“Ser tolerante com os outros” é um princípio de conduta pessoal?

20 de Junho de 2025

Por Shen Si, China

Em dezembro de 2023, eu estava desempenhando o dever de líder de equipe, com a responsabilidade de selecionar artigos de testemunho sobre experiências de vida. Em fevereiro de 2024, os líderes escreveram pedindo que enviássemos, o mais rápido possível, alguns sermões para a pregação do evangelho, e arranjaram para que eu fosse responsável pela tarefa. Os líderes tinham receio de que eu estivesse muito ocupada e pediram a algumas irmãs que me ajudassem a selecionar os artigos de testemunhos experienciais. Durante esse período, eu passava os dias ocupada, editando sermões para a pregação do evangelho, por isso os artigos foram se acumulando cada vez mais, e comecei a ficar um pouco ansiosa. Vi que minhas irmãs estavam todas ocupadas com seu próprio trabalho e, embora alguns dos artigos não fossem particularmente urgentes, nenhuma delas tinha se oferecido para ajudar a carregar o fardo de selecioná-los, então senti vontade de falar com as irmãs. Lembrando que os líderes já haviam pedido que elas me ajudassem, mas nenhuma tinha se prontificado, pensei comigo mesma: “Nenhuma delas quer me ajudar e se, ainda assim, eu me comunicar com elas, será que não vão pensar que as estou pressionando de forma irrazoável? Não dirão que tenho uma humanidade ruim e que estou me colocando num pedestal como líder de equipe e dando ordens? Isso não impedirá que tenham uma boa impressão de mim? Esqueça. Vou fazer mais algumas horas extras e cuidar disso eu mesma”. Assim, eu me mantinha atarefada o dia inteiro, desde o nascer até o pôr do sol, e, tão logo terminava de comer, já me sentava diante do computador para selecionar sermões para a pregação do evangelho e os artigos de testemunho experiencial. Às vezes, não me sobrava tempo nem para os devocionais espirituais. Mesmo trabalhando o dia todo sem ter um minuto de folga, eu ainda tinha uma pilha de artigos acumulados. Sentia o corpo muito cansado e o coração cheio de ressentimento, mas não ousava me queixar, com medo de que minhas irmãs tivessem uma opinião negativa a meu respeito e dissessem que eu era mesquinha e limitada em minha conduta pessoal. Por isso, simplesmente seguia em frente, enfrentando tudo sozinha. Naquela época, havia uma irmã chamada Liu Jia, para quem eu enviava lembretes às vezes, quando descobria que os artigos sob responsabilidade dela não estavam sendo selecionados no prazo. Liu Jia sempre concordava de maneira perfunctória, mas nada mudava depois. Às vezes, ela até empurrava o trabalho para mim. Eu sabia que ela andava se entregando a confortos carnais e não estava carregando um fardo em seu dever, e queria apontar seus problemas e ajudá-la. No entanto, lembrei que ela estava treinando havia pouco tempo e tive medo de que ela dissesse que eu era exigente e severa demais com ela, que eu a vigiava todos os dias, como um capataz. Se ela desenvolvesse uma opinião ruim sobre mim, isso tornaria o trabalho conjunto mais difícil no futuro, por isso achei melhor não dizer mais nada. Sentia que, como líder de equipe, eu deveria ser compreensiva e trabalhar mais e, por isso, ajudei-a a fazer o trabalho que ela não fazia. Às vezes, eu via que algumas irmãs ainda estavam cometendo alguns erros de formatação ao editar os sermões. Eu queria lhes dizer que fossem mais cuidadosas no futuro, mas depois pensava: “Se eu chamar a atenção delas por algo tão insignificante, não vão dizer que sou mesquinha e pedante?”. Portanto, não falava nada e, sempre que verificava os sermões e encontrava problemas, eu mesma os corrigia. Embora os problemas fossem pequenos, as correções, mesmo assim, consumiam um tempo considerável. Eu me sentia muito desanimada e reclamava que elas não carregavam um fardo. Não só eram incapazes de ajudar a dividir minha carga, como também não conseguiam nem executar bem seu trabalho principal, obrigando-me a me preocupar com suas tarefas também. Embora eu tivesse esses pensamentos e ressentimentos no coração, nunca os expressava porque queria que minhas irmãs dissessem que eu estava disposta a carregar um fardo e tinha boa humanidade; na superfície, eu simplesmente continuava me mantendo firme e fazendo o trabalho.

Naquela época, não importava o quanto eu trabalhasse, sempre havia um acúmulo de artigos pendentes, e erros continuavam surgindo no trabalho. A tarefa pela qual minhas irmãs eram responsáveis também não estava progredindo muito, e isso estava atrasando o trabalho geral. Quando os líderes me escreveram e me podaram, apontando esses problemas, senti-me muito injustiçada e percebi que, embora eu estivesse sobrecarregada a ponto de quase entrar em parafuso, ainda havia falhas e desvios constantes em meu dever. Sentia-me como se estivesse à beira de um colapso e não sabia mais como desempenhar meu dever. Um tempo depois, os líderes vieram fazer uma reunião para entender a situação. Liu Jia disse que eu realmente carregava um fardo em meus deveres e que conseguia pensar em todos os aspectos do trabalho, por isso ela não precisava se preocupar nem um pouco com algumas tarefas. Ao ouvir isso, fiquei um pouco feliz e senti que meu trabalho árduo não tinha sido em vão. Parecia que as outras pessoas ainda tinham uma boa impressão de mim, mas, então, ao lembrar o quanto minha irmã ainda me elogiava, apesar de eu ter causado tanto estrago no trabalho, senti um certo desconforto.

Depois disso, comecei a refletir sobre o estado no qual eu estava vivendo durante esse período e li uma passagem das palavras de Deus que era muito específica para esse estado. Fiquei muito emocionada. Deus diz: “Vamos comunicar agora o próximo ditado acerca da conduta moral — ‘seja duro consigo mesmo e leniente com os outros’ — o que significa esse ditado? Significa que você deveria fazer exigências duras a si mesmo e ser leniente com as outras pessoas, para que elas possam ver quão generoso e magnânimo você é. Por que, então, as pessoas deveriam fazer isso? O que isso pretende alcançar? É praticável? É realmente uma expressão natural da humanidade das pessoas? Você precisa ceder muito para assumir isso! Você precisa estar livre de desejos e exigências, exigir que você sinta menos alegria, sofra um pouco mais, pague um preço mais alto e trabalhe mais para que os outros não precisem se esgotar. E se os outros se queixam, reclamam ou têm um desempenho ruim, você não deve exigir demais deles — mais ou menos é bom o bastante. As pessoas acreditam que isso é um sinal de morais nobres — mas por que isso Me parece falso? Não é falso? (É, sim.) Sob circunstâncias normais, a expressão natural da humanidade de uma pessoa comum é ser tolerante consigo mesma e dura com os outros. Isso é um fato. As pessoas conseguem perceber os problemas de todos os outros — ‘Essa pessoa é arrogante! Aquela pessoa é má! Essa aqui é egoísta! Aquela lá é perfuntória no desempenho do dever! Essa pessoa é tão preguiçosa!’ — enquanto dizem a si mesmas: ‘Se eu for um pouco preguiçosa, tudo bem. Meu calibre é bom. Embora seja preguiçosa, faço um trabalho melhor do que os outros!’. Elas identificam falhas nos outros e gostam de criticar, mas em relação a si mesmas, são tolerantes e obsequiosas sempre que possível. Isso não é uma expressão natural de sua humanidade? (É, sim.) Se espera-se que as pessoas vivam à altura da ideia de ser ‘duro consigo mesmas e lenientes com os outros’, a que agonia elas têm de se submeter? Elas realmente conseguiriam suportar isso? Quantas pessoas conseguiriam fazer isso? (Nenhuma.) E por que nenhuma? (As pessoas são egoístas por natureza. Elas agem de acordo com o princípio de que é ‘cada um por si e o demônio pega quem fica por último’.) De fato, o homem nasce egoísta, o homem é uma criatura egoísta e está profundamente comprometido com essa filosofia satânica: ‘cada um por si e o demônio pega quem fica por último’. As pessoas acham que seria catastrófico para elas, e não natural, não ser egoístas e não cuidar de si mesmas quando as coisas lhes sucedem. Isso é o que as pessoas acreditam, e é assim que elas agem. Se espera-se que as pessoas não sejam egoístas, exijam muito de si mesmas e, de boa vontade, saiam perdendo em vez de tirar vantagem dos outros, e se espera-se que elas digam alegremente, quando alguém tirar vantagem delas: ‘Você está tirando vantagem, mas não vou criar escândalo por causa disso. Sou uma pessoa tolerante, não vou falar mal de você nem tentar me vingar de você, e se você ainda não tirou vantagem o bastante, sinta-se à vontade para continuar’ — essa é uma expectativa realista? Quantas pessoas conseguiriam fazer isso? É assim que a humanidade corrupta se comporta normalmente? Obviamente, é anômalo que isso aconteça. Por quê? Porque pessoas com caracteres corruptos, especialmente pessoas egoístas e malvadas, lutam por seus interesses e pensar nos outros absolutamente não fará com que se sintam satisfeitas. Assim, esse fenômeno, quando realmente ocorre, é uma anomalia(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (6)”). As palavras de Deus expuseram tudo isso à perfeição. A natureza de todas as pessoas é egoísta e, quando coisas simples lhes acontecem, elas são muito boas em ser tolerantes consigo mesmas e rigorosas com os outros. Mas quando o sofrimento é grande demais, sentem que os outros estão se aproveitando delas, seu coração fica desequilibrado, e simplesmente não conseguem ser duras consigo mesmas e tolerantes com os outros. Entretanto, durante esse período, eu estava constantemente me restringindo e tentando ser uma pessoa rigorosa consigo mesma e tolerante com os outros. Será que eu não estava sendo simplesmente hipócrita? Lembrei como eu estava sobrecarregada com minha carga de trabalho durante esse período, e que as irmãs com quem eu trabalhava não tinham muitas tarefas sob sua responsabilidade. Era perfeitamente possível dividir o trabalho de forma razoável e pedir a elas que me ajudassem a carregar parte do fardo, conforme apropriado, para que eu pudesse ter tempo de editar os sermões para a pregação do evangelho o mais rápido possível. Quando vi que nenhuma de minhas irmãs estava disposta a arcar com um fardo maior, cultivei uma opinião negativa sobre elas no coração e me queixei de que eram muito egoístas e não estavam considerando o trabalho como um todo, mas nunca expressei meus pensamentos mais íntimos nem pedi proativamente que me ajudassem a assumir parte do trabalho. Tinha receio de que, se dissesse algo, elas diriam que eu estava usando minha posição de líder de equipe para dar ordens e que eu tinha uma humanidade ruim, por isso fiz muitas horas extras para dar conta de tudo sozinha. Quando descobri que Liu Jia não carregava um fardo em seu dever e não levava os lembretes a sério, chegando até mesmo a empurrar uma parte do trabalho para mim, meu coração se encheu de desdém e resistência a isso, e reclamei que ela não carregava um fardo. Eu queria me comunicar com ela e dissecar sua atitude em relação ao seu dever, mas tinha receio de que, se dissesse alguma coisa, ela ficaria com repulsa de mim e diria que eu não era leniente, mas muito severa. Portanto, reprimi meu ressentimento no fundo do coração e fiz o trabalho sozinha, por iniciativa própria. Externamente, parecia que eu havia assumido muitas tarefas e que não ficava discutindo por coisas menores com minhas irmãs, mas, no íntimo, eu me sentia injustiçada e me queixava de que elas eram egoístas e só se importavam com suas próprias tarefas. No entanto, nunca expressei os sentimentos de resistência do meu coração. Vi como eu era hipócrita! Estava vivendo de acordo com pensamentos e ideias satânicas, e insistia em assumir mais trabalho do que podia lidar, mesmo sendo evidente que eu não era capaz de fazer tudo. Além de me desgastar, também surgiram falhas em meu dever e alguns artigos não foram selecionados a tempo, o que atrasou o progresso do trabalho. Quando entendi isso, eu me dispus a mudar meu estado incorreto e atribuir algumas tarefas às minhas irmãs. Também me comuniquei com Liu Jia para que ela começasse a carregar um fardo em seu dever, e a lembrava quando seu trabalho estava progredindo lentamente. Parei de viver fingindo que era magnânima. Depois de algum tempo, Liu Jia tornou-se mais ativa no desempenho dos seus deveres, e eu consegui lidar com meu trabalho acumulado em tempo hábil. Os resultados de meu dever também se mostraram um pouco melhores do que antes.

Depois, refleti sobre isso: eu claramente não podia ser dura comigo mesma e tolerante com os outros. Então, por que ainda me obrigava a tentar? Li estas palavras de Deus: “Pode-se dizer com certeza que a maioria das pessoas que exigem de si mesmas que cumpram a moral de ser ‘duro consigo mesmo e leniente com os outros’ é obcecada por status. Impulsionadas por seus caracteres corruptos, essas pessoas não conseguem deixar de buscar prestígio entre os homens, proeminência social e status aos olhos dos outros. Todas essas coisas estão relacionadas a seu desejo de status e são buscadas sob o disfarce de sua boa conduta moral. E como essas suas buscas acontecem? Elas vêm inteiramente de seus caracteres corruptos e são impulsionadas por eles. Assim, não importa o que aconteça, se alguém cumpre ou não a moral de ser ‘duro consigo mesmo e leniente com os outros’, se ele o faz com perfeição ou não, isso não pode mudar sua humanidade essência de modo algum. Por implicação, isso significa que isso não pode, de forma alguma, mudar sua visão da vida nem seu sistema de valores, nem guiar suas atitudes e perspectivas em relação a todos os tipos de pessoas, eventos e coisas. Não é esse o caso? (É, sim.) Quanto mais alguém é capaz de ser duro consigo mesmo e leniente com os outros, melhor ele é em fazer uma encenação, em disfarçar-se e em desorientar os outros com comportamento bom e palavras agradáveis, e mais enganoso e perverso ele é por natureza. Quanto mais ele é esse tipo de pessoa, mais profundos se tornam seu amor e sua busca por status e poder. Não importa quão grande, gloriosa e correta sua conduta moral externa pareça ser, e quão agradável seja para as pessoas a contemplarem, a busca inconfessa que está no fundo de seu coração, assim como sua natureza essência, e até mesmo suas ambições, podem jorrar dele a qualquer momento. Portanto, por melhor que seja sua conduta moral, ela não pode esconder sua humanidade essência intrínseca, nem seus desejos e ambições. Ela não pode esconder sua natureza essência abominável que não ama as coisas positivas e está avessa à verdade e a odeia. Como mostram esses fatos, o ditado ‘seja duro consigo mesmo e leniente com os outros’ é mais do que só absurdo — ele expõe esses tipos ambiciosos que tentam usar tais ditados e comportamentos para encobrir seus desejos e ambições indizíveis. Vocês podem comparar isso a alguns dos anticristos e pessoas malignas na igreja. A fim de solidificar status e poder na igreja, e para ganhar uma reputação melhor entre os outros membros, eles são capazes de suportar sofrimento e pagar um preço ao desempenhar seus deveres, e podem até renunciar a trabalho e família e vender tudo que têm para se despender por Deus. Em alguns casos, os preços que eles pagam e o sofrimento a que se submetem ao se despender por Deus excedem o que uma pessoa comum pode suportar; eles são capazes de personificar um espírito de extrema autonegação a fim de manter seu status. No entanto, não importa quanto sofram ou que preços paguem, nenhum deles protege o testemunho de Deus nem os interesses da casa de Deus, nem praticam de acordo com as palavras de Deus. O objetivo que buscam é apenas alcançar status, poder e as recompensas de Deus. Nada do que fazem tem a menor relação com a verdade. Independentemente de quão duros sejam consigo mesmos e quão lenientes sejam com os outros, qual será o desfecho deles no fim? O que Deus pensará deles? Ele determinará o desfecho deles com base nos bons comportamentos externos que eles vivem? Certamente não. As pessoas veem e julgam os outros com base nesses comportamentos e manifestações e, porque não conseguem perceber a essência das outras pessoas, acabam sendo enganadas. Deus, entretanto, nunca é enganado pelo homem. Deus absolutamente não elogiará, nem Se lembrará da conduta moral das pessoas porque elas foram capazes de ser duras consigo mesmas e lenientes com os outros. Ao contrário, Ele as condenará por causa de suas ambições e por causa das sendas que tomaram em busca de status(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (6)”). Por meio da exposição das palavras de Deus, entendi que as pessoas que vivem de acordo com o valor cultural tradicional de ser “duro consigo mesmo e tolerante com os outros” usam, todas elas, seu bom comportamento para se restringir, disfarçar-se e se exibir, de modo a construir uma boa reputação na mente dos outros. Era exatamente isso que eu estava fazendo. Sempre achei que, como líder de equipe, eu tinha de tomar a frente e carregar o fardo; desempenhar o papel principal na equipe; fazer as coisas que os outros membros da equipe não faziam; e simplesmente sorrir e me manter firme, por mais ocupada que estivesse. Somente desse modo eu conseguiria a admiração e os elogios dos outros. Assim, as pessoas diziam que eu tinha boa humanidade e consideração, eu fazia exigências rigorosas a mim mesma e, por mais ocupada ou cansada que estivesse, nunca pedia proativamente às minhas irmãs que compartilhassem o fardo do meu trabalho. Pelo mesmo motivo, quando descobri que a Liu Jia não estava carregando o fardo de seu dever, não me comuniquei com ela nem a ajudei em tempo hábil, mas tomei a iniciativa de fazer tudo sozinha. Como resultado, o trabalho ficou atrasado, porque minha capacidade de trabalho é limitada, e seu progresso ficou mais lento. Externamente, eu parecia ser generosa e ter muita consideração, nunca exigindo que as pessoas fizessem isto ou aquilo nem me prendendo a detalhes, mas o objetivo de tudo o que eu fazia não era mostrar consideração pelas intenções de Deus, nem demonstrar amor por meus irmãos, mas, sim, ganhar admiração e elogios, deixando uma boa impressão de mim mesma na mente das pessoas. Embora eu tenha conseguido manter meu status e minha imagem na mente delas, o trabalho da igreja foi prejudicado. Eu estava trocando o trabalho da igreja pelo meu próprio benefício. Estava desorientando as pessoas! Vi que eu era realmente muito enganosa e perversa, e que estava trilhando a senda dos anticristos. Deus escrutina as profundezas do coração das pessoas, e, embora eu possa desorientar meus irmãos, não posso escapar do escrutínio dos olhos de Deus. Tudo o que eu fazia era condenado por Ele. Depois de perceber isso, senti um pouco de medo, então rapidamente vim para diante Dele e orei: “Querido Deus, não quero viver de acordo com pensamentos e ideias satânicas. Peço-Te que me leves a me rebelar contra essa moralidade satânica e a rejeitá-la”.

Mais tarde, li mais das palavras de Deus: “Vocês precisam saber claramente que qualquer tipo de ditado sobre a conduta moral não é a verdade, muito menos pode substituir a verdade. Não é nem mesmo uma coisa positiva. O que, então, ele é exatamente? Pode-se dizer com certeza que esses ditados sobre a conduta moral são falácias heréticas com as quais Satanás desorienta as pessoas. Eles não são, em si, a verdade realidade que as pessoas devem possuir, não são as coisas positivas que a humanidade normal tem que viver. Esses ditados sobre a conduta moral constituem imitações, fingimento, falsificações e enganações — são comportamentos fabricados e de forma alguma têm sua origem na consciência e na razão do homem nem em seu raciocínio normal. Portanto, todos os ditados da cultura tradicional referentes à conduta moral são heresias e falácias ilógicas e absurdas. Com essas poucas comunhões, os ditados que Satanás apresenta sobre conduta moral foram, hoje e totalmente, condenados à morte. Se não são nem mesmo coisas positivas, como é que as pessoas podem aceitá-los? Como as pessoas podem viver segundo essas ideias e opiniões? A razão é que esses ditados sobre a conduta moral estão muito alinhados com as noções e imaginações das pessoas. Eles evocam admiração e aprovação, de modo que as pessoas aceitam esses ditados sobre a conduta moral em seu coração, e embora não consigam colocá-los em prática, internamente, elas os abraçam e adoram com gosto. E assim Satanás usa os vários ditados sobre a conduta moral para desorientar as pessoas, para controlar seu coração e seu comportamento, pois, em seu coração, as pessoas adoram e creem cegamente em todos os tipos de ditados sobre a conduta moral, e todas elas gostariam de usar essas afirmações para simular maior dignidade, nobreza e bondade, alcançando assim seu objetivo de serem altamente respeitadas e elogiadas. Todos os vários ditados sobre a conduta moral exigem, em suma, que, quando as pessoas fizerem certo tipo de coisa, elas deveriam demonstrar algum tipo de comportamento ou qualidade humana na esfera da conduta moral. Esses comportamentos e qualidades humanas parecem bastante nobres e são venerados, de modo que todas as pessoas aspiram a eles em seu coração. Mas o que elas não consideraram é que esses ditados sobre a conduta moral não são, de forma alguma, os princípios de comportamento que uma pessoa normal deveria seguir; em vez disso, são uma variedade de comportamentos hipócritas que alguém pode aparentar. São desvios dos padrões da consciência e razão, abandonos da vontade da humanidade normal(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (10)”). “As verdades princípios das palavras de Deus apontam a direção e o objetivo corretos que as pessoas deveriam seguir e também são a senda que as pessoas deveriam trilhar. Os princípios das palavras de Deus não só mantêm o funcionamento normal da razão e consciência das pessoas, mas naturalmente também acrescentam os princípios da verdade ao fundamento que é a razão e consciência das pessoas. Esses são os padrões da verdade que as pessoas com razão e consciência podem alcançar e satisfazer. Quando as pessoas obedecem a esses princípios das palavras de Deus, o que elas ganham não é a melhoria de sua moralidade e integridade, tampouco é a proteção de sua dignidade humana. Ao contrário, elas entraram na senda correta na vida. Quando uma pessoa obedece a essas verdades princípios das palavras de Deus, ela não só possui a razão e consciência de uma pessoa normal, mas, com base no fundamento de possuir razão e consciência, ela entende mais verdades princípios em relação a como deveria se comportar. Em termos simples, ela entende os princípios de comportamento, sabe quais verdades princípios ela deve usar ao ver as pessoas e as coisas e ao comportar-se e agir, e ela deixa de ser controlada e influenciada por seus sentimentos, desejos, ambições e caracteres corruptos. Desse jeito, ela vive completamente a semelhança de uma pessoa normal(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (10)”). A partir da exposição das palavras de Deus, ganhei algum entendimento da conduta moral na cultura tradicional. Acontece que a conduta moral é incompatível com a verdade e nem mesmo pode ser chamada de algo positivo. Ela é completamente hostil à verdade. No entanto, eu havia sido profundamente influenciada e prejudicada por seguir o princípio moral de ser “dura comigo mesma e tolerante com os outros”. Eu acreditava que precisava ser generosa ao lidar com os outros e ter mais consideração por eles, e que não poderia dificultar as coisas para as pessoas, mesmo que eu sofresse, exaurisse-me ou fosse injustiçada; somente desse modo eu poderia ser uma pessoa de nobre índole moral. Controlada por essas visões equivocadas, eu não avisava quando minhas irmãs não carregavam muito fardo em seus deveres, mesmo quando havia notado isso, e não comunicava nem dissecava os problemas de Liu Jia; apenas fazia o trabalho eu mesma. Como eu havia assumido muito trabalho e minha energia era limitada, o trabalho se acumulou e os artigos não puderam ser selecionados e enviados em tempo hábil. Isso obstruiu e interrompeu o trabalho. Externamente, eu parecia ser compreensiva e tolerante com os outros, e alguém de fácil convívio. Entretanto, na verdade, todos esses eram bons comportamentos que eu me forçava a fingir para ganhar elogios dos outros. Na realidade, eram uma forma de enganar as pessoas e obter status e uma boa impressão na mente delas, às custas do trabalho da igreja. Vi como essas visões satânicas me tornaram cada vez mais hipócrita e enganosa, e como elas fizeram com que eu perdesse completamente a humanidade normal, a integridade e a dignidade que eu deveria ter. Somente agora eu via claramente que tudo o que eu havia feito era condenado por Deus; era incompatível com a humanidade normal que Ele exige. Os princípios de conduta pessoal exigidos por Deus são que as pessoas vivam uma humanidade normal, protejam os interesses da casa de Deus em primeiro lugar em tudo o que fazem e tratem seus deveres de acordo com as exigências de Deus. Embora eu fosse líder de equipe, não me pediram que assumisse tudo sozinha, mas, sim, que dividisse o trabalho razoavelmente de acordo com o calibre, a estatura e a carga de trabalho de cada pessoa. Às pessoas de bom calibre pode-se atribuir mais trabalho, enquanto às pessoas de baixo calibre ou àquelas que estão treinando há pouco tempo convém atribuir menos trabalho, para assegurar que todos possam cumprir o próprio dever. Se eu descobrir caracteres corruptos ou deficiências em minhas irmãs, devo cumprir minhas responsabilidades comunicando a verdade para ajudá-las. Se ainda assim elas não aceitarem, devo podá-las com severidade, e não simplesmente contemporizar e perdoá-las o tempo todo. Essa é a melhor ajuda que posso dar aos meus irmãos. Ser capaz de abrir mão das próprias impurezas e intenções, priorizar os interesses da casa de Deus em todas as coisas e trabalhar em conjunto com os irmãos de forma harmoniosa, desempenhando bem o próprio dever: essa é a humanidade genuinamente boa. A partir de então, eu me dispus a abandonar esse tipo de conduta moral tradicional, buscar a verdade princípio em tudo e me conduzir e desempenhar meu dever de acordo com as exigências de Deus.

Em junho de 2024, alguns membros foram transferidos e duas irmãs entraram na nossa equipe. Como geralmente eu precisava cultivar pessoas, meu trabalho progrediu lentamente, os artigos se acumularam e alguns outros trabalhos não foram concluídos. Pensei em atribuir mais trabalho às irmãs recém-chegadas, para ajudá-las a treinar mais. No entanto, como elas tinham acabado de chegar, preocupei-me que poderiam se sentir pressionadas se eu lhes arranjasse mais deveres, dissessem que, como líder de equipe, eu não tinha demonstrado nenhuma consideração por elas e ficassem com má impressão de mim. Então lembrei que seria muito difícil cuidar de todas essas tarefas sozinha, e que essas duas irmãs eram jovens e de bom calibre. Agora que elas estavam mais familiarizadas com o trabalho, deveriam receber um fardo maior. Se eu continuasse como antes e mantivesse meu status e imagem na mente dos outros a todo momento, fazendo tudo sozinha, então outras pessoas não poderiam treinar. Isso também atrasaria o trabalho. Lembrei-me das palavras de Deus: “Em tudo o que fizer, você deve examinar se suas intenções são corretas. Se você é capaz de agir segundo as exigências de Deus, então seu relacionamento com Ele é normal. Esse é o padrão mínimo. Examine suas intenções e, se você descobrir que surgiram intenções incorretas, seja capaz de se rebelar contra elas e agir segundo as palavras de Deus; assim, você se tornará alguém correto diante de Deus, o que demonstra que seu relacionamento com Ele é normal e que tudo aquilo que você faz é em prol de Deus, e não de si mesmo. Em tudo o que fizer ou disser, seja capaz de endireitar seu coração e seja reto em suas ações, e não seja levado pelos sentimentos, nem aja de acordo com a própria vontade. Esses são os princípios pelos quais os crentes em Deus devem se conduzir(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Como está seu relacionamento com Deus?”). A intenção de Deus é que as pessoas tenham a intenção correta em tudo o que fazem e desempenhem seu dever de acordo com Suas exigências. Somente assim elas poderão ser aprovadas por Ele. Tive de corrigir minha intenção e proteger o trabalho da igreja, dando às minhas irmãs um fardo maior para que elas progredissem mais rapidamente e assumissem o trabalho mais cedo. Embora elas não tivessem sido treinadas em algumas tarefas, eram capazes de realizá-las com base em sua estatura e calibre; contanto que eu lhes comunicasse sobre os princípios, não haveria problema. Depois disso, atribuí a elas algumas tarefas de acordo com sua estatura e pedi que trabalhassem nelas, e lhes ensinei tudo o que não sabiam fazer. Após um período de treinamento, elas também puderam assumir parte do trabalho, e eu pude ter uma folga para lidar com outras tarefas. Depois de algum tempo, o problema dos artigos acumulados foi resolvido, e o trabalho pôde progredir normalmente. Percebi que, quando o trabalho é arranjado de forma razoável, de acordo com a estatura e o calibre de cada pessoa, isso não é benéfico apenas para o trabalho, mas também para o crescimento da vida de meus irmãos. Ao praticar desse modo, meu coração se sentiu muito mais liberado e eu não me senti tão cansada como antes. Graças a Deus!

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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