51. Adeus à competitividade
Comecei a regar recém-convertidos, na igreja, dois anos atrás. Eu sabia que era um dever muito importante, por isso jurei que investiria mais esforço em buscar a verdade, regar bem os recém-convertidos, e ajudá-los a se estabelecer rápido no caminho verdadeiro. Normalmente, eu lia as palavras de Deus sempre que tinha tempo, para me equipar com as verdades de visões. Nas reuniões, eu ponderava sinceramente os problemas e as dificuldades dos recém-convertidos, e buscava as palavras de Deus para comunicar e para resolvê-los. Eu buscava outros irmãos e irmãs quando não entendia ou não conseguia resolver algo. Ao longo do tempo, os irmãos que eram novos na fé começaram a me procurar para nos comunicarmos quando se deparavam com problemas ou dificuldades. Fiquei muito feliz, e achei que, embora estivesse desempenhando esse dever havia pouco tempo, todos me admiravam. Parecia que eu estava até que me saindo bem, então fiquei ainda mais entusiasmada em meu dever.
Mais tarde, a líder designou a irmã Natalie para trabalhar comigo. Não demorou, e descobri que ela assumira muita responsabilidade em seu dever e era excelente em identificar problemas e desvios no nosso trabalho e que ela conseguia resolver alguns problemas. Todos gostavam dela e costumavam procurá-la para se comunicar com ela quando tinham problemas. Tudo isso me deixou preocupada: “Natalie ainda é nova, mas os outros já a admiram tanto. Quando tiverem problemas, começarão a procurá-la, e não a mim? Acharão que não estou à altura dela? Não. Tenho que me esforçar mais para que todos vejam que Natalie não é melhor do que eu. É o único jeito de garantir meu lugar no coração de todos”. Depois disso, antes de cada reunião, eu entendia o estado e as dificuldades dos irmãos, depois trabalhava para encontrar palavras de Deus e fazer anotações. Durante as reuniões, eu queria oferecer uma comunhão melhor do que a de Natalie para que todos pensassem que eu era mais capaz. Para a minha surpresa, um dia, a líder nos disse que a maioria dos irmãos tinha concordado que Natalie passaria a servir como líder de grupo e assumiria a responsabilidade pelo trabalho do grupo. Fiquei perplexa, e pensei: “Será que ouvi certo? Natalie foi eleita líder de grupo? Estou desempenhando esse dever há mais tempo do que ela, mas não fui eleita. O que os irmãos pensarão quando descobrirem? Acharão que ela é melhor do que eu? Como poderei dar as caras novamente?”. Eu não consegui aceitar o fato, e fiquei extremamente chateada. Eu sabia que não deveria pensar assim, mas eu estava vivendo num estado de buscar nome e status, e não conseguia me controlar. Tudo que podia fazer era tentar me consolar: “Isso também está bom; tudo que eu preciso fazer é desempenhar bem o meu dever, e não me preocupar tanto”. Na época, não busquei a verdade nem refleti sobre mim mesma nesse aspecto.
Então, um dia, descobri que a irmã Sadie estava num estado ruim, e não estava participando das reuniões. Entrei em contato com ela, esperando poder me comunicar com ela, mas ela disse que estava em contato com Natalie, e que já tinham feito comunhão sobre isso. Fiquei chateada quando ouvi isso. “Sadie sempre me procurou com seus problemas, mas agora vai direto para Natalie. Será que ela acha que eu não sou tão boa quanto ela? Se as coisas continuarem assim, será que todos se esquecerão de mim?” Esse pensamento me deixou bem desmoralizada, e desenvolvi um preconceito contra Natalie, acreditando que ela estava roubando meu holofote. Não quis mais trabalhar com ela, depois disso. Quando ela me procurava para discutir o trabalho, eu não lhe dava bola, e, às vezes, falava com ela de modo superficial. Uma vez em que estávamos numa reunião pela internet, Natalie deu comunhão respondendo à pergunta de uma irmã, e fiquei tão preocupada que ela ia me ofuscar que não consegui absorver nada daquilo. Só fiquei pensando, com persistência, em como superá-la na comunhão, e em como fazer com que os irmãos vissem que eu podia resolver problemas tão bem quanto ela. Quando Natalie terminou, a irmã que tinha feito a pergunta disse que ainda não estava entendendo a senda específica de prática. Ao ouvir isso, fiquei radiante, e pensei: “Você comunicou bastante sem resolver o problema real. Está passando vergonha. Preciso aproveitar essa chance para me apresentar bem para que todos vejam que eu sou melhor que você, e que a minha comunhão é melhor do que a sua”. Comecei a me comunicar imediatamente. Quando terminei, ficou claro que eu não tinha entendido nada da pergunta daquela irmã, e a minha resposta não teve nada a ver. Ela até me enviou uma mensagem para dizer que a minha comunhão tinha fugido do assunto. Eu me senti uma idiota e só quis achar um buraco para me esconder. Naquele momento, tive de deixar a reunião porque algo urgente tinha aparecido. Mais tarde, vi que ainda estavam on-line na reunião, e um pensamento malicioso me passou pela cabeça: “Se Natalie continuar falando assim, quem sabe até quando continuará. Se eu não posso estar na reunião, então ninguém pode, ou a Natalie será a única a aparecer sob o holofote”. Então, sem pensar muito, enviei esta mensagem: “Acabou o tempo da reunião, não há necessidade de continuar. Podemos discutir quaisquer problemas mais tarde”. Alguns minutos depois, a reunião terminou. Fiquei sentada ali, na frente do computador, muito agitada. Eu estava com muita vergonha da minha comunhão, e me senti culpada quando me lembrei de como tinha me deleitado com a inabilidade de Natalie de resolver o problema. Eu disse a mim mesma: “O que estou fazendo? Em vez de pensar em como trabalhar com ela para desempenhar bem o nosso dever, estou numa luta ciumenta, aberta e secreta, e tentando sabotá-la. Isso é desempenhar o meu dever?”. Vim para diante de Deus para orar: “Deus, estou vivendo num estado de brigar por nome e status, sempre competindo e comparando-me com Natalie, e querendo a admiração das outras pessoas. Sei que esse estado está errado, mas não consigo escapar dele. Deus, por favor, guia-me para que eu conheça a mim mesma”.
Durante uma reunião, vi estas palavras de Deus: “Quando os anticristos desempenham um dever, seja qual for, e em qualquer grupo em que estejam, eles demonstram uma forma distinta de conduta: em tudo, eles sempre querem se destacar e se exibir, sempre tendem a constranger as pessoas e controlá-las, sempre querem liderar as pessoas e tomar as decisões, sempre querem ser o centro das atenções, sempre querem atrair os olhares e a atenção das pessoas para si, e querem a admiração de todos. Sempre que os anticristos se juntam a um grupo, seja qual for o número, quem são os membros do grupo, ou sua profissão ou sua identidade, os anticristos observarão primeiro para ver quem se impõe e é excepcional, quem é eloquente, quem é impressionante, e quem é qualificado ou tem prestígio. Eles avaliam quem eles podem superar e quem não podem, bem como quem os supera e quem é inferior. Essas são as primeiras coisas que eles olham. Após avaliar rapidamente a situação, eles começam a agir, deixando de lado e ignorando por ora aqueles que estão abaixo deles. Procuram primeiro aqueles que acreditam que são superiores, que têm algum prestígio e status, ou que têm dons e talento. Essas são as pessoas com as quais se comparam primeiramente. Se qualquer uma dessas pessoas é estimada pelos irmãos e irmãs, ou é crente em Deus há muito tempo ou tem boa posição, ela se torna alvo da inveja dos anticristos, e evidentemente é vista como competição. Em seguida, os anticristos se comparam silenciosamente com essas pessoas que têm prestígio, que têm status, e que comandam a admiração dos irmãos. Eles começam a ponderar essas pessoas, examinando o que elas podem fazer e o que já dominaram, e por que algumas pessoas as estimam. Olhando e observando, os anticristos percebem que essas pessoas são especialistas em certa profissão, bem como o fato de que todos as estimam porque elas acreditam em Deus há mais tempo e conseguem compartilhar algum testemunho experiencial. Os anticristos veem tais pessoas como ‘presa’ e as reconhecem como oponentes, e então compõem um plano de ação. Que plano de ação? Eles olham para os aspectos em que não estão à altura dos oponentes e então começam a trabalhar nesses aspectos. Por exemplo, se não forem tão bons quanto eles em certa profissão, eles estudarão essa profissão, lendo mais livros, consultando mais todos os tipos de informações e humildemente pedindo mais instrução aos outros. Participarão de todo tipo de trabalho relacionado a essa profissão, aos poucos acumulando experiência e cultivando seu poder. E quando acreditam que têm capital para enfrentar seus oponentes, frequentemente se apresentam para expressar suas próprias ‘opiniões brilhantes’ e, muitas vezes, deliberadamente refutam e menosprezam seus oponentes, para envergonhá-los e manchar os nomes deles, destacando, assim, o quanto são inteligentes e extraordinários e suprimindo seus oponentes. As pessoas com visão clara conseguem ver todas essas coisas, mas somente as que são tolas e ignorantes e não têm discernimento não conseguem. A maioria das pessoas vê apenas o entusiasmo dos anticristos, sua busca, seu sofrimento, o preço que pagam e seu bom comportamento externo, mas a verdadeira situação está oculta nas profundezas do coração dos anticristos. Qual é seu objetivo principal? Ganhar status. O alvo em que todo o seu trabalho, toda a sua labuta e todo o preço que pagam estão centrados são aquelas coisas, em seu coração, que eles mais adoram: status e poder” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). Quando li a palavra de Deus, achei que Deus podia ver nitidamente meus pensamentos e sentimentos. Refleti sobre como, desde que tinha assumido o trabalho de rega, eu o tinha tratado como uma chance para me exibir. Eu queria resolver os problemas dos outros como meio para ganhar sua admiração e aprovação. Depois que a líder designou Natalie para trabalhar comigo, eu não pensei em como poderíamos desempenhar bem o nosso dever juntas, e, ao contrário, fiquei competindo com ela e me comparando com ela. Eu estava obcecada com quem os irmãos procuravam para obter ajuda, qual de nós tinha mais prestígio, ou mais status entre os outros. Eu me senti ameaçada quando vi como todos admiravam Natalie e me senti descartada, então comecei a vê-la como competidora. Queria vencê-la e superá-la em tudo que dizia e fazia, e tentava de tudo para fazer com que os irmãos me achassem melhor do que ela. Eu parecia estar desempenhando meu dever, mas não estava pensando, nem um pouco, em como desempenhá-lo bem, em como poderia aproveitar ao máximo as reuniões, ou se as dificuldades e os problemas dos meus irmãos tinham sido resolvidos. Cada coisa que eu fazia era em nome de status e reputação. Esse não é o caráter de um anticristo? Os anticristos colocam status e prestígio acima de tudo. Eles invejam, lutam e se comparam com qualquer um que é melhor do que eles. Farão de tudo para pisotear, menosprezar e caluniar qualquer um em nome de status, para se elevar e exibir. Em tudo que eu fazia, as minhas intenções não eram iguais às de um anticristo? Desempenhar meu dever com esse tipo de intenção era trilhar a senda de um anticristo, e resistir a Deus. Quando percebi isso, fui tomada de arrependimento. Eu não queria continuar nessa senda, e quis buscar a verdade e resolver meu caráter corrupto.
Mais tarde, li estas palavras de Deus: “No campo de Satanás, seja na sociedade, seja nos círculos oficiais, qual é a atmosfera predominante? Que práticas são populares? Vocês devem ter certo entendimento destas. Quais são os princípios e diretrizes de suas ações? Cada um é sua própria lei; cada um segue o próprio caminho. Eles agem em interesse próprio e fazem o que bem entendem. Quem tiver autoridade tem a última palavra. Eles não pensam nos outros, e fazem o que querem, buscando fama, ganho e status, e agindo inteiramente de acordo com as próprias preferências. Tão logo recebem algum poder, rapidamente exercem esse poder sobre os outros. Se você os ofende, desejam acabar com você, e você é incapaz de fazer qualquer coisa exceto oferecer-lhes dádivas. São cruéis como escorpiões, dispostos a violar leis, regulamentos do governo, até mesmo cometer crimes. Tudo isso são coisas de que eles são capazes. Eis quão escuro e perverso é o campo de Satanás. Agora, Deus veio para salvar a humanidade, para permitir às pessoas aceitarem a verdade, compreenderem a verdade e se libertarem do jugo e do poder de Satanás. Se vocês não aceitam a verdade e não praticam a verdade, não estão ainda vivendo sob o poder de Satanás? Nesse caso, qual é a diferença entre seu atual estado e o de diabos e Satanás? Vocês competem do mesmo modo que os não crentes competem. Vocês lutam do mesmo modo que os não crentes lutam. De manhã até a noite, vocês maquinariam, tramariam, teriam inveja e disputariam. Qual é a raiz desse problema? Tudo isso ocorre porque as pessoas têm caracteres corruptos e vivem de acordo com esses caracteres corruptos. O reinado dos caracteres corruptos é o reinado de Satanás; a humanidade corrupta habita num caráter satânico, e ninguém é uma exceção. Portanto, você não deveria pensar que é bom demais, meigo demais ou honesto demais para se envolver em lutas por poder e ganho. Se você não entende a verdade e não é guiado por Deus, certamente não é uma exceção, e de forma alguma, nem por conta de sua honestidade ou gentileza, nem por causa de sua juventude, você deixará de lutar por fama e ganho. Na verdade, você também buscará fama, ganho e status enquanto tiver a chance e as circunstâncias permitirem. Tentar obter fama e ganho é o comportamento característico dos humanos que têm a natureza perversa de Satanás. Ninguém é uma exceção. Toda a humanidade corrupta vive por fama, ganho e status, e ela pagará qualquer preço em sua luta por essas coisas. Isso se aplica a todos que vivem sob o poder de Satanás. Portanto, alguém que não aceita nem entende a verdade, que não consegue agir de acordo com os princípios, é alguém que está vivendo em meio a um caráter satânico. Um caráter satânico já veio para dominar os pensamentos e controlar o comportamento que você tem; Satanás submeteu você totalmente ao seu controle e escravidão, e se você não aceitar a verdade e não se rebelar contra Satanás, você não será capaz de escapar” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). Depois de ler as palavras de Deus, vi por que eu não conseguia me impedir de lutar por prestígio e ganho pessoal. Era porque eu estava mergulhada em perspectivas e venenos satânicos e corrompida por eles. Desde criança, eles me ensinaram e instilaram, em casa e na escola, com ideias como: “Cada um por si e o demônio pega quem fica por último”, “O homem luta para subir; a água flui para baixo”, e “É preciso enfrentar as maiores dificuldades para se tornar o maior dos homens”. Eu queria a admiração dos outros, não importava o grupo em que estava, e me deleitava quando era admirada e aprovada. Pensava que essa era a única vida digna e valiosa. Eu ainda vivia segundo essas ideias e perspectivas satânicas enquanto desempenhava meu dever na igreja. Ao buscar a admiração dos outros, eu tratei Natalie como adversária, obcecada em superá-la. Cheguei até a recorrer a fazer coisas cruéis, usei meios desonestos para interromper sua comunhão na reunião. Eu sempre pensei que subir na hierarquia e ser admirada era o único jeito digno de viver. Os fatos me mostraram que, quando eu vivia segundo esses venenos satânicos, minha ambição e meus desejos cresciam cada vez mais, e fiquei cada vez mais cabeça fechada, até que o meu comportamento passou a ser desprezível e especialmente repugnante para Deus. Não havia nem um grama de dignidade em viver desse jeito. Finalmente, eu vi quanto tinha sido corrompida por Satanás. Eu não conseguia discernir entre coisas positivas e negativas, e tinha perdido minha consciência e minha razão. Não fossem o julgamento e a revelação da palavra de Deus, eu não teria refletido sobre mim e me conhecido, nem teria visto com clareza as consequências e o perigo de buscar fama e status. Teria somente continuado a viver segundo venenos satânicos, e quem sabe que tipo de maldade eu teria cometido. De coração, agradeci a Deus por Sua orientação e por me dar um pouco de conhecimento de mim mesma.
Mais tarde, li outra passagem da palavra de Deus, e nela encontrei a senda prática para me libertar dos grilhões de fama e status. As palavras de Deus dizem: “Quando Deus exige que as pessoas cumpram bem o dever, Ele não está lhes pedindo que completem certo número de tarefas ou que realizem algum empreendimento grande, nem que desempenhem alguma grande empreitada. O que Deus quer é que as pessoas sejam capazes de fazer tudo o que puderem de maneira realista e de viver em concordância com Suas palavras. Deus não precisa de que você seja grande ou nobre, nem de que realize milagres, nem quer Ele ver surpresas agradáveis em você. Ele não precisa de tais coisas. Tudo de que Deus precisa é que você pratique resolutamente de acordo com as palavras Dele. Quando você ouvir as palavras de Deus, faça o que você entendeu, execute o que compreendeu, lembre-se bem do que ouviu e, então, quando chegar a hora de praticar, faça-o de acordo com as palavras de Deus. Permita que elas se tornem sua vida, suas realidades e o que você vive. Dessa forma, Deus ficará satisfeito. Você sempre busca grandeza, nobreza e status; sempre busca exaltação. Como Deus Se sente quando vê isso? Ele detesta isso e Se distanciará de você. Quanto mais você busca coisas como grandeza, nobreza, ser superior aos outros, distinto, proeminente e digno de nota, mais Deus o acha repugnante. Se você não refletir sobre si mesmo e não se arrepender, Deus o detestará e abandonará. Evite tornar-se alguém que Deus considera repugnante; seja uma pessoa que Deus ama. Como, então, pode-se alcançar o amor de Deus? Aceitando-se a verdade obedientemente, permanecendo-se na posição de um ser criado, agindo-se pelas palavras de Deus com os pés no chão, desempenhando-se adequadamente o dever, sendo-se uma pessoa honesta e vivendo-se uma semelhança humana. Isso basta, Deus estará satisfeito. As pessoas devem assegurar-se de não ter ambição nem de entreter sonhos vãos, de não buscar fama, ganho, status ou de destacar-se da multidão. Mais ainda, não devem tentar ser uma pessoa de grandeza ou sobre-humana, superior entre os homens e fazendo com que os outros a adorem. Esse é o desejo da humanidade corrupta e é a senda de Satanás; Deus não salva tais pessoas. Se as pessoas incessantemente buscam fama, ganho e status sem se arrepender, não há cura para elas e há só um desfecho: ser eliminadas” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). Com as palavras de Deus, entendi que Ele não exige que as pessoas sejam famosas ou grandiosas. Ele não exige que elas realizem algo incrível. Deus só quer que pratiquemos honestamente de acordo com Suas palavras, e cumpramos os deveres e responsabilidades de um ser criado. Uma pessoa como essa é realmente digna aos olhos de Deus, e O agrada. O homem deveria adorar e honrar Deus como grandioso. Mas eu estava sempre buscando um lugar no coração das pessoas e tentando fazer com que elas me admirassem e adorassem. Ao fazer isso, eu não estava contrariando as exigências Dele e trilhando a senda de resistir a Deus? Eu carecia da verdade realidade. Havia muito que eu não conseguia entender nem resolver, e eu só conseguia falar umas doutrinas, mas sempre pensava muito bem de mim mesma. Queria ser admirada e adorada pelos outros, descadaramente, e lutava por isso quando isso não acontecia. Eu não me conhecia e não tinha vergonha! Deus é o Senhor da criação, e Ele é supremo e grandioso. Ele encarnou e veio para a terra para expressar a verdade e salvar a humanidade. Ele fez uma obra tremenda, mas, ainda assim, Ele não Se exibe nem Se posiciona como Deus. Ele é oculto e humilde. Ver quão amável é a essência de Deus me deixou ainda mais envergonhada e culpada. Resolvi me rebelar contra a minha carne e praticar a verdade. Vim para diante de Deus e orei: “Ó Deus, estou sempre brigando e me comparando com os outros, ao desempenhar meu dever, e buscando status, para que os outros me admirem. Isso Te enoja, e eu não quero mais viver desse jeito. Quero pôr de lado fama e status, e manter os pés no chão ao desempenhar o meu dever. Por favor, guia-me”. Depois disso, procurei Natalie e me abri sobre meu estado e corrupção. Comunicamo-nos sobre a importância da cooperação harmoniosa. Nesse momento, eu me senti muito firme e em paz.
Depois disso, eu ainda tive impulsos de competir quando trabalhava com Natalie, mas quando surgiam esses pensamentos, eu corria fazer uma oração e me rebelar contra mim mesma. Lembro que, certa vez, quando era a vez de Natalie de ser a anfitriã de uma reunião, eu vi que ela estava ocupada demais para se preparar, então encontrei algumas palavras de Deus relevantes para tratar dos problemas dos outros. Pensei: “Fui eu que encontrei essas passagens. Se a reunião for bem, será que os irmãos pensarão que foi Natalie que fez todo o trabalho? Acharão que ela assume um fardo maior do que o meu? Talvez eu deva liderar dessa vez”. Justamente quando eu estava pensando nisso, percebi que, de novo, lá estava eu lutando por prestígio e ganho pessoal. Então me lembrei destas palavras de Deus: “Você deve aprender a abrir mão e deixar essas coisas de lado, a recomendar os outros e a permitir que eles se destaquem. Não lute nem se apresse para tirar vantagem das oportunidades de se destacar e brilhar. Você deve ser capaz de deixar essas coisas de lado, mas deve, também, não adiar o desempenho de seu dever. Seja uma pessoa que trabalha em quieta obscuridade e que não se exibe aos outros enquanto desempenha o dever com lealdade. Quanto mais abrir mão de seu orgulho e status, e quanto mais abrir mão de seus interesses, mais em paz você se sentirá, mais luz haverá em seu coração, e mais seu estado se aprimorará. Quanto mais você lutar e competir, mais sombrio se tornará seu estado. Se você não acredita em Mim, tente e veja! Se quiser reverter esse tipo de estado corrupto, e não ser controlado por essas coisas, você deve buscar a verdade e entender claramente a essência dessas coisas, e, então, deixá-las de lado e renunciar a elas” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). As palavras de Deus me deram uma senda de prática. Temos que aprender a renunciar, a desistir de qualquer oportunidade de nos exibir, e permitir que os outros ocupem o centro do palco. Pensando nisso, enviei uma mensagem para ela, dizendo: “Vá em frente e lidere a reunião amanhã; eu ajudarei na comunhão”. Na reunião no dia seguinte, não fiquei pensando em como seria vista, mas em como comunicar as palavras de Deus para ajudar a resolver os problemas dos outros. Natalie e eu comunicamos juntas, complementando uma à outra. Depois, todos disseram que a reunião tinha sido muito benéfica. Dei graças a Deus por isso e senti a certeza e a paz de praticar a verdade.