86. Enfrentar a doença é graça de Deus

Por Shiji, China

Minha saúde é debilitada desde a juventude. Quando eu era adolescente, sentia dores nas pernas. O médico disse que eu tinha artrite reumatoide e precisava de tratamento. Naquela época, minha família era pobre e não tinha como pagá-lo. Quando a dor piorava, eu tomava alguns analgésicos e também usava roupas extras ou me sentava na cama de tijolos aquecidos para aliviá-la. Aos vinte anos, minha condição se agravou, e eu fiquei paralisada. Após um período de tratamento, embora eu conseguisse andar, fiquei com um problema crônico: minhas pernas doíam quando eu andava demais. Mais tarde, passei a acreditar no Senhor Jesus. Para minha surpresa, mais de um mês depois, minhas pernas foram curadas milagrosamente, e fiquei felicíssima. Para agradecer ao Senhor por Sua graça, eu era muito ativa em dar testemunhos e pregar o evangelho conforme arranjado pela igreja. Eu achava que, ao dar testemunhos e pregar o evangelho para o Senhor, Deus continuaria a me guardar e proteger, e eu poderia até receber uma graça maior. Desde então, agarrei-me à minha fé como uma tábua de salvação, e meu entusiasmo pela crença em Deus aumentou muito.

Em outubro de 2006, aceitei a obra de Deus dos últimos dias. Eu estava incrivelmente animada para receber o retorno do Senhor Jesus e pensava: “Deus expressa a verdade nos últimos dias para realizar a obra de salvação. Devo aproveitar essa oportunidade para desempenhar mais deveres e preparar boas ações. Desde que eu acredite sinceramente em Deus e desempenhe meus deveres com lealdade, Ele certamente me manterá segura e saudável por toda a minha vida. Quando a obra de Deus estiver completa, também entrarei no reino e desfrutarei de grandes bênçãos. Essa é uma bênção enorme!”. Pouco tempo depois de passar a crer em Deus, comecei a treinar para desempenhar meus deveres. Independentemente dos deveres que a igreja arranjava, eu obedecia. Em 2012, saí de casa para alugar um lugar na cidade a fim de receber hóspedes. Embora fosse difícil e cansativo, eu não tinha queixas em meu coração. Os anos passaram rápido, e os líderes arranjaram para que eu ficasse responsável por vários grupos de reunião. Como eu não sabia andar de bicicleta, caminhava a distância que fosse. Às vezes, se eu fosse almoçar em casa e depois saísse para as reuniões, acabava me atrasando, então simplesmente pulava o almoço. Mesmo quando minhas pernas doíam de tanto andar, eu não me importava. Sentia que, ao desempenhar meus deveres, apesar das dificuldades ao longo dos anos, Deus perceberia tudo que eu fazia e certamente me protegeria e me abençoaria por minha lealdade aos meus deveres.

Em 2019, minha dor na perna voltou. Vez ou outra, se eu andasse muito, meu joelho doía tanto que eu não conseguia dobrá-lo. À noite, eu não conseguia estender toda a perna enquanto dormia, e às vezes a dor me acordava. Fui ao hospital para fazer um exame e o médico disse que minha articulação do joelho direito precisava ser substituída por via cirúrgica. Naquela época, minha família não tinha dinheiro para o tratamento, e eu estava desempenhando meus deveres. Pensei: “Se eu desempenhar bem meus deveres, pode ser que Deus remova a doença algum dia”. Assim, não me submeti à cirurgia e, em vez disso, tomei analgésicos e apliquei um adesivo para controlar a dor. Nesse período, às vezes eu não conseguia dormir à noite por causa da dor. Durante o dia, se eu passasse muito tempo sentada, não conseguia andar quando me levantava e tinha de massagear lentamente minha perna antes de conseguir andar um pouco.

Em agosto de 2023, vendo a intensidade da minha dor na perna, meu filho me levou ao hospital para fazer uma radiografia. O médico olhou para a imagem e disse: “Por que você esperou a dor piorar tanto para procurar tratamento? Agora, sua articulação do joelho direito já está em mau estado e as duas articulações do tornozelo estão necrosadas. Os medicamentos e a acupuntura não vão mais adiantar. O melhor plano de tratamento é substituir as articulações do tornozelo e do joelho. Substituindo uma articulação a cada três meses, em um ano estará tudo resolvido. Caso contrário, você pode acabar ficando paralisada”. Quase desabei quando ouvi o diagnóstico do médico. Embora a dor na minha perna tivesse piorado com o passar dos anos e eu estivesse mentalmente preparada, não imaginava que a situação fosse tão grave. Se eu ficasse paralisada, como iria viver? Fiquei arrasada e tive que conter as lágrimas. Quando voltei para casa, caí na cama como um balão esvaziado e me sentindo impotente, e as lágrimas escorreram sem controle. Todas as minhas queixas e mal-entendidos em relação a Deus vieram à tona: “Na época em que eu suportava a dor e subia a montanha para colher avelãs e vendê-las para receber hóspedes, por mais difícil que fosse, eu nunca reclamava. Mais tarde, quando fiquei encarregada das reuniões de grupo, enfrentei vento e chuva sem nunca atrasar meus deveres e não reclamei da dor na perna. Por que Deus não me protegeu? Agora, preciso substituir minha articulação do joelho, e minha família não tem esse dinheiro! Só que, se eu não fizer a cirurgia, vou ter que enfrentar a paralisia”. Nesses dias, sempre que eu pensava na dor e no sofrimento por que passei quando estava paralisada, meu coração palpitava, e minhas lágrimas escorriam sem controle. Vendo os irmãos podendo andar e correr para desempenhar seu dever, eu de fato os invejava! Por que eu não podia ter duas pernas saudáveis como todo mundo? Eu achava que, por acreditar em Deus, Ele sempre me protegeria, mas nunca imaginei que isso fosse acontecer. Quando ficou sabendo da minha situação, a líder se comunicou comigo: “Quando a doença nos acomete, ela carrega as intenções de Deus; não entenda Deus errado! Quando adoecemos, precisamos refletir sobre as corrupções, as intenções e os pontos de vista errados que revelamos e tirar lições disso”. A líder também me aconselhou a ler várias vezes capítulos específicos das palavras de Deus que poderiam abordar meu estado. Quando ela saiu, tratei de encontrar as palavras de Deus para ler: “Quando Deus arranja para que alguém contraia uma enfermidade, seja ela grave ou branda, Seu propósito não é fazer você apreciar os prós e os contras de estar doente, o dano que a enfermidade lhe traz, as inconveniências e as dificuldades que a enfermidade lhe causa e todos os incontáveis sentimentos que a enfermidade o faz sentir — Seu propósito não é que você aprecie a doença por estar doente. Antes, Seu propósito é que você aprenda as lições a partir da doença, aprenda a captar as intenções de Deus, conheça os caracteres corruptos que você revela e as atitudes erradas que adota em relação a Deus quando está doente e aprenda a submeter-se à soberania e aos arranjos de Deus, de modo que possa alcançar a verdadeira submissão a Deus e ser capaz de manter-se firme em seu testemunho — isso é absolutamente fundamental. Deus deseja salvá-lo e purificá-lo através da doença. O que em você Ele deseja purificar? Ele deseja purificar todos os seus desejos extravagantes e exigências em relação a Deus e até purificar os vários cálculos, julgamentos e planos que você faz a todo custo para sobreviver e viver. Deus não lhe pede para fazer planos, Ele não lhe pede para julgar e não lhe permite ter quaisquer desejos extravagantes em relação a Ele; só exige que você se submeta a Ele e, em sua prática e experiência de se submeter, saiba a atitude que você tem em relação à doença, conheça sua atitude em relação a essas condições fisiológicas que Ele lhe dá, assim como seus desejos pessoais. Quando passa a conhecer essas coisas, você pode então apreciar o quanto lhe é benéfico que Deus tenha arranjado as circunstâncias da doença para você ou que Ele lhe tenha dado essas condições fisiológicas; e você pode apreciar o quanto elas são úteis para mudar seu caráter, para você alcançar salvação e para sua entrada na vida(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “Como buscar a verdade (3)”). Ao ponderar sobre as palavras de Deus, fui iluminada: “Existe boa intenção de Deus quando essa doença me acomete. Deus não está tentando me eliminar nem fazer com que eu aprecie a dor e toda a gama de sentimentos que a doença traz, só quer limpar as impurezas de minha fé ao longo dos anos”. Em seguida, ponderei em meu coração: “O que Deus quer purificar em mim?”. Percebi que, o tempo todo, minha crença em Deus visava principalmente buscar graça e ter esperança de boa saúde e uma vida pacífica. No início, quando Deus me concedeu a graça, fiquei muito feliz e cheia de energia para me despender a crer em Deus, mas agora, enfrentando uma artrite reumatoide grave e a perspectiva de paralisia, eu discutia com Deus e reclamava sobre por que Ele não me protegeu. Percebi que minha fé não era diferente daquela das religiões; eu apenas pedia graça e bênçãos a Deus, sem acreditar Nele sinceramente e buscar a verdade. Ao perceber isso, tive um sentimento de culpa e autocensura e orei a Deus: “Deus, ao longo desses anos em que acreditei em Ti, busquei os pontos de vista errados e trilhei a senda errada. Tu permitiste que a doença me acometesse, e há Tua boa intenção nisso. Estou disposta a buscar a verdade e refletir minuciosamente sobre mim mesma”.

Em minha busca, deparei-me com duas passagens das palavras de Deus e ganhei algum entendimento sobre meu estado. Deus diz: “Quantos creem em Mim apenas para que Eu possa curá-los. Quantos creem em Mim apenas para que Eu possa usar Meu poder para expulsar espíritos impuros de seu corpo e quantos creem em Mim simplesmente para que possam receber paz e alegria de Mim. Quantos creem em Mim apenas para exigir de Mim mais riqueza material. Quantos creem em Mim apenas para passar esta vida em paz e estar sãos e salvos no mundo vindouro. Quantos creem em Mim para evitar o sofrimento do inferno e receber as bênçãos do céu. Quantos creem em Mim apenas em busca de conforto temporário, mas não buscam ganhar nada no mundo vindouro. Quando Eu concedo Minha fúria às pessoas e tomo toda a alegria e paz que elas outrora possuíam, elas ficam duvidosas. Quando Eu concedo às pessoas o sofrimento do inferno e tomo de volta as bênçãos do céu, elas ficam fora de si. Quando as pessoas Me pedem para curá-las, Eu não lhes dou atenção e sinto repulsa por elas; as pessoas se apartam de Mim para buscar, ao contrário, a senda do curandeirismo e da feitiçaria. Quando Eu tiro tudo que as pessoas exigiram de Mim, todas desaparecem sem deixar vestígios. Assim, Eu digo que as pessoas têm fé em Mim porque Minha graça é abundante demais e porque há benefícios demais a serem ganhos(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O que você sabe sobre a fé?”). “O relacionamento do homem com Deus é meramente de um interesse próprio nu e cru. É um relacionamento entre um receptor e um doador de bênçãos. Para colocar de forma mais clara, é o relacionamento entre um empregado e um empregador. O empregado trabalha muito apenas para receber as recompensas concedidas pelo empregador. Não há afeto em tal relacionamento baseado em interesses, apenas transação. Não há amar nem ser amado, apenas caridade e misericórdia. Não há entendimento, apenas indignação impotente suprimida e engano. Não há intimidade, apenas um abismo intransponível(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Apêndice 3: O homem só pode ser salvo em meio ao gerenciamento de Deus”). Depois que li as palavras de Deus, senti que elas perfuraram meu coração, e fiquei abalada, como se Deus estivesse me julgando face a face, expondo meu estado em detalhes vívidos. Percebi que minha crença em Deus e o desempenho de meus deveres tinham a intenção de que Deus me mantivesse em segurança, me concedesse uma vida pacífica e me proporcionasse boa saúde. É exatamente como o que Deus expôs: “Quantos creem em Mim apenas para que Eu possa curá-los(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O que você sabe sobre a fé?”). Olhando para trás, quando fui curada de minha doença ao passar a crer no Senhor Jesus, agarrei-me a Ele como uma tábua de salvação e acreditei firmemente que Deus era o Deus que abençoa as pessoas. Eu achava que, desde que acreditasse de fato em Deus, sofresse mais e me despendesse mais, Ele me manteria com boa saúde e me concederia uma vida pacífica, livre de doenças e desastres. Depois de aceitar a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias, fiquei ainda mais entusiasmada em me despender. Para desempenhar meus deveres, aluguei um lugar longe de casa para hospedar os irmãos. Mais tarde, quando fiquei responsável pelas reuniões de grupo, enfrentei todos os tipos de clima e longas distâncias, acreditando que Deus veria minha responsabilidade e fidelidade no desempenho de meus deveres e certamente me manteria segura durante toda a minha vida. Dessa vez, porém, diante de uma doença grave e da perspectiva de paralisia, eu me voltei contra Deus, reclamando Dele com raiva e usando meus sacrifícios e dispêndios para discutir e acertar contas com Ele, exatamente como as palavras de Deus expuseram: “Os que não têm humanidade são incapazes de amar verdadeiramente a Deus. Quando o ambiente é protegido e seguro ou quando há lucros a serem feitos, eles são totalmente obedientes a Deus, mas quando o que desejam é comprometido ou definitivamente refutado, eles imediatamente se revoltam. Podem mesmo de um dia para o outro se transformar de pessoas sorridentes e de ‘bom coração’ em assassinos repulsivos e ferozes(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a prática do homem”). Quando Deus me concedia graça, eu era totalmente submissa a Ele, mas, quando Ele não me satisfazia por um momento, eu reclamava Dele. Eu não estava totalmente desprovida de consciência? Acreditando dessa forma e ainda esperando receber bênçãos de Deus e entrar no reino dos céus, eu era realmente sem vergonha! Essa doença me revelou completamente. Vi que minha crença em Deus e meu desempenho do dever ao longo dos anos não foram nem um pouco sinceros. Só fiz meus esforços para fazer com que Deus me curasse e para receber bênçãos. Eu estava usando meus sacrifícios e dispêndios para tentar barganhar com Deus. Na superfície, parecia que eu estava acompanhando a nova obra de Deus, mas minha perspectiva sobre o que buscar não havia mudado. Eu ainda estava buscando graça e bênçãos como as da Era da Graça, crendo apenas para comer pães até me fartar. Antes, eu tinha me comunicado com os irmãos dizendo que Deus não estava mais fazendo a obra da Era da Graça, que, nos últimos dias, Deus está fazendo a obra de julgamento e purificação das pessoas, e que somente buscando a verdade e tendo mudança na vida caráter podemos ser salvos e entrar no reino. No entanto, eu não estava buscando a verdade nem uma mudança de caráter, e, em vez disso, só me concentrava em buscar graça e bênçãos. O que eu poderia ganhar ao acreditar em Deus dessa forma? No final, se eu não conseguisse entender a verdade e meu caráter corrupto não pudesse ser transformado, eu não seria destruída mesmo assim? Então, pensei em Paulo. Ele acreditava em Deus por motivos pessoais e com impurezas, usando seus dispêndios, esforços e trabalho árduo para tentar negociar com Deus, ameaçando-O abertamente e exigindo Dele uma coroa de justiça, provocando assim o caráter de Deus e recebendo Sua justa punição. Minha busca não era da mesma natureza que a de Paulo? Depois de correr por aí e me despender por Deus, eu exigia que Ele me curasse e me mantivesse saudável. Quando Deus não agia de acordo com meus desejos, eu discutia e clamava contra Ele. Isso era resistir a Deus. Ao pensar nisso tudo, senti uma tristeza profunda e derramei lágrimas de arrependimento. Lembrei-me de ter passado mais de dois meses paralisada quando tinha vinte anos. Os médicos disseram que minha condição era incurável, mas consegui ficar de pé e voltei a andar. Era Deus que estava me protegendo o tempo todo. Embora tivesse ficado com uma dor crônica na perna, foi por causa da doença que vim para diante de Deus e acreditei no Senhor Jesus. Mais tarde, Deus operou por meio dos irmãos para pregar o evangelho para mim, e tive sorte, de novo, por aceitar o evangelho de Deus dos últimos dias, desfrutando da rega e da provisão das palavras de Deus. Deus me mostrou tanto amor! Agora, porém, só porque Deus não havia me curado como eu queria, eu me rebelava contra Ele e reclamava Dele. Estava totalmente desprovida de consciência! Em meu coração, orei silenciosamente: “Deus, foram Tuas palavras que despertaram meu coração dormente. Só agora percebo que tenho tentado negociar Contigo na minha crença. Tenho desfrutado muito da rega e da provisão da Tua palavra, mas não pensei em retribuir Teu amor; em vez disso, eu Te entendi mal e reclamei de Ti. Sou realmente desprovida de humanidade! Deus, estou disposta a me arrepender e mudar”.

Depois disso, li estas palavras de Deus: “Jó não falava de barganhas com Deus e não fazia pedidos ou exigências a Deus. Seu louvor ao nome de Deus era por causa do grande poder e autoridade de Deus em governar todas as coisas, e não dependia de se ele recebesse bênçãos ou fosse atingido por um desastre. Ele acreditava que, independentemente de Deus abençoar as pessoas ou trazer desastre sobre elas, o poder e a autoridade de Deus não mudarão e, portanto, independentemente das circunstâncias de uma pessoa, o nome de Deus deve ser louvado. O fato de o homem ser abençoado por Deus é por causa da soberania de Deus, e quando o desastre acontece ao homem, também é por causa da soberania de Deus. O poder e a autoridade de Deus governam e arranjam tudo concernente ao homem; os caprichos da sina do homem são a manifestação do poder e da autoridade de Deus e, não importa sob que perspectiva você vê isso, o nome de Deus deve ser louvado. Foi isso que Jó experimentou e conheceu durante os anos de sua vida. Todos os pensamentos e ações de Jó alcançaram os ouvidos de Deus e chegaram diante de Deus e foram vistos como importantes por Deus. Deus apreciou esse conhecimento de Jó e valorizou Jó por ter tal coração. Esse coração aguardava a ordem de Deus sempre, e em todos os lugares e, não importava a hora ou o lugar, recebia de bom grado o que quer que acontecesse com ele. Jó não fez exigências a Deus. O que ele exigia de si mesmo era esperar, aceitar, encarar e se submeter a todos os arranjos que vieram de Deus; Jó acreditava que esse era seu dever, e era exatamente o que era desejado por Deus(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus II”). Depois de ler as palavras de Deus, senti-me profundamente envergonhada e queria poder simplesmente desaparecer. Jó acreditava em Deus sem nenhum motivo pessoal ou impureza, sem considerar se receberia bênçãos ou enfrentaria infortúnios. Independentemente de Deus dar ou tirar, ele não tinha queixas. Jó estava na posição de um ser criado, submetendo-se e adorando a Deus. Durante suas provações, Jó perdeu toda a sua riqueza, seus filhos, e chegou até a sofrer com furúnculos dolorosos por todo o corpo. Foi um sofrimento imenso! Mesmo sentado em cinzas e raspando suas feridas com um pedaço de cerâmica, Jó não reclamou de Deus nem pediu a Ele que diminuísse seu sofrimento. Mesmo assim ele foi capaz de louvar o nome de Deus e permanecer firme em seu testemunho. Pensando na humanidade e na razão de Jó, senti-me profundamente envergonhada. Ao longo dos anos em que acreditei em Deus, quando recebia bênçãos de Deus, eu Lhe agradecia alegremente no coração, mas, quando a condição da minha perna piorava, eu reclamava de Deus e queria discutir e acertar as contas com Ele. Refletindo sobre meu comportamento, eu me odiei e me senti profundamente em dívida com Deus! Embora eu seja muito diferente de Jó, não tendo sua humanidade e sua grande fé, eu estava disposta a seguir seu exemplo. Independentemente do que acontecesse com meu corpo, mesmo que ficasse paralítica ou morresse, eu não reclamaria de Deus e cumpriria meu dever para retribuir Seu amor.

Posteriormente, meu filho quis me levar a Pequim para fazer um check-up. Antes de partir, fiz uma oração de submissão a Deus: “Deus Todo-Poderoso, eu Te agradeço! Foi Tua misericórdia que me manteve viva até hoje. Se não fosse por Tua proteção, eu teria morrido há muito tempo, mas não tenho consciência; eu não sabia como ser grata ou retribuir Teu amor. Nesses anos, vim tentando constantemente negociar Contigo, rebelando-me contra e resistindo a Ti. Deus, Tu não me trataste de acordo com as minhas transgressões, mas me deste a chance de me arrepender. Estou disposta a me arrepender de verdade. Seja qual for o diagnóstico que me derem em Pequim, eu me submeterei a Tuas orquestrações e arranjos. Mesmo que eu fique paralítica ou morra, isso é Tua justiça. Tudo que Tu arranjas é bom”. Após a oração, fiquei bem tranquila e aliviada. Quando cheguei a Pequim, o médico disse que minha condição era muito grave; uma região do osso na parte interna do joelho direito já tinha enegrecido e estava necrosada e que, se piorasse, poderia se transformar em câncer ósseo e se eu não fosse operada logo, não haveria mais chances. Ao ouvir isso, não fiquei tão assustada como antes. Pensei apenas em me submeter às orquestrações e aos arranjos de Deus. Como os efeitos colaterais da cirurgia eram muito graves e ela seria dolorosa demais, não a fiz e tomei apenas alguns remédios antes de voltar para casa. Na noite em que voltei de Pequim, sentei-me na cama massageando minha perna e pensando comigo mesma: “Vou ver se consigo esticar a perna”. Tentei esticá-la devagar, e, para minha surpresa, ela realmente ficou reta! Dobrei a perna aos poucos e tentei esticar novamente, e ela voltou a ficar reta! Fiquei radiante!

Nos dias seguintes, minha perna foi parando de doer, e eu consegui andar com mais facilidade do que antes. Os irmãos disseram que minha postura estava mais ereta e que eu parecia mais saudável. Embora minha perna ainda não seja tão boa quanto a da maioria das pessoas, estou muito satisfeita e sou profundamente grata a Deus. Vi que Ele usou essa doença para purificar as impurezas da minha crença. Eu era intransigente demais. Durante todos esses anos, acreditei em Deus e me apeguei a pontos de vista religiosos, buscando bênçãos e graça em vez de me concentrar na busca da verdade. Meu caráter corrupto não mudou muito ao longo dos anos em que acreditei em Deus, e desperdicei mais de uma década. De agora em diante, devo buscar a verdade com sinceridade e não tentar barganhar com Deus. A igreja me designou agora para voltar a supervisionar a reunião de um grupo pequeno, e estou profundamente grata a Deus por isso. Penso em como cumprir meu dever com lealdade e me dedicando o máximo possível, sem gerar nenhum sentimento de dívida ou arrependimento.

Depois dessa experiência, vejo que essa doença é graça e bênção de Deus para mim. Por meio da enfermidade, vim para diante de Deus, e ela revelou meus pontos de vista errôneos sobre buscar bênçãos por meio da crença. A exposição das palavras de Deus me ajudou a ver que, na minha crença, eu só estava buscando comer pães até me fartar e que meu esforço e meus dispêndios eram uma tentativa de barganhar com Deus, não uma crença genuína. Foi por meio das palavras de Deus que meus pontos de vista errôneos sobre acreditar Nele sofreram algumas mudanças. Graças a Deus!

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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