42. Respirando aliviada sem inveja
Em janeiro de 2017, recebi o dever de rega dentro da igreja. Fiquei muito agradecida a Deus pela chance de ser treinada nesse dever e resolvi cumpri-lo bem e com atenção. Após algum tempo, alcancei alguns resultados, tanto em ajudar os irmãos a voltar ao seu estado correto quanto em comunicar com eles nas reuniões. Os irmãos e os líderes da igreja me admiravam, e passei a me contentar comigo mesma, com o fato de estar indo muito bem.
Em junho, os líderes de minha igreja colocaram a irmã Wenjing para trabalhar comigo nesse dever e pediram que eu a ajudasse no que ela precisasse. Concordei alegremente em ajudar. Conforme íamos trabalhando juntas, achei que a irmã Wenjing buscava a verdade, e que o calibre dela e sua maneira de falar eram muito bons. Vendo isso, eu me tornei um pouco cautelosa com ela. Comecei a pensar: “Com um pouco mais de treino, ela vai me ultrapassar. Nossos irmãos certamente passarão a admirá-la, os líderes passarão mais tempo nutrindo o talento dela, e então ninguém mais vai me admirar”. E justo o que eu temia acabou acontecendo. Um dia, após uma reunião, fui ver uma líder da igreja, a fim de fornecer a ela testemunhos de experiências, escritos por mim e pela irmã Wenjing. Após lê-los, nossa líder da igreja sorriu e disse: “O artigo de testemunho da irmã Wenjing está muito bom. Há experiências práticas nele, e ela escreve muito bem”. Ouvi-la elogiando a irmã Wenjing daquele jeito me deixou bastante descontente. Pensei comigo: “É verdade que a irmã Wenjing tem um bom calibre. Mas tenho resolvido mais problemas no trabalho do que ela. Ainda sou melhor do que ela nesse aspecto. Terei de me esforçar mais. Não posso deixá-la me ultrapassar, senão perderei minha posição aqui”.
Poucos dias depois, a irmã Wenjing escreveu outro testemunho de experiência. Nossa líder da igreja o leu e, mais uma vez, elogiou o calibre dela e a positividade com que ela havia escrito o artigo e pediu que eu me esforçasse mais no meu. Eu me irritei com o que ela disse e comecei a culpar a líder, pensando: “Você está sempre falando sobre como o calibre de Wenjing é ótimo. Ela é melhor do que eu em tudo? A irmã Wenjing só participou de algumas reuniões e por isso teve bastante tempo para escrever seus artigos. Se eu não estivesse tão ocupada com o trabalho da igreja, também teria bastante tempo livre para escrevê-los”. Cansada de ouvi-la sendo elogiada, eu só disse secamente à líder da igreja: “Também sei escrever”. Uma semana depois, outra líder da igreja elogiou os testemunhos de experiência da irmã Wenjing, dizendo que eram muito práticos, e a encorajou a escrever mais, enquanto também me pediu que eu escrevesse tão proativamente quanto ela. Fiquei muito aborrecida. Ela estava conosco havia pouco tempo e já tinha escrito dois testemunhos de experiência e estava sendo elogiada pelos líderes da igreja. Eu fazia esse dever já havia um tempo, mas só tinha escrito um. O que os líderes da igreja pensariam de mim? Diriam que eu não era capaz de organizar meu tempo, que eu não estava disposta a sofrer ou pagar um preço para escrever meus testemunhos? Eu já tinha sido superada em qualidade pelo calibre superior da irmã Wenjing, e agora que ela era capaz de escrever esses artigos, os líderes certamente a veriam como sendo melhor que eu. Se ela os continuasse escrevendo, eu ia parecer ainda pior. Decidi que eu tinha de achar um jeito de mantê-la ocupada, para que ela não tivesse tempo de escrever os artigos e assim não houvesse tanta diferença entre nós aos olhos dos líderes. A fim de manter meu status na igreja, comecei a pressioná-la e deleguei a ela vários grupos de encontros de comunhão. Ao ver o quanto ela ficou ocupada com isso todos os dias, pensei em retirar algumas dessas responsabilidades. Mas pensei comigo: “Se você não estivesse tão ocupada, teria tempo de escrever seus artigos. É melhor mantê-la ocupada”. Certa noite, eu a vi escrevendo um artigo e, com um tom severo, cobrei dela os detalhes sobre o trabalho dos grupos que estavam a seu cargo e descobri que havia alguns novos crentes cujos problemas não tinham sido resolvidos. Eu a repreendi, dizendo que ela não estava sendo atenciosa em seu dever. Depois que acabei, ela apenas abaixou a cabeça e não disse nada.
Um mês depois, uma líder da igreja viu que a irmã Wenjing não estava se saindo muito bem com os grupos que estavam a seu cargo e que ainda havia alguns problemas que ela não tinha resolvido. Ela então me perguntou o que estava acontecendo. Pensei comigo: “Você a estimava tanto, mas agora que sabe que ela não vem alcançando muito em seu dever, não a terá mais em tão alta estima!”. Mas, para a minha surpresa, ela fez questão de me pedir que eu a ajudasse ainda mais! Fui bastante resistente a isso. “Você só tem olhos para a irmã Wenjing”, pensei. “O calibre dela é melhor que o meu. Se eu continuar ajudando, ela vai acabar me substituindo”. Comecei a dar desculpas, mas a líder da igreja enxergou através do meu estado e expôs meu egoísmo e minha maldade. Ela disse que eu não estava defendendo o trabalho da casa de Deus. Também disse que a irmã Wenjing tinha um bom calibre e que valia a pena treiná-la, que eu tinha de me comunicar com ela e ajudá-la mais, e que eu não podia só me preocupar com meu próprio status e reputação. Posteriormente, obriguei-me a perguntar à irmã Wenjing se ela estava tendo dificuldades em realizar seu dever. Vi que ela se sentiu constrangida por mim e não quis se abrir comigo. Aquilo devia ter me feito refletir sobre mim mesma, mas devido à antipatia que sentia por ela, pensei comigo: “Eu tentei ajudá-la, mas ela não quer dizer nada”. Pouco a pouco, meu espírito foi se tornando mais sombrio. Nas discussões sobre o trabalho da igreja, eu era indiferente a vários problemas óbvios que estavam surgindo. Quanto mais eu a via, mais me aborrecia com a presença dela. Um dia, eu a vi cometendo um erro e fiquei brava, reprimindo-a com dureza. Eu disse: “Já discutimos esse problema, e você ainda não o resolveu. Você é sempre cuidadosa quando escreve seus artigos. Pena que não faz o mesmo ao cumprir seu dever!”. Depois disso, a irmã Wenjing se sentiu ainda mais constrangida por mim e não ousou mais escrever nenhum testemunho. Eu sabia que a havia magoado, mas não pude evitar. Quando me dava conta, eu estava sempre brava com ela, sem querer. Eu também sofria em meu coração, então orei a Deus por ajuda para sair daquele estado.
No dia seguinte, durante uma reunião, a irmã Wenjing disse que sentia que suas falhas eram grandes demais, que não estava à altura de cumprir aquele dever e queria retornar ao seu dever de antes. Ouvindo isso, imediatamente pensei: “Isso é por causa da dor que causei a ela? Se for, realmente cometi uma maldade”. Senti um pouco de medo e pânico. Perguntei o motivo por trás daquilo tudo e comunguei sobre a vontade de Deus para ajudá-la. Após me comunicar com ela, seu estado melhorou bastante e, para o meu alívio, ela disse que estava disposta a prosseguir com o dever. Nesse momento, uma líder da igreja apareceu. Ao saber que andei sufocando a irmã Wenjing e que, por isso, ela não queria mais trabalhar comigo, a líder lidou comigo severamente. Ela disse: “Por que não consegue se comunicar com ela com calma e ajudá-la quando a vê fazendo coisas erradas? Em vez disso, você se enfurece e a trata mal. Nota-se que os resultados de seu dever têm sido ruins ultimamente. Empenhe-se em refletir sobre si mesma com honestidade”. O que ela disse realmente me atingiu. Comecei a chorar e, por dentro, eu me senti injustiçada, protestando: “Se as coisas não andam bem com o trabalho ultimamente, não é só por minha causa. Por que estão lidando só comigo?”. Mas então, pensei nas palavras de Deus: “Se você acredita na soberania de Deus, então precisa acreditar que ocorrências cotidianas, sejam elas boas ou ruins, não acontecem por acaso. Não é que alguém é deliberadamente duro com você ou tem você como alvo; tudo isso foi arranjado por Deus. Por que Deus orquestra todas essas coisas? Não é para revelar você como a pessoa que é nem para expor você; expor você não é o objetivo final. O objetivo é aperfeiçoá-lo e salvá-lo” (Extraído de ‘A fim de ganhar a verdade, você deve aprender com as pessoas, questões e coisas ao seu redor’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). Era verdade: foi com a permissão de Deus que deparei com todas essas pessoas, eventos e coisas. Não era a líder da igreja que dificultava as coisas para mim deliberadamente. Era meu próprio caráter corrupto, sobre o qual eu precisava refletir e resolver. Eu tinha de parar de dar desculpas e de reclamar. Tinha de manter um coração obediente e aceitar o que estava acontecendo. Quando pensei nisso, eu me senti um pouco menos lesada por tudo que tinha acontecido.
Naquela noite, não consegui dormir. Deitei-me na cama e fiquei me revirando, enquanto todos os acontecimentos daquele dia passavam pela minha cabeça como um filme. Eu me perguntava: “Se Deus arranjou que a líder da igreja lidasse comigo e me podasse, o que devo aprender com tudo isso? Como andei tratando a irmã Wenjing?”. Eu sabia bem que ela tinha um bom calibre, mas não tentei aprender com ela. Em vez disso, tentei competir com ela. Ela queria escrever artigos dando testemunho de Deus, mas eu tentei destruir seu entusiasmo por escrevê-los. Como pude ter feito algo tão perverso? Qual era o raciocínio por trás disso, e de onde ele vinha?
No dia seguinte, durante meus devocionais, li uma passagem das palavras de Deus: “Algumas pessoas sempre temem que outros roubem seus holofotes e as ultrapassem, obtendo reconhecimento, enquanto elas mesmas são negligenciadas. Isso as leva a atacar e excluir os outros. Isso não é um caso de ter inveja de pessoas mais capazes do que elas mesmas? Tal comportamento não é egoísta e desprezível? Que tipo de caráter é esse? É malicioso! Pensar apenas em si mesmo, satisfazer apenas seus próprios desejos, não demonstrar consideração pelos deveres de outros e pensar apenas em seus próprios interesses e não nos interesses da casa de Deus — pessoas desse tipo têm um caráter ruim, e Deus não tem amor por elas. Se você for realmente capaz de ter consideração pela vontade de Deus, então você será capaz de tratar outras pessoas de forma justa. Se você der a alguém a sua recomendação e essa pessoa for cultivada em uma pessoa de talento, trazendo assim mais uma pessoa talentosa para a casa de Deus, você não terá feito bem o seu trabalho? Você não terá sido leal no cumprimento de seu dever? Isso é uma boa ação diante de Deus e é o tipo de consciência e razão que as pessoas deveriam possuir” (Extraído de ‘Dê seu real coração a Deus e você poderá obter a verdade’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). “Humanidade cruel! A conivência e a intriga, o saque e a apropriação um do outro, a disputa por fama e fortuna, o massacre mútuo — quando isso acabará? A despeito das centenas de milhares de palavras que Deus falou, ninguém caiu em si. As pessoas agem para o bem de sua família, filhos e filhas, em prol da carreira, de perspectivas futuras, posição, vanglória e dinheiro, por causa de comida, roupas e pela carne — existe alguém cujas ações são verdadeiramente pelo bem de Deus? Mesmo entre aqueles que agem pelo bem de Deus, há poucos que conhecem Deus. Quantas pessoas não agem a partir dos próprios interesses? Quantos não oprimem e marginalizam outros a fim de proteger a própria posição?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Os perversos certamente serão punidos”). As palavras de Deus falavam exatamente do meu estado. Conforme constatado, estive competindo com minha irmã por reconhecimento e reputação. Fui apanhada pelo meu próprio desejo por fama e status e não consegui me desvencilhar dele. Desde que comecei a trabalhar com a irmã Wenjing naquele dever, vendo seu bom calibre e sua paixão por escrever testemunhos de experiência, e vendo-a ser elogiada pelos líderes, fiquei com inveja e não quis aceitar. Eu me opunha a ela, secretamente competindo com ela em minha própria mente. Eu a coloquei a cargo de vários grupos de encontros para que ela não tivesse tempo de escrever, e quando ela estava tendo problemas em seu dever, além de não ajudar, ainda a repreendi até que ela se tornasse passiva e constrangida. Eu sabia que ela tinha bom calibre e merecia ser treinada e que eu devia tê-la ajudado mais. Mas tive inveja das habilidades dela e não queria que ninguém mais fosse melhor do que eu. Quando percebi que ela era melhor, tornei-me invejosa e rancorosa. Para manter meu próprio status e reputação, além de não ajudá-la, eu a oprimi e tentei destruir seu entusiasmo por escrever artigos. Fui tão maliciosa e desprezível! Deus havia me agraciado, permitindo que eu fosse treinada no dever de rega, e eu não o cumpri adequadamente para retribuir o amor Dele. Em vez disso, tive inveja das habilidades de Wenjing e competi com ela por fama e ganho. Não tive um pingo de consciência ou razão. Fiquei cheia de remorso e culpa, então orei a Deus, pedindo a Ele que me guiasse a encontrar a fonte do problema.
Depois disso, li estas palavras de Deus: “Satanás usa a fama e o ganho para controlar os pensamentos do homem até que tudo em que as pessoas consigam pensar seja fama e ganho. Elas lutam por fama e ganho, passam por dificuldades por fama e ganho, suportam humilhação por fama e ganho, sacrificam tudo o que tem por fama e ganho e farão qualquer julgamento ou tomarão qualquer decisão para o bem de fama e ganho. Dessa forma, Satanás amarra as pessoas com grilhões invisíveis e elas não têm nem a força nem a coragem para se livrar deles. Elas, sem saber, carregam esses grilhões e caminham penosamente sempre adiante com grande dificuldade. Por causa dessa fama e ganho, a humanidade se afasta de Deus e O trai e se torna cada vez mais perversa. Dessa forma, portanto, uma geração após a outra é destruída em meio à fama e ao ganho de Satanás” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único VI”). Conforme ponderei as palavras de Deus, entendi que fama e ganho eram algemas que Satanás usa para nos prender e ferramentas que ele usa para nos corromper. Fui incapaz de me livrar das algemas e das restrições da fama e do ganho, pois meus objetivos de vida, minhas ideias e opiniões sempre foram erradas. Não estive me comportando com base nas palavras de Deus nem de acordo com Suas exigências. Mas estive agindo de acordo com as regras de vida satânicas, incutidas em nós por Satanás, como; “Destaque-se acima da multidão”, “O homem luta para subir; a água flui para baixo”, e “Os homens devem sempre se empenhar para serem melhores do que seus contemporâneos”. Fosse na escola ou trabalhando na sociedade, eu sempre me esforçava dia e noite para obter fama e ganho, para ser a número um e satisfazer minha ambição de me destacar na multidão. Após crer em Deus, eu ainda era escrava de reputação e status. Quando era elogiada e admirada pelos irmãos em meu dever e quando meu desejo por fama, ganho e status eram atendidos, eu me deleitava na alegria de me destacar e me sentia feliz. Mas quando vi que a irmã Wenjing era melhor do que eu, invejei suas habilidades. Tive medo que ela me ofuscasse e ameaçasse minha posição. Assim, fiz de tudo para reprimi-la e oprimi-la, sem a mínima consideração pelos interesses da casa de Deus ou pelos sentimentos dela. Naquele momento, vi com clareza que eu me tornara uma escrava devota da fama e do ganho, e que, na busca por essas coisas, havia perdido minha consciência e razão. Eu tinha me tornado pérfida, maliciosa, cada vez mais egoísta e maldosa, e que vivia nada além de uma imagem do diabo Satanás. Fama, ganho e status haviam se tornado as ferramentas com as quais Satanás tinha me corrompido e me seduzido a resistir e trair a Deus. Pensei naqueles anticristos que tinham sido expulsos da casa de Deus antes: eles priorizavam status acima de tudo e, por isso, excluíam e oprimiam seus irmãos e irmãs, puniam e expulsavam pessoas à vontade. No final, cometeram todo tipo de maldade e foram eliminados. Eu havia revelado meu próprio caráter de anticristo pela maneira com que tratei a irmã Wenjing e me comportei para com ela. E eu sabia que se não aceitasse o julgamento e a purificação de Deus e não me arrependesse sinceramente, cedo ou tarde eu também seria eliminada assim como aqueles anticristos. Eu vi que estava num estado perigoso, que a escuridão em meu espírito e as falhas em meu dever eram o julgamento e a disciplina severos de Deus. A vontade de Deus era que eu refletisse sobre mim mesma, desse meia-volta e desistisse da senda errada que estava seguindo, antes que fosse tarde demais.
Assim, orei a Deus e pedi a Ele que me guiasse em direção à senda da prática. Depois, li isto nas palavras de Deus: “Considere isto: que tipos de mudanças a pessoa precisa fazer se quiser abster-se de ficar enredada nessas condições, ser capaz de se livrar delas e se liberar dos aborrecimentos e cativeiro dessas coisas? O que a pessoa precisa obter antes de poder ser verdadeiramente livre e liberada? Por um lado, precisa discernir as coisas: fama, fortuna e posições são apenas ferramentas e métodos que Satanás usa para corromper as pessoas, capturá-las, prejudicá-las e causar sua depravação. Em tese, primeiro você precisa ganhar um entendimento claro disso. Ademais, precisa aprender a desistir dessas coisas e pô-las de lado. […] Você deve aprender a abrir mão e deixar de lado essas coisas, a recomendar outros e a permitir que eles se destaquem. Não lute nem corra para tirar vantagem no momento em que encontrar uma oportunidade para se destacar ou obter glória. Você deve aprender a recuar, mas não deve adiar o cumprimento de seu dever. Seja uma pessoa que trabalha em quieta obscuridade e que não se exibe aos outros enquanto cumpre lealmente o seu dever. Quanto mais abrir mão de seu prestígio e status, e quanto mais abrir mão de seus interesses, mais tranquilo você se tornará, mais espaço se abrirá em seu coração, e mais seu estado se aprimorará. Quanto mais você lutar e competir, mais escuro será o seu estado. Se você não acredita, tente e veja! Se você quiser reverter esse tipo de estado e não quiser ser controlado por essas coisas, então você deve primeiramente deixá-las de lado e desistir delas” (Extraído de ‘Dê seu real coração a Deus e você poderá obter a verdade’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). “As funções não são as mesmas. Existe um só corpo. Cada qual cumpre seu dever, cada qual em seu lugar e fazendo o melhor — para cada centelha há um raio de luz — e buscando maturidade na vida. Dessa maneira, Eu ficarei satisfeito” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 21”). As palavras de Deus me mostraram uma senda de prática. Elas mostraram que, quando surgem pensamentos invejosos, devo orar a Deus e renunciar à minha intenção incorreta, deixar de lado meus interesses pessoais, colocar o trabalho da casa de Deus acima de tudo e considerar a vontade Dele. Todos nós temos nossas qualidades e defeitos, mas a vontade de Deus é que aprendamos com as qualidades uns dos outros e compensemos nossos defeitos, para que todos permaneçam em sua posição e sirvam ao seu propósito da melhor forma possível. A irmã Wenjing tinha bom calibre, era alguém que buscava a verdade. A casa de Deus a colocou para trabalhar comigo não para que eu sentisse inveja dos talentos dela e competisse com ela para me exibir, mas para que eu pudesse aprender com as qualidades dela e compensasse minhas fraquezas. Essa era a bondade de Deus para comigo. Eu tinha de corrigir minha atitude; a irmã Wenjing era melhor que eu e tinha seus pontos fortes, eu tinha de encarar os fatos e admitir minhas fraquezas e defeitos. Eu tinha de aprender com a minha irmã. Eu estava cumprindo aquele dever havia um tempo e entendia mais dos princípios. Assim, eu tinha de fazer o possível para ajudá-la, e assim pudéssemos cumprir nosso dever juntas em harmonia.
Mais tarde, abordei a irmã Wenjing e me abri com ela sobre as corrupções que eu tinha revelado. Pedi desculpas a ela, e ela se abriu comigo e comunicou sobre o que tinha aprendido com aquela situação. Ela me confortou e me encorajou, o que me fez sentir muito envergonhada e culpada. Depois disso, quando a via tendo dificuldades em seu dever, às vezes eu pensava: “Se eu ajudá-la a resolver esse problema, os líderes verão apenas ela fazendo um bom trabalho. Ninguém saberá o que eu fiz para ajudá-la. A chance de se destacar e se exibir será só dela”. Por causa disso, eu relutava um pouco, mas rapidamente me conscientizava de que, mais uma vez, eu tentava competir com ela por fama e ganho, e orava a Deus pedindo que me ajudasse a ajustar minhas motivações, e assim tomava a iniciativa de ajudá-la. Com o tempo, meu estado melhorou. Eu não sentia mais aquela dor e desânimo que vinham do fundo do coração, e meu relacionamento com a irmã Wenjing ficou muito mais harmonioso. A irmã Wenjing comunicava comigo abertamente sobre seu estado ou o que ela tinha ganhado, e meu coração se enchia de ternura e alegria.
Essa experiência permitiu que eu reconhecesse a verdadeira corrupção da minha inveja e minha humanidade maliciosa. Fez com que eu desprezasse a mim mesma, enquanto me ajudou a adquirir algum entendimento prático sobre o caráter justo de Deus. Ajudou-me a aprender como escapar das algemas e restrições da minha inveja, e provei da paz e estabilidade por me comportar de acordo com a palavra de Deus a verdade. Ela me deu o desejo de buscar a verdade, eliminar meu caráter corrupto e cumprir bem o meu dever. Graças à salvação de Deus!