração. Isso continua até que, um dia, elas se sentem cheias de emoção a ponto de poderem ir a uma praça pública com capacidade para milhares de pessoas e gritar “Eu Te amo, Deus Todo-Poderoso” na frente da multidão — mas quando vão à praça e veem todas as pessoas lá, seu grito não vem. Talvez elas não o tenham gritado, mesmo agora. Mas, quer tenham gritado ou não, o que isso significaria? Gritar assim é praticar a verdade? É um testemunho de Deus? (Não.) Então, por que estão determinadas a gritar isso? Elas acreditam que esse seu grito seria mais forte e mais eficaz do que qualquer outro método de espalhar as palavras de Deus e dar testemunho de Deus. Isso é o que significa ser uma pessoa com um coração despojado e infantil. É bom ou ruim que uma pessoa tenha tais emoções? É normal ou anormal? Isso pode ser classificado como parte do âmbito da humanidade normal? (Não.) Por que não? Qual é o objetivo de Deus ao fazer com que as pessoas desempenhem deveres e ao fazê-las entender e praticar a verdade? É para aumentar a intensidade do amor das pessoas por Ele ou a motivação delas em desempenhar seu dever? (Não.) Vocês têm essas emoções às vezes, ou talvez com frequência? (Sim.) Quando isso acontece, você sente que elas surgem repentina e anormalmente ou que são difíceis de reprimir? Você precisa reprimi-las, por mais difícil que seja. Deixando todo o resto de lado, essas são apenas emoções, não são as conquistas que vêm depois que as pessoas entendem e praticam a verdade ou depois que seguem o caminho de Deus. Elas são um estado anormal. Esse estado anormal pode, então, ser classificado como teimosia extrema? Isso varia de acordo com o caso. Há diferentes graus; alguns podem ser classificados como teimosia extrema, e outros chegam ao nível do absurdo. É normal que uma pessoa manifeste um pouco desse humor de vez em quando. Então, quais manifestações disso são anormais? Fazer algo por causa de uma emoção irresistível. Quando alguém vive seu dia a dia e se esforça por causa disso, lendo as palavras de Deus e espalhando o evangelho também por causa disso, e desempenhando todo e qualquer dever por causa disso — quando tudo gira em torno dessa coisa, e isso se torna o valor e o significado de sua existência e vida — isso significa problemas. A meta e a direção dessa pessoa ficam distorcidas. Há uma feiura nas pessoas que vivem segundo seu coração despojado e infantil. Há algo de teimosia nelas, e elas têm emoções anormais. Se alguém vive segundo essas coisas e frequentemente vive em tal estado, será que consegue entender a verdade? (Não.) Se ele não consegue entender a verdade, qual é o estado de espírito dele quando ouve sermões? Que intenção ele tem ao ler as palavras de Deus? Uma pessoa que sempre crê em Deus com um coração despojado e infantil e com cerimônias religiosas consegue entender e ganhar a verdade? (Não.) Por que não? Nada do que ela faz se baseia na verdade, mas em teoria religiosa e em noções e imaginações. Também não se trata de buscar e praticar a verdade. Ela não se importa nem um pouco com o que a verdade realmente é ou com o que as palavras de Deus dizem. Ela não se importa com isso, como se tudo o que alguém precisasse para crer em Deus fosse um coração despojado e infantil, como se tudo o que tivesse que fazer fosse lidar com as coisas e se esforçar na igreja. Para ela, é simples assim. Ela não compreende o que é entender e praticar a verdade, nem sabe o que buscar para ser salva. Ela pode pensar nessas coisas às vezes, mas simplesmente não consegue resolvê-las. O tempo todo, fica pensando: “Enquanto eu tiver zelo, atingir um nível elevado de emoção e puder perseverar até o fim, posso ser salvo” e, consequentemente, levada por suas emoções intensas, ela só faz coisas tolas, coisas que vão contra as verdades princípios. No final, ela é revelada e eliminada. Parece que as emoções intensas não são uma coisa tão boa, afinal de contas.
Há outro estado bastante terrível em viver de acordo com um coração despojado e infantil, que é o fato de algumas pessoas sempre confiarem no entusiasmo para crer em Deus. O fogo em seus corações nunca se apaga; elas acham que tudo o que precisam para crer em Deus é um coração despojado e infantil. “Não preciso entender a verdade, não preciso examinar a mim mesmo e não preciso vir para diante de Deus para confessar meus pecados e me arrepender — e certamente não preciso aceitar nenhum julgamento, castigo, poda, nem censura e crítica de ninguém”, pensam. “Não preciso dessas coisas. Tudo o que preciso é de um coração despojado e infantil.” Esse é o princípio de sua crença em Deus. Elas pensam: “Não preciso aceitar julgamento e castigo. Basta que eu me sinta bem comigo mesmo. Acredito que Deus certamente ficará feliz com o fato de eu fazer isso. Se estou feliz, Deus está feliz — isso é tudo. Serei salvo se crer em Deus dessa forma”. Não é essa uma maneira terrivelmente ingênua de pensar? Vocês costumavam estar em um estado como esse, não é verdade? (Sim.) Se vocês viverem até o fim em um estado como esse, incapazes de qualquer reforma, então é justo dizer que vocês não entendem nem um pouco da verdade. A verdade não tem relevância sobre vocês. Vocês não conhecem o objetivo nem o significado da salvação do homem por Deus e não entendem do que trata a crença em Deus. Qual é a diferença entre fé em Deus e crença na religião? Todos imaginam que crer em religião se deve ao fato de uma pessoa carecer de sustento, de ter dificuldades em casa. Ou que deseja achar algo em que possa se apoiar para encontrar sustento espiritual. Muitas vezes, a crença na religião nada mais é do que fazer com que as pessoas sejam boas, benevolentes, ajudem as outras, sejam gentis umas com as outras, façam mais boas ações para acumular virtude, não cometam homicídio nem incêndio criminoso, não infrinjam a lei ou cometam crimes, não façam coisas ruins, não batam nas pessoas nem as xinguem, não furtem nem roubem, e não enganem nem ludibriem. Esse é o conceito de “crença em religião” que existe na mente de todos. Quanto do conceito de crença em religião existe hoje no coração de vocês? Essas coisas associadas à crença na religião estão de acordo com a verdade? De onde, exatamente, elas vêm? Vocês sabem? Se vocês creem em Deus com um coração que abriga a crença na religião, qual será o resultado? Essa é a maneira correta de crer em Deus? Existe uma diferença entre o estado de crer na religião e o estado de ter fé em Deus? Qual é a diferença entre crença na religião e fé em Deus? Quando você começou a crer em Deus, pode ter sentido que crer na religião e ter fé em Deus eram a mesma coisa. Mas hoje, depois de crer em Deus durante vários anos, o que, exatamente, você acha que ter fé realmente é? Existe alguma diferença em relação a crer na religião? A crença na religião significa seguir alguns rituais religiosos a fim de trazer felicidade e conforto ao espírito. Não está relacionada a perguntas sobre a senda que as pessoas trilham ou como elas vivem sua vida. Não há mudança em seu mundo interior; você continua sendo você, e sua natureza essência permanece a mesma. Você não aceitou as verdades que vêm de Deus nem fez delas a sua vida; apenas fez algumas boas ações ou seguiu cerimônias e regulamentos. Você apenas se empenhou em algumas atividades relacionadas à crença na religião — só isso, e mais nada. A que, então, a fé em Deus se refere? Ela significa uma mudança na forma como você vive, significa que já houve uma mudança no valor da sua existência e em seus objetivos na vida. Originalmente, você vivia por coisas como honrar seus ancestrais, destacar-se da multidão, ter uma vida boa e buscar fama e fortuna. Hoje, você abandonou essas coisas. Você não segue mais Satanás, deseja abandoná-lo, abandonar essa tendência maligna. Você está seguindo a Deus, o que você aceita é a verdade, e a senda que você trilha é a de buscar a verdade. A direção de sua vida mudou completamente. Depois de crer em Deus, você está encarando a vida de forma diferente, tendo um modo de viver diferente, seguindo o Criador, aceitando e se submetendo à soberania e aos arranjos do Criador, aceitando a salvação do Criador e, no fim, tornando-se um verdadeiro ser criado. Isso não é mudar seu modo de viver? É algo completamente oposto à sua busca, ao seu modo de viver e às motivações e o significado por trás de tudo que você fez anteriormente — é algo completamente oposto, não está nem mesmo na mesma categoria. Terminaremos aqui com a diferença entre fé em Deus e crença na religião. Vocês conseguem ver em si mesmos o estado de ter um “coração despojado e infantil” do qual falamos? (Sim.) Então, vocês estão vivendo com um coração despojado e infantil na maior parte do tempo ou apenas têm esse estado de vez em quando? Se for de vez em quando, isso prova que você já abandonou esse estado e começou a buscar a verdade, que começou a sair dessa condição; se você ainda está vivendo segundo um coração despojado e infantil na maior parte do tempo e não sabe como viver segundo as palavras de Deus, segundo a verdade, nem como abandonar as restrições de um coração despojado e infantil e não sabe como sair desse estado, isso prova que você não está vivendo diante de Deus, que você ainda não sabe o que é a verdade nem como buscá-la. Essa é uma distinção grande? (Sim.) Se você continuar a viver dessa forma, sem entender a verdade nem minimamente, você estará em perigo — você terá que ser eliminado mais cedo ou mais tarde. Quanto à forma como esse coração despojado e infantil surge, você terá que buscar a verdade, dissecar o estado e mudar esse estado. Por que alguém teria esse coração despojado e infantil; quais consequências resultarão de confiar no fervor para crer em Deus; se você pode ganhar a verdade crendo em Deus dessa forma; se isso reforçará sua fé Nele — você precisa ter clareza sobre essas questões no coração. Isso exige que você se compare, reflita e busque a resolução.
Um tipo de pessoa tem um coração entusiasmado em sua crença em Deus. Aceita qualquer dever e até um pouco de dificuldade, mas seu temperamento é instável — é emocional e caprichoso, inconsistente. Ela age apenas de acordo com seu humor. Quando está feliz, faz bem o trabalho que lhe foi confiado e se dá bem com quem quer que seja seu parceiro e com quem quer que se relacione. Também está disposta a assumir mais do dever — qualquer que seja o dever que esteja desempenhando, ela tem um senso de responsabilidade por ele. É assim que age quando está em um bom estado. Pode haver uma razão para que esteja em um bom estado: talvez tenha sido elogiada por ter feito um bom trabalho em seu dever e tenha conquistado a estima e a aprovação do grupo. Ou, talvez, muitas pessoas apreciem o trabalho que ela produziu e, por isso, ela está inflada como um balão que se enche ainda mais a cada elogio. E assim, ela continua desempenhando o mesmo dever todos os dias, mas, durante todo esse tempo, nunca entende as intenções de Deus nem busca as verdades princípios. Está sempre agindo de acordo com a força de sua experiência. Experiência é a verdade? É confiável agir com base na experiência? Ela está de acordo com as verdades princípios? Agir com base na experiência não está de acordo com os princípios; necessariamente haverá momentos em que isso falhará. Então, chega um dia em que ela não cumpre bem seu dever. Muitas coisas dão errado e ela é podada. O grupo fica insatisfeito com ela. Então, ela se torna negativa: “Não estou mais desempenhando esse dever. Eu o faço mal. Todos vocês são melhores do que eu. Eu é que não sou bom. Quem estiver disposto a fazer isso, vá em frente!”. Alguém lhe comunica a verdade, mas isso não chega até ela, e ela não entende, dizendo: “O que há para comunicar em relação a isso? Não me importa se é a verdade ou não — desempenharei meu dever quando estiver feliz e não o farei quando não estiver. Por que tornar isso tão complicado? Não vou fazer isso agora; vou esperar pelo dia em que estiver feliz”. É assim que ela é, consistentemente. Seja no desempenho de seus deveres, lendo as palavras de Deus ou ouvindo sermões e participando de reuniões, ou em suas interações com os outros — em tudo o que diz respeito a qualquer aspecto de sua vida, o que ela revela é nublado em um momento e ensolarado no outro, elevado em um momento e deprimido no outro, frio em um momento e quente no outro, negativo em um momento e positivo no outro. Resumindo, seu estado, bom ou ruim, é sempre bastante evidente. Você pode ver isso em um piscar de olhos. Essa pessoa é inconsistente em tudo o que faz, entregando-se apenas ao seu temperamento. Quando está feliz, faz um trabalho melhor e, quando não está, faz um trabalho ruim — pode até parar de fazê-lo e desistir. Seja o que for que esteja fazendo, ela precisa fazê-lo de acordo com seu humor, de acordo com o ambiente, de acordo com suas exigências. Ela não tem nenhuma vontade de passar por dificuldades; é mimada e mal-acostumada, histérica, impermeável à razão e não faz nada para conter isso. Ninguém pode ofendê-la; quem o faz é alvo de seu temperamento, que surge como uma tempestade — e assim que passa, ela fica negativa e emocionalmente abatida. Além disso, faz tudo com base em suas preferências. “Se eu gostar desse trabalho, eu o farei; se não gostar, não o farei e nunca o farei. Qualquer um de vocês que estiver disposto pode fazê-lo. Isso não tem nada a ver comigo.” Que tipo de pessoa é essa? Quando está feliz e seu estado é bom, seu coração se agita e ela diz que quer amar a Deus. Está tão agitada que chora, com lágrimas quentes escorrendo pelo rosto, soluçando alto. Esse é um coração que realmente ama a Deus? O estado de amar a Deus no coração é normal, mas se observarmos seu caráter, seu comportamento e suas revelações, você pensaria que se trata de uma criança de mais ou menos dez anos de idade. Esse seu caráter, seu modo de viver, é capricho. Ela é inconsistente, desleal, é irresponsável e imprudente em tudo o que faz. Nunca passa por dificuldades e não está disposta a assumir responsabilidades. Quando está feliz, consegue fazer qualquer coisa; um pouco de dificuldade não faz mal, e se seus interesses sofrerem um golpe, tudo bem também. Mas se estiver infeliz, não fará nada. Que tipo de pessoa é essa? Um estado como esse é normal? (Não.) Esse problema vai além de um estado anormal — é uma manifestação de extremo capricho, extrema insensatez e ignorância, extrema infantilidade. Qual é o problema do capricho? Alguns podem dizer: “É uma instabilidade de temperamento. Ela é muito jovem e passou por poucas dificuldades, e sua personalidade ainda não está definida, por isso costuma ser caprichosa em seu comportamento”. Fato é que o capricho não se importa com a idade: pessoas de quarenta e poucos anos e septuagenários também são caprichosos às vezes. Como isso pode ser explicado? O capricho é, de fato, um problema no caráter de uma pessoa, e um problema extremamente sério! Se ela estiver desempenhando um dever importante, isso pode atrasar esse dever e o progresso do trabalho, causando prejuízos aos interesses da casa de Deus; e em relação aos deveres comuns, às vezes isso também afeta esses deveres e atrapalha as coisas. Não há nada nisso que beneficie os outros, a ela mesma ou o trabalho da igreja. As pequenas tarefas que realiza e os preços que paga causam um prejuízo líquido. Pessoas particularmente caprichosas são inaptas para desempenhar deveres na casa de Deus, e há muitas pessoas assim. Capricho é a manifestação mais comum entre os caracteres corruptos. Praticamente todas as pessoas têm esse tipo de caráter. E o que é esse caráter? Naturalmente, todo caráter corrupto é uma variedade dos caracteres de Satanás, e o capricho é um caráter corrupto. Em termos brandos, é não amar nem aceitar a verdade; em termos mais pesados, é ser avesso à verdade e odiá-la. Pessoas caprichosas podem se submeter a Deus? Certamente que não. Podem momentaneamente, quando estão felizes e lucrando, mas quando estão infelizes e não lucram, ficam furiosas e ousam resistir e traí-Lo. Elas dirão a si mesmas: “Não me importa se isso é verdade ou não — o que importa é que eu esteja feliz, que eu esteja contente. Se eu estiver infeliz, nada do que alguém disser ajudará! Para que serve a verdade? Para que serve Deus? Eu sou o chefe!”. Que tipo de caráter corrupto é esse? (Odiar a verdade.) É um caráter que odeia a verdade, que é avesso a ela. Há um elemento de arrogância e convencimento nisso? Um elemento de intransigência? (Sim.) Há outro estado grave aqui. Quando estão de bom humor, elas são gentis com todos e responsáveis no desempenho de seus deveres; as pessoas pensam que são pessoas boas e submissas, que estão dispostas a pagar um preço e que realmente amam a verdade. Mas, assim que se tornam negativas, encerram o expediente, reclamam e até se tornam resistentes à razão. Aqui, seu lado cruel emerge. Ninguém pode repreendê-las. Elas até dizem: “Eu entendo todas as verdades, só não as pratico. Para mim, basta estar tranquilo comigo mesmo!”. Que caráter é esse? (Crueldade.) Essas pessoas malignas não estão apenas prontas para lutar contra qualquer um que possa podá-las, elas até o machucariam e o prejudicariam, como um demônio maligno. Ninguém se atreveria a mexer com elas. Isso não é altamente caprichoso e cruel da parte delas? Esse é um problema relacionado à juventude? Será que elas não seriam caprichosas se fossem mais velhas? Seriam mais atenciosas e racionais se fossem mais velhas? Não. Isso não é uma questão de personalidade nem de idade. Há um caráter corrupto profundamente enraizado escondido ali. Elas são governadas por um caráter corrupto, e é segundo esse caráter corrupto que elas vivem. Existe submissão em alguém que vive em um caráter corrupto? Ele pode buscar a verdade? Existe uma parte dele que ama a verdade? (Não.) Não, não há nada disso. Todos vocês já tiveram um estado caprichoso? (Sim.) Vocês sentiriam que isso é um problema se não comunicássemos isso? (Não.) Agora, depois de termos comunicado sobre isso, vocês acham que é um problema muito sério? (Sim.) Alguns caprichos ocasionais decorrem de causas objetivas. Isso não é um problema de caráter. Todos os problemas de caráter e todas as revelações de um caráter corrupto em suas ações produzirão consequências negativas. Aqui está um exemplo de uma causa objetiva: digamos que alguém esteja com uma dor de estômago terrível hoje. Ele está sentindo tanta dor que mal tem forças para falar. Ele só quer ficar deitado por um tempo. Nesse momento, alguém se aproxima e troca algumas palavras com ele, e seu tom de resposta é um pouco áspero. Isso é um problema com seu caráter? Não, não é. Ele só está sendo assim porque está doente e sentindo dor. Se ele fosse esse tipo de pessoa em momentos normais, uma pessoa que falasse dessa forma, isso seria um problema de caráter. Nesse caso, há um tom ruim em sua fala porque a dor ultrapassou um determinado limite. Isso é algo normal de acontecer. Se houver uma causa objetiva e todos reconhecerem que falar ou agir dessa forma é perdoável e razoável, dadas as circunstâncias, e que se trata apenas da natureza humana, então isso é um comportamento e uma revelação da humanidade normal. Veja o exemplo de alguém que perdeu um parente e começa a chorar de tristeza. Isso é perfeitamente normal. No entanto, há pessoas que o julgam e dizem: “Essa pessoa é sentimental. Ela crê em Deus há tantos anos, mas ainda não consegue largar os afetos por sua família. Ela até chora quando um parente seu morre. Que tolice!”. Então, quando a mãe de quem fala morre, ele chora mais do que qualquer outro. Como se deve ver isso? Não se pode aplicar regulamentos cegamente ou fazer generalizações sobre isso — algumas coisas têm causas objetivas e são comportamentos e revelações da humanidade normal. Quais são os comportamentos e as revelações da humanidade normal e quais não são — isso varia de acordo com as circunstâncias. Seja qual for a menção feita sobre o modo de vida de uma pessoa, o que está sendo dito se refere, em um aspecto, a problemas no caráter das pessoas e, em outro aspecto, a problemas nos pontos de vista delas, seus modos de busca e suas sendas de busca. Não se trata, de forma alguma, de uma questão de temperamento ou personalidade, nem de suas maneiras externas de fazer as coisas.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.