IX. Palavras sobre revelar a diferença entre a obra de Deus e o trabalho do homem
310. A obra do Próprio Deus envolve o trabalho de toda a humanidade e também representa a obra da era inteira, o que significa que a própria obra de Deus representa cada dinâmica e tendência da obra do Espírito Santo, ao passo que o trabalho dos apóstolos vem depois da própria obra de Deus e segue a partir daí e ele não lidera a era nem representa tendências da obra do Espírito Santo numa era inteira. Eles realizam apenas o trabalho que o homem deve realizar, que nada tem a ver com a obra de gerenciamento. A obra que o Próprio Deus faz é um projeto dentro da obra de gerenciamento. O trabalho do homem é apenas o dever que as pessoas que são usadas desempenham e não tem qualquer relação com a obra de gerenciamento. A despeito do fato de que ambos são obra do Espírito Santo, devido a diferenças em identidades e representações da obra, existem diferenças claras e essenciais entre a própria obra de Deus e o trabalho do homem. Além disso, a extensão da obra realizada pelo Espírito Santo varia nos objetos com identidades diferentes. Esses são os princípios e o escopo da obra do Espírito Santo.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a obra do homem”
311. A obra do Deus encarnado inicia uma nova era, e aqueles que continuam a Sua obra são aqueles que são usados por Ele. O trabalho realizado pelo homem é todo dentro do ministério de Deus na carne, e é incapaz de seguir além desse escopo. Se Deus encarnado não viesse realizar Sua obra, o homem não seria capaz de dar fim à era antiga, tampouco de introduzir uma nova era. O trabalho realizado pelo homem está meramente dentro do alcance de seu dever, que é humanamente possível de realizar, e não representa a obra de Deus. Somente o Deus encarnado pode vir e completar a obra que deveria fazer, e, fora Ele, ninguém pode fazer essa obra em Seu lugar. É claro que falo em relação à obra de encarnação.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A humanidade corrupta está mais necessitada da salvação do Deus encarnado”
312. A palavra de Deus não pode ser tida como a palavra do homem, e menos ainda pode-se ter a palavra do homem como a palavra de Deus. Uma pessoa usada por Deus não é o Deus encarnado, e o Deus encarnado não é uma pessoa usada por Deus. Nisso, há uma diferença essencial. Talvez, após ler estas palavras, você não as reconheça como as palavras de Deus, mas somente como o esclarecimento que uma pessoa ganhou. Nesse caso, você é ignorante demais. Como as palavras de Deus podem ser o mesmo que o esclarecimento que o homem ganhou? As palavras do Deus encarnado inauguram uma nova era, guiam toda a humanidade, revelam mistérios e mostram ao homem a direção que ele deve tomar na nova era. O esclarecimento obtido pelo homem não passa de umas práticas ou conhecimentos simples. Não pode guiar toda a humanidade para uma nova era nem revelar os mistérios do Próprio Deus. No final das contas, Deus é Deus e o homem é o homem. Deus tem a essência de Deus e o homem tem a essência do homem. Se o homem vê as palavras ditas por Deus como simples esclarecimento do Espírito Santo e toma as palavras dos apóstolos e profetas como palavras ditas pessoalmente por Deus, isso seria um erro do homem. Não importa o que aconteça, você nunca deveria inverter o preto com o branco, nem fazer o alto ser baixo, nem descrever o profundo como raso; não importa o que aconteça, você nunca deveria refutar deliberadamente o que sabe claramente que é a verdade. Todos que creem que há um Deus deveriam investigar os problemas do ponto de vista correto e aceitar a nova obra de Deus e Suas novas palavras a partir da posição de um ser criado; caso contrário, eles serão eliminados por Deus.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Prefácio”
313. O trabalho realizado por quem é usado por Deus tem o propósito de cooperar com a obra de Cristo ou do Espírito Santo. Esse homem é levantado por Deus dentre os homens e está ali para liderar todos os escolhidos de Deus; ele também é levantado por Deus para fazer a obra de cooperação humana. Por intermédio de alguém assim, capaz de fazer a obra de cooperação humana, mais podem ser alcançadas tanto as exigências de Deus em relação ao homem quanto a obra que o Espírito Santo deve fazer dentre os homens. Outra forma de colocar isso é a seguinte: o objetivo de Deus ao usar esse homem é para que todos os que O seguem possam compreender melhor Suas intenções e alcançar mais as Suas exigências. Como as pessoas são incapazes de entender diretamente as palavras ou as intenções de Deus, Deus levantou alguém que é usado para realizar tal obra. Essa pessoa que é usada por Deus também pode ser descrita como um meio pelo qual Deus guia as pessoas, como um “tradutor” na comunicação entre Deus e o homem. Assim, tal homem é diferente de todos os outros que trabalham na casa de Deus ou que são Seus apóstolos. Como os demais, pode-se dizer que ele é alguém que serve a Deus; mas, na essência de seu trabalho e no contexto de seu uso por parte de Deus, ele difere muito de outros obreiros e apóstolos. Em termos da essência de seu trabalho e do contexto de seu uso, o homem usado por Deus é levantado por Ele, é preparado por Ele para a obra de Deus e ele coopera na obra do Próprio Deus. Ninguém jamais poderia fazer seu trabalho em seu lugar — essa é a cooperação humana que é indispensável junto com a obra divina. O trabalho realizado por outros obreiros ou apóstolos, por sua vez, é apenas a transmissão e a implementação dos muitos aspectos dos arranjos para as igrejas ao longo de cada período, ou então a obra de alguma simples provisão de vida a fim de sustentar a vida da igreja. Esses obreiros e apóstolos não são designados por Deus, muito menos podem ser chamados de aqueles que são usados pelo Espírito Santo. Eles são escolhidos dentre as igrejas e, após terem sido treinados e cultivados por certo tempo, os que estão aptos são mantidos, enquanto os que não estão são enviados de volta para o lugar de onde vieram. Como essas pessoas são escolhidas dentre as igrejas, algumas mostram sua verdadeira índole após se tornarem líderes e outras até fazem muitas coisas más e acabam sendo eliminadas. Por outro lado, o homem que é usado por Deus é alguém que foi preparado por Deus, que tem um determinado calibre, e tem humanidade. Ele foi previamente preparado e tornado perfeito pelo Espírito Santo, é completamente conduzido pelo Espírito Santo e, especialmente quando se trata de sua obra, é guiado e comandado pelo Espírito Santo; o resultado disso é que não existe desvio algum na senda de conduzir o povo escolhido de Deus, pois Deus certamente assume a responsabilidade por Sua própria obra e sempre faz Sua própria obra.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Quanto ao uso que Deus faz do homem”
314. Se, quando veio para a carne, Deus só fizesse a obra da divindade e não houvesse pessoas que se concordassem com suas intenções para trabalhar em conjunto com Ele, então o homem seria incapaz de entender as intenções de Deus ou se engajar com Deus. Deus precisa usar pessoas normais que estão de acordo com Suas intenções para completar essa obra, para vigiar e pastorear as igrejas, de modo que o nível que os processos cognitivos do homem, seu cérebro, sejam capazes de imaginar possa ser alcançado. Em outras palavras, Deus usa um pequeno número de pessoas que concordam com Suas intenções para “traduzir” a obra que Ele faz dentro de Sua divindade para que ela possa ser aberta — transformar a língua divina em língua humana, para que as pessoas possam compreendê-la e entendê-la. Se Deus não fizesse isso, ninguém entenderia a língua divina de Deus, pois as pessoas que estão de acordo com as intenções de Deus são, afinal de contas, uma pequena minoria, e a capacidade de compreensão do homem é fraca. É por isso que Deus escolhe esse método apenas quando opera na carne encarnada. Se houvesse apenas obra divina, não haveria como o homem conhecer ou se engajar com Deus, porque o homem não entende a língua de Deus. O homem é capaz de entender essa língua apenas pela mediação das pessoas que concordam com as intenções de Deus, que esclarecem Suas palavras. No entanto, se houvesse apenas tais pessoas operando dentro da humanidade, isso só conseguiria manter a vida normal do homem; não conseguiria transformar o caráter do homem. A obra de Deus não poderia ter um novo ponto de partida; haveria apenas os mesmos cânticos antigos, as mesmas trivialidades velhas. Apenas pela mediação do Deus encarnado, que diz tudo que precisa ser dito e faz tudo que precisa ser feito durante o período de Sua encarnação, após a qual as pessoas trabalham e experienciam de acordo com as Suas palavras, apenas assim sua vida caráter será capaz de mudar e apenas assim elas serão capazes de fluir com os tempos. Aquele que opera dentro da divindade representa a Deus, enquanto aqueles que trabalham dentro da humanidade são pessoas usadas por Deus. O que significa que o Deus encarnado é essencialmente diferente das pessoas usadas por Deus. O Deus encarnado é capaz de fazer a obra da divindade, enquanto as pessoas usadas por Deus não são. No início de cada era, o Espírito de Deus fala pessoalmente e lança a nova era para trazer o homem a um novo início. Quando Ele termina de falar, isso significa que a obra de Deus dentro de Sua divindade está feita. Depois disso, todas as pessoas seguem a direção daquelas usadas por Deus para entrar em sua experiência de vida. Da mesma forma, essa é também a etapa em que Deus traz o homem para a nova era e dá às pessoas um novo ponto de partida — momento em que a obra de Deus na carne termina.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A diferença essencial entre o Deus encarnado e as pessoas usadas por Deus”
315. Até mesmo um homem que é usado pelo Espírito Santo não pode representar o Próprio Deus. Isso não é só dizer que tal homem não pode representar a Deus, mas também que o trabalho que realiza não pode diretamente representar a Deus. Em outras palavras, a experiência humana não pode ser colocada diretamente dentro do gerenciamento de Deus e ela não pode representar a gestão de Deus. A obra que o Próprio Deus faz é inteiramente a obra que Ele pretende fazer em Seu próprio plano de gerenciamento e diz respeito ao grande gerenciamento. O trabalho feito pelo homem consiste em suprir a sua experiência individual. Consiste em encontrar uma nova senda de experiência além daquela trilhada pelos que o precederam e em liderar seus irmãos sob a direção do Espírito Santo. O que essas pessoas suprem é a sua experiência individual ou escritos espirituais das pessoas espirituais. Embora essas pessoas sejam usadas pelo Espírito Santo, o trabalho que fazem não se relaciona à grande obra de gerenciamento no plano dos seis mil anos. São meramente aquelas que foram elevadas pelo Espírito Santo em épocas diferentes para liderar as pessoas na corrente do Espírito Santo, até que terminem as funções que elas podem desempenhar ou suas vidas cheguem ao final. O trabalho que elas fazem é apenas para preparar uma senda apropriada para o Próprio Deus ou para continuar um certo aspecto da gestão do Próprio Deus na terra. Por si mesmas, essas pessoas são incapazes de realizar a obra maior de Sua gestão, nem podem abrir novos caminhos, muito menos pode qualquer uma delas concluir toda a obra de Deus da era passada. Portanto, o trabalho que fazem representa apenas um ser criado realizando sua função e não pode representar o Próprio Deus desempenhando Seu ministério. Isto é porque o trabalho que elas fazem é diferente do que é feito pelo Próprio Deus. A obra de introduzir uma nova era não é algo que pode ser feito pelo homem no lugar de Deus. Não pode ser realizada por ninguém mais a não ser o Próprio Deus. Todo o trabalho feito pelo homem consiste em desempenhar seu dever como ser criado e é feito quando ele é movido ou esclarecido pelo Espírito Santo. A orientação que tais pessoas proveem consiste inteiramente em mostrar a senda da prática na vida diária e como o homem deveria agir em harmonia com as intenções de Deus. O trabalho do homem nem envolve a gestão de Deus nem representa a obra do Espírito. Como exemplo, a obra de Witness Lee e de Watchman Nee era a de liderar o caminho. Seja o caminho novo ou antigo, o trabalho tinha como premissa o princípio de permanecer dentro da Bíblia. Se fosse para restaurar a igreja local ou construir a igreja local, o trabalho deles tinha a ver com estabelecer igrejas. O trabalho que fizeram deu continuidade à obra que Jesus e Seus apóstolos tinham deixado sem terminar ou não tinham desenvolvido mais na Era da Graça. O que fizeram em seu trabalho foi restaurar o que Jesus havia pedido, em Sua obra da época, das gerações que viessem depois Dele, tal como manter suas cabeças cobertas, receber o batismo, partir o pão ou tomar o vinho. Poder-se-ia dizer que o seu trabalho era ater-se à Bíblia e buscar sendas dentro da Bíblia. Eles não fizeram nenhum avanço novo de qualquer tipo. […] uma vez que o trabalho das pessoas usadas pelo Espírito Santo é diferente da obra do Próprio Deus, suas identidades e os sujeitos em nome de quem agem são semelhantemente diferentes. Isso é assim porque a obra que o Espírito Santo pretende fazer é diferente, e por conta disso, aos que semelhantemente trabalham são conferidos status e identidades diferentes. As pessoas usadas pelo Espírito Santo também podem fazer algum trabalho que é novo e também podem eliminar algum trabalho realizado na era anterior, mas o que eles fazem não pode expressar o caráter e as intenções de Deus na nova era. Eles trabalham apenas para abolir a obra da era anterior, não para fazer uma nova obra com o propósito de representar diretamente o caráter do Próprio Deus. Assim, não importam quantas práticas antiquadas eles consigam abolir ou quantas práticas novas possam introduzir, eles ainda representam o homem e os seres criados. Quando, porém, o Próprio Deus executa a obra, Ele não declara abertamente a abolição das práticas da era antiga nem diretamente declara o início de uma nova era. Ele é direto e objetivo em Sua obra. Ele é direto ao realizar a obra que pretende fazer; isto é, Ele expressa diretamente a obra que realizou, diretamente faz Sua obra como pretendida originalmente, expressando Seu ser e caráter. Da forma como o homem vê, Seu caráter e também Sua obra são diferentes daqueles das eras passadas. Entretanto, da perspectiva do Próprio Deus, isso é apenas uma continuação e desenvolvimento posterior de Sua obra. Quando o Próprio Deus opera, Ele expressa Sua palavra e diretamente traz a nova obra. Em contraste, quando o homem trabalha, é por meio de deliberação e estudo ou é uma extensão do conhecimento e uma sistematização da prática fundamentadas no trabalho dos outros. Equivale a dizer que a essência do trabalho feito pelo homem é seguir uma ordem estabelecida e “trilhar as velhas sendas com sapatos novos”. Isso significa que até a senda trilhada pelas pessoas usadas pelo Espírito Santo é construída sobre aquela que o Próprio Deus lançou. Assim, ao final de contas, o homem ainda é homem e Deus ainda é Deus.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O mistério da encarnação (1)”
316. Durante a Era da Graça, Jesus proferiu algumas palavras e executou um estágio da obra. Havia um contexto para todas elas, e todas eram apropriadas aos estados das pessoas da época; Jesus falava e operava como convinha ao contexto da época. Ele também proferiu algumas profecias. Ele profetizou que o Espírito da verdade viria durante os últimos dias e executaria um estágio da obra. O que significa que Ele não entendeu nada além da obra que Ele Próprio devia fazer durante aquela era; a obra trazida por Deus encarnado é, em outras palavras, limitada. Portanto, Ele realiza somente a obra da era na qual Ele está e não realiza outra obra que não tenha conexão com Ele. Naquela época, Jesus não operou de acordo com sentimentos ou visões, mas como convinha ao tempo e ao contexto. Ninguém O conduziu ou guiou. A totalidade de Sua obra era o Seu Próprio ser — era a obra que devia ser realizada pelo Espírito de Deus encarnado, que era toda a obra introduzida pela encarnação. Jesus operou somente de acordo com o que Ele Próprio viu e ouviu. Em outras palavras, o Espírito operou diretamente; não havia necessidade de mensageiros aparecerem a Ele e Lhe darem sonhos, nem de alguma grande luz brilhar sobre Ele e permitir que Ele visse. Ele operou livremente e sem restrições, porque Sua obra não se baseava em sentimentos. Em outras palavras, quando operava, Ele não tateava e adivinhava, mas realizava as coisas com facilidade, operando e falando de acordo com Suas próprias ideias e com o que via com Seus próprios olhos, provendo sustento imediato a cada um dos discípulos que O seguiam. Essa é a diferença entre a obra de Deus e o trabalho das pessoas: quando as pessoas trabalham, elas buscam e tateiam, sempre imitando e deliberando com base nos fundamentos estabelecidos por outros para alcançar uma entrada mais profunda. A obra de Deus é a provisão do que Ele é, e Ele faz a obra que Ele Próprio deve fazer. Ele não provê sustento à igreja usando o conhecimento que veio da obra de homem algum. Em vez disso, Ele faz a obra atual com base no estado das pessoas.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Prática (5)”
317. O trabalho do homem significa sua experiência e sua humanidade. O que o homem fornece e o trabalho que ele realiza o representam. A percepção do homem, o raciocínio do homem, a lógica do homem e sua rica imaginação estão todos incluídos em seu trabalho. A experiência do homem é particularmente capaz de significar o seu trabalho, e as experiências de uma pessoa se tornam os componentes de seu trabalho. O trabalho do homem é capaz de expressar sua experiência. Quando algumas pessoas experienciam de modo negativo, a maior parte da linguagem de sua comunhão consistirá em elementos negativos. Se sua experiência por um período de tempo é positiva e elas possuem especialmente uma senda no aspecto positivo, sua comunhão é muito encorajadora, e as pessoas podem obter delas provisões positivas. Se um trabalhador se torna negativo por um período de tempo, sua comunhão carregará sempre elementos negativos. Esse tipo de comunhão é deprimente, e outros ficarão inconscientemente deprimidos após sua comunhão. O estado dos seguidores muda de acordo com o estado de seu líder. O que quer que um trabalhador seja por dentro, é isso que ele expressa, e a obra do Espírito Santo frequentemente muda com o estado do homem. Ele opera de acordo com a experiência das pessoas e não as obriga, mas faz exigências às pessoas de acordo com o curso normal de sua experiência. Isso significa que a comunhão do homem difere da palavra de Deus. O que as pessoas comunicam transmite suas percepções e experiências individuais, expressando suas percepções e experiência com base na obra de Deus. Sua responsabilidade é descobrir, após Deus operar ou falar, o que disso elas devem praticar e em que devem entrar e, depois, transmitir isso aos seguidores. Portanto, o trabalho do homem representa sua entrada e sua prática. Naturalmente, a esse trabalho se misturam lições e experiências humanas ou alguns pensamentos humanos. Não importa como o Espírito Santo opere, seja no homem ou em Deus encarnado, os trabalhadores sempre expressam o que são. Embora seja o Espírito Santo que opera, a obra é fundamentada naquilo que o homem é inerentemente, porque o Espírito Santo não opera sem fundamento. Em outras palavras, a obra não vem do nada, mas é sempre feita de acordo com circunstâncias e condições reais. Só assim o caráter do homem pode ser transformado e suas noções e pensamentos antigos podem ser mudados. O que o homem expressa é o que ele vê, experiencia e é capaz de imaginar e isso é alcançável pelo pensamento do homem, mesmo que sejam doutrinas ou noções. O trabalho do homem não pode exceder o escopo da experiência do homem, nem o que o homem vê, nem o que o homem é capaz de imaginar ou conceber, independentemente do tamanho daquele trabalho. Tudo que Deus expressa é o que o Próprio Deus é, e isso é inalcançável para o homem — isto é, está além do alcance do pensamento do homem. Ele expressa Sua obra de liderar toda a humanidade, e isso não está relacionado aos detalhes da experiência humana, mas, em vez disso, diz respeito ao Seu próprio gerenciamento. O que o homem expressa é sua experiência, enquanto o que Deus expressa é Seu ser, que é Seu caráter inerente, que está fora do alcance do homem. A experiência do homem é sua percepção e seu conhecimento que ele adquire com base na expressão de Deus de Seu ser. Essa percepção e esse conhecimento são chamados o ser do homem, e a base de sua expressão é o caráter e calibre inerentes do homem — é por isso que são chamados também o ser do homem. O homem é capaz de comunicar o que ele experiencia e vê. Ninguém é capaz de comunicar o que ele não experienciou, não viu ou o que seu pensamento não consegue alcançar, se estas são coisas que ele não tem dentro de si. Se o que o homem expressa não vem de sua experiência, então é sua imaginação ou doutrina. Em termos simples, não há realidade em suas palavras. Se você nunca tivesse contato com as coisas da sociedade, não poderia comunicar claramente os relacionamentos complexos da sociedade. Se você não tivesse família, e os outros fossem falar de questões familiares, você não entenderia a maior parte do que eles diriam. Portanto, o que o homem comunica e o trabalho que ele realiza representam seu ser interior.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a obra do homem”
318. Minha fala representa Meu ser, mas o que Eu digo está fora do alcance do homem. O que Eu digo não é o que o homem experiencia e não é algo que o homem possa ver; também não é com que o homem possa entrar em contato, mas é o que Eu sou. Algumas pessoas reconhecem apenas que o que Eu comunico é o que Eu experienciei, mas não reconhecem que é a expressão direta do Espírito. O que Eu digo é, naturalmente, o que Eu experienciei. Fui Eu quem realizou a obra de gerenciamento por seis mil anos. Eu experienciei tudo desde o começo da criação da humanidade até o presente; como Eu poderia ser incapaz de discutir isso? Quando se trata da natureza do homem, Eu vi claramente; Eu a observei muito tempo atrás. Como Eu seria incapaz de falar sobre ela claramente? Tendo visto claramente a substância do homem, Eu estou qualificado a castigar o homem e a julgá-lo, porque tudo do homem veio inteiramente de Mim, mas foi corrompido por Satanás. Evidentemente, Eu também estou qualificado para avaliar a obra que Eu realizei. Embora essa obra não seja realizada por Minha carne, ela é a expressão direta do Espírito, e é isso o que Eu tenho e o que Eu sou. Portanto, Eu estou qualificado para expressá-la e realizar a obra que Eu devo realizar. O que as pessoas dizem é o que elas experienciaram. É o que elas viram, o que suas mentes conseguem alcançar e o que seus sentidos conseguem detectar. Isso é o que são capazes de comunicar. As palavras proferidas pela carne de Deus em pessoa são a expressão direta do Espírito, e elas expressam a obra que foi realizada pelo Espírito, que a carne não a vivenciou nem viu, mas ainda assim Ele expressa Seu ser, pois a essência da carne é o Espírito, e Ele expressa a obra do Espírito. É obra já realizada pelo Espírito, embora esteja fora do alcance da carne. Depois da encarnação, por meio da expressão da carne, Ele capacita as pessoas a conhecerem o ser de Deus e verem o caráter de Deus e a obra que Ele realizou. O trabalho do homem dá às pessoas uma clareza maior sobre em que devem entrar e o que devem compreender; ele leva as pessoas a compreenderem e experienciarem a verdade. O trabalho do homem é amparar as pessoas; a obra de Deus é abrir novas sendas e novas eras para a humanidade e revelar às pessoas aquilo que não é do conhecimento dos mortais, capacitando-as a conhecerem Seu caráter. A obra de Deus é liderar toda a humanidade.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a obra do homem”
319. Toda a obra do Espírito Santo é realizada para o benefício das pessoas. É toda para edificar as pessoas; não há obra que não beneficie as pessoas. Seja a verdade profunda ou superficial, e seja qual for o calibre daqueles que aceitam a verdade, tudo que o Espírito Santo faz beneficia as pessoas. Mas a obra do Espírito Santo não pode ser realizada diretamente; deve ser expressada por meio das pessoas que colaboram com Ele. Somente assim os resultados da obra do Espírito Santo podem ser obtidos. Naturalmente, quando o Espírito Santo opera diretamente, ela não é adulterada de forma alguma; mas quando o Espírito Santo opera através do homem, ela se torna bastante manchada e não é a obra original do Espírito Santo. Assim sendo, a verdade muda em graus distintos. Os seguidores não recebem a intenção original do Espírito Santo, mas uma combinação da obra do Espírito Santo e da experiência e do conhecimento do homem. A parte daquilo que os seguidores recebem que é a obra do Espírito Santo é correta, enquanto a experiência e o conhecimento do homem que recebem variam porque os trabalhadores são diferentes. Trabalhadores com a iluminação e orientação do Espírito Santo terão experiências com base nessa iluminação e orientação. Nessas experiências, estão combinadas a mente e a experiência do homem, bem como o ser da humanidade, e, depois, recebem o conhecimento ou a percepção que deveriam ter. Esse é caminho de prática do homem após vivenciar a verdade. Esse caminho de prática nem sempre é o mesmo porque as pessoas vivenciam de modos diferentes e as coisas que as pessoas vivenciam são diferentes. Assim, a mesma iluminação do Espírito Santo resulta em conhecimento e prática diferentes, pois aqueles que recebem a iluminação são diferentes. Algumas pessoas cometem pequenos erros durante a prática, enquanto outras cometem erros maiores, e outras não fazem nada além de cometer erros. Isso é assim porque as pessoas diferem em sua capacidade de compreensão e também porque seus calibres inerentes diferem. Algumas pessoas têm um tipo de entendimento ao ouvir uma mensagem, e outras têm outro ao ouvir uma verdade. Algumas pessoas se desviam um pouco, enquanto outras não entendem nada do verdadeiro significado da verdade. Assim, o entendimento de uma pessoa dita como liderará os outros; essa é a verdade exata, pois seu trabalho é simplesmente uma expressão de seu ser. As pessoas lideradas por aqueles que têm uma compreensão correta da verdade também terão uma compreensão correta da verdade. Mesmo que haja pessoas com um entendimento absurdo, existem pouquíssimas delas e nem todos serão assim. Se alguém tiver um entendimento absurdo da verdade, aqueles que o seguem sem dúvida alguma também estarão distorcidos, e essas pessoas serão absurdas em todos os sentidos da palavra. O grau em que os seguidores entendem a verdade depende em grande parte dos trabalhadores. Naturalmente, a verdade de Deus é correta e livre de erros, e ela é absolutamente certa. Os trabalhadores, porém, não estão totalmente certos e não podem ser considerados totalmente confiáveis. Se os trabalhadores tiverem uma maneira muito prática de colocar a verdade em prática, então os seguidores também terão uma maneira de praticar. Se os trabalhadores não tiverem uma maneira de praticar a verdade, mas apenas doutrina, então os seguidores não terão nenhuma realidade. O calibre e a natureza dos seguidores são determinados pelo nascimento e não estão associados aos trabalhadores, mas até que ponto os seguidores compreendem a verdade e conhecem Deus depende dos trabalhadores (isso vale apenas para algumas pessoas). Assim como é um trabalhador, assim serão seus seguidores que ele lidera. O que um trabalhador expressa é seu próprio ser, sem reservas. As exigências que ele faz àqueles que o seguem são as que ele mesmo está disposto a realizar ou é capaz de alcançar. A maioria dos trabalhadores usa o que eles mesmo fazem como uma base para fazer exigências aos seus seguidores, embora haja muito que seus seguidores não possam alcançar — e aquilo que não podem alcançar se torna um obstáculo à entrada delas.
Há muito menos desvio no trabalho dos que passaram pela poda, pelo julgamento e pelo castigo, e a expressão de seu trabalho é muito mais precisa. Os que dependem de sua naturalidade para trabalhar cometem erros bastante grandes. O trabalho de pessoas não aperfeiçoadas expressa excesso de sua própria naturalidade, o que representa um grande obstáculo para a obra do Espírito Santo. Por melhor que seja o calibre de uma pessoa, ela também deve passar por poda e julgamento antes que possa fazer o trabalho da comissão de Deus. Se não tiver passado por tal julgamento, seu trabalho, por melhor que seja feito, não poderá estar de acordo com os princípios da verdade e sempre será um produto de sua própria naturalidade e bondade humana. O trabalho daqueles que foram podados e julgados é muito mais preciso do que o trabalho daqueles que não foram podados e julgados. Os que não passaram pelo julgamento nada mais expressam do que carne e pensamentos humanos, misturados com muita inteligência humana e talento inato. Essa não é a expressão acurada que o homem faz da obra de Deus. Aqueles que seguem tais pessoas são trazidos para diante delas por seu calibre inato. Como expressam demais da percepção e experiência do homem, que são quase desconectadas da intenção original de Deus e se desviam demais dela, o trabalho desse tipo de pessoa não pode trazê-los para diante de Deus, mas os traz, em vez disso, para diante do homem. Portanto, aqueles que não passaram por julgamento e castigo não estão qualificados para realizar o trabalho da comissão de Deus. […] Se um homem não foi aperfeiçoado e seu caráter corrupto não foi podado, haverá uma grande diferença entre o que ele expressa e a verdade; o que ele expressa estará misturado com coisas vagas, como sua imaginação e experiência unilateral. Além disso, independentemente de como ele trabalha, as pessoas sentem que não há um objetivo geral nem uma verdade adequada à entrada de todas as pessoas. A maioria daquilo que se exige das pessoas está além da capacidade delas, como se patos fossem forçados a sentar em poleiros. Esse é o trabalho da vontade humana. O caráter corrupto do homem, seus pensamentos e suas noções permeiam todas as partes de seu corpo. O homem não nasce com o instinto de praticar a verdade, nem tem o instinto de entender a verdade diretamente. Acrescente a isso o caráter corrupto do homem — quando esse tipo de pessoa natural trabalha, ele não causa interrupções? Mas um homem que foi aperfeiçoado tem experiência da verdade que as pessoas devem entender e conhecimento dos caracteres corruptos delas, de modo que as coisas vagas e irreais em seu trabalho diminuem gradativamente, as adulterações humanas se tornam menos frequentes, e seu trabalho e serviço se aproximam cada vez mais dos padrões exigidos por Deus. Assim, seu trabalho entrou na verdade realidade e também se tornou realista. Os pensamentos na mente do homem, em particular, bloqueiam a obra do Espírito Santo. O homem tem imaginação rica e lógica razoável e tem uma longa experiência em lidar com assuntos. Se esses aspectos do homem não passam por poda e correção, todos eles viram obstáculos para o trabalho. Portanto, o trabalho do homem é incapaz de alcançar o maior grau de precisão, especialmente o trabalho de pessoas não aperfeiçoadas.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a obra do homem”
320. O trabalho do homem permanece dentro de certo alcance e é limitado. Uma pessoa só pode realizar o trabalho de uma determinada fase e não pode fazer a obra da era inteira — caso contrário, ela conduziria as pessoas para o meio de regras. O trabalho do homem só pode se aplicar a um determinado período ou fase. Isso porque a experiência do homem tem seu escopo. Não se pode comparar o trabalho do homem à obra de Deus. Os caminhos de prática do homem e seu conhecimento da verdade são todos aplicáveis a um escopo específico. Não pode dizer que a senda que o homem trilha é integralmente a intenção do Espírito Santo, porque o homem só pode ser esclarecido pelo Espírito Santo e não pode ser completamente preenchido pelo Espírito Santo. As coisas que o homem pode experienciar estão todas dentro do escopo da humanidade normal e não podem exceder o alcance dos pensamentos da mente humana normal. Todos aqueles que podem viver a verdade realidade experienciam dentro dessa extensão. Quando experienciam a verdade, é sempre uma experiência da vida humana normal esclarecida pelo Espírito Santo; não é uma maneira de experienciar que se desvia da vida humana normal. Eles experienciam a verdade esclarecida pelo Espírito Santo sobre a base de viver sua vida humana. Além disso, essa verdade varia de uma pessoa para outra, e sua profundidade está relacionada ao estado da pessoa. Pode-se dizer apenas que a senda que trilham é a vida humana normal de alguém que busca a verdade e que pode ser chamada a senda trilhada por uma pessoa normal esclarecida pelo Espírito Santo. Não se pode dizer que a senda que trilham é a senda tomada pelo Espírito Santo. Na experiência humana normal, já que as pessoas que buscam não são iguais, a obra do Espírito Santo também não é igual. Além disso, como os ambientes que as pessoas experienciam e as extensões de sua experiência tampouco são iguais, e por causa da mistura de sua mente e pensamentos, sua experiência é misturada em diferentes graus. Cada pessoa entende uma verdade de acordo com suas condições individuais diferentes. Seu entendimento do real significado da verdade não é completo e é apenas um ou vários aspectos dela. O escopo da verdade que o homem experiencia diverge de uma pessoa para outra de acordo com as condições de cada pessoa. Assim, o conhecimento da mesma verdade, como expressado por pessoas diferentes, não é igual. Ou seja, a experiência do homem é sempre limitada e não pode representar integralmente as intenções do Espírito Santo, tampouco o trabalho do homem pode ser visto como obra de Deus, mesmo que o que é expresso pelo homem se aproxime muito das intenções de Deus e mesmo que a experiência do homem se aproxime muito da obra de aperfeiçoamento que o Espírito Santo realiza. O homem só pode ser servo de Deus, realizando o trabalho que Deus lhe confia. O homem só pode expressar o conhecimento esclarecido pelo Espírito Santo e as verdades obtidas de suas experiências pessoais. O homem não é qualificado nem satisfaz as condições para ser o canal do Espírito Santo. Ele não tem o direito de dizer que seu trabalho é a obra de Deus. O homem tem os princípios de trabalho do homem, e todos os homens têm experiências diferentes e possuem condições variadas. O trabalho do homem inclui todas as suas experiências sob o esclarecimento do Espírito Santo. Essas experiências só podem representar o ser do homem e não representam o ser de Deus ou as intenções do Espírito Santo. Portanto, não se pode dizer que a senda trilhada pelo homem seja a senda trilhada pelo Espírito Santo, porque o trabalho do homem não pode representar a obra de Deus, e o trabalho do homem e a experiência do homem não são as intenções integrais do Espírito Santo. O trabalho do homem está suscetível a cair em regras e o método de seu trabalho é facilmente confinado a um escopo limitado e é incapaz de conduzir as pessoas a um caminho livre. A maioria dos seguidores vive dentro de um escopo limitado e seu modo de experienciar também é limitado no seu escopo. A experiência do homem é sempre limitada; o método de seu trabalho também é limitado a alguns tipos e não pode ser comparado à obra do Espírito Santo ou à obra do Próprio Deus. Isso porque a experiência do homem é, em última análise, limitada. Não importa como Deus realize Sua obra, ela não é restringida por regras; não importa como seja realizada, ela não se limita a um único método. Não há regra alguma na obra de Deus — toda a Sua obra é liberta e livre. Não importa quanto tempo o homem gaste seguindo a Deus, ele é incapaz de destilar qualquer lei que governa as maneiras de Deus operar. Embora Sua obra se baseie em princípios, ela é sempre realizada de novas maneiras e sempre tem novos desdobramentos e está além do alcance do homem. Dentro de um único período, Deus pode ter vários tipos de obra diferentes e maneiras diferentes de liderar as pessoas, fazendo com que as pessoas tenham sempre novas entradas e mudanças. Você não pode discernir as leis de Sua obra porque Ele sempre está operando de novas maneiras, e só assim os seguidores de Deus não ficam presos a regras. A obra do Próprio Deus sempre evita as noções das pessoas e as rebate. Somente aqueles que O seguem e buscam com um coração sincero podem ter seu caráter transformado e ser capazes de viver livremente, não constrangidos por regra alguma nem limitados por nenhuma noção religiosa. O trabalho do homem faz exigências às pessoas com base em sua própria experiência e no que ele mesmo pode alcançar. O padrão dessas exigências está restrito a um determinado escopo, e os métodos de prática também são muito limitados. Assim, os seguidores vivem inconscientemente dentro desse escopo limitado; com o passar do tempo, essas coisas se transformam em regras e rituais. Se o trabalho de um período for liderado por alguém que não passou pelo aperfeiçoamento pessoal de Deus e não recebeu julgamento, todos seus seguidores se tornarão zelotes religiosos e especialistas em resistir a Deus. Portanto, se alguém é um líder qualificado, essa pessoa deve ter passado pelo julgamento e ter aceitado ser aperfeiçoada. Aqueles que não passaram por julgamento, mesmo que possam ter a obra do Espírito Santo, expressam apenas coisas vagas e não práticas. Com o tempo, conduzirão as pessoas a regras vagas e sobrenaturais. A obra que Deus realiza não coaduna com a carne do homem. Ela não coaduna com os pensamentos do homem, mas contraria as noções do homem; não é manchada com colorações religiosas vagas. Os resultados da obra de Deus não podem ser alcançados por alguém que não foi aperfeiçoado por Ele; eles estão fora do alcance do pensamento do homem.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a obra do homem”
321. O trabalho na mente humana é muito facilmente alcançado pelo homem. Pastores e líderes no mundo religioso, por exemplo, confiam em seus dons e posições para realizar seu trabalho. As pessoas que os seguem por muito tempo serão infectadas por seus dons e influenciadas por parte do ser deles. Eles se concentram nos dons, habilidades e conhecimento das pessoas e dão atenção a coisas sobrenaturais e a muitas doutrinas profundas e irrealistas (essas doutrinas profundas são obviamente inatingíveis). Não se concentram na mudança dos caracteres das pessoas, mas sim em treiná-las para pregar e trabalhar, aprimorando o conhecimento das pessoas e suas abundantes doutrinas religiosas. Não se concentram em até que ponto o caráter das pessoas é mudado nem até que ponto as pessoas entendem da verdade. Não se preocupam com a essência das pessoas e muito menos tentam conhecer os estados normais e anormais das pessoas. Não contrariam as noções das pessoas, tampouco revelam suas noções, e muito menos podam as pessoas por causa de suas deficiências ou corrupções. A maioria dos que os seguem servem com seus dons, e tudo que divulgam são noções religiosas e teorias teológicas, as quais estão desconectadas da realidade e totalmente incapazes de conferir vida às pessoas. Na verdade, a essência de seu trabalho é nutrir talento, nutrir uma pessoa com nada e torná-la um talentoso formado de seminário que mais tarde prossegue para trabalhar e liderar. Você é capaz de discernir alguma lei nos seis mil anos da obra de Deus? Há muitas regras e restrições no trabalho que o homem realiza, e o cérebro humano é por demais dogmático. O que o homem expressa é, portanto, conhecimento e percepções que estão dentro do escopo de sua experiência. O homem é incapaz de expressar qualquer coisa além disso. As experiências ou o conhecimento do homem não surgem de seus dons inatos ou de seu instinto; surgem da orientação e do pastoreio direto de Deus. O homem tem apenas a faculdade para aceitar esse pastoreio e não a faculdade que pode expressar diretamente o que é a divindade. O homem é incapaz de ser a fonte; ele só pode ser um recipiente que recebe água da fonte. Esse é o instinto humano, a faculdade que se deve ter como ser humano. Se uma pessoa perde a faculdade de aceitar a palavra de Deus e perde o instinto humano, essa pessoa perde também o que é mais precioso e perde o dever do homem criado. Se uma pessoa não tem conhecimento ou experiência da palavra de Deus ou de Sua obra, essa pessoa perde seu dever, o dever que deve desempenhar como ser criado e perde a dignidade de um ser criado. É instinto de Deus expressar o que é a divindade, seja na carne ou diretamente pelo Espírito; esse é o ministério de Deus. O homem expressa suas próprias experiências ou conhecimento (isto é, expressa o que ele é) durante a obra de Deus ou depois; esse é o instinto do homem e o dever do homem e é o que o homem deve alcançar. Embora a expressão do homem fique muito aquém do que Deus expressa, e embora a expressão do homem seja limitada por muitas regras, o homem deve cumprir seu dever e fazer o que deve fazer. O homem deve fazer tudo o que for humanamente possível para cumprir seu dever, e ele não deve ter a menor reserva.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a obra do homem”
322. Algumas pessoas perguntarão: “Qual é a diferença entre a obra feita pelo Deus encarnado e a dos profetas e apóstolos do passado? Davi também foi chamado de Senhor, como também o foi Jesus; embora a obra que fizeram fosse diferente, eles eram chamados da mesma coisa. Diga-me, por que suas identidades não eram as mesmas? O que João testemunhou foi uma visão, que também veio do Espírito Santo, e ele pôde proferir as palavras que o Espírito Santo pretendia dizer; por que a identidade de João era diferente da de Jesus?”. As palavras proferidas por Jesus conseguiram representar plenamente a Deus e representaram plenamente a obra de Deus. O que João viu foi uma visão e ele foi incapaz de representar completamente a obra de Deus. Por que João, Pedro e Paulo proferiram muitas palavras — como o fez Jesus — mas não tinham a mesma identidade de Jesus? É principalmente porque a obra que fizeram foi diferente. Jesus representou o Espírito de Deus e era o Espírito de Deus operando diretamente. Ele fez a obra da nova era, a obra que ninguém havia feito antes. Ele abriu um novo caminho, representou a Jeová e representou o Próprio Deus, enquanto que no caso de Pedro, Paulo e Davi, independentemente de como fossem chamados, representavam apenas a identidade de um ser criado, e foram enviados por Jesus ou por Jeová. Portanto, não importa quantas obras fizeram, por maiores que fossem os milagres realizados, eles ainda eram apenas seres criados e incapazes de representar o Espírito de Deus. Trabalharam em nome de Deus ou trabalharam depois de serem enviados por Deus; além disso, trabalharam nas eras iniciadas por Jesus ou Jeová e não fizeram outro trabalho. Eram, afinal de contas, apenas seres criados.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Sobre denominações e identidade”
323. Na Era da Graça, Jesus também falou muitas palavras e fez muita obra. Como Ele foi diferente de Isaías? Como Ele foi diferente de Daniel? Ele foi um profeta? Por que se diz que Ele é o Cristo? Quais são as diferenças entre eles? Eram todos homens que falavam palavras e suas palavras pareciam mais ou menos as mesmas para o homem. Todos falavam palavras e faziam a obra. Os profetas do Antigo Testamento falaram profecias e, similarmente, Jesus também. Por que isso é assim? A distinção aqui é baseada na natureza da obra. Para discernir essa questão, você não deve considerar a natureza da carne, nem deveria considerar a profundidade ou a superficialidade das palavras deles. Você sempre deve primeiro considerar o trabalho deles e os efeitos que seu trabalho alcança no homem. As profecias faladas pelos profetas, na época, não supriam a vida do homem, e as inspirações recebidas por aqueles como Isaías e Daniel eram apenas profecias e não o caminho da vida. Se não fosse a revelação direta de Jeová, ninguém poderia ter feito essa obra, a qual não é possível para os mortais. Jesus também falou muitas palavras, mas tais palavras eram o caminho de vida pelo qual o homem poderia encontrar uma senda para a prática. O que quer dizer que, primeiro, Ele pôde suprir a vida do homem, pois Jesus é vida; segundo, Ele pôde reverter os aspectos distorcidos do homem; terceiro, a Sua obra pôde suceder a de Jeová para continuar a era; quarto, Ele pôde compreender as necessidades no interior do homem e entender o que falta ao homem; quinto, Ele pôde introduzir uma nova era e concluir a antiga. É por isso que Ele é chamado de Deus e Cristo; não só é diferente de Isaías, mas também de todos os outros profetas. Tome Isaías como comparação para a obra dos profetas. Primeiro, ele não pôde suprir a vida do homem; segundo, ele não pôde introduzir uma nova era. Ele estava trabalhando sob a liderança de Jeová e não para introduzir uma nova era. Terceiro, as palavras que ele falou eram difíceis para ele mesmo entender. Ele estava recebendo revelações diretamente do Espírito de Deus, e os outros não entenderiam, mesmo depois de tê-las escutado. Essas poucas coisas, por si só, são suficientes para provar que suas palavras não passavam de profecias, não eram mais que um aspecto da obra feita no lugar de Jeová. Ele não pôde, no entanto, representar Jeová completamente. Ele era o servo de Jeová, um instrumento na obra de Jeová. Ele estava apenas fazendo a obra dentro da Era da Lei e dentro da extensão da obra de Jeová; ele não operou além da Era da Lei. Ao contrário, a obra de Jesus era diferente. Ele ultrapassou o escopo da obra de Jeová; Ele operou como Deus encarnado e passou pela crucificação a fim de redimir toda a humanidade. O que quer dizer que Ele realizou nova obra fora da obra feita por Jeová. Essa foi a introdução de uma nova era. Além disso, Ele foi capaz de falar daquilo que o homem não podia alcançar. Sua obra foi uma obra dentro do gerenciamento de Deus e envolveu toda a humanidade. Ele não operou somente em uns poucos homens, nem Sua obra significava liderar um número limitado de homens. Quanto a como Deus foi encarnado como homem, como o Espírito deu revelações naquele tempo e como o Espírito desceu sobre um homem para fazer a obra — essas são questões que o homem não pode ver nem tocar. É totalmente impossível que essas verdades sirvam de prova de que Ele é Deus encarnado. Sendo assim, a distinção só pode ser feita entre as palavras e a obra de Deus, que são tangíveis ao homem. Somente isso é real. Isso é porque as questões do Espírito não são visíveis para você e são claramente conhecidas apenas pelo Próprio Deus, nem mesmo a carne encarnada de Deus conhece tudo; você só pode verificar se Ele é Deus pela obra que fez. A partir de Sua obra, pode-se ver que, primeiro, Ele é capaz de inaugurar uma nova era; segundo, Ele é capaz de suprir a vida do homem e mostrar ao homem o caminho a seguir. Isso é suficiente para estabelecer que Ele é o Próprio Deus. No mínimo, a obra que Ele faz pode representar totalmente o Espírito de Deus, e de tal obra pode-se ver que o Espírito de Deus está dentro Dele. Como a obra feita por Deus encarnado foi principalmente introduzir uma nova era, liderar uma nova obra e introduzir um novo âmbito, essas coisas por si só são suficientes para estabelecer que Ele é o Próprio Deus. Isso, portanto, O diferencia de Isaías, de Daniel e dos outros grandes profetas.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A diferença entre o ministério de Deus encarnado e o dever do homem”
324. Na Era da Graça, João preparou o caminho para Jesus. João não poderia fazer a obra do Próprio Deus, mas simplesmente cumpriu o dever do homem. Embora João fosse o precursor do Senhor, ele não podia representar Deus; ele era apenas um homem usado pelo Espírito Santo. Depois que Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele como uma pomba. A partir daí, Ele começou a Sua obra, isto é, Ele começou a desempenhar o ministério de Cristo. Foi por isso que Ele assumiu a identidade de Deus, porque Ele veio de Deus. Não importa como era Sua fé antes disso — talvez fosse fraca algumas vezes ou forte outras vezes — tudo isso era Sua vida humana normal antes de desempenhar Seu ministério. Depois de ter sido batizado (isto é, ungido), o poder e a glória de Deus estavam com Ele imediatamente, e assim começou a desempenhar Seu ministério. Ele podia fazer sinais e maravilhas, realizar milagres, Ele tinha poder e autoridade, pois operava diretamente da parte do Próprio Deus; Ele fez a obra do Espírito em Seu lugar e expressou a voz do Espírito. Portanto, Ele era o Próprio Deus. Isso é incontestável. João foi alguém que foi usado pelo Espírito Santo. Ele não podia representar Deus e não era possível que ele representasse Deus. Se ele o tivesse desejado fazer, o Espírito Santo não o teria permitido, pois ele não podia fazer a obra que o Próprio Deus pretendia realizar. Talvez houvesse muito nele que era da vontade humana ou houvesse algo distorcido; em nenhuma circunstância ele poderia representar Deus. Seus erros e absurdo representavam somente a si mesmo, mas sua obra era representativa do Espírito Santo. Mesmo assim, você não pode dizer que todo ele representava Deus. Poderiam suas distorções representar Deus também? É normal que haja distorções ao representar o homem, mas se houver desvios ao representar Deus, isso não desonraria a Deus? Não seria uma blasfêmia contra o Espírito Santo? O Espírito Santo não permite levianamente que o homem tome o lugar de Deus, mesmo que seja exaltado pelos outros. Se ele não fosse Deus, então seria incapaz de permanecer firme no fim. O Espírito Santo não permite que o homem represente Deus como apraz ao homem! Por exemplo, foi o Espírito Santo quem deu testemunho a João e também foi o Espírito Santo quem o revelou como o que prepararia o caminho para Jesus, mas a obra feita nele pelo Espírito Santo tinha medida certa. Tudo o que foi requerido de João foi que ele fosse o pavimentador do caminho para Jesus, para preparar o caminho para Ele. Equivale a dizer que o Espírito Santo só sustentou seu trabalho de pavimentar o caminho e lhe permitiu apenas fazer esse trabalho e nenhum outro trabalho. João representava Elias e, ele representava um profeta que pavimentou o caminho. Isso foi sustentado pelo Espírito Santo; enquanto o seu trabalho fosse pavimentar o caminho, o Espírito Santo o sustentaria. No entanto, se ele afirmasse ser o Próprio Deus e viesse a concluir a obra de redenção, o Espírito Santo teria tido que discipliná-lo. Não importa quão grande fosse o trabalho de João, e muito embora fosse sustentado pelo Espírito Santo, seu trabalho não era sem limites. É realmente verdade que seu trabalho era sustentado pelo Espírito Santo, mas o poder que lhe foi outorgado naquele tempo estava limitado a pavimentar o caminho. Ele não podia, de forma alguma, fazer qualquer outro trabalho, porque ele era apenas o João que pavimentava o caminho, e não Jesus. Portanto, o testemunho do Espírito Santo é fundamental, mas o trabalho que o Espírito Santo permite que homem faça é ainda mais crucial. João não tinha recebido um testemunho retumbante naquele tempo? Seu trabalho não foi igualmente grande? Mas o trabalho que ele realizou não poderia ultrapassar o de Jesus, porque ele não foi mais do que um homem usado pelo Espírito Santo e não podia diretamente representar Deus e, assim, o trabalho que fez foi limitado. Depois que terminou de realizar o trabalho de preparar o caminho, o Espírito Santo não sustentou mais o seu testemunho, não foi seguido de nenhum trabalho novo e partiu quando a obra do Próprio Deus começou.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O mistério da encarnação (1)”
325. Embora João também dissesse: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”, e também pregasse o evangelho do reino dos céus, seu trabalho não foi desenvolvido além disso e constituiu apenas um começo. Em contraste, Jesus introduziu uma nova era e trouxe fim à antiga, mas Ele também cumpriu a lei do Antigo Testamento. A obra que Ele fez foi maior do que a de João e, além do mais, Ele veio para redimir toda a humanidade — Ele cumpriu aquela etapa da obra. João só preparou o caminho. Embora seu trabalho tivesse sido grande, proferisse muitas palavras e fossem numerosos os discípulos que o seguiam, seu trabalho não fez mais do que trazer para o homem um novo começo. Os homens nunca receberam dele a vida, o caminho ou verdades mais profundas e nem ganharam, por intermédio dele, uma compreensão das intenções de Deus. João foi um grande profeta (Elias) que inaugurou um novo terreno para a obra de Jesus e preparou os escolhidos; ele foi o precursor da Era da Graça. Tais assuntos não podem ser discernidos simplesmente pela observação de suas aparências humanas normais. Isso é ainda mais adequado porque João também realizou um trabalho muito grandioso e, além do mais, ele foi prometido pelo Espírito Santo e seu trabalho foi sustentado pelo Espírito Santo. Sendo assim, é somente por meio da obra que eles fazem que se pode distinguir entre as suas respectivas identidades, pois não há como determinar a essência de um homem a partir de sua aparência externa, nem há como o homem comprovar o que é o testemunho do Espírito Santo. O trabalho feito por João e a obra feita por Jesus eram diferentes e de naturezas distintas. É a partir disso que se pode determinar se João era ou não Deus. A obra de Jesus foi começar, continuar, concluir e completar. Ele executou cada um desses passos, enquanto o trabalho de João não foi mais do que fazer um começo. No princípio, Jesus espalhou o evangelho e pregou o caminho do arrependimento, depois continuou batizando homens, curando os enfermos e expulsando demônios. No final, Ele redimiu a humanidade do pecado e completou a Sua obra para a era inteira. Ele também foi por todos os lugares, pregando ao homem e espalhando o evangelho do reino dos céus. Nesse sentido, Ele e João foram semelhantes, com a diferença de que Jesus introduziu uma nova era e trouxe a Era da Graça para o homem. De Sua boca veio a palavra sobre o que o homem deveria praticar e o caminho que o homem deveria seguir na Era da Graça, e no fim, Ele terminou a obra de redenção. Tal obra jamais poderia ter sido executada por João. Assim, foi Jesus quem fez a obra do Próprio Deus e é Ele que é o Próprio Deus e diretamente representa Deus.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O mistério da encarnação (1)”
326. Quando os profetas e aquelas pessoas usadas pelo Espírito Santo falaram e trabalharam, foi para desempenhar os deveres do homem, foi para servir à função de um ser criado e foi algo que o homem devia fazer. Entretanto, as palavras e a obra de Deus encarnado foram para executar Seu ministério. Embora a Sua forma externa fosse a de um ser criado, a Sua obra não foi executar a Sua função, mas o Seu ministério. O termo “dever” é usado em relação aos seres criados, ao passo que “ministério” é usado em relação à carne de Deus encarnado. Existe uma diferença substancial entre os dois; eles não são intercambiáveis. O trabalho do homem é apenas fazer seu dever, ao passo que a obra de Deus é gerenciar e executar Seu ministério. Portanto, embora muitos apóstolos tenham sido usados pelo Espírito Santo e muitos profetas estivessem cheios Dele, suas obras e palavras foram apenas para desempenhar o dever deles como seres criados. Suas profecias talvez tenham excedido o caminho da vida falado por Deus encarnado e talvez a humanidade deles tenha até transcendido a de Deus encarnado, mas eles ainda estavam desempenhando seu dever e não cumprindo um ministério. O dever do homem se refere à função do homem; é o que é alcançável pelo homem. Entretanto, o ministério executado por Deus encarnado está relacionado ao Seu gerenciamento e é inalcançável pelo homem. Seja falando, operando ou manifestando maravilhas, Deus encarnado está fazendo uma grande obra em meio a Seu gerenciamento, e tal obra não pode ser feita pelo homem no lugar de Deus. A obra do homem é apenas desempenhar seu dever como um ser criado em dado estágio da obra de gerenciamento de Deus. Sem o gerenciamento de Deus, isto é, se o ministério de Deus encarnado se perdesse, o dever de um ser criado se perderia. A obra de Deus em executar Seu ministério é gerenciar o homem, ao passo que o desempenho do homem de seu dever é a realização da sua obrigação própria de atender as exigências do Criador, e não pode, de forma alguma, ser considerado a execução do ministério da pessoa. Para a substância inerente de Deus — para Seu Espírito — a obra de Deus é Seu gerenciamento, mas para Deus encarnado, que veste a forma externa de um ser criado, Sua obra é a execução do Seu ministério. Qualquer obra que Ele faça é para executar Seu ministério; tudo que o homem pode fazer é dar o melhor de si dentro do escopo do gerenciamento de Deus e sob Sua orientação.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A diferença entre o ministério de Deus encarnado e o dever do homem”
327. Afinal, a obra de Deus é diferente do trabalho dos homens, e, além do mais, como Suas expressões poderiam ser iguais às deles? Deus tem Seu caráter próprio e especial, enquanto o homem tem deveres que deveria desempenhar. O caráter de Deus é expressado em Sua obra, enquanto o dever do homem é representado nas experiências do homem e expressado nas buscas do homem. Assim, se torna evidente, através do trabalho que é feito, se algo é expressão de Deus ou expressão do homem. Isso não precisa ser explicado pelo Próprio Deus, tampouco exige que o homem se esforce para dar testemunho; além do mais, não é necessário que o Próprio Deus suprima qualquer pessoa. Tudo isso vem como uma revelação natural; não é nem forçado nem algo em que o homem possa interferir. O dever do homem pode ser conhecido através de suas experiências e não exige que as pessoas façam qualquer trabalho experiencial adicional. Toda a essência do homem pode ser revelada conforme ele desempenha seu dever, ao passo que Deus pode expressar Seu caráter inerente enquanto realiza a Sua obra. Se for o trabalho do homem, então não pode ser encoberto. Se for a obra de Deus, então o caráter de Deus é ainda mais impossível de ser ocultado por alguém, e mais ainda de ser controlado pelo homem. Não é possível dizer de nenhum homem que ele é Deus, nem que seu trabalho e suas palavras são vistos como santos ou considerados imutáveis. É possível dizer que Deus é humano porque Se revestiu em carne, mas Sua obra não pode ser considerada trabalho do homem nem dever do homem. Além do mais, as declarações de Deus e as cartas de Paulo não podem ser igualadas, tampouco é possível falar em termos iguais do julgamento e castigo de Deus e das palavras de instrução do homem. Existem, portanto, princípios que distinguem a obra de Deus do trabalho do homem. Estes são diferenciados de acordo com sua essência, não pelo escopo do trabalho nem por sua eficácia temporária. No que diz respeito a esse tema, a maioria das pessoas comete erros de princípio. Isso se dá porque o homem olha para o exterior, o que consegue alcançar, enquanto Deus olha para a essência, que não pode ser observada com os olhos físicos da humanidade. Se você considerar as palavras e a obra de Deus como os deveres de um homem mediano e vir o trabalho em grande escala do homem como a obra de Deus revestido em carne e não como o dever que o homem desempenha, então você não está enganado em princípio? As cartas e as biografias do homem podem ser escritas facilmente, mas apenas sobre o fundamento da obra do Espírito Santo. As declarações e a obra de Deus, porém, não podem ser realizadas facilmente pelo homem nem alcançadas por sabedoria e pensamento humanos, tampouco as pessoas podem explicá-las a fundo após explorá-las. Se essas questões de princípio não despertarem nenhuma reação em vocês, então, evidentemente, sua fé não é muito verdadeira nem refinada. Só é possível dizer que sua fé é cheia de imprecisão e é confusa e sem princípios. Sem entender nem mesmo as questões essenciais mais básicas de Deus e do homem, esse tipo de fé não é algo que carece completamente de perceptibilidade?
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Qual é a sua posição em relação às treze epístolas?”
328. Vocês devem saber diferenciar a obra de Deus do trabalho do homem. O que você consegue enxergar no trabalho do homem? Há muitos elementos da experiência do homem em seu trabalho; o homem expressa o que ele é. A própria obra de Deus também expressa o que Ele é, mas o Seu ser é diferente do ser do homem. O ser do homem representa a experiência e a vida do homem (o que o homem experiencia ou encontra em sua vida, ou as filosofias que ele tem para os tratos mundanos), e pessoas que vivem em ambientes diferentes expressam seres diferentes. Se você tem experiências da sociedade e como você vive realmente em sua família e como experiencia dentro dela — isso pode ser visto naquilo que você expressa, ao passo que você não consegue ver na obra de Deus encarnado se Ele tem experiências sociais. Ele tem plena ciência da substância do homem e é capaz de expor todos os tipos de práticas pertencentes a todos os tipos de pessoas. Ele é ainda mais habilidoso em expor caracteres corruptos e o comportamento rebelde dos humanos. Ele não vive entre pessoas mundanas, mas está ciente da natureza dos mortais e de todas as corrupções das pessoas mundanas. Isso é Seu ser. Embora Ele não lide com o mundo, Ele conhece as regras de lidar com o mundo porque Ele entende plenamente a natureza humana. Ele conhece a obra do Espírito que os olhos do homem não podem ver e que os ouvidos do homem não podem ouvir, tanto de hoje quanto do passado. Isso inclui sabedoria que não é uma filosofia para os tratos mundanos e maravilhas que são difíceis para as pessoas entenderem. Isso é o Seu ser, aberto às pessoas e também oculto das pessoas. O que Ele expressa não é o ser de uma pessoa extraordinária, mas os atributos e o ser inerentes do Espírito. Ele não viaja pelo mundo, mas sabe tudo sobre ele. Ele contata os “antropoides” que não têm conhecimento nem percepção, mas Ele expressa palavras que são superiores ao conhecimento e mais elevadas que as daqueles grandes homens. Ele vive dentro de um grupo de pessoas obtusas e entorpecidas que carecem de humanidade e que não entendem as convenções e a vida da humanidade, mas Ele pode pedir aos homens que vivam uma humanidade normal, expondo, ao mesmo tempo, a humanidade abjeta e inferior dos homens. Tudo isso é Seu ser, superior ao ser de qualquer pessoa de carne e osso. Para Ele, é desnecessário experienciar uma vida social complicada, pesada e sórdida para realizar a obra que Ele precisa realizar e revelar plenamente a substância da humanidade corrupta. Uma vida social sórdida não edifica Sua carne. Sua obra e palavras revelam somente a rebeldia do homem e não fornecem ao homem experiência e lições para lidar com o mundo. Ele não precisa investigar a sociedade ou a família do homem ao suprir vida ao homem. Expor e julgar o homem não são uma expressão das experiências de Sua carne; são Sua exposição da injustiça do homem após ter conhecido a rebeldia do homem por muito tempo e ter abominado a corrupção da humanidade. A obra que Ele realiza pretende revelar Seu caráter ao homem e expressar Seu ser. Só Ele pode realizar essa obra; não é algo que uma pessoa de carne e osso possa alcançar.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a obra do homem”
329. Deus Se torna carne apenas para liderar a era e colocar em movimento uma nova obra. É necessário que você entenda esse ponto. Isso é muito diferente da função do homem, e os dois não podem ser mencionados no mesmo fôlego. O homem precisa ser cultivado e aperfeiçoado por um longo período antes que possa ser utilizado para realizar a obra, e o tipo de humanidade que é necessária é de uma ordem especialmente elevada. Não apenas o homem deve ser capaz de sustentar seu senso de humanidade normal, mas ele deve também entender melhor muitos dos princípios e regras que governam sua conduta em relação aos outros e, além disso, deve dedicar-se a estudar ainda mais sobre a sabedoria e o conhecimento ético do homem. É disso que o homem deve ser provido. No entanto, isso não é assim para o Deus tornado carne, pois Sua obra não representa o homem nem é o trabalho do homem; é, ao contrário, uma expressão direta de Seu ser e uma implementação direta da obra que Ele deve fazer. (Naturalmente, Sua obra é realizada no tempo apropriado, não casual nem aleatoriamente, e é iniciada quando é hora de cumprir Seu ministério.) Ele não participa da vida do homem ou do trabalho do homem, isso é, Sua humanidade não é provida de nada disso (embora isso não afete Sua obra). Ele só cumpre Seu ministério quando chega a hora de fazê-lo; qualquer que seja Seu status, Ele simplesmente segue em frente com a obra que Ele deve fazer. Seja o que for que o homem saiba sobre Ele ou qualquer que seja sua opinião sobre Ele, Sua obra não é afetada de modo algum.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O mistério da encarnação (3)”
330. A obra que Deus realiza não é representativa da experiência da Sua carne; o trabalho que o homem faz é representativo de sua experiência. Todos falam sobre suas experiências pessoais. Deus é capaz de expressar a verdade diretamente, enquanto o homem só é capaz de expressar a experiência que corresponde ao fato de ter experienciado a verdade. A obra de Deus não tem regras e não está sujeita a tempo nem a restrições geográficas. Ele pode expressar o que Ele é a qualquer hora, em qualquer lugar. Ele opera como Lhe agrada. O trabalho do homem tem condições e contexto; sem eles, ele seria incapaz de trabalhar e incapaz de expressar seu conhecimento de Deus ou sua experiência da verdade. Para dizer se algo é a obra de Deus ou o trabalho do homem, você deve simplesmente comparar as diferenças entre os dois. Se não houver obra feita pelo Próprio Deus e houver apenas o trabalho do homem, você simplesmente saberá que os ensinamentos dessas pessoas são elevados, além da capacidade de qualquer outra pessoa, e que seu tom de voz, seus princípios para lidar com as coisas e sua maneira experiente e segura estão além do alcance dos outros. Todos vocês admiram essas pessoas de bom calibre e conhecimento altivo, mas você é incapaz de enxergar a partir da obra e das palavras de Deus quão elevada é Sua humanidade. Em vez disso, Ele é comum e, quando está operando, Ele é normal e prático, mas é também incomensurável para os mortais, o que faz, portanto, com que as pessoas desenvolvam uma espécie de coração de temor. Talvez a experiência de uma pessoa em seu trabalho seja particularmente avançada ou sua imaginação e raciocínio sejam particularmente avançados e sua humanidade seja particularmente boa; tais atributos só podem ganhar a admiração das pessoas, mas não despertar seu temor, seu espanto. Todas as pessoas admiram as que conseguem trabalhar bem, que têm experiência particularmente profunda e que são capazes de praticar a verdade, mas tais pessoas nunca conseguem despertar temor, apenas admiração e inveja. Mas quem experienciou a obra de Deus não admira a Deus; ao contrário, sente que Sua obra está além do alcance humano e é insondável para o homem e que é nova e maravilhosa. Quando as pessoas experienciam a obra de Deus, seu primeiro conhecimento Dele é que Ele é insondável, sábio e maravilhoso, e, inconscientemente, elas O temem e sentem o mistério da obra que Ele faz, que está além da compreensão da mente humana. As pessoas querem apenas ser capazes de satisfazer Suas exigências, satisfazer Suas intenções; não desejam superá-Lo, pois a obra que Ele realiza vai além do pensamento e da imaginação do homem e não poderia ser realizada pelo homem em Seu lugar. O homem nem ao menos conhece suas próprias deficiências, mas Deus desbravou uma nova senda e veio conduzir o homem a um mundo mais novo e mais belo, e assim a humanidade fez novos progressos e teve um novo começo. O que as pessoas sentem por Deus não é admiração, ou melhor, não é apenas admiração. Sua experiência mais profunda é temor e amor; seu sentimento é que Deus é de fato maravilhoso. Deus realiza uma obra que o homem é incapaz de fazer e diz coisas que o homem é incapaz de dizer. As pessoas que experienciaram Sua obra têm sempre um sentimento indescritível. Pessoas com experiências suficientemente profundas podem conhecer o amor de Deus; elas podem sentir Sua amabilidade, que Sua obra é tão sábia, tão maravilhosa, daí um infinito poder é gerado entre elas. Não é temor ou amor e respeito ocasionais, mas um senso profundo da compaixão e da tolerância de Deus para com o homem. No entanto, as pessoas que experienciaram Seu castigo e julgamento sentem Sua majestade e que Ele não tolera ofensa. Mesmo as pessoas que experienciaram muito de Sua obra são incapazes de sondá-Lo; todos os que genuinamente O temem sabem que Sua obra não está alinhada com as noções das pessoas, mas sempre vai contra essas noções. Ele não precisa que as pessoas O admirem totalmente ou apresentem a aparência de submissão a Ele; ao contrário, devem alcançar verdadeiro temor e verdadeira submissão. Em grande parte de Sua obra, qualquer pessoa com verdadeira experiência desenvolve um coração de temor a Ele, o que é superior à admiração. As pessoas viram Seu caráter devido à Sua obra de castigo e julgamento, e, por isso, elas têm um coração de temor a Ele. Deus deve ser temido e ter submissão, porque Seu ser e Seu caráter não são os mesmos de um ser criado e estão acima daqueles de um ser criado. Deus é autoexistente e eterno, Ele é um ser não criado, e somente Deus é digno de temor e submissão; o homem não está qualificado para isso.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a obra do homem”