94. Lições aprendidas ao ser reatribuída em meu dever

Por Sun Yan, China

Em abril de 2023, fui reatribuída a um novo dever, porque não obtive nenhum resultado em meu dever de texto durante vários meses. A líder disse que meu calibre era baixo e que eu não era adequada para o dever de texto e que, por isso, colocariam-me para entregar cartas aos irmãos. Quando ouvi o que ela disse, meu coração se agitou e pensei: “Ao dizer isso, a líder basicamente está me rotulando como alguém de calibre baixo. Nunca mais terei a chance de desempenhar um dever como o de texto!”. Pensei então que eu teria que entregar cartas aos meus irmãos e senti meu coração apertar ainda mais. Para mim, era um trabalho braçal sem qualquer importância. Pensei comigo mesma: “Somente pessoas com educação e profundidade intelectual podem desempenhar o dever de texto, e ele também envolve a entrada na vida e exige um bom entendimento da verdade. É um dever relativamente respeitável. Agora que fui reatribuída para os deveres de assuntos gerais, o que os irmãos mais próximos pensarão de mim? Certamente, minha importância no coração deles não será a mesma de antes. Meu calibre é baixo, então não posso desempenhar o dever de uma líder ou obreira. Também não sou boa com palavras, portanto não sou adequada para o trabalho evangelístico nem para regar os recém-convertidos. Por isso, de agora em diante, parece que vou ficar presa aos deveres de assuntos gerais”. Esses pensamentos foram como uma punhalada em meu coração. Senti que meu status havia caído e que meu valor diminuíra, como se eu estivesse deixando de ser uma pessoa respeitada para ser uma zé-ninguém qualquer da rua. Eu não conseguia aceitar isso e me sentia muito desanimada e negativa. A líder perguntou o que eu achava e, embora eu quisesse muito dizer que não queria desempenhar esse dever, senti que não seria razoável. Afinal, isso não seria rejeitar meu dever e trair a Deus? No final, não expressei minha opinião. Naquela noite, simplesmente não consegui acalmar meu coração, e fiquei pensando nas palavras da líder sobre como eu não era adequada para o dever de texto devido ao meu baixo calibre. Percebi que meu estado não era bom, então orei a Deus, pedindo que Ele me esclarecesse e me guiasse para mudar meu estado.

Então, li uma passagem das palavras de Deus sobre a reatribuição de deveres. Deus diz: “Nas questões em que as pessoas não conseguiram se manter em seu devido lugar e não conseguiram realizar o que deveriam — ou seja, quando fracassam no dever — isso se tornará um nó dentro delas. Trata-se de um problema extremamente prático e que precisa ser resolvido. Então, como resolvê-lo? Que tipo de atitude as pessoas deveriam ter? Antes de tudo, elas devem estar dispostas a dar meia-volta. E como essa disposição em dar meia-volta deveria ser colocada em prática? Por exemplo, uma pessoa é líder por alguns anos, mas, por ser de baixo calibre, não faz seu trabalho direito, não consegue ver nenhuma situação com clareza, não sabe como usar a verdade para resolver os problemas e não consegue fazer nenhum trabalho real; então, ela é dispensada. Se, depois de ser dispensada, ela for capaz de se submeter, continuar desempenhando seu dever e se dispuser a dar meia-volta, o que ela deveria fazer? Em primeiro lugar, ela deveria entender o seguinte: ‘Deus estava certo em fazer o que fez. Meu calibre é muito pobre e, por muito tempo, não fiz nenhum trabalho real e, em vez disso, só atrasei o trabalho da igreja e a entrada na vida dos irmãos. Por sorte, a casa de Deus não me expulsou de uma vez. Realmente, fui muito desavergonhado, ao me manter nesse cargo todo esse tempo e mesmo ao acreditar que fazia um bom trabalho. Como fui irracional!’. Ser capaz de ter ódio de si mesmo e ter um sentimento de remorso: isso é ou não é uma expressão de estar disposto a dar meia-volta? Se for capaz de dizer isso, significa que a pessoa está disposta. Se disser em seu coração: ‘Por muito tempo, em meu cargo de líder, sempre lutei pelos benefícios do status; estava sempre pregando doutrina e me munindo com ela; não me esforcei para a entrada na vida. Somente agora que fui substituído vejo o quanto sou inadequado e carente. Deus fez a coisa certa, e eu devo me submeter. No passado, eu tinha status, e os irmãos me tratavam bem; eles me rodeavam onde quer que eu fosse. Agora, ninguém repara em mim, e sou rejeitado; essa é a minha dívida, é a retribuição que mereço. Além disso, como um ser criado poderia ter algum status perante Deus? Por mais alto que seja o status da pessoa, isso não é o desfecho nem a destinação; Deus não me dá uma comissão para que eu possa exercer autoridade excessiva ou usufruir de meu status, mas para que eu possa desempenhar meu dever, e devo fazer tudo o que puder. Eu deveria ter uma atitude de submissão em relação à soberania de Deus e aos arranjos da casa de Deus. Embora a submissão possa ser difícil, eu devo me submeter; Deus está certo ao fazer o que faz, e mesmo supondo que eu tivesse milhares, dezenas de milhares de desculpas, nenhuma delas seria a verdade. Submeter-se a Deus é a verdade!’, essas são expressões exatas da disposição de dar meia-volta. E se alguém tivesse todas elas, como Deus avaliaria essa pessoa? Deus diria que essa é uma pessoa com consciência e razão. Essa é uma avaliação elevada? Não é excessivamente elevada; ter apenas consciência e razão fica aquém dos padrões para ser aperfeiçoado por Deus — mas no que diz respeito a esse tipo de pessoa, não é uma conquista pequena. Ser capaz de se submeter é precioso. Depois disso, como a pessoa procura fazer com que Deus mude Sua visão sobre ela depende do caminho que ela escolhe(A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “Somente resolvendo suas noções alguém pode iniciar a trilha certa da crença em Deus (3)”). Após ler as palavras de Deus, percebi que eu deveria ter uma atitude de arrependimento em relação à reatribuição do meu dever. Independentemente do motivo ou das dúvidas que eu tivesse, eu precisava me colocar de lado, aceitar e me submeter primeiro, reconhecer meus problemas e sentir arrependimento e culpa por não desempenhar bem meu dever. Eu não havia alcançado nenhum resultado em meu dever de texto e adiei o trabalho por muito tempo, portanto deveria aceitar essa reatribuição condizente. Independentemente do que a igreja arranjasse para mim ou de como ela me tratasse, eu não deveria agir com base em minhas próprias preferências, mas sim aceitar e obedecer. Isso é o que significa ser razoável. Mas, em vez de me sentir arrependida ou em dívida por falhar em meu dever e atrasar o trabalho da igreja, mergulhei em sentimentos de desânimo e resistência, pois acreditava ter perdido minha reputação e meu status. Eu estava realmente carente de razão! Depois de reconhecer essas coisas, embora tenha conseguido ajustar um pouco minha mentalidade, às vezes eu ainda me preocupava com a forma como os irmãos poderiam me ver, e sempre que esses pensamentos surgiam, eu me sentia muito chateada. Eu ainda guardava uma centelha de esperança em meu coração, pensando: “Será que a líder vai me dar outra chance de desempenhar meu dever de texto? Dessa forma, eu poderia recuperar meu orgulho”. Mas então pensei: “Os resultados do meu dever estão à vista de todos. Se permitirem que eu volte a desempenhar o dever de texto, não estarei apenas atrasando novamente o trabalho da igreja?”. Ao perceber que meu estado não havia realmente mudado, orei a Deus: “Ó Deus, sei que a reatribuição do meu dever está correta, mas ainda me sinto muito chateada. Continuo achando que desempenhar os deveres de assuntos gerais é inferior e ainda me preocupo muito com o que os outros pensam de mim. Ó Deus, simplesmente não consigo me submeter e ainda estou concentrada em minha reputação e em meu status. Esse é o meu caráter corrupto, mas estou disposta a buscar a verdade para resolvê-lo. Por favor, guia-me para mudar meu estado incorreto”.

Depois de orar, lembrei-me de uma passagem das palavras de Deus e a encontrei para ler. Deus diz: “O apreço que os anticristos têm por reputação e status vai além do das pessoas normais, e é algo de dentro de seu caráter essência; não é um interesse temporário nem o efeito transitório de seu ambiente — é algo de dentro de sua vida, de seus ossos, e é, portanto, sua essência. Isso quer dizer que, em tudo que os anticristos fazem, sua primeira preocupação é com seu próprio status e reputação, nada mais. Para os anticristos, reputação e status são sua vida e seu objetivo vitalício. Em tudo que fazem, sua primeira consideração é: ‘O que acontecerá com meu status? E com a minha reputação? Fazer isso me dará uma boa reputação? Elevará meu status na mente das pessoas?’. Essa é a primeira coisa em que eles pensam, e é prova suficiente de que eles têm o caráter e a essência de um anticristo; é por isso que consideram as coisas desse jeito. Pode-se dizer que, para os anticristos, reputação e status não são uma exigência adicional, muito menos coisas que são externas a eles de que podem abrir mão. São parte da natureza dos anticristos, estão em seus ossos, em seu sangue, são inatos para eles. Os anticristos não são indiferentes a se possuem reputação e status; essa não é sua atitude. Qual, então, é sua atitude? Reputação e status estão intimamente conectados a seu dia a dia, a seu estado diário, ao que buscam diariamente. E assim, para os anticristos, status e reputação são sua vida. Não importa como vivam, não importa o ambiente em que vivam, não importa o trabalho que façam, não importa o que busquem, quais sejam seus objetivos, qual seja a direção de sua vida, tudo gira em torno de ter boa reputação e status elevado. E esse objetivo não muda; eles nunca conseguem deixar essas coisas de lado. Essa é a face verdadeira dos anticristos e sua essência. Você poderia colocá-los numa selva intocada no meio das montanhas e, ainda assim, eles não deixariam de lado sua busca por status e reputação. Você pode colocá-los em qualquer grupo de pessoas, e tudo em que conseguem pensar continua sendo status e reputação. Embora os anticristos também acreditem em Deus, eles veem a busca por status e reputação como equivalente à fé em Deus e dão a ela o mesmo peso. O que quer dizer que, enquanto trilham a senda de fé em Deus, eles também buscam seu próprio status e reputação. Pode-se dizer que, no coração dos anticristos, eles acreditam que a busca da verdade em sua fé em Deus é a busca de status e reputação; a busca de status e reputação também é a busca da verdade, e ganhar status e reputação é ganhar a verdade e vida(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). Deus expõe que um anticristo sempre considera sua reputação e seus status em primeiro lugar em tudo o que faz, e que essas coisas dominam seu coração. Independentemente das circunstâncias ou do que estejam fazendo, eles não mudarão seu objetivo de buscar reputação e status, pois isso está profundamente enraizado em seus ossos e em sua vida. Faz parte de sua natureza essência. Eu estava me comportando exatamente como um anticristo. Quando a líder disse que meu calibre era inadequado para o dever de texto e arranjou para que eu desempenhasse deveres de assuntos gerais, eu não consegui tratar meus problemas corretamente e me submeter de forma razoável. Em vez disso, de repente senti que meu valor diminuiu. Fiquei pensando em como os outros me veriam e tive muito medo de que minha posição no coração dos irmãos diminuísse. Eu temia que eles me vissem apenas como uma insignificante funcionária de assuntos gerais. Eu tinha um calibre baixo e não era boa em deveres de texto, por isso a líder me reatribuiu para um dever diferente, levando em consideração as necessidades do trabalho da igreja, o que era algo totalmente apropriado. Uma pessoa racional aceitaria e trataria esse assunto corretamente, mas eu dava importância demais à reputação e ao status. Eu sempre me preocupava com o fato de que desempenhar deveres de assuntos gerais faria com que os outros me menosprezassem, então simplesmente não conseguia me submeter, a ponto de, quando percebia que meu desejo por reputação e status não era satisfeito, não encontrar sentido em meus deveres. Eu até pensava em rejeitar meu dever e trair a Deus. Eu vivia de acordo com filosofias satânicas como “um homem deixa seu nome onde quer que passe, assim como um ganso deixa seu grito onde quer que voe” e “os homens devem sempre se empenhar para serem melhores do que seus contemporâneos”. Eu acreditava que, na vida, uma pessoa devia superar os outros e conquistar sua admiração, e que só assim a vida teria glória e valor. Desde que encontrei Deus, eu sempre quis ter uma posição elevada na igreja e ser altamente considerada por meus irmãos. Em meus deveres, muitas vezes eu revelava o caráter corrupto de buscar reputação e status, e mesmo tendo lido muitas das palavras de Deus a esse respeito, eu ainda os buscava obstinadamente. Esses venenos satânicos tinham se enraizado tão profundamente em mim! Se eu continuasse a buscar reputação e status sem mudar, permaneceria nesse estado de desânimo e, no final, sem dúvida, abandonaria a Deus, porque meus desejos de reputação e status não estavam sendo satisfeitos. Eu tinha que me rebelar contra mim mesma e parar de buscar reputação e status.

Um dia, a líder me pediu para entregar algumas cartas aos irmãos. Em meu coração, mais uma vez surgiu o pensamento: “Esse dever não passa de uma entrega de recados”. Não pude deixar de soltar um suspiro profundo para aliviar meus sentimentos de repressão. Reconhecendo meu estado incorreto, rapidamente orei a Deus, disposta a me rebelar contra meu caráter corrupto e não me concentrar em orgulho ou status. Pensar dessa forma finalmente me deu um pouco de paz. Lembrei-me de uma passagem das palavras de Deus que já havia lido antes: “Na casa de Deus, há menção constante de aceitar a comissão de Deus e desempenhar adequadamente o dever. Como o dever passa a existir? Falando de modo geral, ele passa a existir como resultado da obra de gerenciamento de Deus de trazer a salvação para a humanidade; falando de modo específico, na medida em que a obra de gerenciamento de Deus se desdobra entre a humanidade, surgem vários trabalhos que requerem que as pessoas cooperem e os completem. Isso fez surgirem responsabilidades e missões para as pessoas cumprirem, e essas responsabilidades e missões são os deveres que Deus concede à humanidade. Na casa de Deus, as diferentes tarefas que requerem a cooperação das pessoas são os deveres que elas deveriam desempenhar. Então, há diferenças entre os deveres quanto a serem melhores e piores, nobres e humildes ou grandes e pequenos? Tais diferenças não existem; contanto que algo tenha a ver com a obra de gerenciamento de Deus, seja uma exigência do trabalho de Sua casa, e seja exigido pela divulgação do evangelho de Deus, então é um dever da pessoa. Essa é a definição e a origem do dever(A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “O que é o desempenho adequado do dever?”). “Portanto, ao comparar esse dever com sua missão mundana, o que é mais importante? (Meu dever.) Por que é assim? O dever é o que Deus exige que você faça, é o que Ele confiou a você — isso é parte da razão. A outra e principal razão é que, quando você assume o dever na casa de Deus e aceita Sua comissão, você se torna relevante para a obra de gerenciamento de Deus. Na casa de Deus, sempre que algo é arranjado para que você o faça, seja uma adversidade ou um trabalho cansativo, e você goste disso ou não, é seu dever. Se você consegue considerar isso uma comissão e responsabilidade que Deus lhe deu, então você é relevante para Sua obra de salvar o homem. E se o que você faz e o dever que você desempenha forem relevantes para a obra de Deus de salvar o homem e se você conseguir aceitar a comissão que Deus lhe deu com sinceridade e seriedade, como Ele verá você? Ele o verá como um membro de Sua família. Isso é uma bênção ou uma maldição? (Uma bênção.) É uma grande bênção(A Palavra, vol. 3: Os discursos de Cristo dos últimos dias, “O que é o desempenho adequado do dever?”). Das palavras de Deus, entendi que o mesmo trabalho ou tarefa tem uma natureza diferente no mundo dos não crentes e na casa de Deus. Todo dever na casa de Deus origina-se de Seu plano de gerenciamento para salvar a humanidade, bem como das necessidades do trabalho da igreja, e não há distinção de posição, nem qualquer diferença em termos de melhor ou pior, superior ou inferior. Não importa o quão insignificante uma tarefa possa parecer, ela ainda é um dever que devemos desempenhar. Mas eu dividi os deveres em categorias e os usei para classificar o status e a posição das pessoas. Eu achava que ser um líder ou um obreiro ou desempenhar deveres de texto, eram tarefas intelectuais ligadas à entrada na vida, e que desempenhar esses deveres era algo respeitável, glorioso, de alto nível e que dava importância a uma pessoa. Ao mesmo tempo, eu via os deveres de assuntos gerais como um trabalho periférico da igreja. Achava que envolviam apenas trabalho manual e tinham pouca importância, e que aqueles que os realizavam eram inferiores e estavam em um nível mais baixo do que aqueles que desempenhavam outros deveres. Julgar as coisas dessa forma não estava alinhado com a verdade. Na casa de Deus, todos desempenham seus deveres para contribuir com seus esforços a fim de espalhar a obra do evangelho. Como as peças de uma máquina, cada componente desempenha seu próprio papel e é indispensável para o todo. Os deveres de assuntos gerais que eu estava desempenhando também eram necessários para o trabalho da igreja. Tarefas como entregar cartas e livros das palavras de Deus aos irmãos podem parecer apenas tarefas de assuntos gerais, mas, como elas estão ligadas ao trabalho da igreja, não são algo feito para uma pessoa, mas sim uma responsabilidade cumprida perante Deus. Além disso, por meio da reatribuição de meu dever, minha senda errada de buscar reputação e status, bem como meus pontos de vista falaciosos sobre os deveres, foram revelados. Essa foi a salvação de Deus para mim!

Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus e aprendi como lidar corretamente com a reatribuição de deveres. Deus diz: “Deus trata todos de forma justa e igualitária; como você não sabe fazer nada, você é solicitado a pregar o evangelho — isso é feito para capacitá-lo a desempenhar sua última função possível, em circunstâncias em que você não é capaz de assumir nenhum outro dever. Com isso, você está recebendo uma oportunidade e um lampejo de esperança; você não está sendo privado do direito de desempenhar seu dever. Deus ainda tem uma comissão para você, e Ele não tem preconceito contra você. Portanto, aqueles que são atribuídos a equipes evangelísticas não estão sendo colocados numa prateleira esquecida, nem estão sendo abandonados, mas estão desempenhando seu dever em um lugar diferente. […] Não importa onde você seja colocado, em que momento ou local se encontre, com que pessoas entre em contato e que dever desempenhe. Deus sempre o verá e escrutinará as profundezas de seu coração. Não pense que, por ser membro de uma equipe evangelística, Deus não presta atenção em você ou que Ele não pode vê-lo e, portanto, você possa fazer o que quiser. E não pense que, se for atribuído a uma equipe evangelística, você não terá mais nenhuma esperança de ser salvo e, então, abordará isso de forma negativa. Essas duas formas de pensar estão erradas. Independentemente de onde você seja colocado ou do dever que seja arranjado para desempenhar, é isso que deve fazer, e você deve fazê-lo com diligência e responsabilidade. As exigências de Deus para você não mudam e, portanto, sua submissão aos arranjos de Deus também não deve mudar. O status dos trabalhadores evangelísticos é igual ao daqueles que desempenham outros deveres; o valor de uma pessoa não se mede pelo dever que ela desempenha, mas sim pelo fato de ela buscar a verdade e possuir a verdade realidade(A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (9)”). Depois de ler essa passagem das palavras de Deus, meus pontos de vista falaciosos sobre a reatribuição de deveres foram corrigidos. Inicialmente, sempre achei que o fato de eu desempenhar os deveres de assuntos gerais significava que eu estava deixando de ser uma pessoa respeitada para me tornar uma zé-ninguém qualquer da rua. Até senti como se tivesse sido colocada em um canto para ser esquecida, eternamente despercebida. Mas, à luz das palavras de Deus, percebi que esse entendimento era falacioso. Devido ao meu baixo calibre, eu não era adequada para o dever de texto. A igreja havia arranjado para que eu desempenhasse deveres de assuntos gerais de acordo com meu calibre. Dessa forma, deram-me a oportunidade de desempenhar um dever da melhor forma possível, e de cumprir meu papel. Ao perceber isso, senti-me muito culpada. Eu não tinha nenhuma habilidade especial e não podia desempenhar outros deveres, mas, ainda assim, a casa de Deus havia arranjado um dever para mim da melhor forma possível, dando-me uma chance de salvação. Mas como isso me pareceu? Enxerguei essa reatribuição de deveres como se estivesse sendo menosprezada e deixada de lado. Meu entendimento era tão absurdo, e eu não sabia o que era bom para mim! Quanto mais eu pensava sobre isso, mais me sentia em dívida com Deus. Percebi que precisava desempenhar meu dever adequadamente, de acordo com as exigências e os princípios do trabalho de assuntos gerais, encará-lo como uma comissão de Deus, e desempenhá-lo bem para não frustrar as intenções meticulosas de Deus. Pensei nas palavras de Deus: “As funções não são as mesmas. Existe um só corpo. Cada qual cumpre seu dever, cada qual em seu lugar e fazendo o melhor — para cada centelha há um raio de luz — e buscando maturidade na vida. Dessa maneira, Eu ficarei satisfeito(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 21”). Eu tinha que fazer o que pudesse e aproveitar ao máximo o que tinha. Tinha que me manter em minha posição e fazer o máximo possível, sem considerar minha reputação e meu status. Ao desempenhar meu dever, precisava buscar a verdade e a entrada na vida e me esforçar para atender às intenções e às exigências de Deus da melhor forma possível.

Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus, e meu coração ganhou ainda mais esclarecimento. Deus diz: “Se Deus faz com que alguém sofra dor e pobreza, isso significa que essa pessoa não tem esperança de ser salva? Se seu valor for baixo e tiver uma posição social baixa, Deus não a salvará? Se ela tiver um status baixo na sociedade, ela terá um status baixo aos olhos de Deus? Não necessariamente. Do que isso depende? Depende da senda que essa pessoa trilha, do que ela busca e de sua atitude em relação à verdade e a Deus. Se o status social de alguém é muito baixo, sua família é muito pobre e ela tem um baixo nível de instrução, mas essa pessoa crê em Deus com os pés no chão e ama a verdade e as coisas positivas, então, aos olhos de Deus, seu valor é alto ou baixo, ela é nobre ou plebeia? Ela é valiosa. Olhando por essa perspectiva, de que depende o valor de alguém — seja ele alto ou baixo, nobre ou humilde? Depende de como Deus vê você. Se Deus o vê como alguém que busca a verdade, você tem valor e é valioso — é um vaso valioso. Se Deus vê que você não busca a verdade e não se despende sinceramente por Ele, você não tem valor e não é valioso — é um vaso inferior. Não importa quão instruído você seja nem quão elevado seja seu status na sociedade, se você não buscar nem entender a verdade, seu valor nunca será alto; mesmo que muitas pessoas o apoiem, o elogiem e o adorem, você continua sendo um miserável desprezível. […] Olhando para isso agora, qual é a base para definir o valor de alguém como nobre ou baixo? (É sua atitude em relação a Deus, à verdade e às coisas positivas.) É isso mesmo. Em primeiro lugar, é preciso entender qual é a atitude de Deus. Entender a atitude de Deus e entender os princípios e padrões pelos quais Deus classifica as pessoas, e, depois, medir as pessoas com base nos princípios e padrões pelos quais Ele as trata — apenas isso é o mais preciso, apropriado e imparcial(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item sete: Eles são perversos, insidiosos e enganosos (parte 1)”). Das palavras de Deus, compreendi que Ele não mede o valor de uma pessoa por seu status social aparente, nem pelo dever que ela desempenha, mas por sua atitude em relação à verdade e a Deus. Aqueles que amam e buscam a verdade, independentemente do dever que desempenham ou de serem ou não admirados pelos outros, são valiosos aos olhos de Deus. Mas quanto àqueles que não buscam a verdade, mesmo que seus deveres os façam parecer gloriosos e proeminentes, e os levem a ser admirados por muitos, ainda serão inferiores e sem valor aos olhos de Deus. Deus não apenas ignora essas pessoas, mas também as detesta e abomina. Percebendo essas coisas, meu coração se sentiu alegre e tranquilo. Eu tinha um único pensamento: “Não importa o dever que eu desempenhe, vou me concentrar apenas em buscar a verdade”. Nesse momento, pude realmente aceitar o trabalho de assuntos gerais como meu dever, e comecei a pensar ativamente em como desempenhá-lo bem. Quando a líder me designou para entregar cartas e livros das palavras de Deus aos irmãos novamente, não me senti mais resistente. Em vez disso, enxerguei como meu dever e como algo que eu deveria fazer, e resolvi desempenhar bem meu dever. Depois que meu estado mudou, meu coração conseguiu se acalmar e pude desempenhar meu dever com paz de espírito. Sou realmente grata pelo esclarecimento e pela orientação das palavras de Deus por me permitirem ganhar esse entendimento e essa transformação!

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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