69. Quando eu soube que minha esposa seria removida

Por Zhou Xiaoou, China

Em março de 2021, recebi uma carta dos líderes da igreja, pedindo que eu desse detalhes do comportamento descrente de minha esposa. Eu sabia que ela era de fato uma descrente e que atendia aos critérios para ser removida da casa de Deus. Ela havia crido em Deus por muitos anos, mas nunca buscou a verdade, sempre perseguindo tendências mundanas e riquezas e buscando prazer. Ela não só não estava disposta a participar das reuniões da igreja, como também nunca orava, nem comia, nem bebia as palavras de Deus e era relutante em desempenhar deveres. Quando os irmãos e eu nos comunicávamos com ela sobre a importância de buscar a verdade e desempenhar deveres, ela não levava isso a sério de jeito nenhum. Ela não só não buscava a verdade, como sempre me dizia: “Você não precisa buscar a verdade com tanta diligência — apenas acompanhar é o suficiente”. Quando eu não lhe dava ouvidos, ela frequentemente perdia a paciência comigo, o que me deixava bastante constrangido. Eu sabia que deveria escrever com sinceridade seu comportamento, mas quando chegou a hora de colocar a caneta no papel, hesitei, pensando: “Estamos casados há quase dez anos. Embora minha esposa não busque a verdade, ela tem sido muito boa comigo e com meus pais. Ela é econômica ao comprar roupas finas para si mesma, porém é generosa quando faz compras para mim e para meus pais. Agora que ela vai ser removida, não só não posso fazer nada para ajudá-la, como também eu mesmo tenho de expô-la. É de cortar o coração. Além disso, se minha esposa descobrir que sou eu quem expõe seu comportamento, ela certamente se ressentirá de mim por ser tão insensível. Como vou encará-la no futuro?”. Então também pensei: “Mesmo que minha esposa não busque a verdade, ela nunca fez nada maligno, portanto, mantê-la na igreja não causará nenhum dano. Se ela permanecer na igreja, poderei continuar a escrever cartas para ela e ajudá-la, e ela não deixará Deus completamente para buscar o mundo. Talvez ainda haja uma pequena chance de ela sobreviver. Mas se ela souber que está sendo removida, pode se abandonar ao desespero, deixar Deus completamente e seguir as tendências mundanas”. Pensando nisso, eu me vi preso em um dilema — de um lado estava o afeto familiar e, de outro, os interesses da igreja. Qual eu deveria escolher? Durante aqueles dias, eu só queria evitar toda a questão, então me enterrei em meu trabalho. Mas sempre que eu o terminava e me acalmava, pensava nisso: “Será que os líderes pensarão que estou sendo excessivamente sentimental se perceberem que ainda não escrevi a avaliação? Além disso, a atitude e a postura pessoal de cada um em relação ao trabalho de limpeza da igreja são cruciais. Não conseguir aderir aos princípios nem salvaguardar o trabalho da igreja significa ficar do lado de Satanás”. Com esses pensamentos em mente, comecei a escrever a avaliação de minha esposa. Mas, enquanto eu escrevia, meu afeto ressurgiu e pensei: “Se eu escrever todos os detalhes do comportamento descrente de minha esposa, ela será definitivamente removida. Acho que vou ser breve”. Depois de escrever a avaliação, eu me senti um pouco desconfortável. “Ao fazer isso, não estou encobrindo as coisas intencionalmente?” Mas então eu pensei: “Em todo caso, eu escrevi. Uma vez que os líderes já estão cientes de alguns dos comportamentos dela, não haverá problema se eu não prover muitos detalhes”. Então entreguei minha avaliação aos líderes. Um pouco mais tarde, eles escreveram de volta dizendo que eu estava sendo vago demais sobre o comportamento de minha esposa na avaliação e pediram que eu reescrevesse. Eu me senti um pouco culpado. Temia que escrever muitos detalhes fizesse com que minha esposa fosse removida, por isso queria manter minha avaliação breve e vaga só para dar um jeito. Mas Deus escrutina tudo. Será que, fazendo isso, eu não estava tentando enganar a mim e aos outros? Então, vim para diante de Deus para orar e refletir sobre mim mesmo.

Durante minha reflexão, li uma passagem das palavras de Deus: “Todos vocês dizem que têm consideração pelo fardo de Deus e que defenderão o testemunho da igreja, mas quem dentre vocês realmente foi atencioso com o fardo de Deus? Perguntem a si mesmos: você é alguém que demonstrou consideração pelo fardo de Deus? Você pode praticar a justiça para Deus? Você pode se levantar e falar por Mim? Você pode colocar a verdade em prática firmemente? Você tem coragem suficiente para lutar contra todos os atos de Satanás? Você seria capaz de colocar seus sentimentos de lado e expor Satanás em prol da Minha verdade? Você pode permitir que Minhas intenções sejam satisfeitas em você? Você ofereceu seu coração nos momentos mais cruciais? Você é alguém que segue a Minha vontade?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 13”). Cada pergunta de Deus me fazia sentir profundamente envergonhado. Tenho desfrutado muito da rega e do suprimento das palavras de Deus, e deveria ter praticado a verdade e exposto os descrentes. Mas, quando se tratava de expor minha esposa, eu não conseguia fazer isso; até recorria à enganação para ludibriar os líderes. Preferia manter uma descrente na igreja em vez de praticar a verdade. Eu era tão egoísta, sem lealdade a Deus. Eu não era alguém que praticava a verdade de forma alguma. Pensando nisso, senti um grande remorso. Então, vim para diante de Deus, confessei e me arrependi, expressando a disposição em deixar de lado meu afeto e praticar a verdade. Em seguida, forneci à igreja informações detalhadas sobre o comportamento de minha esposa. Em 2023, fiquei sabendo que ela havia sido removida da igreja.

Mais tarde, li algumas das palavras de Deus sobre o discernimento dos descrentes, e isso me ajudou a ganhar algum discernimento da essência de minha esposa como uma descrente. Percebi que ela nunca creu verdadeiramente em Deus. Mesmo quando creu no Senhor Jesus, ela não buscou. Depois que sua mãe aceitou a obra de Deus dos últimos dias, sua mãe tentou muitas vezes pregar o evangelho para ela, mesmo assim, ela não estava disposta a aceitá-lo. Ela só acabou se filiando à igreja comigo por causa de nosso casamento e de minha crença em Deus. No entanto, ela sempre me dizia que, ao crer em Deus, não havia problema em simplesmente ficar acompanhando, que não precisávamos nos esforçar muito, e que ganhar dinheiro deveria ser a prioridade. Foi por isso que ela não desempenhou muito em seus deveres depois que encontrou a Deus. Depois que eu comuniquei-lhe com frequência a importância de desempenhar os deveres, ela relutantemente concordou em receber os irmãos para reuniões, mas não estava disposta a ficar em casa para mantê-los seguros. Além disso, ela sempre reclamava que eu não podia lhe proporcionar uma vida material melhor. Embora as condições de vida de nossa família fossem muito boas, não tivéssemos falta de alimento nem necessidades, ela ainda estava insatisfeita e queria morar em uma casa melhor. Ao ver que eu cria em Deus e não conseguia atender às suas exigências, ela disse várias vezes que não queria mais continuar com sua fé. Mas sempre que se deparava com algum infortúnio, ela imediatamente se tornava zelosa, orando e fazendo ofertas. Quando os aborrecimentos passavam, ela voltava aos seus hábitos antigos. Ficou claro que sua fé era inteiramente para ganhar bênçãos. Ela também tinha muitas noções sobre Deus e frequentemente as espalhava na minha frente, dizendo-me para não perseguir minha fé com muita diligência e não sair de casa para desempenhar meus deveres. Quando eu a aconselhava a buscar a verdade ao ser confrontada com as coisas, ela simplesmente ignorava, alegando que entendia tudo, mas não conseguia colocar em prática. Ao ver isso, percebi que ela é de fato uma descrente, avessa à verdade. Somente depois de ter algum discernimento de minha esposa é que entendi que estava vivendo em afetos durante esses anos. Foi por isso que continuei tentando apoiá-la e ajudá-la, na esperança de mantê-la na igreja. Tudo isso foi por causa de meu afeto excessivo.

Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus: “Algumas pessoas dão grande importância aos sentimentos, elas reagem a tudo o que lhes acontece com base em seus sentimentos; no coração, elas sabem muito bem que isso é errado, e ainda assim são incapazes de ser objetivas, muito menos são capazes de agir de acordo com os princípios. Quando as pessoas estão sempre constrangidas pelos sentimentos, elas são capazes de praticar a verdade? Isso é extremamente difícil. A incapacidade de muitas pessoas de praticar a verdade se resume aos sentimentos; elas consideram os sentimentos como especialmente importantes, colocam-nos em primeiro lugar. Elas são pessoas que amam a verdade? Certamente não. Em essência, o que são os sentimentos? São um tipo de caráter corrupto. As manifestações dos sentimentos podem ser descritas com várias palavras: favoritismo, proteção sem princípios para os outros, manutenção de relacionamentos físicos e parcialidade; é isso que são sentimentos. Quais são as consequências prováveis de ter sentimentos e de viver segundo eles? Por que Deus detesta os sentimentos das pessoas? Algumas pessoas são sempre constrangidas por seus sentimentos, elas não conseguem colocar a verdade em prática e, embora anseiem por se submeter a Deus, não conseguem, por isso se sentem atormentadas por seus sentimentos. Há muitas pessoas que entendem a verdade, mas não conseguem colocá-la em prática; isso também é porque são constrangidas pelos sentimentos(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é a verdade realidade?”). As palavras de Deus expuseram meu estado exato. Ao prover informações sobre o comportamento descrente de minha esposa, eu sabia claramente que ela não buscava a verdade de forma consistente, que ela se recusava a participar das reuniões, nunca orava, nem comia, nem bebia as palavras de Deus, e que ela não estava disposta a desempenhar nenhum dever. Em vez disso, ela somente buscava dinheiro e prazeres mundanos. Além disso, sua humanidade não era boa, e se alguém a ofendesse, ela xingava com a linguagem mais vil, comportando-se exatamente como uma não crente. Eu sabia que deveria expor o comportamento de minha esposa, mas estava vivendo totalmente em meu afeto. Pensei que, desde que ela não fosse removida, poderia permanecer na igreja como servidora. Caso contrário, ela perderia completamente a chance de ser salva. Portanto, ao escrever a avaliação, fui deliberadamente breve e vago sobre seu comportamento, em uma tentativa de enganar os líderes. Refletindo sobre minhas ações, percebi o quão egoísta e desprezível eu havia sido. Se os líderes não tivessem descoberto meu problema e o apontado a tempo, eu teria continuado a viver em meu afeto e a blindar minha esposa. Se ela tivesse permanecido na igreja, teria continuado a espalhar suas noções sobre Deus, perturbando os outros, e se os irmãos não a discernissem, estariam sujeitos a ser desorientados pelas falácias dela. Além disso, embora recebesse os irmãos para reuniões, ela não os abrigava em nossa casa, tornando difícil para eles se acalmarem nas reuniões. Finalmente, agora vi que, ao blindar e proteger minha esposa de forma sentimental, eu estava permitindo que uma descrente interrompesse e perturbasse a igreja. Isso mostrou que eu estava agindo como um dos servos de Satanás e cometendo atos malignos!

Mais tarde, refleti mais sobre mim mesmo, perguntando-me: “Se mantivesse minha esposa na igreja por boas intenções, eu poderia realmente ajudá-la a alcançar a salvação e a sobreviver? Agir dessa maneira estaria alinhado com a intenção de Deus?”. Então me deparei com uma passagem das palavras de Deus: “Aqueles que arrastam seus filhos e parentes totalmente não crentes para a igreja são extremamente egoístas, e estão apenas exibindo sua bondade. Essas pessoas só se concentram em ser amáveis, independentemente de crerem ou não e independentemente de isso ser ou não a intenção de Deus. Alguns trazem sua esposa para diante de Deus ou arrastam seus pais para diante de Deus e, sem se importar se o Espírito Santo concorda com isso ou está operando nelas, eles cegamente continuam a ‘adotar pessoas talentosas’ para Deus. Que benefício pode ser ganho ao se estender bondade a esses incrédulos? Ainda que esses descrentes, que estão sem a presença do Espírito Santo, sigam a Deus com relutância, eles não podem ser salvos como se poderia acreditar. Aqueles que podem receber a salvação, na verdade, não são tão fáceis de serem obtidos. Pessoas que não foram submetidas à obra e às provações do Espírito Santo e que não foram aperfeiçoadas por Deus encarnado são totalmente incapazes de serem completadas. Portanto, a partir do momento em que começam a seguir nominalmente a Deus, essas pessoas carecem da presença do Espírito Santo. À luz de suas condições e estados reais, elas simplesmente não podem ser completadas. Assim, o Espírito Santo decide não despender muita energia com elas nem oferecer esclarecimento ou guiá-las de alguma forma; Ele simplesmente lhes permite seguir adiante e, no final, revelará o desfecho delas — isso basta. O entusiasmo e as intenções da humanidade vêm de Satanás e, de modo algum, essas coisas podem completar a obra do Espírito Santo. Não importa como as pessoas sejam, elas devem ter a obra do Espírito Santo. Os humanos podem completar humanos? Por que o marido ama a esposa? Por que a esposa ama o marido? Por que os filhos são obedientes aos pais? Por que os pais amam tanto seus filhos? Que tipo de intenções as pessoas abrigam de fato? Sua intenção não é satisfazer seus próprios planos e desejos egoístas? Elas realmente pretendem agir em prol do plano de gerenciamento de Deus? Estão realmente agindo em prol da obra de Deus? Sua intenção é cumprir o dever de um ser criado? Aqueles que, desde o momento em que começaram a crer em Deus, têm sido incapazes de alcançar a presença do Espírito Santo nunca podem ganhar a obra do Espírito Santo; essas pessoas são decididamente objetos a serem destruídos. Não importa quanto amor alguém sinta por elas, isso não pode substituir a obra do Espírito Santo. O entusiasmo e o amor das pessoas representam as intenções humanas, mas não podem representar as intenções de Deus nem podem ser um substituto para a obra de Deus. Mesmo que alguém estenda o maior amor ou misericórdia a essas pessoas que nominalmente acreditam em Deus e fingem segui-Lo sem saber o que realmente significa acreditar em Deus, ainda assim elas não obterão a simpatia de Deus nem ganharão a obra do Espírito Santo. Mesmo que sejam de baixo calibre e não sejam capazes de compreender muitas verdades, as pessoas que sinceramente seguem a Deus ainda podem, ocasionalmente, ganhar a obra do Espírito Santo; no entanto, aquelas que são de calibre consideravelmente bom, mas não acreditam com sinceridade, simplesmente não podem ganhar a presença do Espírito Santo. Não há absolutamente nenhuma possibilidade de salvação para tais pessoas. Mesmo que leiam as palavras de Deus ou ocasionalmente ouçam sermões ou até cantem louvores a Deus, no fim, elas não serão capazes de sobreviver até o tempo do descanso(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Deus e o homem entrarão em descanso juntos”). Por meio das palavras de Deus, passei a entender que o fato de uma pessoa poder iniciar na senda da busca da verdade e, por fim, ser salva e sobreviver não depende da ajuda ou do apoio dos outros. Não é simplesmente uma questão de permanecer na igreja sem sair que nos dá uma esperança de sobrevivência. Em vez disso, depende da atitude da pessoa em relação a Deus e à verdade, bem como se ela pode ganhar a obra e a perfeição do Espírito Santo em sua busca pessoal. Desde o início, minha esposa nunca creu sinceramente em Deus. Ela nunca teve a intenção de cumprir seus deveres para satisfazer a Deus, e nunca se submeteu aos arranjos da igreja. Mesmo quando relutantemente recebia os irmãos para reuniões, ela não assumia nenhuma responsabilidade. Não importava o quanto os líderes da igreja se comunicassem com ela, ela nunca mudava seus hábitos. Ela até mencionou várias vezes que não queria mais crer em Deus. Com uma aversão tão profunda à verdade, mesmo que eu a forçasse a permanecer na igreja, o Espírito Santo não operaria nela. Se esse fosse o caso, todos os meus esforços não seriam em vão? Meu desejo de manter minha esposa na igreja era motivado por meu afeto pessoal e meu egoísmo. Essas ações não seriam apenas ineficazes, mas também poderiam levar a ofender o caráter de Deus por causa de meu afeto. Lembrei-me de que um dos dez decretos administrativos da Era do Reino afirma: “Os parentes que não são da fé (seus filhos, seu marido ou sua esposa, suas irmãs ou seus pais etc.) não deveriam ser forçados a entrar na igreja. A casa de Deus não tem falta de membros, e não há necessidade de aumentar seu número com pessoas sem serventia. Todos aqueles que não creem alegremente não devem ser conduzidos à igreja. Este decreto se dirige a todas as pessoas. Vocês devem conferir, monitorar e lembrar uns aos outros dessa questão; ninguém pode violar este decreto. Mesmo que parentes que não são da fé entrem com relutância na igreja, eles não devem receber livros nem um novo nome; tais pessoas não são da casa de Deus e sua entrada na igreja deve ser impedida por quaisquer meios necessários. Se ocorrerem perturbações na igreja devido à invasão de demônios, você mesmo será expulso ou sofrerá a imposição de restrições. Em suma, todos têm uma responsabilidade nessa questão, embora não devam ser imprudentes nem usá-la para ajustar contas pessoais(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Os dez decretos administrativos que devem ser obedecidos pelo povo escolhido de Deus na Era do Reino”). O decreto administrativo afirma claramente que, no caso de membros não crentes da família, não devemos forçá-los a entrar na igreja. Mesmo que tais pessoas entrem na igreja, Deus não as reconhece. Esse é um decreto que todo crente deve seguir. No entanto, ignorei os decretos administrativos de Deus e tentei manter minha esposa na igreja por afeto. A igreja é um lugar onde os irmãos adoram a Deus e desempenham seus deveres; ela não permite as perturbações de descrentes, anticristos ou pessoas malignas. Já que minha esposa é avessa à verdade e essencialmente descrente, sua permanência na igreja, sem dúvida, interromperia e perturbaria o trabalho de igreja e a vida de igreja. Eu tentava manter uma descrente na igreja com base em afeto pessoal — como isso poderia se alinhar com a intenção de Deus?

Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus, e entendi um pouco a raiz de minha abordagem sentimental dos assuntos. Deus Todo-Poderoso diz: “Se uma pessoa é alguém que nega a Deus e se opõe a Ele, é amaldiçoada por Deus, mas é um pai ou parente seu e, pelo que sabe, não pareça ser uma pessoa maligna e ele o trata bem, talvez você se veja incapaz de odiar essa pessoa, e pode até permanecer em contato direto com ela, sem mudar seu relacionamento. Ouvir que Deus odeia tais pessoas incomodará você, e você não é capaz de ficar do lado de Deus e rejeitá-las friamente. Você é sempre constrangido por sentimentos e não consegue largá-las completamente. Qual é a razão disso? Isso acontece porque seus sentimentos são fortes demais, e eles o impedem de praticar a verdade. Essa pessoa é boa para você, por isso você não consegue odiá-la. Você só conseguiria odiá-la se ela lhe fizesse algum mal. Esse ódio estaria alinhado com as verdades princípios? Além disso, você é restringido por noções tradicionais, pensa que a pessoa é seu pai ou parente, então se você a odiar, você será escarnecido pela sociedade e injuriado pela opinião pública, condenado como não filial, sem consciência, e até desumano. Você acha que sofreria condenação divina e castigo. Mesmo se quiser odiá-la, sua consciência não lhe permitirá. Por que a sua consciência funciona dessa forma? É porque uma forma de pensar foi semeada em você desde sua infância, por meio da herança de sua família, da educação que você recebeu de seus pais e da doutrinação da cultura tradicional. Essa forma de pensar está profundamente enraizada em seu coração e o leva a acreditar equivocadamente que a piedade filial é algo perfeitamente natural e justificada, e que algo herdado dos seus antepassados é sempre bom. Você aprendeu isso primeiro, e isso permanece dominante, criando um grande obstáculo e perturbando sua fé e a aceitação da verdade, deixando-o incapaz de pôr em prática as palavras de Deus e de amar o que Deus ama, de odiar o que Deus odeia. […] Satanás usa esse tipo de cultura tradicional e noções de moralidade para amarrar os seus pensamentos, a sua mente e o seu coração, deixando-o incapaz de aceitar as palavras de Deus; você foi possuído por essas coisas de Satanás, e elas o deixaram incapaz de aceitar as palavras de Deus. Quando você quer praticar as palavras de Deus, essas coisas o perturbam, levam você a opor-se à verdade e às exigências de Deus e tornam você incapaz de se livrar do jugo da cultura tradicional. Depois de lutar por um tempo, você faz concessões: prefere acreditar que as noções tradicionais de moralidade estão corretas e de acordo com a verdade, e então você rejeita ou abandona as palavras de Deus. Não aceita as palavras de Deus como a verdade e não dá importância a ser salvo, sentindo que ainda vive neste mundo e que você só pode sobreviver se depender dessas coisas. Incapaz de suportar a recriminação da sociedade, você prefere abrir mão da verdade e das palavras de Deus, abandonar-se às noções tradicionais de moralidade e à influência de Satanás, e prefere ofender a Deus e não praticar a verdade. Digam-Me, o homem não é lamentável? Ele não precisa da salvação de Deus?(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só ao reconhecer as próprias opiniões equivocadas pode-se realmente se transformar”). As palavras de Deus expuseram a raiz da maneira sentimental como eu agia. Quando se tratava de prover detalhes sobre o comportamento descrente de minha esposa, eu não a discernia nem a expunha com base em sua essência ou em sua atitude em relação a Deus e à verdade. Em vez disso, eu me concentrava apenas no fato de que ela geralmente era boa para mim e cuidava dos meus pais. Consequentemente, vivia em meu afeto e tentava blindá-la e protegê-la. Embora eu soubesse que ela era uma descrente e que seu caso estava alinhado com os princípios que justificavam que fosse removida da igreja, o fato de eu me ater aos princípios e expô-la, e até mesmo observar enquanto ela era removida da igreja, deixava-me desconfortável, como se minha consciência não permitisse. Até senti que, se expusesse minha esposa, eu a estaria decepcionando, e temi que ela se ressentisse de mim por ser frio e insensível, se descobrisse que fui eu quem a expôs. Eu havia adotado filosofias satânicas como “o sangue é mais espesso que a água” e “o homem não é inanimado; como pode não ter sentimentos” como princípios de conduta. Preso por esses pensamentos, senti uma pressão invisível. Não me importava se essa pessoa era descrente ou não, ou quanto dano essa pessoa causaria ao trabalho da igreja e aos irmãos se permanecesse na igreja. Eu só pensava que, como essa pessoa era um parente meu, eu não poderia expô-la. Até me senti compelido a encobri-la, contrariando minha consciência, e temi que, se eu não fizesse isso, as pessoas me chamariam de insensível. Finalmente vi que os ditados “o sangue é mais espesso que a água” e “o homem não é inanimado; como ele pode estar livre de sentimentos?” não eram de fato princípios de conduta, e que me comportar com base nesses venenos satânicos só me levaria a viver em afetos e a me tornar incapaz de discernir o certo do errado.

Em julho de 2023, recebi uma carta de minha sogra, dizendo que minha esposa queria entrar com pedido de divórcio no tribunal. Eu realmente queria voltar para casa para preservar nosso casamento, mas depois de ler algumas das palavras de Deus especificamente relacionadas ao meu estado, percebi que minha esposa e eu somos de tipos diferentes e não estamos na mesma senda. Se vivermos juntos, o único desfecho será o sofrimento sem fim. Além disso, experimentei a orientação e as bênçãos de Deus ao desempenhar meus deveres fora de casa nos últimos anos. Reconheci que somente a busca da verdade é a senda certa na vida. Então, decidi abandonar a ideia de voltar para casa. Agradeço a Deus por ter me orientado a deixar de lado meu afeto!

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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