97. Uma pessoa é inferior se desempenhar o dever de hospedagem?

Por Liu Yi, China

Eu cresci em um vilarejo remoto nas montanhas, e, como nossa família era pobre, os vizinhos nos menosprezavam. Meus pais sempre me ensinaram: “Uma pessoa deve ter ambição e viver com dignidade. Não deixe que os outros a menosprezem. As pessoas precisam de seu orgulho assim como uma árvore precisa de sua casca”. Influenciada por essas palavras, eu me esforçava muito na escola para ganhar a admiração dos outros. Todos os dias, eu ficava acordada até as 23 horas ou a meia-noite estudando à luz de um lampião de querosene. Depois de começar a trabalhar, fazia horas extras e me esforçava para ganhar a aprovação de meu chefe e a estima de meus colegas. Eu sempre era escolhida como uma funcionária exemplar. Com essas honras, senti que minha posição e meu status tinham sido elevados. Depois de encontrar a Deus, também fiquei entusiasmada em minha busca, e, depois de um ano, fui eleita líder de igreja. Mais tarde, fui promovida à pregadora e à supervisora de trabalho de texto. Como sempre tinha servido como líder ou supervisora depois de encontrar a Deus, eu me considerava uma pessoa que buscava a verdade. Mas, no final de agosto de 2022, fui dispensada por buscar reputação e status, não fazer trabalho real e não obter nenhum resultado em meu dever. Durante esse período de reflexão em casa, eu me senti muito angustiada e atormentada. Por isso, decidi: “Se me derem outra chance, desempenharei meu dever adequadamente”.

Certa noite, um mês depois, o líder me disse: “Vários irmãos que fazem vídeos precisam se mudar por questões de segurança e não encontraram uma casa de hospedagem adequada. Gostaríamos que você os hospedasse”. Ao ouvir o líder dizer isso, pensei comigo mesma: “Por que arranjar para que eu desempenhe o dever de hospedagem? Será que ele acha que eu não refleti para me conhecer depois de ter sido dispensada, e por isso quer que eu preste serviço desempenhando o dever de hospedagem? O dever de hospedagem não é insignificante? O que os irmãos vão pensar de mim se descobrirem? Eles dirão que estou desempenhando o dever de hospedagem porque não busco a verdade? O dever de hospedagem envolve lidar com panelas e frigideiras todos os dias e um trabalho árduo e cansativo. Mesmo que eu faça isso bem, os irmãos não verão. Além disso, aqueles que desempenham o dever de hospedagem na igreja são, em sua maioria, irmãos de calibre ruim ou de idade avançada. Embora eu não seja tão jovem, ainda não cheguei a ponto de apenas poder desempenhar o dever de hospedagem! Além disso, sempre fui uma líder e uma supervisora desde que encontrei a Deus. Por que ele está arranjando para que eu desempenhe o dever de hospedagem agora?”. Eu não conseguia me submeter em meu coração, então inventei algumas desculpas para recusar. Depois que o líder foi embora, senti-me em conflito e com remorso. Pensei no fato de, apesar de crer em Deus por muitos anos, eu ainda não ter submissão em meu dever. De que forma eu era uma crente? De que forma eu tinha alguma consciência ou razão? Ajoelhei-me e orei a Deus: “Deus! Hoje, o líder tentou arranjar que eu desempenhasse o dever de hospedagem, mas não consegui me submeter e até procurei desculpas para recusar. Não sei que aspecto de meu caráter corrupto causou isso. Peço Teu esclarecimento e orientação para me ajudar a conhecer a mim mesma”. Depois de orar, pensei nas palavras de Deus sobre desempenhar deveres, então as procurei para ler. Deus Todo-Poderoso diz: “Os deveres vêm de Deus; eles são as responsabilidades e as comissões que Deus confia ao homem. Como, então, o homem deveria entendê-los? ‘Já que este é meu dever e a comissão que Deus confiou a mim, isso é minha obrigação e responsabilidade. É apenas justo que eu o aceite como meu dever obrigatório. Não posso rejeitá-lo ou recusá-lo; não posso ficar escolhendo. O que recai sobre mim certamente é o que eu devo fazer. Não é que eu não tenho direito de fazer uma escolha — é que eu não deveria fazer uma escolha. Essa é a razão que um ser criado tem a obrigação de ter.’ Essa é uma atitude de submissão(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). “Seja qual for o seu dever, não discrimine entre alto e baixo. Suponha que você diga: ‘Embora essa tarefa seja uma comissão de Deus e a obra da casa de Deus, se eu a fizer, as pessoas podem me olhar com desprezo. Os outros recebem um trabalho que lhes permite destacar-se. Foi-me dada essa tarefa que não deixa eu me destacar e só me faz me exaurir nos bastidores, isso é injusto! Não desempenharei esse dever. Meu dever tem de ser aquele que me põe em destaque na frente dos outros e me permite ganhar renome para mim — e mesmo se eu não ganhar renome para mim nem me destacar, ainda tenho de me beneficiar disso e me sentir fisicamente em paz’. Essa é uma atitude aceitável? Ser seletivo é não aceitar de Deus as coisas; é fazer escolhas de acordo com as suas preferências. Isso é não aceitar o seu dever; é recusar o seu dever, uma manifestação da sua rebeldia para com Deus. Essa seletividade é adulterada por seus desejos e preferências individuais. Quando você leva em consideração seu benefício próprio, sua reputação e assim por diante, a sua atitude para com o dever não é submissa(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é o desempenho adequado do dever?”). As palavras de Deus me fizeram entender que os deveres são a comissão de Deus para as pessoas e são responsabilidade delas, e que não devemos classificar os deveres em categorias. Além disso, não devemos escolher deveres com base em nossas preferências em prol de nosso orgulho e status; em vez disso, devemos aceitá-los e nos submeter, e enxergá-los como uma obrigação da qual não podemos nos esquivar. Isso é o que significa ser uma pessoa com consciência e razão, e é a atitude que uma pessoa deve ter para com seus deveres. Ao ler a exposição das palavras de Deus, percebi que minha atitude e minha perspectiva em relação a meus deveres estavam incorretas. Eu classificava os deveres em categorias, acreditando que ser líder ou obreiro significava que uma pessoa buscava a verdade, que isso lhe dava status e posição e que, aonde quer que fossem, os irmãos a admiravam. Desempenhar esse tipo de dever parecia mais glorioso, ao passo que parecia que desempenhar o dever de hospedagem exigia apenas trabalho árduo e não me proporcionava nenhuma chance de fazer um nome para mim mesma ou de ganhar qualquer status ou posição, e que aqueles que desempenhavam esse dever nunca seriam admirados pelos outros. Por causa desse ponto de vista falacioso, quando o líder arranjou para que eu desempenhasse o dever de hospedagem, procurei desculpas para recusar. Eu sempre considerava meu orgulho em vez das necessidades de trabalho da igreja. Como é que eu tinha alguma humanidade? Eu não deveria ter minhas próprias escolhas e exigências em relação aos meus deveres. O líder arranjou para que eu desempenhasse o dever de hospedagem com base nas necessidades de trabalho da igreja, e eu deveria ter começado aceitando e obedecendo a esse arranjo.

Mais tarde, li a comunhão de Deus com relação à construção da arca por Noé, e vi que ele não deu nenhuma desculpa quando confrontado com a comissão de Deus, e que ele aceitou incondicionalmente e se submeteu. Ele construiu a arca enquanto pregava o evangelho, persistindo constantemente por 120 anos. Embora não possa me comparar a Noé, eu deveria seguir seu exemplo e ser uma pessoa submissa. Depois disso, eu disse ao líder que estava disposta a desempenhar o dever de hospedagem. Mas, pouco tempo depois, devido à pandemia da COVID-19, esse dever de hospedagem foi temporariamente adiado. Durante a primeira reunião depois que o confinamento foi suspenso, o líder disse: “Agora que o confinamento foi suspenso, gostaríamos de arranjar para que você retome seu dever de hospedagem”. Eu me senti muito envergonhada naquele momento porque, além dos dois diáconos presentes, havia também duas irmãs que eram trabalhadoras evangelísticas. Comecei a abrigar reclamações contra o líder, pensando: “Por que você tinha de dizer isso na frente de tantos irmãos? Agora que todos sabem que estou desempenhando o dever de hospedagem, como vou dar as caras novamente?”. Senti meu rosto queimar, e achei que os irmãos pareciam estar zombando de mim por não buscar a verdade e por ter sido atribuída ao dever de hospedagem por esse motivo. Mais tarde, na reunião, os irmãos comunicaram ativamente como pregar o evangelho e resolver noções religiosas, mas não absorvi nada daquilo, pois só fiquei pensando em como alguns deles eram líderes e obreiros e outros eram trabalhadores evangelísticos, enquanto eu estava apenas desempenhando o dever de hospedagem. Quanto mais eu pensava nisso, mais chateada ficava. Durante aquela reunião, parecia que o tempo passava muito devagar, e as palavras “desempenhar o dever de hospedagem” continuaram ecoando em minha mente. Depois da reunião, minha mente foi inundada por pensamentos sobre o que os irmãos pensariam de mim, e acreditei que, uma vez que todos sabiam que eu estava desempenhando o dever de hospedagem, eu tinha perdido completamente a reputação e o status. Nos dias seguintes, sentia-me desmotivada para fazer qualquer coisa e andava de cabeça baixa por onde passava. Eu tinha muito medo de encontrar os irmãos, pois temia que eles soubessem que eu estava desempenhando o dever de hospedagem.

Naqueles dias que se seguiram, ponderei: “É evidente que o líder arranjou para que eu desempenhasse o dever de hospedagem por causa das necessidades de trabalho da igreja, mas por que tenho medo de que os outros saibam disso? Por que não estou disposta a me submeter à atribuição desse dever de hospedagem? Que tipo de caráter corrupto está causando isso?”. Depois disso, li uma passagem das palavras de Deus: “O apreço que os anticristos têm por reputação e status vai além do das pessoas normais, e é algo de dentro de seu caráter essência; não é um interesse temporário nem o efeito transitório de seu ambiente — é algo de dentro de sua vida, de seus ossos, e é, portanto, sua essência. Isso quer dizer que, em tudo que os anticristos fazem, sua primeira preocupação é com seu próprio status e reputação, nada mais. Para os anticristos, reputação e status são sua vida e seu objetivo vitalício. Em tudo que fazem, sua primeira consideração é: ‘O que acontecerá com meu status? E com a minha reputação? Fazer isso me dará uma boa reputação? Elevará meu status na mente das pessoas?’. Essa é a primeira coisa em que eles pensam, e é prova suficiente de que eles têm o caráter e a essência de um anticristo; é por isso consideram as coisas desse jeito. Pode-se dizer que, para os anticristos, reputação e status não são uma exigência adicional, muito menos coisas que são externas a eles de que podem abrir mão. São parte da natureza dos anticristos, estão em seus ossos, em seu sangue, são inatos para eles. Os anticristos não são indiferentes a se possuem reputação e status; essa não é sua atitude. Qual, então, é sua atitude? Reputação e status estão intimamente conectados a seu dia a dia, a seu estado diário, ao que buscam diariamente. E assim, para os anticristos, status e reputação são sua vida. Não importa como vivam, não importa o ambiente em que vivam, não importa o trabalho que façam, não importa o que busquem, quais sejam seus objetivos, qual seja a direção de sua vida, tudo gira em torno de ter boa reputação e status elevado. E esse objetivo não muda; eles nunca conseguem deixar essas coisas de lado. Essa é a face verdadeira dos anticristos e sua essência. Você poderia colocá-los numa selva intocada no meio das montanhas e, ainda assim, eles não deixariam de lado sua busca por status e reputação. Você pode colocá-los em qualquer grupo de pessoas, e tudo em que conseguem pensar continua sendo status e reputação. Embora os anticristos também acreditem em Deus, eles veem a busca por status e reputação como equivalente à fé em Deus e dão a ela o mesmo peso. O que quer dizer que, enquanto trilham a senda de fé em Deus, eles também buscam seu próprio status e reputação. Pode-se dizer que, no coração dos anticristos, eles acreditam que a busca da verdade em sua fé em Deus é a busca de status e reputação; a busca de status e reputação também é a busca da verdade, e ganhar status e reputação é ganhar a verdade e vida. Se sentirem que não têm status, nem ganhos, nem reputação, que ninguém os admira, ou os estima, ou os segue, eles ficarão muito decepcionados, acreditarão que não faz sentido crer em Deus, que isso não tem valor, e dirão para si mesmos: ‘Essa fé em deus é um fracasso? Não há esperança?’. Muitas vezes eles ponderam sobre tais coisas no coração, ponderam sobre como podem construir um lugar para si na casa de Deus, como podem ter uma reputação elevada na igreja, para que escutem quando eles falarem, e os apoiem quando eles agirem, e os sigam para onde quer que forem; para que tenham a última palavra na igreja e fama, ganho e status — eles realmente se concentram nessas coisas no coração. Isso é o que essas pessoas buscam. Por que estão sempre pensando nessas coisas? Depois de lerem as palavras de Deus, depois de ouvirem sermões, eles realmente não entendem nada disso, eles realmente não são capazes de discernir tudo isso? As palavras de Deus e a verdade realmente não são capazes de mudar suas noções, ideias e opiniões? Esse não é o caso de forma alguma. O problema está neles, é totalmente porque não amam a verdade, porque, no coração, são avessos à verdade e, como resultado, não são nem um pouco receptivos para a verdade — algo que é determinado por sua natureza essência(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). Ponderando as palavras de Deus, entendi que os anticristos realmente valorizam a reputação e o status. Não importa o que eles façam em qualquer grupo de pessoas, é tudo para ganhar sua admiração e adoração. Reputação e status são os objetivos que eles buscam ao longo da vida. Ao refletir sobre minha busca, percebi que meus pontos de vista eram os mesmos de um anticristo. Eu também colocava a reputação e o status acima de tudo. Desde a infância, meus pais me ensinaram que uma pessoa deve ter ambição e dignidade, e não deve deixar que os outros a menosprezem, e que “as pessoas precisam de seu orgulho assim como uma árvore precisa de sua casca” e “um homem deixa seu nome onde quer que passe, assim como um ganso deixa seu grito onde quer que voe”. Esses venenos satânicos tinham criado raízes profundas em meu coração, e eu acreditava que o fato de poder ser admirada pelos outros em qualquer ambiente de grupo era o que trazia glória. Quando eu estava na escola, meu objetivo era tirar a maior nota nas provas para ganhar admiração e elogio dos professores e colegas de classe. Muitas vezes, eu ficava acordada até tarde fazendo a lição de casa e, depois de cada exame, sentia orgulho ao receber meus certificados de conclusão. Depois de começar a trabalhar, ganhar reconhecimento de meus superiores e elogios de meus colegas, eu fazia horas extras e até usava meus dias de folga para trabalhar. Eu era realmente ávida para trabalhar duro. Depois de encontrar a Deus, continuei a viver de acordo com esses venenos, e, independentemente do dever que eu estivesse desempenhando, minha primeira consideração era se eu poderia ganhar reputação e status, e se eu seria capaz de ganhar a estima dos outros. Eu achava que ser uma líder na igreja faria com que os outros me admirassem e me daria posição e status, e que, aonde quer que eu fosse, seria admirada. Portanto, concordei com esse dever de bom grado e me dispus a sofrer e a pagar um preço para cooperar ativamente. Quando me foi atribuído o dever de hospedagem, eu sabia muito bem que o PC Chinês estava detendo cristãos de forma desenfreada, que a situação era terrível e que os irmãos precisavam urgentemente de um lugar seguro para desempenhar seus deveres. Mas eu considerava apenas meu orgulho e meu status, e achava que desempenhar o dever de hospedagem era algo imperceptível e faria com que os outros me menosprezassem, então procurei desculpas para recusá-lo. Eu era fortemente ligada à reputação e ao status. Em tudo o que eu fazia, sempre imaginava o que os irmãos pensariam de mim e colocava a reputação e o status acima de tudo. Eu era realmente egoísta, desprezível e indigna de ser chamada de humana! Lembrei-me de meu período de dispensa e reflexão. Naquela época, todos os dias eu esperava desempenhar meu dever. Mas agora que Deus havia me dado a oportunidade de desempenhar um dever, eu estava sendo exigente e sempre vivendo em prol de meu orgulho, falhando totalmente em ver meu dever como uma comissão de Deus. Já que o líder havia arranjado para que eu desempenhasse o dever de hospedagem, eu tinha de aceitar isso de Deus e desempenhar esse dever bem e com seriedade para que os irmãos pudessem ter um ambiente seguro para desempenhar seus deveres. Orei a Deus em arrependimento: “Deus, esse dever veio sobre mim por meio de Tuas orquestrações e Teus arranjos, mas meu orgulho me constrange e eu me vejo sendo exigente e não estou disposta a me submeter. Eu realmente careço de consciência! Deus, estou disposta a me submeter e a desempenhar bem esse dever para satisfazer a Ti”.

Por meio da reflexão, percebi que minha relutância em desempenhar o dever de hospedagem decorria de outra visão falaciosa, ou seja, que eu considerava o dever de hospedagem como imperceptível, que ele era desempenhado por irmãos mais velhos com calibre ruim; e que aqueles que desempenhavam deveres de liderança eram admirados aonde quer que fossem e eram pessoas que buscavam a verdade, e esses deveres mostravam que uma pessoa tinha posição e status. Li outra passagem das palavras de Deus: “Todos são iguais diante da verdade. Aqueles que são promovidos e cultivados não são muito melhores do que os outros. Todos experimentaram a obra de Deus por volta do mesmo tempo. Aqueles que não foram promovidos nem cultivados também deveriam buscar a verdade enquanto desempenham seus deveres. Ninguém pode privar os outros do direito de buscar a verdade. Algumas pessoas são mais ansiosas na sua busca da verdade e têm algum calibre, por isso são promovidas e cultivadas. Isso se deve às necessidades do trabalho da casa de Deus. Então, por que a casa de Deus tem tais princípios para promover e usar as pessoas? Porque há diferenças no calibre e na índole das pessoas, e cada pessoa escolhe uma senda diferente, o que leva a desfechos diferentes na fé das pessoas em Deus. Aquelas que buscam a verdade são salvas e se tornam o povo do reino, enquanto aquelas que não aceitam a verdade de forma alguma, que não são leais no desempenho de seu dever, são eliminadas. A casa de Deus cultiva e utiliza as pessoas com base em se elas buscam a verdade e em se elas são leais no desempenho de seu dever. Existe alguma distinção na hierarquia das várias pessoas na casa de Deus? Por ora, não existe hierarquia em termos de posição, valor, status ou reputação das várias pessoas. Pelo menos durante o período em que Deus opera para salvar e guiar as pessoas, não há diferença entre a hierarquia, a posição, o valor ou o status das várias pessoas. As únicas coisas que são diferentes se encontram na divisão do trabalho e nos papéis dos deveres desempenhados. É claro que, durante esse período, algumas pessoas, por exceção, são promovidas e cultivadas para alguns trabalhos especiais, enquanto outras pessoas não recebem tais oportunidades devido a várias razões como problemas com seu calibre ou ambiente familiar. Mas Deus não salva aqueles que não receberam essas oportunidades? Não é esse o caso. Seu valor e sua posição são inferiores aos dos outros? Não. Todos são iguais perante a verdade, todos têm a oportunidade de buscar e ganhar a verdade, e Deus trata a todos de forma justa e sensata. Em que ponto há distinções perceptíveis nas posições, no valor e no status das pessoas? É quando as pessoas chegam ao fim de sua senda, e a obra de Deus termina, e uma conclusão é finalmente formada sobre as atitudes e opiniões que cada pessoa demonstrou no processo de buscar a salvação e ao desempenhar seu dever, bem como sobre suas várias manifestações e atitudes em relação a Deus — isto é, quando há um registro completo no caderno de Deus —; nesse momento, porque os desfechos e destinações das pessoas serão diferentes, também haverá distinções em seu valor, posição e status. Somente então todas essas coisas poderão ser vislumbradas e determinadas aproximadamente, enquanto agora todos são iguais(A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (5)”). As palavras de Deus nos dizem que, perante a verdade e as palavras de Deus, todos são iguais e que, fundamentalmente, não há distinção entre posições consideradas altas ou baixas. Na casa de Deus, as pessoas são designadas a desempenhar diferentes deveres com base em seu calibre, em seus pontos fortes ou nas necessidades da igreja, e a única diferença entre os indivíduos é o dever que desempenham. Entretanto, independentemente do dever desempenhado, a posição e o status de todos são os mesmos. Ser um líder ou um obreiro não significa que uma pessoa tenha uma posição mais elevada do que as outras, e uma pessoa que desempenha o dever de hospedagem não é inferior em posição ou status àquelas que desempenham outros deveres. Mas eu acreditava que ser um líder ou obreiro era uma marca daqueles que buscavam a verdade e que, aonde quer que fossem, eles eram admirados, enquanto desempenhar o dever de hospedagem era apenas um trabalho árduo e, portanto, de posição e status inferiores. Meus pontos de vista eram realmente errôneos! Lembrei-me de uma irmã idosa da igreja que desempenhava o dever de hospedagem desde que encontrou a Deus, mas suas intenções eram corretas, ela era leal em seu dever e tinha a orientação de Deus. Enquanto isso, alguns eram líderes e obreiros havia muitos anos, mas, como não buscavam a verdade, procuravam apenas reputação e status e se envolviam em agendas pessoais, chegando ao ponto de interromper e perturbar o trabalho da igreja e de atacar e excluir outras pessoas para obter ganhos pessoais. Por fim, eles foram caracterizados como pessoas malignas ou anticristos e expulsos da igreja; consequentemente, perderam sua chance de salvação. A partir desses fatos, vi que todos são iguais perante a verdade. Alguém poder ou não ser salvo não tem relação com o dever que desempenha, com sua idade ou com seu status. A chave é se uma pessoa busca a verdade e se é leal em desempenhar seus deveres. Deus é justo e observa se as pessoas têm a verdade e se seu caráter mudou. Esse é o padrão pelo qual Ele mede as pessoas.

Alguns meses depois, o líder me pediu para hospedar os irmãos que estavam desempenhando deveres de texto. Em meu coração, comecei a pensar comigo mesma: “Eu costumava ser a supervisora do trabalho de texto, e essas pessoas eram membros de minha equipe, mas agora estou apenas hospedando-as. O que eles vão pensar de mim?”. Quando pensei dessa forma, percebi que estava pensando novamente em meu orgulho e em meu status. Então, em silêncio, orei a Deus e relembrei uma passagem de Suas palavras: “Não faça as coisas sempre pelo seu bem e não considere constantemente seus interesses; não considere os interesses do homem, e não pense em seu orgulho, reputação e status. Primeiro, você precisa considerar os interesses da casa de Deus, e fazer deles sua prioridade. Você deve ser atencioso para com as intenções de Deus e começar por contemplar se houve ou não impurezas no desempenho do seu dever, se você foi leal, cumpriu suas responsabilidades, e deu tudo de si, e também se você tem pensado ou não, de todo o coração, sobre seu dever e o trabalho da igreja. Você deve considerar essas coisas. Se refletir sobre elas com frequência e entendê-las, será mais fácil, para você, cumprir bem seu dever. Se seu calibre é baixo, se sua experiência é superficial ou se você não é competente em seu trabalho profissional, pode haver alguns erros ou deficiências em seu trabalho, e talvez você não obtenha bons resultados — mas você terá feito seu melhor. Não satisfaça seus desejos egoístas ou suas preferências. Em vez disso, dê consideração constante ao trabalho da igreja e aos interesses da casa de Deus. Embora você possa não alcançar bons resultados em seu dever, seu coração terá sido retificado; se, além disso, você conseguir buscar a verdade para resolver os problemas em seu dever, você estará à altura do padrão no desempenho do seu dever, e, ao mesmo tempo, será capaz de entrar na verdade realidade. É isso que significa possuir testemunho(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). Com as palavras de Deus, passei a entender Suas intenções e também aprendi sobre uma senda de prática. No passado, eu sempre vivia em função de orgulho e status, mas nesse dia eu deveria aceitar e me submeter às orquestrações e aos arranjos de Deus, considerar os interesses da igreja e desempenhar bem meu dever. Por isso, concordei prontamente. Alguns dias depois, os irmãos que desempenhavam deveres de texto foram à minha casa para uma reunião. Quando eu os vi, não senti que meu orgulho foi ferido, mas, sim, que desempenhar qualquer dever é uma exaltação de Deus. Seguindo em frente, cooperei diligentemente e pensei em como manter um bom ambiente para que os irmãos pudessem se reunir e desempenhar seus deveres em um espaço seguro e pacífico. Ao praticar dessa maneira, senti-me em paz e tranquila em meu coração, e percebi que o dever de hospedagem também provia lições a aprender e verdades a buscar.

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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