94. O que ganhei ao fazer trabalho real
Em novembro de 2021, fui eleito líder da igreja. No início, aprendi ativamente com meus parceiros, participei de várias tarefas e, embora fosse um pouco agitado e cansativo, senti-me muito realizado. Depois de um tempo, descobri que precisava examinar, acompanhar e participar da solução de problemas em vários itens do trabalho de igreja, e que isso exigia muito tempo e energia. Pensei: “Se eu realmente participar de todas as tarefas, não vou ficar ainda mais ocupado e cansado?”. Nessa época, eu estava supervisionando o trabalho evangelístico, mas havia muitas coisas que não entendia quando comecei e, para fazer o trabalho bem-feito, eu tinha que gastar mais tempo e energia aprendendo e buscando. Pensei em Mo Li, que havia sido líder antes e que compreendia melhor do que eu como implementar e acompanhar o trabalho evangelístico. Achei que não haveria problema se ela supervisionasse o trabalho evangelístico e que, com uma pessoa experiente cuidando do trabalho, as coisas ficariam muito mais fáceis para mim. Depois disso, deixei Mo Li supervisionar o trabalho evangelístico por um tempo e, a cada reunião, eu só perguntava a ela como tudo estava indo. Eu a ouvia me dizer que todo o trabalho necessário havia sido implementado, então eu não perguntava sobre os detalhes e só dizia para ela acompanhar o trabalho de perto. Nessa época, eu sabia que, como líder, precisava acompanhar os detalhes do trabalho, mas não queria me desgastar muito. Eu achava bom Mo Li estar no comando, então raramente perguntava sobre o trabalho evangelístico. Algum tempo depois, os líderes superiores enviaram uma carta perguntando quais receptores potenciais do evangelho poderiam receber pregação e quais não poderiam. Fiquei surpreso, pois não havia entendido esses detalhes específicos e então perguntei a Mo Li a respeito, mas ela disse que só tinha um entendimento geral sobre o assunto, que também não conhecia os detalhes específicos de cada receptor potencial do evangelho e que não os tinha acompanhado. Ao ouvir isso, fiquei com raiva e pensei: “Você tem supervisionado o trabalho evangelístico e, mesmo assim, não entendeu os detalhes! Não está fazendo trabalho real!”. Mais tarde, analisei os detalhes e só então descobri que a maneira usual de Mo Li implementar os arranjos do trabalho evangelístico só envolvia a leitura deles com os irmãos e que ela não vinha fazendo nenhuma comunhão ou arranjo detalhado. Quando ouvi os irmãos relatarem isso, fiquei desconfortável, pensando que Mo Li tinha sido bastante perfunctória em seus deveres. Nesse momento, também percebi que o principal problema era comigo. Em geral, eu só arranjava o trabalho durante as reuniões e, embora tenha dito aos irmãos para se esforçarem mais em seus deveres e para confiarem em Deus quando enfrentassem dificuldades, na verdade, eu só citava doutrinas e chavões e raramente perguntava sobre os detalhes do trabalho, o que se assemelhava a lavar as minhas mãos. Exatamente como no trabalho evangelístico, após atribuir as tarefas para Mo Li, eu só ficava esperando que ela fizesse o trabalho bem-feito, enquanto eu simplesmente me sentava e colhia os benefícios. Como eu poderia desempenhar bem meus deveres dessa forma? Todos os problemas com o trabalho foram causados pelo fato de eu ter me deixado levar pelo conforto e por ser perfunctório. Lembro-me de que havia dois receptores potenciais do evangelho naquela época, mas como eu não os examinei nem acompanhei a tempo, atrasei a pregação do evangelho a eles. Mais tarde, o pregador me advertiu: “Você é líder há um mês. Por que ainda não entende essas tarefas? Você realmente deveria refletir sobre si mesmo”.
Durante meus devocionais, li as palavras de Deus: “A característica principal do trabalho dos falsos líderes é tagarelar sobre doutrina e papaguear bordões. Após emitir suas ordens, eles simplesmente lavam as mãos sobre a questão. Não fazem perguntas sobre o desenvolvimento subsequente do trabalho; não perguntam se surgiu algum problema, desvio ou dificuldade. Eles dão seu trabalho por terminado assim que designam o trabalho. Na verdade, como líder, depois de arranjar o trabalho, você deve acompanhar o progresso do trabalho. Mesmo que não esteja familiarizado com essa área de trabalho — mesmo que lhe falte qualquer conhecimento sobre ele — você pode encontrar um jeito de fazer seu trabalho. Você pode encontrar alguém que realmente o capta, que entende a profissão em questão para fazer um exame minucioso e fazer sugestões. A partir dessas sugestões, você pode identificar os princípios apropriados e assim será capaz de acompanhar o trabalho. Não importa se você está familiarizado ou entende a profissão em questão; no mínimo, você deve presidir sobre o trabalho, acompanhá-lo e continuamente fazer indagações e perguntas sobre seu progresso. Você deve manter uma compreensão dessas questões; isso é responsabilidade sua, faz parte do seu trabalho. Não acompanhar o trabalho, não fazer nada depois que ele foi designado — lavar as mãos sobre isso — essa é a maneira como os falsos líderes fazem as coisas. Não acompanhar o trabalho nem prover orientação em relação a ele, não investigar nem resolver os problemas que surgem e não captar o progresso ou a eficiência do trabalho também são manifestações dos falsos líderes” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (4)”). “Visto que os falsos líderes não se informam sobre o progresso do trabalho e visto que são incapazes de identificar — e muito menos resolver — prontamente problemas que surgem nele, isso frequentemente causa atrasos repetidos. Em determinado trabalho, já que as pessoas não entendem os princípios e não há ninguém adequado para ser responsável por ele ou para presidir sobre ele, aqueles que executam o trabalho estão frequentemente num estado de negatividade, passividade e espera, o que afeta severamente o progresso do trabalho. Se os líderes tivessem cumprido suas responsabilidades — se tivessem presidido ao trabalho, avançado, supervisionado, e encontrado alguém que entende essa área para guiar o trabalho, o trabalho teria avançado mais rapidamente, em vez de sofrer repetidos atrasos. Para os líderes, então, é vital entender e captar o status do trabalho. Claro que é também muito necessário que os líderes entendam e captem como o trabalho está progredindo, visto que o progresso está relacionado à eficiência do trabalho e aos resultados que este pretende alcançar. Se os líderes e obreiros não têm controle sobre como o trabalho da igreja está progredindo, e não acompanham, nem supervisionam as coisas, o progresso do trabalho da igreja está fadado a ser lento. Isso se deve ao fato de que a maioria das pessoas que desempenham deveres é seriamente canalha, não tem senso de fardo e costuma ser negativa, passiva e perfunctória. Se não houver ninguém com um senso de fardo e capacidades de trabalho que assuma responsabilidade pelo trabalho de maneira concreta, informando-se sobre o progresso do trabalho em tempo hábil, e orientando, supervisionando, disciplinando e podando o pessoal que desempenha os deveres, então, naturalmente, o nível da eficiência do trabalho será muito baixo, e os resultados do trabalho serão ruins. Se os líderes e obreiros nem conseguem enxergar isso com clareza, eles são tolos e cegos. E, portanto, os líderes e obreiros devem analisar, acompanhar e compreender prontamente o progresso do trabalho, investigar os problemas que as pessoas que estão desempenhando deveres têm e que precisam ser resolvidos, e entender que problemas deveriam ser resolvidos a fim de alcançar resultados melhores. Essas coisas são todas muito cruciais; uma pessoa que age como líder precisa ter clareza sobre essas coisas. Para desempenhar bem seu dever, você não pode ser igual a um falso líder, que faz algum trabalho superficial e então acha que desempenhou bem o dever. Os falsos líderes são descuidados e desleixados no trabalho, não têm senso de responsabilidade, não resolvem problemas quando estes surgem e, qualquer que seja o trabalho que fazem, só tocam a superfície deste e o abordam perfunctoriamente; só dizem palavras altivas, proferem doutrinas e conversa vazia e agem sem se envolver em seu trabalho. Em geral, esse é o estado de como os falsos líderes fazem trabalho. Embora, em comparação com os anticristos, os falsos líderes não façam nada abertamente maligno e não cometam o mal deliberadamente, quando você analisa a eficácia do trabalho deles, é justo caracterizá-los como perfunctórios, como alguém que não assume um fardo, que é irresponsável e não tem lealdade em relação ao trabalho” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (4)”). As palavras de Deus indicaram a atitude que os líderes e obreiros deveriam ter em seu trabalho, ou seja, acompanhar ativamente, perguntar e examinar o progresso da obra e resolver vários problemas e dificuldades, garantindo o bom andamento do trabalho. Essas são as responsabilidades dos líderes e obreiros. Mesmo que alguém seja inexperiente, pode procurar aqueles que entendem de habilidades profissionais e encontrar princípios de prática por meio delas para que sejam capazes de acompanhar o trabalho. Só que um falso líder não compreende as condições atuais nem o progresso do trabalho e não entende os resultados que cada tarefa deve alcançar ou como as pessoas estão se saindo. Ele trabalha de maneira superficial e descuidada, fazendo apenas o que é necessário e não realizando trabalho real, o que faz com que o trabalho não progrida. O que Deus expôs foi exatamente o meu comportamento. No trabalho evangelístico, usei minha falta de entendimento inicial como desculpa e deleguei o trabalho para Mo Li supervisionar. Achei que, como ela tinha sido líder e estava familiarizada com o trabalho evangelístico, deveria ser capaz de assumir a responsabilidade, mas, mais tarde, não acompanhei nem perguntei quantos receptores potenciais do evangelho poderiam receber pregação ou quais problemas ou dificuldades os irmãos vinham tendo em seus deveres. Cheguei até a pensar que, como Mo Li havia dito que todo o trabalho tinha sido implementado e não mencionou nenhuma dificuldade, eu não tinha muito com o que me preocupar, de modo que não participei do trabalho evangelístico. Como líder, eu deveria ser responsável por acompanhar, analisar e supervisionar o progresso e o status de todos os itens do trabalho e, mesmo que deixasse Mo Li supervisionar o trabalho evangelístico, eu ainda deveria acompanhar, supervisionar e verificar os detalhes específicos. Se o trabalho não estivesse gerando resultados, eu tinha que encontrar as causas e resolver os problemas e dificuldades a tempo, mas repassei o trabalho para outras pessoas e comecei a assumir uma atitude de omissão, e, como resultado, o trabalho evangelístico teve atrasos. À primeira vista, parecia que eu estava desempenhando meus deveres sem cometer nenhum mal ou perturbação óbvios, mas, como líder, eu estava satisfazendo a carne, e não fazendo trabalho real, o que fez com que o trabalho evangelístico não produzisse resultados. Eu era um falso líder e absolutamente indigno desse dever. Ao pensar nisso, senti-me profundamente arrependido. Eu não podia mais continuar assim e precisava mudar rapidamente minha atitude em relação aos meus deveres. Em seguida, comecei a acompanhar de fato o trabalho evangelístico e, quando descobri problemas, comuniquei-me para resolvê-los. Pouco a pouco, o trabalho evangelístico começou a dar resultados. Depois de trabalhar por algum tempo, achei que tinha mudado um pouco, mas, para a minha surpresa, fui revelado outra vez pouco tempo depois.
Após alguns meses, fui transferido para outra igreja para ser líder, com minha principal responsabilidade consistindo em supervisionar o trabalho de limpeza da igreja. Vi que alguns dos materiais para a limpeza dos descrentes e das pessoas malignas estavam incompletos e precisavam de mais evidências factuais, então me comuniquei com os irmãos que faziam o trabalho de limpeza. Entretanto, como eles tinham acabado de começar o treinamento, não compreendiam os princípios e não conseguiam entender os pontos-chave, o que fazia com que os materiais que eles complementavam ficassem incompletos e precisassem ser revisados várias vezes. Certa vez, vi que os materiais que eles haviam complementado ainda careciam de detalhes e pensei comigo mesmo: “Já comuniquei esses princípios várias vezes. Embora eles os entendam na teoria, quando se deparam com situações diferentes na prática, não sabem o que fazer. Parece que preciso orientá-los na preparação de alguns materiais para agilizar o processo. Dessa forma, seus deveres seriam desempenhados com mais eficiência”. Mas então reconsiderei: “Se eu os ajudar a montar materiais de limpeza, vou gastar muito tempo e energia. Já estou muito ocupado com meus deveres, então quem sabe o quão exaustivo isso seria? Além disso, não estou negligenciando essas tarefas; eles precisam treinar e não há problema se eu apenas os supervisionar e verificar. Só assim poderão fazer algum progresso”. Com tudo isso em mente, eu só dei a eles comunhão e análise e deixei que eles mesmos complementassem esses materiais. Porém, ainda havia lacunas nos materiais complementados e muitos deles continuavam tendo de ser refeitos, atrasando seriamente o progresso. Mais tarde, durante uma reunião, os líderes superiores ficaram sabendo como estava indo o trabalho de limpeza e me disseram: “Embora você tenha proporcionado aos irmãos a comunhão e a análise dessas tarefas, eles tiveram que complementar cada um desses materiais várias vezes, o que atrasou muito o progresso. Neste momento, você precisa acompanhá-los na coleta e organização desses materiais, treiná-los de fato e melhorar a eficiência dos deveres deles. Isso também é responsabilidade de um líder”. Ao ouvir os líderes me apontarem isso, fiquei me sentindo um pouco culpado. Se eu de fato tivesse participado dessa tarefa, o trabalho não teria sido adiado por tanto tempo.
Durante a reunião, lemos as palavras de Deus: “Existe outro tipo de falso líder, sobre o qual conversamos com frequência enquanto comunicávamos o tópico das ‘responsabilidades de líderes e obreiros’. Esse tipo tem algum calibre, não lhe falta inteligência, em seu trabalho, ele tem modos, métodos e planos para resolver problemas e, quando recebe um item de trabalho, ele consegue implementá-lo quase de acordo com os padrões exigidos. Ele é capaz de descobrir quaisquer problemas que surgem no trabalho e também consegue resolver alguns deles; quando ouve os problemas que algumas pessoas relatam ou quando observa o comportamento, as manifestações, a fala e as ações de algumas pessoas, ele tem uma reação no coração e tem sua própria opinião e uma atitude. É claro que, se essas pessoas buscarem a verdade e tiverem um senso de fardo, todos esses problemas podem ser resolvidos. No entanto, os problemas permanecem, inesperadamente, irresolvidos no trabalho que está sob a responsabilidade do tipo de pessoa que estamos comunicando hoje. Por que isso? É porque essas pessoas não fazem trabalho real. Elas amam a tranquilidade e odeiam trabalho árduo, elas só fazem esforços perfunctórios na superfície, elas gostam de estar ociosas e de desfrutar dos benefícios do status, gostam de ficar mandando nas pessoas e só mexem a boca um pouco e dão algumas sugestões e, então, acham que seu trabalho está feito. Elas não levam a sério nada do trabalho real da igreja nem do trabalho crítico que Deus lhes confia — elas não têm esse senso de fardo, e mesmo que a casa de Deus ressalte repetidamente essas coisas, elas ainda assim não as levam a sério. Por exemplo, elas não querem intervir nem investigar o trabalho de produção de filmes ou o trabalho de texto da casa de Deus, tampouco desejam investigar como esses tipos de trabalhos estão progredindo e que resultados estão alcançando. Elas só fazem algumas perguntas indiretas e, uma vez que sabem que essas pessoas estão ocupadas e fazendo esse trabalho, elas não se preocupam mais com ele. Mesmo quando sabem muito bem que há problemas no trabalho, ainda assim elas não querem comunicar nem resolvê-los, tampouco fazem perguntas ou analisam como as pessoas estão desempenhando os deveres. Por que elas não fazem perguntas nem investigam essas coisas? Elas acham que, se as investigarem, haverá muitos problemas esperando para que elas os resolvam, e que isso será preocupante demais. A vida será exaustiva demais se sempre tiverem que resolver problemas! Se elas se preocuparem demais, a comida perderá o gosto, e elas não serão capazes de dormir bem, sua carne ficará cansada, e então a vida será uma miséria. É por isso que, quando veem um problema, elas se esquivam dele e o ignoram se puderem. Qual é o problema desse tipo de pessoa? (Ele é preguiçoso demais.) Digam-Me, quem tem um problema sério: pessoas preguiçosas ou pessoas com pouco calibre? (Pessoas preguiçosas.) Por que as pessoas preguiçosas têm um problema sério? (As pessoas de baixo calibre não podem ser líderes nem obreiros, mas podem ser um pouco eficazes quando desempenham um dever que está dentro de suas habilidades. No entanto, as pessoas preguiçosas não podem fazer nada; mesmo que tenham calibre, isso não tem efeito nenhum.) As pessoas preguiçosas não podem fazer nada. Resumindo em duas palavras, elas são pessoas inúteis; elas têm uma deficiência de segunda classe. Por melhor que seja o calibre das pessoas preguiçosas, não é nada mais do que enfeite de vitrine; muito embora tenham bom calibre, isso não adianta. Elas são preguiçosas demais — elas sabem o que devem fazer, mas não fazem, e mesmo que saibam que algo é um problema, não buscam a verdade para resolvê-lo, e embora saibam quais dificuldades devem suportar para que o trabalho seja eficaz, não estão dispostas a suportar essas dificuldades que valem a pena — assim, não conseguem ganhar nenhuma verdade e não conseguem fazer nenhum trabalho real. Não desejam suportar as dificuldades que as pessoas devem suportar; só sabem se refestelar no conforto, apreciar momentos de alegria e lazer e apreciar uma vida livre e relaxada. Elas não são inúteis? As pessoas que não conseguem suportar dificuldade não merecem viver. Aquelas que sempre desejam levar a vida de um parasita são pessoas sem consciência e razão; são animais, e tais pessoas são inaptas até para labutar. Visto que não conseguem suportar dificuldade, mesmo quando de fato labutam, não são capazes de fazer isso direito, e, se desejam ganhar a verdade, a esperança de isso acontecer é ainda menor. Alguém que não consegue sofrer e não ama a verdade é uma pessoa inútil, não é qualificada nem para labutar. É um animal sem um pingo de humanidade. Tais pessoas devem ser eliminadas; só isso está de acordo com as intenções de Deus” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (8)”). Deus expõe que a principal razão para os falsos líderes não fazerem trabalho real é a preguiça. Eles se entregam ao conforto carnal, adoram dar ordens às pessoas e não querem resolver os problemas nem quando os veem. Eles não têm senso de fardo ou responsabilidade por seus deveres e, por mais alto que seja seu calibre, continuam sendo inúteis. Parecia que os vários comportamentos dos falsos líderes expostos por Deus eram descrições do meu próprio comportamento. Nos últimos tempos, meu dever consistia apenas em dar ordens às pessoas. Eu só falava e apenas perguntava o básico a respeito de como as coisas estavam indo. Eu não buscava resultados nem resolvia problemas e, em essência, não estava fazendo trabalho real, mas apenas desfrutando dos benefícios do meu status. Em particular, vi que Deus diz que as pessoas preguiçosas têm problemas de caráter, que não estão dispostas a sofrer e pagar um preço em seus deveres, que não têm consciência e razão, que nem mesmo sua labuta está de acordo com o padrão, e que Deus de fato as detesta. Isso me deixou muito chateado. Eu não só tinha falhado em colocar meu coração e minha força no cumprimento das minhas responsabilidades em meu dever, como também tinha me tornado uma pessoa detestada por Deus. Ser capaz de desempenhar o dever de líder já era uma grande elevação de Deus e uma oportunidade que Ele havia me dado para treinar. Eu deveria fazer meu melhor para cumprir esse dever, e isso também beneficiaria o crescimento da minha vida. Ficou claro para mim que os irmãos que estavam organizando os materiais para a remoção das pessoas tinham acabado de começar a treinar e não compreendiam os princípios, e, mesmo após várias rodadas de complementações, os materiais ainda estavam incompletos. Se isso continuasse, atrasaria o trabalho. Eu deveria ter refletido mais sobre esse assunto e os orientado detalhadamente. Eu precisava acompanhá-los pessoalmente na preparação de alguns materiais para que eles pudessem compreender os princípios o mais rápido possível, mas senti que fazer isso demandaria muito tempo e energia, o que significaria sofrimento carnal e fadiga, e por isso não quis resolver de fato esse problema. Eu até inventava desculpas dizendo que eles precisavam treinar por conta própria para melhorar. O resultado foi que várias partes do material não foram complementadas por um longo tempo. Na verdade, esses problemas poderiam ter sido resolvidos se eu tivesse pensado mais e pago um preço, mas eu era preguiçoso demais e só pensava na minha carne em meus deveres. Eu tinha uma atitude perfunctória e não tinha senso de fardo ou responsabilidade em relação ao trabalho, o que resultou no atraso do trabalho de limpeza. Se eu continuasse assim, seria eliminado por Deus mais cedo ou mais tarde. Não dava para continuar como estava. Eu deveria assumir minhas responsabilidades e desempenhar bem meus deveres, de acordo com as exigências de Deus.
Mais tarde, li mais das palavras de Deus e ganhei algumas sendas sobre como líderes e obreiros fazem trabalho real. Deus Todo-Poderoso diz: “Ao prover orientação inicial para uma tarefa, além de oferecer planos de implementação específicos para situações especiais, os líderes e obreiros com calibre mediano e capacidade de trabalho relativamente baixa devem receber orientações mais específicas e detalhadas. Embora essas pessoas possam entender os princípios e os planos de implementação específicos para uma tarefa em termos de doutrina, elas ainda não sabem como colocá-los em prática quando se trata da implementação real. Como vocês devem tratar os poucos líderes e obreiros que têm calibre baixo e carecem de capacidade de trabalho? […] Você deve cumprir as responsabilidades que deveria cumprir; você deve considerar as igrejas em que aqueles que são relativamente fracos e possuem uma capacidade de trabalho relativamente baixa estão no comando. Os líderes e obreiros devem dar atenção especial e prover orientação especial nessas questões. A que se refere a orientação especial? Além de comunicar a verdade, você também deve prover orientação e assistência mais específicas e detalhadas, o que exige um esforço maior em termos de comunicação. Se você lhes explicar o trabalho e eles ainda assim não entenderem e não souberem como implementá-lo, ou mesmo que o entendam em termos de doutrina e pareçam saber como implementá-lo, mas você ainda estiver inseguro e um pouco preocupado sobre como será a implementação real, o que você deve fazer? Você precisa se aprofundar pessoalmente na igreja local para orientá-los e implementar a tarefa com eles. Explique-lhes os princípios e, ao mesmo tempo, faça arranjos específicos com relação às tarefas que precisam ser realizadas de acordo com as exigências dos arranjos de trabalho, tais como o que fazer primeiro e o que fazer em seguida, e como alocar adequadamente as pessoas — organize todas essas coisas de maneira adequada. Isso é praticamente orientá-los em seu trabalho, em vez de apenas gritar chavões ou dar ordens aleatórias, passar sermões com algumas doutrinas e então considerar seu trabalho concluído — isso não é uma manifestação de fazer um trabalho específico, e gritar chavões e dar ordens às pessoas não são responsabilidades de líderes e obreiros. Quando os líderes ou supervisores da igreja local conseguirem assumir o trabalho, o trabalho tiver entrado na trilha certa e não houver basicamente nenhum grande problema, só então o líder ou obreiro poderá partir. Essa é a primeira tarefa específica mencionada na nona responsabilidade dos líderes e obreiros na implementação dos arranjos de trabalho — prover orientação. Como, exatamente, a orientação deve ser provida? Os líderes e obreiros devem primeiro praticar o ponderar e o comunicar os arranjos de trabalho, aprendendo e compreendendo sobre as várias exigências específicas deles e entendendo e captando os princípios contidos neles. Em seguida, eles devem se comunicar com líderes e obreiros juntos, de todos os níveis, sobre os planos específicos para implementar os arranjos de trabalho. Além disso, devem prover planos de implementação específicos para situações especiais e, por fim, devem prover assistência e orientação mais detalhadas e específicas aos líderes e obreiros que são relativamente fracos e têm calibre relativamente baixo. Se alguns líderes e obreiros forem completamente incapazes de implementar a tarefa, o que deverá ser feito em tais situações? Os líderes e obreiros de nível superior devem se aprofundar na igreja e participar pessoalmente da tarefa, resolvendo os problemas reais comunicando a verdade, e fazer com que eles aprendam a fazer o trabalho e a implementá-lo de acordo com os princípios” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (10)”). Deus indicou a senda da prática de como líderes e obreiros fazem trabalho real. Para os irmãos que não compreendem os princípios e têm pouca capacidade de trabalho, devemos dar ajuda e orientação mais detalhadas e específicas. É isso que Deus exige dos líderes e obreiros. Para esses irmãos que tinham acabado de iniciar o treinamento no trabalho de limpeza e não tinham conseguido entender os princípios, eu deveria ter dado orientações detalhadas e específicas e tê-los ensinado pessoalmente em situações reais de trabalho. No entanto, dei ouvidos à minha carne e não fiz nada de trabalho real que precisava ser feito, o que resultou no atraso do trabalho. Foi uma grave negligência do meu dever. Eu estava supervisionando o trabalho de limpeza da igreja e, portanto, precisava expurgar os descrentes da igreja, além das pessoas más e dos anticristos que interrompiam e perturbavam a vida de igreja, permitindo que os irmãos tivessem uma boa vida de igreja, comunicassem melhor a verdade e crescessem na vida, mas, como não fiz trabalho real, as pessoas que deveriam ter sido expurgadas da igreja não foram lidadas a tempo, o que prejudicou o trabalho da igreja. Com isso, eu estava essencialmente fazendo o mal. A partir de então, eu queria desempenhar bem meu dever, de acordo com as exigências de Deus, e prontamente oferecer comunhão e orientação aos irmãos para que eles pudessem compreender rápido os princípios e cumprir seus deveres.
Em pouco tempo, os líderes superiores devolveram alguns materiais de limpeza que precisavam ser urgentemente complementados com evidências factuais. Pensei em designá-los para os irmãos, mas percebi que eles ainda não compreendiam os princípios e que o fato de eles complementares esses materiais certamente atrasaria o progresso. Então, fui até lá e analisei e comuniquei os princípios com eles. Com base nos problemas que os líderes haviam apontado, pedi que eles compartilhassem suas opiniões primeiro e, depois, usei os princípios para me comunicar com eles sobre o que estava faltando, permitindo que eles compreendessem alguns princípios. Descobri que, quando eu queria desempenhar bem meu dever, não me sentia tão cansado, e os irmãos também progrediram em seus deveres. Praticar dessa forma me deu paz de espírito. Ao analisar os materiais com os irmãos, também entendi mais a respeito dos princípios para discernir as pessoas. Todos esses resultados foram alcançados por meio de trabalho real.
Com essa experiência, percebi que é realmente importante que os líderes e obreiros façam trabalho real, pois isso afeta diretamente o progresso do trabalho de igreja. Ao mesmo tempo, também percebi que, quando as pessoas realmente desempenham seus deveres de acordo com as exigências de Deus, elas podem alcançar alguns resultados. Graças a Deus!